Relatorio Iapen Allen Impressao

Você também pode gostar

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 44

FACULDADE DE MACAPÁ

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

ÁLLEN SOUZA TRINDADE

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO II COM ENFASE EM SAÚDE MENTAL E


TRABALHO

Macapá - AP
2019
FAMA
FACULDADE DE MACAPÁ
BARCHARELADO EM PSICOLOGIA

ÁLLEN SOUZA TRINDADE

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO II COM ENFASE EM SAÚDE MENTAL E


TRABALHO

Relatório de estágio apresentado à


Faculdade de Macapá – FAMA, como
requisito obrigatório para cumprimento da
disciplina Estágio Ênfase II – Saúde Mental
e Trabalho, sob supervisão e orientação da
Prof.ª Esp. Raquel Mykellyne Rodrigues
Lima Cavalcante Alcântara Neves.

Macapá - AP
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROBLEMATICA DO ESTÁGIO..................................6
2.1. Surgimento do Adoecimento Psiquico à Luz da Psicologia.............................................6
2.2. Qualidade de Vida .........................................................................................................11
3 METODOLOGIA................................................................................................................15
3.1. Proposta do Estágio .......................................................................................................15
3.2. O Ambiente das Intervenções.........................................................................................15
4 RELATO DA EXPERIENCIA DE CONCRETIZAÇÃO DA PROPOSTA DO
ESTÁGIO – ATIVIDADES...................................................................................................18
4.1. Atividade I .....................................................................................................................18
4.2. Atividade II ...................................................................................................................18
4.3. Atividade III...................................................................................................................20
4.4. Atividade IV...................................................................................................................21
4.5. Atividade V....................................................................................................................22
4.6. Atividade VI...................................................................................................................23
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................25
6 PLANO DE ESTÁGIO........................................................................................................28
7 CRONOGRAMA DE ESTÁGIO.......................................................................................33
REFERÊNCIAS......................................................................................................................34
ANEXOS..................................................................................................................................36
4

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo demonstrar de maneira clara e concisa as


atividades desenvolvidas durante o Estágio em Ênfase II – Saúde mental e trabalho, realizado
em instituições públicas e privadas do município de Macapá, estado do Amapá. As
instituições eleitas para a execução das atividades foram disponibilizadas por instituições
conveniadas à faculdade. O estágio foi realizado no período de agosto a dezembro de 2019,
totalizando 45 horas. As atividades foram planejadas e realizadas sob orientação e supervisão
da Prof.ª Esp. Raquel Mykellyne Rodrigues Lima Cavalcante Alcântara Neves, as quais serão
descritas no decorrer deste trabalho.
O Estágio em ênfase II, ocorreu na área jurídica, hospitalar e escolar. Sendo que a
experiência vivenciada foi realizada no Instituto de Administração Penitenciário do Amapá-
IAPEN, situado na Rodovia Duca Serra, Km 07- S/N Cabralzinho Macapá- Ap. A pratica de
intervenção ocorreu semanalmente às quartas feiras no horário das catorze as treze e trinta,
sendo o público alvo os reclusos do sexo masculino do regime fechado e provisório. O
objetivo deste era proporcionar o bem-estar e a reconciliação dos reeducandos e para isto
foram atividades que trabalhavam a auto- estima, as emoções, controle de raiva,
autoconhecimento a família e as habilidades como desenhos além de rodas de conversas.
Segundo Ryan e Deci (2001) bem-estar seria o estado emocional subjetivo de
felicidade, consiste no pleno funcionamento das potencialidades de uma pessoa, ou seja, sua
capacidade de pensar, usar o raciocínio e o bom senso. Para ser desenvolvida foi necessário
encontros semanais com o grupo, onde eram definidos os temas de cada atividade e as sextas
realizadas as orientações com o preceptor Aroldo José. No sistema prisional o indivíduo acaba
perdendo sua referência como pessoa, devido a situação no qual se encontra sendo apenas
identificado pelo ato que cometeu.
Devido a vários fatores como abandono dos familiares, condições precárias de
moradia que comportamentos e emoções como raiva, tristeza, angustia, agressividade ficam
muito afloradas. O psicólogo prisional terá fundamental importância no processo de
reinserção deste indivíduo ao convívio social e familiar, trabalhando seus medos, angustias,
ansiedades. Outro fator muito significativo observado foi que muitos reeducandos conceituam
o ambiente prisional como um novo lar, uma nova família
Em decorrência a condição na qual estão inseridos o discurso que foram esquecidos
pelas autoridades e sociedade tornou-se mais frequente, sendo cada vez mais comuns os
5

relatos de doenças psíquicas como depressão e ansiedade, a falta de perspectiva para o futuro
e a perda da dignidade. Nesse processo foi observado indivíduos com profundas habilidades
de conhecimento e mesmo a tantas dificuldades mostram se sabedoras de inteligências
emocionais e intelectuais na maneira de falar, expressar, cantar e desenhar
Consideravelmente, no que diz respeito ao citado relatório final de estágio II, com
ênfase em saúde mental e trabalho, tem como aspecto central, a vivencia dos encarcerados ao
sistema prisional, bem como a reinserção ao convívio social e a relevância de sua
subjetividade. Para execução deste estagio houveram algumas dificuldades por tratar-se de
um ambiente de alta periculosidade, no entanto com uma grande necessidade de atuação.
Sendo realizadas seis oficinas, com grupos de onze a quinze reeducandos na faixa etária de
vinte a setenta anos.
Havendo participação ativa dos reeducandos nas oficinas, nas quais para muitos
envolvidos seriam um momento de descontração e interação proporcionando aos mesmos o
mínimo de dignidade e humanidade fortalecendo os mesmos como sujeito, com
empoderamento e autonomia resultando em autoconfiança para ressocialização em sociedade.
Esta torna-se uma tentativa de proporcionar melhor qualidade de vida, ou seja, melhorar a
percepção que os reeducandos tem sobre si, dentro da comunidade.
A ideia de ressocialização consiste que o autor de um crime não a delinquir através da
reeducação e reintegração pautando no respeito a sua integridade física e psíquica. Ao
falamos de ressocialização estamos pontuando o fortalecimento dos laços do apenado com
seus familiares que geralmente ficam fragilizados, oferecendo um tratamento digno
demostrando quanto será significativa sua participação de maneira ética e justa dentro da
sociedade. Neste contexto ressalta a transcendência do trabalho do psicólogo prisional nesse
espaço com contribuição crítica e ética e respeitosa como estabelece o código de ética que
rege a atuação dos psicólogos.
6

