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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 03ª VARA DO

TRABALHO DE CURITIBA/PR.

Processo nº: 0000020-44.2019.5.09.0003

ADOUBLE INSTALAÇÕES ELETROELETRÔNICAS - EIRELI -


EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ de nº 01.887.343/0001-82,
por seus advogados “in fine” assinados, constituídos através do instrumento de
mandato de procuração em anexo e com escritório profissional situado à Rua dos
Timbiras, nº 270, bairro Funcionários, Belo Horizonte – MG, onde recebem
intimações, nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe move KAUAN DE
LIMA DA SILVA, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua
CONTESTAÇÃO, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - ENVIO DA DEFESA E DOS DOCUMENTOS EM SIGILO

Ab initio, a Reclamada justifica o envio da defesa e dos documentos


em sigilo.

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Belo Horizonte - Rua dos Timbiras, nº 270, Funcionários - CEP 30140-060 / Tel. (31) 3281-1554 / 2127-2559

Goiânia – Avenida Olinda, nº 960, Sl.1504 Qdr H-4, Lt. 01/03 - Setor Park Lozandes - CEP 74884-120 / Tel. (62) 3414-7642

Recife - Av. Fernando Simões Barbosa, nº 266 - salas 1.404/1405, Boa Viagem - CEP 51020-390 / Tel. (81) 3314-9003

São Paulo - Av. das Nações Unidas, nº 18.801 - sala 109, Santo Amaro - CEP 04795-100 / Tel. (11) 3554-3458/3554-3459

Vitória - Rua Clóvis Machado, nº 176 - sala 401, Enseada do Suá - CEP 29050-590 / Tel. (27) 33766175

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Cediço que os artigos 846 e 847 da CLT determinam que a defesa
deva ser apresentada em audiência, após a primeira proposta conciliatória.

Assim, considerando que a Resolução CSJT nº 136/2014,


regulamentadora do sistema PJE no âmbito da Justiça do Trabalho, determina a
inserção da defesa e documentos antes da audiência, deve ser assegurado que a
parte contrária não tenha acesso ao seu conteúdo antes do prazo previsto em
lei.

Destarte, o sigilo da defesa deve ser preservado até o momento


processual legal de sua apresentação.

II – HABILITAÇÃO DO PROCURADOR / AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS

Inicialmente, a reclamada requer o cadastramento dos seus


procuradores, requerendo, também, sob pena de nulidade, que todas as
intimações dos atos processuais sejam procedidas exclusivamente em nome de
JOSÉ HENRIQUE CANÇADO GONÇALVES (OAB/MG 57.680).

De acordo com o que estabelece art. 425, IV do Novo Código de


Processo Civil, os signatários desta petição declaram a autenticidade de todos os
documentos em cópia, acostados aos autos pela primeira reclamada, inclusive
aqueles que porventura ainda poderão ser juntados.

Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: (...)


IV - IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo
judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua
responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a
autenticidade.

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III – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

Aduz o Reclamante ter sido admitido em 01/11/2013, tendo sido


demitido sem receber corretamente suas verbas rescisórias em 30/03/2018.

Sustenta que contratado para receber remuneração composta de


salário fixo, produção, auxilio automóvel, auxilio alimentação, auxilio combustível,
adicional de periculosidade, recebendo com último salário o valor de R$ 2.064,88.

Após narrar fatos e apresentar emenda à inicial, elencou pedidos e


atribuiu à causa o valor de R$ 1.140.584,11 (um milhão cento e quarenta mil e
quinhentos e oitenta e quatro reais).

Contudo, conforme restará provado, as pretensões do Reclamante


não podem prosperar, uma vez que os fatos aqui articulados são extremamente
equivocados, não condizendo com a realidade fática.

IV – DA PRELIMINAR

IV.I – DAS INCONSTITUCIONALIDADES ARGUIDAS PELO RECLAMANTE

Requer o reclamante seja declarada a inconstitucionalidade da Lei


nº 13.467/2017, sob o fundamento de que a referida norma versa de forma contrária
a direitos e princípios assegurados pela Constituição Federal.

A pretensão do autor deve ser rechaçada.

Inicialmente, destaca-se que a Lei em combate se encontra em


pleno vigor e está sendo devidamente aplicada por todos os Tribunais de todas as
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Regiões do país, além de não se vislumbrar qualquer vício formal até o momento de
sua publicação.

