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Intimados pelo Ministério Público

Edilidade pede excepção para erguer lojas no espaço público

O Conselho Autárquico da cidade de Nampula reage a intimação do Ministério Público


pedindo excepção para continuar com a construção de infra-estruturas comerciais, no
espaço reservado para o passeio na Rua Mártires de Mueda, no bairro Muhala
Belenenses.

O município justifica-se pelo facto do espaço em alusão servir supostamente de abrigo


de malfeitores e que, razão pela qual foi atribuído aos agentes económicos para a
construção de lojas. Contudo, este órgão entende que o Ministério Público agiu de
forma incorrecta ao intimar o executivo municipal por via de órgãos de comunicação
que tornaram público o assunto.

“Nós respeitamos o Ministério Público e os seus magistrados. Mas gostaríamos de pedir


ao Ministério Público para que nos deixe trabalhar, porque a nossa preocupação é ajudar
os munícipes necessitados”, pediu o município através do seu director de Comunicação
e Imagem, Nelson Carvalho, que falava em colectiva de Imprensa.

Aquando da sua explicação, Nelson Carvalho disse ter sido atribuídos o espaço também
aos moradores da zona, mas questionado este não avançou o número real. Igualmente,
refere que para o passeio dos munícipes foi reservado um espaço de dois metros
enquanto entre a Escola Secundária de Nampula e o Instituto Industrial 3 de Fevereiro,
instituições afectadas, não foi reservado nenhum espaço.

“Todas as actividades que o município de Nampula realiza, achando conveniente, não e


necessário que possamos notificar algumas instituições, porque é da nossa
responsabilidade fazer o aproveitamento e uso dos espaços ao nível do raio municipal”,
respondeu Carvalho abordado se haviam ou não notificado as empresas Fundo de
Investimento para o Patrocínio de Abastecimento de Água (FIPAG) e Electricidade de
Moçambique (EDM), instituições que têm suas infra-estruturas no espaço em alusão.

Carvalho recorda que outrora, no local em referência existiam barracas, instituição de


reparação de chaves de automóveis, restaurantes, um depósito de vento de bebidas
alcoólicas e refrigerantes, entre outras de caris comercial, mas que o Ministério Público
não se mostrou preocupado.
“Fomos intimados pelos órgãos de comunicação social. O Ministério Público usou os
órgãos de comunicação social para nos intimar. Gostaríamos de aconselhar ao
Ministério Público para que não usasse os órgãos de comunicação social para fazer
valer as actividades que este órgão realiza”, acusou a fonte sem antes se informar da
intimação oficial que deu entrada na Secretaria do Conselho Autárquico, horas antes da
colectiva de Imprensa.

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