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA DO ESTÁGIO


2.1. Surgimento do Adoecimento Psíquico à Luz da Psicologia.
A terapia cognitivo comportamental se caracteriza por ser uma abordagem estruturada,
breve, com foco, didática, diretiva no problema em questão e em sua solução, com a
utilização de técnicas específicas para as mais diversificadas situações. O tratamento
efetuado através da terapia cognitivo comportamental analisa os níveis cognitivos
disfuncionais do paciente, averiguando a forma que o mesmo interpreta situações que
podem vir a ocorrer em seu cotidiano e, consequentemente lhe causar algum sofrimento ou
disfuncionalidade.
Até hoje, a terapia cognitiva tem como pressuposto a ideia de que os sentimentos e
os comportamentos do indivíduo são determinados pelo modo como ele estrutura e
interpreta o mundo através de seus pensamentos e de suas crenças (ABREU et al.,
2012, p. 14).

Através da terapia cognitivo comportamental são proporcionadas diversas estratégias


para corrigir a estrutura da cognição do paciente organizando componentes terapêuticos e
variáveis relevantes dentro dos procedimentos psicoterápicos que constitua um modelo
coerente para a pratica geral, que a intervenções facilitem a colaboração do paciente. Desse
modo que possa aprender de como aprimorar e verem a si próprios como parceiros
colaboradores na relação terapêutica, melhorando dessa forma suas opiniões a respeito de si
mesmos, mundo e futuro.
O modelo cognitivo contrapõem a ideia de que não é os acontecimentos em si que
nos afetam emocionalmente, mas sim a maneira de como analisamos esses
acontecimentos, a partir desse contexto teremos um estado de reação
comportamental do sujeito com interação ao ambiente na qual estar inserido. “Mude
como você se sente, mudando o modo como você pensa” (GREENBERGER;
PADESKY, 2017, p. 1).

O preparo dos doentes e cuidadores para o uso de qualquer método para o controle
da dor deve ser feito de modo continuado, a ação educativa visa torná-los agentes de
autocuidado e participantes conscientes do processo terapêutico, como apreciar a dor
envolve aspectos emocionais e cognitivos, o que o doente sabe acerca da sua dor e as
crenças que tem sobre ela, vão definir a forma como ele lida com a situação. O uso da
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem-se mostrado um instrumento bastante eficaz
no tratamento desses doentes.
Como na TCC os processos cognitivos dizem respeito à causa dos comportamentos
disfuncionais, distorções cognitivas frente às diversas possibilidades de interpretação da
realidade podem comprometer a saúde biopsicossocial do indivíduo. A teoria cognitiva
7

comportamental parte da ideia fundamental de que aquilo que percebemos e executamos é


influenciado por aquilo que pensamos, de modo que as emoções e comportamentos
disfuncionais são decorrentes de maneiras desadaptativas de pensar, ou seja, o aspecto da
cognição do paciente leva aparecimento de sintomas fisiológicos que pode ocasionar em
enfermidade.

Crenças Nucleares

Crenças
Intermediaria

Situação Pensamentos Reações Fisiológico Emoção Comportamento


Automáticos

As nossas capacidades de processamento de informação têm como forma


manipuladora sobre as nossas emoções e comportamento. De modo que as nossas
interpretações e emoções disfuncionais podem prejudicar profundamente nossos padrões
de conduta. Seus pensamentos designam o rumo de sua vida.
Os modelos cognitivos contrapõem a ideia de que não é os acontecimentos em si
que nos afetam emocionalmente, mas sim a maneira de como analisamos esses
acontecimentos, a partir desse contexto teremos um estado de reação comportamental do
sujeito com interação ao ambiente na qual estar inserido. “Mude como você se sente,
mudando o modo como você pensa” (GREENBERGER; PADESKY, 2017, p. 1).
A Terapia cognitiva comportamental tem por finalidade atuar na identificação dos
pensamentos automático (P. A) e de como pensa, para que então possa avaliar esses
pensamentos e apresentar alternativas ao paciente buscando melhor meio de responder
esses pensamentos de forma adaptativa que atue no seu bem estar psíquico, fisiológico e
social.
Processos de pensamento de superior envolvidos em planejar o que se vai
fazer, monitorar enquanto se está fazendo, e avaliar após ter sido feito...
Exemplos de metacomponentes são em primeiro lugar reconhecer que se tem
um problema, monitorar a estratégia enquanto se busca implementa-la, e
avaliar o sucesso da estratégia após se ter completado sua implementação.
(BECK; ALFORD, 2000, p. 66).