No que tange à sua essência frente à Carta Magna, não há que se


falar em declaração de inconstitucionalidade, haja vista que o regramento aduzido
pela Lei não fere os princípios, direitos e garantias assegurados pela Constituição
Federal.

Destarte, requer seja a preliminar arguida totalmente rechaçada, eis


que a Lei 13.467/2017 não é material ou formalmente inconstitucional.

V – DA PREJUDICIAL DE MERITO

V.I – DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Antes de se adentrar no mérito, há que se arguir a prescrição


ocorrida no caso em tela.

Levando-se em consideração a data de ajuizamento dessa


reclamatória, qual seja, 11 de janeiro de 2019, tem-se, com clareza, que se
encontram totalmente prescritos quaisquer direitos porventura supervenientes da
relação de trabalho havida, anteriores a 11 de janeiro de 2014.

A Constituição Federal é expressa nesse sentido, consoante se


denota no seu art. 7º, inciso XXIX, alínea “a”:

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além


de outros que visem à melhoria de sua condição social:
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XXIX – ação quanto a créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de: cinco anos para o
trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato. (sem grifos ou destaques no original)

De forma idêntica à norma constitucional, posiciona-se a


Consolidação das Leis do Trabalho, em seu art. 11, inciso I:

Art. 11. O direito de ação quanto a créditos resultantes das


relações de trabalho prescreve:
I – em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato.

Consoante determinado nos supracitados artigos, o direito à


interposição de ação para recebimento de qualquer crédito decorrente de uma
relação de emprego, prescreve em cinco anos, para o trabalhador urbano.

Quanto à prescrição quinquenal, o termo inicial para a contagem do


prazo prescricional é a data de ajuizamento da ação, a partir do qual serão contados
cinco anos retroativos, com o fim de se apurar quais parcelas ainda poderão ser
pleiteadas pelo autor.

Neste sentido:

PEDIDO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS


DECORRENTES DE SUPOSTA ALTERAÇÃO CONTRATUAL
LESIVA - PRESCRIÇÃO APLICÁVEL. A prescrição do pedido
de reparação de dano moral decorrente de mudança de função
deverá tomar como marco inicial a data em que o interessado
teve ciência inequívoca da suposta lesão. E, como no caso
concreto em exame, diante da propositura da presente
demanda diretamente perante esta Especializada, no ano de
2012, ciente a autora da alteração contratual há mais de cinco
anos do ajuizamento, sepultado se encontra o desiderato pelo
decurso do prazo prescricional quinquenal expresso no artigo
7º, inciso XXIX da Constituição Federal. (TRT da 3.ª Região;
Processo: 01197-2012-092-03-00-8 RO; Data de Publicação:
20/05/2013; Órgão Julgador: Quarta Turma; Relator: Julio
Bernardo do Carmo; Revisor: Maria Lucia Cardoso Magalhaes;
Divulgação: 17/05/2013).
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PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. DANOS MATERIAIS.
INOCORRÊNCIA. A prescrição trabalhista, disposta na CR/88,
em seu artigo 7º XXIX é questão de ordem pública, não
podendo a parte pretender indenização por danos materiais em
virtude de ter ajuizado Ação que reconheceu a prescrição
quinquenal, extinguindo o processo, com resolução de mérito,
para verbas trabalhistas anteriores a uma certa data específica.
Ressalte-se que o texto Constitucional foi promulgado por
Assembleia Nacional Constituinte, tendo sido o inciso XXIX do
seu artigo 7º incluído com a Emenda Constitucional n. 28 de
2000, havendo, em ambos os casos, a representação da
vontade popular, o que inclui a própria reclamante, dentro do
sistema do regime democrático de direito, não podendo esta,
agora, alegar prejuízos.( TRT da 3.ª Região; Processo: 01261-
2012-007-03-00-7 RO; Data de Publicação: 26/03/2013; Órgão
Julgador: Oitava Turma; Relator: Convocada Ana Maria
Amorim Reboucas; Revisor: Convocado Maurilio Brasil;
Divulgação: 25/03/2013).

PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. CONTAGEM. TERMO INICIAL.


ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL No. 204 DA SDI-1 DO C.
TST. Há que se diferenciar, para efeitos de contagem de prazo,
a prescrição bienal e a prescrição qüinqüenal, ambas
disciplinadas no artigo 7o., XXIX, da Constituição da República
de 1988, que estabelece que a "ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato". Neste
particular, tem-se que a data de ruptura do contrato de trabalho
somente servirá de termo "a quo" para o cálculo
da prescrição bienal, possuindo o obreiro, a partir daí, dois
anos para ajuizar reclamação trabalhista relativa aos direitos
não satisfeitos quando de sua vigência. Já em relação à
prescrição qüinqüenal, o termo inicial para a contagem do
prazo prescricional é a data de ajuizamento da ação, a partir do
qual serão contados cinco anos para trás, com o fim de se
apurar quais parcelas ainda poderão ser pleiteadas pelo autor.
Neste sentido, está a Orientação Jurisprudencial no. 204 da
SDI-1 do c. TST, que estabelece o seguinte: "Prescrição.
Contagem do prazo. Art. 7o., XXIX, da CF.
A prescrição qüinqüenal abrange os cinco anos anteriores ao
ajuizamento da reclamatória e não os cinco anos anteriores à
data da extinção do contrato"

Então, tendo sido proposta a demanda somente em 11 de janeiro de


2019, tem-se, indene de dúvidas, que prescritas estão, todas as parcelas
supostamente existentes em virtude deste pacto, anteriores a 11 de janeiro de 2014.

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VI – NO MÉRITO

Conforme restará cabalmente demonstrado, os fatos aduzidos pelo


Reclamante são inconsistentes, sendo certo que a improcedência dos pedidos
formulados pelo reclamante é medida de Direito e Justiça.

Assim, a ora contestante impugna toda e qualquer afirmação e/ou


pedido que tenham por base informações diversas das relatadas na presente peça e
dos documentos ora juntados.

VI.I – DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA

O reclamante requer a condenação da 2ª reclamada de forma


solidária ou subsidiária por esta ter usufruído, utilizado e tomado proveito de sua
força produtiva.

O pedido não merece procedência.

Data vênia, não há que se falar em condenação subsidiária ou


solidária da segunda reclamada em relação aos eventuais créditos deferidos ao
reclamante, tampouco com a procedência dos pedidos formulados na inicial.

Sendo, porém, outro o entendimento de Vossa Excelência, o que se


admite em respeito ao princípio da eventualidade, melhor sorte não logrará o
reclamante quanto à sua pretensão.

Informe-se que as reclamadas firmaram contrato de prestação de


serviços, por meio do qual se atribuiu à ora contestante a obrigação exclusiva pelo
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pagamento de encargos trabalhistas, previdenciários, sociais e acidentários dos
empregados por ela contratados.

Ademais, a ora contestante, ciente de seus deveres, sempre


comprimiu suas obrigações, comprovando mensalmente o pagamento mensal dos
empregados, recolhimentos de FGTS, contribuições previdenciárias, entre outras
obrigações exigidas contratualmente.

Ora, em que pese o disposto no Enunciado 331, IV, do Colendo


TST, que determina a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto
às obrigações inadimplidas pelo prestador, não pode, rogata venia, o pleito de
subsidiariedade formulado prosperar no caso sub judice.

Isso porque, para responder pelos prejuízos sofridos pelos


empregados da ora contestante, a segunda reclamada deveria ter agido ou se
omitido, ao menos culposamente, o que de fato não ocorreu.

Observe-se que o artigo 186, do Código Civil, princípio legal do


entendimento expresso na Súmula supra referida, determina que: “Aquele que por
ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar
prejuízo a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

O vínculo de emprego discutido nestes autos formou-se


exclusivamente com a ora contestante e tão somente com essa, empresa
responsável de forma não exclusiva por um serviço terceirizado da atividade meio da
segunda reclamada, não se verificando, neste caso, a conduta ativa ou omissa da
segunda reclamada, nem mesmo culposamente. Aliás, não se vislumbra nem
mesmo a culpa in eligendo ou in vigilando.

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A primeira, porque o contrato sempre foi cumprido a tempo e modo
pelas partes; a segunda porque não há que se falar em negligência no tocante à
fiscalização quanto às obrigações decorrentes do contrato de trabalho celebrado
entre a ora contestante e seus empregados.

Em face do exposto, não se verifica o requisito mínimo necessário à


condenação da segunda reclamada, ainda que subsidiariamente, a eventual verba
devida pela ora contestante, razão pela qual deve ser julgado improcedente esse
pedido.

Mesmo porque, sequer existe prova nos autos de que a prestação


de serviço do reclamante tenha sido efetivada na segunda reclamada, sob inspeção
ou orientação desta. Sem o comprovado proveito do labor da obreira, maxima venia,
torna-se impossível falar-se em condenação subsidiária da segunda reclamada.

Neste sentido, a jurisprudência majoritária somente admite seja a


tomadora condenada subsidiariamente a cumprir com as obrigações do efetivo
empregador, SE PROVADA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO ALEGADO E O
BENEFÍCIO EXCLUSIVO POR ELA EXPERIMENTADO.

Sobre o tema, convém colacionar ementa de acórdão, proferido pela 6ª


Turma do Egrégio TST, em 06.09.2017, que no julgamento do processo de nº TST-
RR-1801-43.2010.5.07.0013, assim entendeu:

RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO


JURISDICIONAL. Com fulcro no art. 282, § 2º, do CPC,
não se analisará a nulidade, por se vislumbrar decisão de
mérito favorável à recorrente. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA. ÔNUS DE PROVAR A PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS EM FAVOR DA EMPRESA TOMADORA. A
jurisprudência desta Corte é no sentido de que, havendo
a negativa da empresa tomadora de que o empregado
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tenha lhe prestado serviços, é do reclamante o ônus de
comprovar a prestação dos serviços em favor daquela
empresa, como fato constitutivo de seu direito, nos
termos dos artigos 818 da CLT e 333, I, do CPC. Há
precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.

No mais, com a entrada em vigor da Lei 13.467/17, que inclusive


permite a terceirização de forma ampla, não prevê a responsabilidade pretendida
pelo reclamante.

Por isso, qualquer eventual condenação subsidiária deve limitar-se


às verbas que sejam devidas pelo período (se existente) em que o reclamante
prestou serviços em proveito exclusivo para a segunda reclamada, caso tal proveito
seja comprovado pela parte autora.

Isto posto, há de se excluir a Segunda Reclamada da presente lide,


julgando totalmente improcedentes os pedidos formulados contra a referida, até para
que não haja ofensa direta e clara ao disposto no art. 492, do Código de
Processo Civil Brasileiro, citado textualmente para fins de pré-questionamento.

VI.II – DA JORNADA DE TRABALHO HORAS EXTRAS

Alega o reclamante que a jornada de trabalho efetivamente realizada


pelo reclamante, teve expressamente pactuada jornada de trabalho contratual como
sendo de 7h20m diários, de segunda a sábado, com intervalo intrajornada contratual
de 1h10m.

Aduz que os pactos jamais foram respeitados pois a jornada


contratual sempre foi extrapolada, sendo que ao longo do vínculo empregatício o
reclamante sempre laborou jornada de trabalho fática, de segunda a sábado das

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07h15 às 20h00, sendo que em média três vezes por semana laborava até as
22h00, sempre com apenas 15min de intervalo para refeição e descanso.

Assim, alega fazer jus ao recebimento das horas extras laboradas


após as 07:20 minutos diários e da quadragésima quarta semanal como extras, com
adicional de 50% e seus reflexos.

Sem razão o reclamante.

Improcede a alegação do reclamante quanto a jornada de trabalho


alegada na exordial, consequentemente os pedidos de horas extras merecem ser
julgados improcedentes, conforme restará demonstrado a seguir.
Cumpre preliminarmente considerar que no Direito do Trabalho
aplica-se o princípio da primazia da realidade, privilegiando-se o que de fato ocorria
sobre o envoltório formal havido.

Impugna os documentos juntados pelo reclamante já que em nada


comprovam suas alegações.

No caso em questão temos que o reclamante tinha jornada de


trabalho de segunda a sábado das 08h30 às 17h00, com 01h10 de intervalo
para refeição de descanso.

A realidade é que o reclamante foi contratado para cumprir a jornada


de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, conforme se verifica nas folhas de ponto
colacionadas à defesa.

Não obstante, e em virtude das alegações do reclamante, cumpre à


Reclamada esclarecer que jamais fez qualquer exigência de labor em horário distinto
ao que deveria o obreiro efetivamente prestar em sua atividade regular, sendo que
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nas raras vezes em que o reclamante laborou em horas extras, estas foram
anotadas para pagamento, tendo sido quitadas, e, inclusive, constado pagamento no
TRCT acostado aos autos pelo reclamante.

Certo é que o reclamante não prestava qualquer atividade além da


jornada contratual, trabalhando dentro do limite legal de 44 (quarenta e quatro) horas
semanais.