Cada uma dessas etapas está apresentando a execução dos procedimentos clinico
da terapia cognitiva comportamental. Onde objetivo se torna identificar condutas
negativas, mostrar as evidencias do problema mais urgente e acessível, elabora plano de
8

dever de casa, anotar o plano de dever de casa entre as sessões psicoterápicas, examinar os
problemas gradualmente desde as sessões anteriores.
De acordo Wright, Basco e Thase (2008) refere que abordagem cognitiva
comportamental salienta que as técnicas tem como propósito auxiliar o paciente a verificar
e alterar seus P.A, principalmente aqueles que trazem sintomas emocionais, criando uma
instabilidade do humor. A Terapia cognitiva comportamental ensina essas técnicas para o
paciente (psicoeducação) para que ele se torne mais autônomo sem precisar da ajuda do
terapeuta chegando no objetivo de metacognição trazendo os seus pensamentos
automáticos para consciente.
Beck e seus colaboradores, identificaram três níveis de processamento cognitivo: a
consciência, os pensamentos automáticos e os esquemas. Sendo “O nível mais alto da cognição
é a consciência, um estado de atenção no qual decisões podem ser tomadas racionalmente”. A
Atenção consciente nos permite monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente; ligar
memórias passadas ás experiências presentes e controlar e planejar ações futuras. (BECK et al;
D. A. CLARK et al; DOBSON E SHAW apud WRIGHT e col. 2008 pg. 19). . “A TC focaliza
seu trabalho em identificar e corrigir padrões de pensamento conscientes e inconscientes (que
não estão imediatamente acessíveis à consciência)”. (KNAPP, 2004 pg. 20).
Pensamentos Automáticos
Os pensamentos automáticos são cognições que se apresentam diariamente, e estão
localizados abaixo dos pensamentos conscientes, sendo por fortes emoções ou sentimentos.
São espontâneos e fluem na mente a partir de acontecimentos do dia-a-dia, independente
de deliberação ou raciocínio. Podem surgir de forma de pensamento ou imagem. Os
pensamentos afetam as emoções e os comportamentos.
Segundo Aaron Beck “os pensamentos automáticos são um fluxo de pensamentos
que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifesto” (Beck apud Beck, 2013, p.
159)
Muitos dos nossos pensamentos automáticos não causam problema algum, muito
pelo contrário, precisamos de rapidez de raciocínio, e são os pensamentos automáticos que
possibilitam isso. O problema aparece quando esses pensamentos automáticos não
correspondem à realidade. Por exemplo, quando em depressão as pessoas costumam ter
uma série de pensamentos automáticos negativos e falsos, como por exemplo: “Não
adianta sair da cama, nada de bom pode acontecer na minha vida”.
São os pensamentos automáticos disfuncionais que pessoas com transtorno
psicológico com frequência interpretam erroneamente situações neutras e até positivas e,
9

deste modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos. Ao corrigir os erros de


pensamento muitas vezes o paciente sente-se melhor. No nível da metacognição seleciona,
avalia, monitora o desenvolvimento adicional de esquemas para situações, tarefas, ou
problemas particulares. É o nível cognitivo que regula os níveis cognitivos inferiores.
Assim, é nos níveis automático (pré-consciente) e consciente que a pessoa percebe o
conteúdo cognitivo. Além disso, o nível metacognitivo permite que o paciente em terapia
cognitiva perceba tantas operações e/ ou erros de processamento quanto ao conteúdo
cognitivo.
Esquemas
Esquemas são crenças nucleares que agem como matrizes ou regras subjacentes para o
processamento de informações. Eles servem a uma função crucial aos seres humanos, que lhes
permite selecionar, filtrar, codificar e atribuir significado às informações vindas do meio
ambiente. São regras sobre a natureza física do ambiente, gerenciamento prático das atividades
cotidianas ou leis da natureza que podem ter pouco ou nenhum efeito sobre a psicopatologia.
Eles são formados e aprendidos na infância e reforçadas durante o desenvolvimento
do indivíduo, através de estruturações feitas progressivamente das interpretações que o
indivíduo faz do mundo, orientando, organizando e selecionando novas interpretações,
assim como ajudam no estabelecimento de critérios de avaliação de eficácia ou adequação
de sua ação no mundo. São utilizadas pelos indivíduos para lidar com situações regulares
de maneira a evitar todo o complexo processamento que existe quando uma situação é nova
(RANGÉ, 2001a).
“Na teoria cognitiva- comportamental, os esquemas são definidos como matrizes ou
regras fundamentais para o processamento de informações que estão abaixo da camada
mais superficial dos pensamentos automáticos” (D. CLARK et al. Apud WRIGHT et al,
2008). Esses princípios são influenciados pelo o espaço que o indivíduo está inserido, ou
seja, os modelos paternos ou parentais, os educadores, vizinhos, amigos ou a sociedade em
geral.
De acordo com Beck (1997), utiliza-se a nomenclatura de “esquemas” para caracterizar
um conjunto de crenças agrupadas por similaridade. Nessa perspectiva, os esquemas seriam
organizações psíquicas utilizadas pelas pessoas visando à compreensão de suas experiências e
do mundo em sua volta, formados em etapas iniciais da vida. Essas organizações psíquicas se
auto confirmam com o objetivo de estabelecer uma coerência cognitiva, já que a visão de si
mesmo, do mundo e dos outros permanece estável desde a infância ou acontecimentos
marcantes na vida adulta.
10

Essas estruturas cognitivas apresentam o papel de criar mecanismos como o indivíduo ver
a si mesmo, ver ao outro e ver o mundo e apresentam uma resistência à mudança, entretanto, é
passível de transformações para esquemas adaptativos o que é fundamental para a melhoria do
paciente. Alguns esquemas podem ser definidos como simples, ou seja, são crenças básicas
que servem para a proteção do indivíduo no ambiente, tendo pouco ou nenhuma influência
sobre as psicopatologias. WRIGHT e col.(2008).
Crenças intermediárias
Apresentam-se nas formas de regras, suposições e atitudes e estão em sua totalidade
influenciadas pelas as crenças centrais e ao mesmo tempo influenciam os pensamentos
automáticos, sendo uma intermediadora entres ambos como forma de aliviar o sofrimento
psíquico gerado pelas as crenças centrais. O indivíduo constrói essas crenças intermediárias e
a maneira de funcionar, de acordo com Pereira e Rangé (2011, p. 22), “funcionam como um
mecanismo de sobrevivência que o auxiliam a lidar e a se proteger da ativação extremamente
dolorosa das suas crenças nucleares”. Elas estão diretamente relacionadas ao conteúdo da
crença central e dirige os comportamentos das pessoas. São as regras condicionais como
afirmações do tipo (se, então) que influenciam a autoestima e a regulação emocional.
Crenças Centrais ou Nucleares
As crenças centrais ou nucleares são os nossos conceitos fundamentais mais profundos
acerca de nós mesmos, das pessoas, do mundo e do futuro. Elas se apresentam de formas
incondicionais, desse jeito, cada indivíduo as aceitas como regras e de acordo com as
situações expostas é aceitável que ele irá pensar do mesmo modo, reforçando as suas crenças.
Podemos nos referir as crenças como sendo construída durante toda nossa vida e assim como
os esquemas são enraizadas, quando ativadas, temos a real necessidade de acreditar e aceitar
como verdades absolutas, o que influência nas emoções e comportamentos. Normalmente
essas crenças são falsas ou, no máximo, somente parcialmente verdadeiras. (KNAPP, 2004).
11

2.2. Qualidade de Vida.


A expressão qualidade de vida ou a como comumente utilizada QDV foi utilizada pela
primeira vez em 1964, pelo então presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson
(CALVETTI, P. U. et al, 2006). “O termo abrange muitos significados, que refletem
conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em
variadas épocas, espaços e histórias diferentes” (MINAYO, 2000) o autor complementa ainda
que “é importante observar também que, em todas as sondagens feitas sobre qualidade de
vida, valores não materiais, como amor, liberdade, solidariedade e inserção social, realização
pessoal e felicidade, compõem sua concepção”.
A qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde- OMS, não possui
uma definição exata, a ausência de consenso a respeito de um conceito, foi um dos motivos
que levaram especialistas de várias partes do mundo a se reunirem. O WHOQOL definiu
Qualidade de Vida de forma ampla levando em consideração a saúde física, as relações
sociais, e aspectos significativos do meio ambiente. O grupo definiu como a “percepção do
indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores em que ele vive
e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (THE WHOQOL
GROUP, 1995, p. 1.405).
Ribeiro (2009) comenta que “qualidade de vida se tornou um conceito popular que faz
parte da linguagem do homem comum, dos especialistas aos leigos”, e isso traz a discussão da
dificuldade chave que como afirma McGuire (1991), "todos têm a sua própria ideia do que é a
QDV, e é nisso que reside o problema" uma vez que a diversidade de sentidos atrelados a essa
perspectiva implica então em múltiplas visualizações que possam permitir visualizar como se
dá, como se chega ou como se configura tal fenômeno, e quando percebido de forma subjetiva
isso amplia ainda mais a discursão, que não permite margem para o certo ou errado, mas sim
para especificidades de cada local.
O discurso da relação entre saúde e qualidade de vida, embora bastante inespecífico e
generalizante, existe desde o nascimento da medicina social, nos séculos XVIII e XIX,
quando investigações sistemáticas começaram a referendar esta tese e dar subsídios para
políticas públicas e movimentos sociais (CALVETTI, P. U. et al, 2006). Quando se comenta
acerca de qualidade de vida abrangem-se condições e relações humana e muito se relacionada
a satisfação de uma forma generalizada onde o ciclo familiar, social, ambiental dentre outros
contextos, fazem-se presentes e foco de discussão não de forma excludente e sim
complementar com um olhar multilateral.
12

Calvetti, P. U. et al, (2006) comenta sobre a capacidade de efetuar uma síntese cultural
de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-
estar, essa síntese é necessária uma vez que cada cultura se apresenta de uma forma, e essa
forma implica em conceitos, visões e especificidades diferentes de uma para outro, logo, a
qualidade de vida também se torna desta forma relativa onde o bem-estar subjectivo,
felicidade, satisfação com a vida, entre outros, são termos usados de forma equivalente, para
referir a boa vida em geral, porém, que deve ser visto de cultura a cultura. (RIBEIRO, 1994)
Parece, portanto, claro que a boa vida considerando o viés que abarca a qualidade de
vida pode se tornar um objetivo fundamental para as sociedades, haja visto que, esse processo
ou essa condição mostra-se presente de diversas formas, e em todas as formas demonstra
bem-estar social e individual. Matos (1999) comenta ainda que quanto mais aprimorada a
democracia, mais ampla é a noção de qualidade de vida, o grau de bem-estar da sociedade e
de igual acesso a bens materiais e culturais, esse acesso se dá através de uma noção
situacional que muito se atrela a fatores econômicos e políticos que por sua vez vão facilitar
ou não a promoção de qualidade de vida.
Sob vieses atrelados a qualidade de vida têm-se o bem-estar, onde em um estudo
realizado por Ema Otta, divulgado em 2016 pelo Jornal da USP. Para a professora o conceito
desse está relacionado com duas dimensões: avaliação de vida e bem-estar emocional. A
primeira corresponde aos pensamentos que a pessoa tem quando refletem sobre suas
condições de habitação, alimentação, segurança, educação e saúde, ou seja, ligada à
estabilidade, e bens materiais. A segunda corresponde a qualidade emocional da experiência
cotidiana como frequência e intensidade das experiências de alegria, estresse, tristeza, raiva e
ternura, o que determina a vida agradável ou desagradável.
Ryff & Cantor (1998) definem o bem-estar como um processo multidimensional que
envolve saúde intelectual, social, emocional e física. A definição indica que a saúde é
considerada como presença de aspectos positivos na mente e também no corpo. Pesquisadores
dessa linha acreditam que a presença de estados emocionais e avaliações positivas dos
trabalhadores e sua relação com o ambiente de trabalho aumentam a qualidade de vida e o
desempenho (Harter, Schmidt, & Keyes, 2002). Visualiza-se nesse preceito que o bem-estar
discutido sob o viés de qualidade de vida insere-se sob diversas perspectivas contribuintes
entre si que proporcionam assim um olhar abrangente.
A crescente preocupação com questões relacionadas à qualidade de vida vem de um
movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar
parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou
o aumento da expectativa de vida. Assim, qualidade de vida é abordada, por muitos
autores, como sinônimo de saúde, e por outros como um conceito mais abrangente,
13