Por sua vez, o obreiro não logrou apontar de forma válida, ainda que
por mera amostragem, algum dia em que tenha realizado horas extras além da
jornada diária sem a correspondente compensação ou pagamento, ônus que lhe
competia por se tratar de fato constitutivo do direito vindicado, nos termos do art.
373, I, do NCPC e art. 818 da CLT.

Portanto, improcedentes os pedidos aqui combatidos e seus


consequentes reflexos.

VI.III – DAS HORAS EXTRAS EM DOMINGOS E FERIADOS

Alega o reclamante que além da jornada citada, laborou em


domingos e feriados, alternados, sempre cumprindo as jornadas de trabalho
declinada na exordial.

Desta forma, alega fazer jus a todas as horas laboradas, em tais


dias, remunerados em dobro nos termos da Lei 605/49, acrescidas de 100%, bem
como reflexos.

Sem razão o reclamante.

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No presente caso incumbia ao reclamante trazer prova aos autos de
que laborou em domingos e feriados, o que não o fez.

Insta ressaltar ainda, que conforme se comprova do próprio TRCT


acostado aos autos pelo reclamante ocorria o pagamento de horas extras, quando
havia laborou extraordinário inclusive eventual domingo e feriados eram registrados
e pagos, sendo certo que incumbia ao reclamante produzir prova de que laborou em
domingos e feriados e não recebeu.

Desta forma, restam impugnadas as alegações obreira, uma vez que


ele não possui razão em suas alegações.

Assim, requer a improcedência do pedido.

VI.III – DO INTERVALO INTRAJORNADA

Sustenta o reclamante que que ele não dispunha do intervalo


mínimo de uma hora para descanso e refeição.

Desta forma, requer a condenação da reclamada no pagamento de


uma hora extra dia com acréscimo de 50% referente ao intervalo intrajornada e seus
reflexos.

Sem razão o reclamante.

No caso em questão o reclamante usufruiu de 01h10 de intervalo


para refeição e descanso.

No presente caso o reclamante não trouxe aos autos provas de que


não usufruía do intervalo intrajornada de forma correta, ônus que lhe incumbia.
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Neste sentido, temos que a partir da entrada em vigor da Lei 8.923,
de 27/07/94, que acresceu o §4º, ao artigo 71, da CLT, a não concessão do intervalo
intrajornada previsto no caput do citado artigo ou a concessão de período inferior a
uma hora, implica no pagamento do período do intervalo não usufruído, no todo ou
em parte, com acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho, ou seja, como se de efetivo labor extraordinário se tratasse.
Neste sentido:

INTERVALO INTRAJORNADA. Tendo sido usufruídos 40


minutos de intervalo, há direito aos 20 minutos não
concedidos como hora extra. Apenas o tempo faltante
para completar o intervalo mínimo legal de uma hora é
devido como hora extra. Tal pagamento tem natureza
remuneratória, sendo devidos os reflexos das horas
extras deferidas pela supressão parcial do intervalo
intrajornada em repousos semanais remunerados, férias,
13º salários, aviso prévio e FGTS%. Recurso da
reclamante parcialmente provido. (TRT-4. RO: 01247-
2007-001-04-00-2; Julgamento: 29/01/2009)

“INTERVALO INTRAJORNADA. TEMPO SUPRIMIDO. A


OJ nº 307 da SDI-I do TST foi editada com o intuito de
esclarecer a aplicação do § 4º do art. 71 da CLT. A
menção nela feita de que o período correspondente deve
ser objeto de novo pagamento refere-se ao tempo
sonegado, e não à totalidade do intervalo. ” (RO
02203-2007-054-12-00-1 DOE de 01/10/2008, TRT 12ª
Região).

Assim, diversamente do que pretende o reclamante, apenas o


suposto período faltante para completar o intervalo mínimo legal seria devido como
extra, e não o período integral.

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Desta forma, não há que se falar em deferimento do pedido de
indenização pelo desrespeito ao período intrajornada.

E mais, note-se que o reclamante não se desincumbiu da tarefa de


provar o descumprimento do intervalo intrajornada, tendo se resumido a alegações
vazias e fantasiosas.

Ressalte-se, finalmente, que, antes da entrada em vigor da Lei nº


13.467/17, não havia embasamento jurídico para o deferimento do pleito, somente
entendimento jurisprudencial consubstanciado em enunciado que não vincula as
decisões dos órgãos jurisdicionais.

Por tal razão, em respeito ao princípio da eventualidade, na remota


hipótese de ocorrer alguma condenação, a ora contestante requer que seja julgado
improcedente o pedido de horas extras em relação a todo o período de descanso e
alimentação supostamente suprimidos, e, em último caso, a condenação pelo
período faltante para completar o referido intervalo.