em que as condições de saúde seriam um dos aspectos a serem considerados


(FLECK, LOUZADA, XAVIER, CHACHAMOVICH, VIEIRA, SANTOS &
PINZON, 1999).

Buss (2000) comenta que em países da America Latina como o Brasil a péssima
distribuição de renda, o analfabetismo e o baixo grau de escolaridade, assim como as
condições precárias de habitação e ambiente têm um papel muito importante nas condições de
vida e saúde. Sabe-se que nos últimos anos as condições de saúde no país têm sido
negligenciadas de forma que a qualidade de vida tem sido diretamente afetada em todos os
âmbitos de vida sejam eles, trabalho, educação, saúde em um sentido geral que favorecem
para o aparecimento de doenças e transtornos das mais variadas formas.
Sendo assim, é de extrema necessidade falar também sobre alguns critérios que
envolvem a qualidade de vida, eles são, os biológicos, psicológicos e sociais, formando a
tríade essencial chamada de biopsicossocial, na qual coitado por Vecchia, Ruiz, Bocchi e
Corrente (2005), este conceito está relacionado à autoestima e ao bem estar pessoal e abrange
uma série de aspectos como condições físicas do ambiente e condições oferecidas pela
sociedade, relativas à renda, saúde, educação, interação social, às condições biológicas
derivadas da genética e ao estilo de vida aderido ao longo dos anos. Ao falar sobre qualidade
de vida exige que se exemplifique seus tipos:
A qualidade de vida no trabalho, é um dos tipos que mais recebem atenção, o trabalho
é um dos maiores causadores de adoecimento, biopsicossocial. Barreto (2003) discute os
efeitos psicológicos e físicos à saúde do trabalhador decorrentes das mudanças nas relações de
trabalho no contexto da globalização e das formas de organizar e gerir a produção que, muitas
vezes, são baseadas em relações assimétricas, em práticas desumanas e em abuso de poder.
Dentre as consequências à saúde do trabalhador encontram-se a hipertensão arterial, perda de
memória, ganho de peso, “sensação de enlouquecimento”, depressão e problemas
dermatológicos e estresse.
O adoecimento biopsicossocial não somente no trabalho mas em todos os âmbitos, ao
longo dos anos vem introduzindo os mais diversos tipos de adoecimento nesse ambiente, em
que ocorrem múltiplos fatores que contribuem para que haja mudanças de comportamento e
na motivação do trabalhador, que deve ser visto enquanto sujeito e não uma mera
engrenagem. Entre essas mudanças estão a intensificação do trabalho, a alta produtividade, o
avanço tecnológico e a precarização das relações de trabalho que têm resultado em ampliação
significativa no número de trabalhadores com problemas de saúde, estresse e burnout.
(ZANELLI, 2010).
14

O termo Burnout é a junção de burn (queima) e out (exterior), significando exaustão


emocional, fadiga, frustração, desajustamento (INOCENTE, 2005; TAMAYO 1997). Os
sinais iniciais incluem sentimentos de exaustão emocional e física, sentimento de alienação,
cinismo, impaciência, negativismo e isolamento. É atualmente uma das doenças ocupacionais
que mais acometem a saúde e qualidade de vida de trabalhadores, onde não há idade mais ou
menos propensa, a síndrome pode acometer qualquer pessoa e qualquer circunstância de
vulnerabilidade e altos níveis de estresse, deixando de realizar as atividades comuns de
trabalho e passando a ficar, por exemplo, mais irritável e ansioso.
Além da qualidade de vida no trabalho como já explanado, também é possível analisar
a qualidade de vida familiar e na saúde, no contexto específico da saúde, este conceito é
frequentemente referido com o termo inglês Health Related Quality of Life (HRQOL) –
qualidade de vida relacionada com a saúde (Pais Ribeiro, 2002). Os esforços para avaliar a
qualidade de vida iniciaram-se nos anos 60, com o relatório da Comission on Natural Goals,
do presidente americano Eisenhower. Este relatório referia diversos indicadores sociais e
ambientais, tais como a educação, o crescimento económico, a saúde e o bem-estar (Pais
Ribeiro, 2002).
Para que se promova o bem-estar e qualidade de vida alguns autores como, Silva et al
(2010), ao falar sobre qualidade de vida, aborda a atividade física como um aspecto
restaurador a saúde dos efeitos prejudiciais que a rotina estressante do trabalho ou estudo
conduz, considerado o exercício físico como uma forma de lazer, sendo assim benéfico a
saúde, promovendo uma boa qualidade de vida. “O exercício, após superado o período inicial,
é uma atividade usualmente agradável e que traz inúmeros benefícios ao praticante, que vão
desde a melhora do perfil lipídico até a melhora da auto-estima [sic]” (SILVA et al, 2010, p.
116).
Dentre os fatores que podem intervir na saúde e qualidade física do sujeito seja no
trabalho ou no decorrer de sua vivência diária, a falta de exercícios físicos, boa hidratação
alimentação, longas jornadas de trabalho sem pausa, podem interferir diretamente no
comportamento e no organismo favorecendo a vulnerabilidade para o aparecimento de
esgotamento e outras doenças, agravamento e/ou surgimento de condições médicas, como
doenças crônicas, cardiovasculares, metabólicas, entre outras, podendo ocasionar sintomas
depressivos ou de ansiedade. Cuidar da saúde envolve todos os planos que englobam o
sujeito, seja ele psicológico ou físico.
15

3 METODOLOGIA

3.1. Proposta do Estágio.


Do atual contexto, emerge uma necessidade de adequação e capacitação que recai
diretamente na saúde e, consequente, qualidade de vida de diversas classes profissionais e
públicos específicos. As mudanças aceleradas nesse contexto provocam alterações nas
características e atribuições do trabalhador. Essas modificações levam a uma diversidade e
complexidade de demandas que ampliam as responsabilidades e exigências sobre o trabalho e
o cotidiano dos indivíduos. Para manusear esse novo cenário buscam desenvolver, além das
habilidades naturais, habilidades emocionais, cognitivas e sociais para enfrentamento das
peculiaridades inerentes as situações as quais se deparam.
Portanto, apresenta-se de suma importância o trabalho junto as classes profissionais e
à seu público alvo e/ou resultante de sua ação direta com objetivo de proporcionar melhora
por meio da promoção e desenvolvimento de estratégias que permita lidar com as diversas
demandas as quais estão constantemente submetidos. Para atender esta demanda o colegiado
de Psicologia da Faculdade de Macapá – FAMA, desenvolveu um projeto de estágio para
oferecer aos usuários e servidores da área da educação, justiça e saúde das instituições de
Macapá um momento focado nesse público. Esses momentos serão viabilizados por meio de
oficinas nas quais serão desenvolvidos temas relacionados a qualidade de vida no trabalho,
bem como de atendimentos individualizados.
Para efetivar a realização do projeto de estágio foram propostos temas relacionados a
promoção de qualidade de vida, a saber: qualidade de vida, saúde e bem-estar; mobilidade e
esgotamento físico; autoestima e autoimagem; relações interpessoais; ambiente de trabalho e
segurança; suporte e apoio social, entre outros. Durante o estágio e execução das oficinas será
também realizado, o serviço de escuta/aconselhamento psicológico individualizado.
3.2. O Ambiente das Intervenções.
A instituição administrativa penitenciaria do amapá (IAPEN) se localiza na zona oeste
da cidade de Macapá, na rodovia Duca Serra, a área é rodeada por condomínio, e escola. A
estrutura é toda murada, com agentes penitenciários que fazem a ronda de segurança do local,
ao adentrar na instituição é visível o estacionamento de automóveis de quem trabalha, e quem
visita (advogados, familiares), logo após é possível visualizar a área de espera que possui
cadeiras, bebedouro e uma grande mesa onde se faz a vistoria de todo o material como:
alimentação, material de higiene, roupas e calçados que os familiares levam para os seus
parentes que se encontram detidos.
16

Logo a frente se encontra a sala de raios-x que é feito o controle e revista dos objetos
que levávamos para a realização das atividades, como: papel A4, giz de cera, caixas de
papelão, e os lanches que servíamos ao final de cada oficina. Da sala de raios-x éramos
conduzidos para o ambiente reservado pela instituição para o desenvolvimento das oficinas,
que é um local onde é realizado também várias ações com os mesmos, como cursos técnicos e
aulas com professores. A sala era estreita, com boa iluminação, climatizada e tinha em torno
de 20 cadeiras com formatos para sala de aula, uma mesa e quadros reflexivos.
Da sala de raios-x, éramos conduzidas por uma agente/educadora que nos
acompanhava até a sala designada para as oficinas, no trajeto encontrava-se uma cela
gradeada com tela de metal, onde ficava os detentos que estavam aguardando ir para
audiências, agentes penitenciários armados ficam circulando pelo local. Antes de chegar no
espaço reservado para as atividades, passávamos por um pequeno jardim que os próprios
detentos zelavam, a quadra é ornada por desenhos culturais em suas paredes, feitas pelos
próprios reeducandos.
Na quadra possui, banheiros, bebedouro, salas climatizadas com espaço para
biblioteca, sala de música com instrumentos musicais, sala de áudio/vídeo e sala de aula, e
algumas salas ainda em construção. A orientação que nos foi repassada, era que os detentos
que trabalhavam nessa quadra por exemplo, são carcerários que de alguma forma tentam
amenizar a sua pena, e que possuem bom comportamento dentro da instituição, era notável
toda assistência que alguns ali nos forneciam, como manter abastecida a sala com água
potável para que todos pudessem consumir.
A equipe de profissionais que trabalham na instituição é formada por agentes
penitenciários, psicólogos assistentes social, professores, enfermeiros, farmacêuticos e a
psicóloga Tereza Kobayashi, que nos acompanhou durante a primeira visita ao Iapen, onde foi
apresentado o diretor de segurança coordenador Naldo, que nos orientou como deveríamos
proceder enquanto estivéssemos dentro da instituição. No seu discurso nos alertou em certos
cuidados que deveríamos ter em relação aos detentos, como: andar sempre em dupla, não
aceitar intimidação da parte dos reenducandos que tentariam de alguma forma nos manipular
para facilitar algo para eles, e termos cuidado para que nada viesse nos prejudicar até mesmo
judicialmente.
As agentes educadoras foram colaboradoras importantes, para a realização do trabalho
que foi realizado ali com os reenducandos, elas nos proporcionaram esforços para que cada
atividade fosse realizada com êxito. Quanto alguns agentes penitenciários nos viam ali como
colaboradores da instituição e outros já não tinham essa mesma visão, eram pessoas ríspidas
17