Por derradeiro, na eventualidade desta D. Juizo entender ser devido


o pagamento de horas extras proveniente de intervalo para refeição e descanso, o
que se acredita não ocorrerá, tem-se que com a entrada em vigor da Lei 13.467/17,
são devidos apenas os minutos residuais não cumpridos referente ao intervalo
intrajornada e mesmo assim de forma indenizatória.

Assim, requer a improcedência do pedido.

VI.IV – DO INTERVALO INTERJORNADA

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Alega o reclamante que cumprindo as jornadas de trabalho narrada
nos autos, verifica-se que durante toda a relação de emprego, a jornada de trabalho
na maioria das vezes, não respeitava e não respeita o intervalo mínimo de onze
horas consecutivas para descanso que deve existir entre o término de uma jornada
de labor e início da seguinte, segundo artigo 66 da CLT.

Sem razão o reclamante.

No presente caso não prospera as alegações obreira, uma vez que


sempre foi respeitado o intervalo mínimo de onze horas entre o término de uma
jornada de trabalho e o início da outra.

Insta ressaltar que o reclamante não trouxe aos autos nenhum


documento que comprove suas alegações, ônus que lhe incumbia.

Ademais, tendo em perspectiva o Princípio da Eventualidade, na


remota hipótese de que seja deferido ao reclamante o pagamento de horas extras
por supressão do intervalo interjornada, por analogia ao §4º, do artigo 71, da CLT,
a supressão do intervalo interjornada ou a concessão de período inferior a
onze horas, deve implicar no pagamento do período do intervalo não
usufruído, no todo ou em parte, com acréscimo de no mínimo 50% sobre o
valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Desta forma, tendo em vista que o reclamante não possui razão em


suas alegações, e ante à mingua de provas do alegado pelo reclamante, requer a
improcedência do pedido.

VI.V – DO INTERVALO INTERJORNADA DO ARTIGO 67 DA CLT SUMULA 110


DO TST
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Alega o reclamante que cumpridas a jornada narrada nos itens
supra, verifica-se que o labor aos domingos desrespeitava o intervalo interjornada de
35h00 consecutivos preconizada no artigo 67 CLT.

Requer a condenação da reclamada no pagamento das horas extras


pelo não cumprimento do artigo 67 da CLT.

Sem razão o reclamante.

No presente caso, não possui razão o reclamante em suas


alegações, vez que ele sequer produziu prova de que não usufruía do intervalo
mínimo previsto no artigo 67 da CLT, não tendo o reclamante trazido aos autos
provas de suas alegações.

Desta forma, restam impugnadas as alegações obreira, requerendo


a improcedência do pedido.

VI.VI – DA PRODUTIVIDADE

O reclamante alega que, além do salário fixo mensal, recebeu de


forma habitual a verba salarial produtividade/comissão, denominada também “bônus
produtividade”, sendo que não recebia tal verba de maneira correta. Pelo exposto,
requer a condenação da reclamada ao pagamento correto da verba em questão com
os devidos reflexos.

A pretensão do reclamante deve ser rechaçada.

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A priori, a reclamada esclarece que o pacto laboral firmado com
o reclamante convencionou o pagamento de salário fixo apenas, nada
pactuando a respeito de pagamento de produção ou comissão.

Desta feita, vislumbra-se que o autor, valendo-se de alegações


mendazes e falaciosas, pretende induzir este r. Juízo a erro com o intuito de obter
enriquecimento sem causa.

Ademais, é do autor o ônus de provar os fatos alegados, tendo por


certo que não se desincumbiu de tal ônus.

Desta feita, requer seja o pedido julgado totalmente improcedente,


bem como os seus reflexos.

VI.VII – DA RESILIÇÃO DO CONTRATO – MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

Alega o reclamante que muito embora tenha sido demitido sem justa
causa, em 30/03/2018, teve seu TRCT homologado apenas e tão-somente para
efeito de levantamento de guias de seguro-desemprego e FGTS, sendo certo que
recebeu o valor aposto no TRCT com mais de trinta dias após a demissão.

Assim, requer a condenação da reclamada no pagamento da multa


prevista no artigo 477 da CLT.