que não faziam questão em nos ajudar no processo ali desenvolvido, porém isso não foi de
forma algum empecilho para que as atividades não fossem realizadas.
Em torno das 8 oficinas realizadas, 3 foram de subgrupos onde nós fomos com todo
gás mostrar alguns de nossos conhecimentos, em torno dessas 8 oficinas, o público alvo foi
em média de 11 a 15 reenducandos, a faixa etária era de 20 a 70 anos, onde foi possível ver
que a instituição propõe para eles, independente de idade, as melhorias mesmo diante das
dificuldades. No aspecto psicológico vimos que por exemplo, os idosos, apontaram a falta de
otimismo e felicidade como importantes para o envelhecimento saudável, por questões
familiares, como a saudade.
Na dimensão social, foi possível perceber as relações sociais com a família, amigos e
companheiros, a importância desse aspecto existe a ambivalência, que é evidenciada por meio
do relato da necessidade de receber apoio e de simultaneamente apoiar e contribuir,
principalmente através do trabalho voluntário, a dependência social pode favorecer a
autoestima, envolve companheirismo, contato, preocupação e reciprocidade no cuidado,
contudo vimos esperança nos olhares, gestos e falas, de certa forma as expectativas deixadas
ali foram de suma importância para o bem-estar de cada reenducando.
18

4 RELATO DA EXPERIENCIA DE CONCRETIZAÇÃO DA PROPOSTA DO


ESTÁGIO – ATIVIDADES

4.1. Atividade I
Data: 18/09/2019
Tema: Apresentação
Objetivo: Buscar interação dos reeducandos e estagiários com o intuito de fornece um
espaço agradável e favorável para as atividades, criando assim vínculos para a melhores
resultados.
Material: Pendrive, giz de cera e caixa de som
Descrição da realização da atividade: A oficina foi iniciada as 14:30 com a
apresentação individual dos integrantes do grupo de estágio e dos reeducandos, logo após,
iniciamos com a dinâmica de quebra gelo chamada “tiro pela culatra” afim de propiciar um
ambiente descontraído, em que consistia na indicação de uma tarefa para o colega ao seu
lado executar, porém quem indicava é que executaria a tarefa. No segundo momento, fora
realizado a dinâmica de apresentação “dois círculos”, com o intuito de conhecer os
reeducandos, onde foram formados dois círculos com a mesma quantidade de participantes,
um dentro do outro, colocava-se uma música e os círculos giravam para lados opostos,
quando a música parava a pessoa que parasse a sua frente se apresentaria e diria alguma
outra característica. No terceiro e último momento foi aberto uma roda de conversa com o
objetivo de oportunizar que os reeducandos falassem de suas expectativas para as oficinas e
opinassem com sugestões para as próximas oficinas.
Análise teórica da atividade: As pesquisas sobre a relação terapêutica em vários tipos
de psicoterapia têm mostrado repetidamente uma poderosa associação entre o resultado do
tratamento e a força do vínculo entre terapeuta e paciente (Wright e Davis, 1994). Uma
revisão das pesquisasda relação terapêutica na TCC também revelou que a qualidade da
aliança terapêutica cognitivo-comportamental influencia os resultados do tratamento
(Keijsers et al., 2000).
4.2. Atividade II
Data: 25/09/2019
Tema: Apresentação do Grupo
Objetivo: Criar vinculo
Material: Solicitação da caixa de som para utilização, chocolate, chocolate, cachorro
quente, refrigerante (Soda Limonada)
19

Descrição da realização da atividade: A oficina foi iniciada as 14:30, ao chegarmos


na instituição nos deparamos com uma dificuldade na entrada, pois o diretor de segurança do
local não permitiu a entrada da jujuba que seria utilizada como prêmio em uma das dinâmicas
do dia. Em seguida fomos direcionadas a sala que seria utilizada para nossa apresentação por
uma das agentes educadoras. Ao chegarmos na sala designada para as atividades já haviam
três reeducandos aguardando a programação do dia, onde os mesmos foram bastante
receptivos e respeitosos com nossa chegada. Logo foram chegando os outros reeducandos
compondo assim um total de quatorze (14) indivíduos presentes neste dia; no primeiro
momento foi aplicada a dinâmica de quebra-gelo um, dois, três, que consiste em formar
duplas, onde solicitamos para que os dois começassem a contar de um a três, ora um começa,
ora outro. No segundo momento da dinâmica foi solicitado que substituíssem o número um
(1) por palmas, os outros números deveriam ser pronunciados normalmente; no terceiro
momento da dinâmica foi solicitado que ao invés de falar o número dois (2) que batessem
com as duas mãos na barriga, o número três (3) deveria ser pronunciado normalmente; no
quarto momento foi solicitado que ao invés de falarem o número três (3) dessem uma
reboladinha. Todos participaram de forma descontraída e divertida; e em seguida na segunda
parte da atividade nos apresentamos individualmente ao grupo presente, dando seguimento,
foi aplicada a dinâmica da escultura, com intuito de desenvolver a criatividade dos
reeducandos, onde novamente foi pedido que formassem duplas onde um seria o escultor e o
outro seria a estátua, o escultor usando de sua criatividade moldaria a estátua de forma
engraçada ganhando assim a dupla que elaborou a estátua mais criativa; todos participaram de
forma espontânea, demonstrando alegria em participar através de sorrisos. Na terceira parte da
atividade, foi aplicada uma técnica de relaxamento muscular e respiratória, para que os
reeducandos ficassem mais tranquilos para o passo seguinte, que seria a aplicação da técnica
do EU real e EU ideal, que consiste em pedir para o indivíduo que está fazendo parte da
atividade expor em uma folha de papel A4 de um lado o EU real, onde o reeducando escrevia
ou desenhava algo que significasse seus defeitos e qualidades reais, e do outro lado da folha o
EU ideal, que seria como o indivíduo realmente gostaria de ser. Finalizando abrimos uma
roda de conversa onde cada um expressou como se sentiu realizando essa tarefa; todos
falaram expressando seus sentimentos no momento, em seguida demos o feedback onde
muitos também expressaram de forma positiva a importância e o significado que essas
atividades tiveram para eles durante aqueles momentos ali realizados.
Análise teórica da atividade: O objetivo do treinamento de relaxamento é ajudar os
pacientes a aprenderem a atingir uma resposta de relaxamento – um estado de calma mental e
20