Sem razão o reclamante

Conforme consta do TRCT acostado aos autos no ID 979cba6, o


pagamento das verbas rescisórias foi realizado através de consignação em
pagamento processo de número 0000336-91.2018.5.09.0003, ou seja, o pagamento
das verbas rescisórias ocorreu dentro do prazo legal.
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Assim, requer seja o pedido em questão julgado improcedente.

VI.VIII – DOS ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS

Sem razão o reclamante em suas alegações, vez que quanto as


contribuições previdenciárias e ficais deve o reclamante arcar com sua cota e a
reclamada com a sua no caso de INSS e, no que tange ao imposto de renda, trata
de obrigação de caráter personalíssimo, sendo de total responsabilidade do
reclamante o eventual recolhimento.

Desta forma, requer o indeferido do requerimento.

VI.VIX – DOS JUROS DE MORA NATUREZA INDENIZATÓRIA NÃO INCIDÊNCIA


DE IMPOSTO DE RENDA

Aqui também sem razão o reclamante, uma vez que no cálculo do


imposto de renda deve-se prevalecer a legislação vigente, devendo a base de
cálculo obedecer o que dispõe a lei, não havendo em se falar de incidência de juros
na base de cálculo do imposto de renda.

Assim, requer a improcedência do pedido.

VI.X – HONORÁRIOS ADVOCATICIOS

Pretende o reclamante a condenação da reclamada no pagamento


de honorários advocatícios, o que não merece prosperar.

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Isto porque, referida verba, está ligada ao indeferimento ou
deferimento de verbas pretendidas pelo reclamante, sendo que no presente caso,
ficou claro que o reclamante não possui razão em suas alegações, devendo todos
os pedidos serem julgados improcedentes.

Uma vez que a condenação da reclamada estaria vinculada ao


deferido de verbas ao reclamante, e, no presente caso não há em se falar de
deferimento de verba alguma ao reclamante, requer a improcedência do pedido.

VI.XI – HONORÁRIOS ADVOCATICIOS EM FAVOR DA RECLAMADA

Com a entrada em vigor da lei 13.467/17, o reclamante fica obrigado


a arcar com despesas processuais na parte em que ficar sucumbente.

Insta ressaltar que os honorários advocatícios possuem natureza


diversa da gratuidade de justiça, possuindo os honorários caráter alimentar, sendo
certo que mesma que na eventualidade de ser concedida a gratuidade de justiça ao
reclamante o que se acredita não ocorrerá, deve o reclamante arca com os
honorários advocatícios na parte em que ficar sucumbente.

Desta forma, requer a condenação do reclamante no pagamento de


honorários advocatícios na parte em que ficar sucumbente, requerendo ainda que o
valor seja decotado de eventual valor devido ao reclamante.

VI.XII – DO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA

Em relação ao Benefício da Justiça Gratuita, certo é que o


reclamante não preenche os requisitos legais exigidos para o deferimento da
gratuidade pretendida, nem tampouco há comprovação do preenchimento de tais

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requisitos, como manda a Lei 5.584/70, razão pela qual se impugna expressamente
tal pleito.

Com efeito, a concessão não é apenas faculdade do juiz, e sim,


limita-se ao preenchimento dos requisitos oriundos da lei, independente da vontade
da parte ou do Juiz.

Assim sendo, não há que se falar em concessão de Justiça Gratuita,


in casu, pois o reclamante não é pobre no sentido legal, podendo arcar com os ônus
decorrentes da ação.

Insta ressaltar que o reclamante sequer comprovou nos autos


que não possui renda superior a quarenta por cento do teto do INSS, não
havendo em se falar de deferimento da gratuidade de justiça.

Portanto, afastada por consequência a aplicação do parágrafo 3º,


do artigo 790, consolidado, deve ser julgado improcedente o referido pedido
constante da peça de ingresso.

VI.XIII – DO REQUERIMENTO DE EXPEDIÇÃO DE OFICIOS

O reclamante requer a expedição de ofícios ao Ministério do


Trabalho, ao INSS e à CEF, comunicando as irregularidades praticadas pelas
reclamadas, para aplicação das sanções legais cabíveis.

Sem razão o reclamante.


Isto porque conforme se comprovou nos autos, não há em se falar
de irregularidade praticadas pela reclamada, ainda mais passível de expedição de
ofícios.

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Desta forma requer o indeferimento do pedido.

VI.XIV – DO INSS E DO IMPOSTO DE RENDA

Ad argumentandum tantum, em caso de condenação, deve ser


observado por esse Douto Juízo que os descontos previdenciários e fiscais
decorrem de imperativo legal, sendo correto afirmar que os preceitos de ordem
pública suplantam os interesses dos particulares.

Assim, no caso dos autos, não se pode afastar a aplicação do artigo


46, da Lei 8.541/92, e dos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, além do inciso II, do
artigo 195, da Constituição Federal, que determinam expressamente as retenções
previdenciárias e fiscais de responsabilidade do reclamante, razão pela qual se tem
que, em caso de condenação, deve ser observado que é do reclamante a
responsabilidade pelo recolhimento previdenciário previsto nos artigos 43 e 44, da
Lei 8.212/91, com a nova redação dada pela Lei 8.620/93.

No que se refere ao imposto de renda, a transferência da


responsabilidade viola o artigo 46, da Lei 8.541/92, artigo 45 do Código Tributário
Nacional, e artigo 12, da Lei 7.713/88.

Como se sabe, a retenção do imposto de renda na fonte decorre do


aludido artigo 46, da Lei 8.541 de 23/11/1992, que consagra o regime de caixa,
evidenciado. O artigo 45, do CTN, por sua vez, estabelece que a lei pode atribuir à
fonte pagadora da renda a condição de responsável pela retenção e pagamento do
imposto, que é o que faz a Lei 8.541/92.

Com a edição da Lei 7.713/88, desde 01/01/1989, restou


consagrado o chamado “regime de caixa”, o qual determina que a renda é
considerada recebida quando paga, não se observando o regime de competência.
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Assim, o cálculo deve ser feito tomando-se todo o rendimento
porventura recebido e aplicando-se a tabela do mês de pagamento, sob pena,
justamente, de violação de toda a ordem e legislação tributária atinentes ao Imposto
de Renda.

O desconto do imposto de renda, nos termos do aludido artigo 46,


da Lei 8.541/92, incide sobre os rendimentos do trabalho assalariado pagos em
cumprimento da decisão judicial.

Logo, o fato gerador surge no ato do pagamento ou, como explicita


a Lei,
“no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível
para o beneficiário”.

Por tudo isso, devem ser observados os dispositivos legais acima


citados, não podendo a responsabilidade do reclamante relativo aos descontos dos
encargos fiscais e previdenciários, recaírem sobre as reclamadas.

VI.XV – DOS DOCUMENTOS JUNTADOS AOS AUTOS COM A INICIAL DA


COMPENSAÇÃO/DA CORREÇÃO MONETÁRIA:

No que se refere aos documentos trazidos aos autos com a inicial é


de se dizer que aqueles que não foram especificamente impugnados ao longo dessa
peça de defesa, não modificam, nem têm o condão de comprovar os fatos alegados
pelo reclamante. Todavia, ainda assim, e por cautela, ficam impugnados neste
momento, de forma global e expressa.

Como se vê, improcedem todos os pedidos formulados pelo


reclamante, devendo, pois, ser indeferidos.
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Por argumentar, na inimaginável hipótese de se deferir algum direito
ao reclamante, requer a reclamada que lhe seja deferida a compensação de todos
os valores eventualmente já quitados a idêntico título, e que eventual correção
monetária se dê pelo índice do 5º (quinto) dia útil subseqüente ao vencido, como
determina a SDI, do Egrégio TST.

VI.XVI – DO REQUERIMENTO DE APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS

No presente caso, não há em se falar de apresentação de


documentos requeridos pelo reclamante, inclusive no que tange as horas extras, vez
que esta reclamada não está obrigada a trazer aos autos documentos requeridos
pelo obreiro.

Insta ressaltar que a reclamada acosta aos autos os documentos


que entende serem necessários para comprovados dos fatos e que o reclamante
não possui razão em suas alegações.

Assim, requer seja indeferido o requerimento de apresentação de


documentos feitos pelo reclamante.

VII – DOS REQUERIMENTOS FINAIS

Diante de todo o exposto, a primeira reclamada requer que lhe seja


deferida a produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em especial a
prova documental, testemunhal, e o depoimento pessoal do reclamante, sob pena
de confissão, esperando que, ao final, todos os pedidos formulados na petição inicial
sejam julgados improcedentes, de vez que, assim agindo, estará essa Douta Vara,
uma vez mais, fazendo o que dela sempre se espera e obtém, ou seja, JUSTIÇA.

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Nestes termos, pede deferimento.

São Paulo, 10 de maio de 2019.

P.p., José Henrique Cançado Gonçalves


OAB/MG 57.680

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