física. O Exercício respiratório, que teve como intuito ventilar o cérebro e dessa forma,
diminuir a ansiedade. O relaxamento muscular é um dos principais mecanismos para atingir a
resposta de relaxamento. Ensina-se aos pacientes a liberar sistematicamente a tensão em
grupos musculares por todo o corpo. À medida que a tensão muscular diminui, o sentimento
subjetivo de ansiedade normalmente se reduz (WRIGHT, BASCO & THASE, 2008, pág.
126-127). A partir da interação com o mundo circundante, o indivíduo chega a diferenciar,
com clareza cada vez maior, o seu autoconceito ou autoimagem. Auto-imagem, como já dito
anteriormente, é a ideia que alguém tem de si mesmo; é o seIf-fenomenal. O autoconceito
serve ao mesmo tempo de ponto de partida e de quadro de referência do indivíduo, na
importantíssima tarefa de coordenação da própria conduta no mundo que o cerca. Na verdade,
o desenvolvimento do autoconceito faz parte de uma tarefa maior a de organizar e classificar
as sensações, impressões e ideias que se acumulam na consciência. E o conceito que a pessoa
tem a seu respeito que contribui para determinar o que faz e o modo de comportar-se. O
indivíduo percebe a si mesmo como uma pessoa com determinados traços, hábitos,
habilidades, crenças, valores etc., e vai-se expressar no mundo de acordo com tal percepção.
4.3. Atividade III
Data: 02/10/2019
Tema: Família
Objetivo: Propiciar um espaço de fala sobre questões em torno da família, maneiras
de lidar com a distância e forma de enfretamento em relação a lidar com todo o
distanciamento dentro do espaço penitenciário
Material: Folha a4, giz de cera.
Descrição da realização da atividade: Foi iniciado com a dinâmica de quebra gelo
“imite um animal”, em que teriam que falar o nome do animal para o colega do lado imitar,
porém, ao invés do colega imitar o animal, quem imitava era quem indicou o animal. No
segundo momento, foi realizado a “dinâmica da família”, na qual os participantes foram
divididos em trio e deveriam criar se próprio núcleo familiar, contendo obrigatoriamente
um filho, onde iam reproduzir uma lembrança ou criar uma situação que gostariam de
dividir com seus familiares. No terceiro momento, iniciou-se a atividade “árvore
genealógica”, onde os reeducandos falariam uma qualidade, um defeito e uma lembrança de
seus avós maternos, paternos, além de seus pais e de si mesmo. E por último, abriu-se uma
roda de conversa sobre a atividade, além do feedback recebido dos reeducandos,
encerrando com música e lanche.
21

Analise teórica da atividade: No âmbito das interações familiares, essa questão


concerne a como as emoções, sejam positivas ou negativas, estão conectadas a experiências
cognitivas específicas. Desta forma, um membro da família pode parecer estar
experimentando raiva, mas o terapeuta explora a cognição associada, a fim de compreender
inteiramente a origem das emoções que ocorrem nas interações familiares.  Ainda,
intervenções que ajudam os membros da família que estão perturbados a se confortarem e a
reduzirem a intensidade da emoção também podem permitir que estes pensem mais
claramente sobre os problemas familiares. Uma discussão mais ampla sobre os
procedimentos utilizados para avaliar e intervir em respostas emocionais se encontra em
Epstein e Baucom (2002).
4.4. Atividade IV
Data: 16/10/2019
Tema: Autoestima
Objetivo: Ampliar o autoconhecimento e fortalecer virtudes inexistentes e que ainda
estão presentes.
Material: Pendrive, caixa de som, caixa de papel, 1 papel laminado, papel A4, giz de
cera. Solicitação de lápis, data show. Lanche: Bolo e Refrigerante.
Descrição da realização da atividade: A oficina foi iniciada as 14:30, De início,
aplicamos uma dinâmica de quebra gelo para quebrar a tensão com a ajuda da facilitadora,
logo após foi feito a atividade do eu real eu ideal, onde os participantes escrevessem em uma
folha A4, no eu real como eles se viam na realidade atual colocando seus pontos positivos e
negativo. No ideal eles colocaram como eles gostariam de ser. Logo após passamos a
dinâmica do patinho feio, onde o procedimento se consistia em colar tiras de papel colante em
fitas para serem colocadas na cabeça de modo que apareçam palavras as quais deveram ser
seguidas pelos colegas que a lerem. Exemplo: Aperte minha mão, abrace-me, pisque para
mim, sendo que apenas um elemento, deverá ficar com a palavra deixe-me, sendo que esse é o
único que não será procurado, e iria ser patinho feio. No final a pessoa deverá contar como se
sentiu, sendo deixado de lado. Ao decorrer da oficina, passamos um vídeo sobre autoestima
onde mostrava aos reeducados a possível melhora lá dentro, e fora, com isso passamos uma
dinâmica do espelho, o procedimento dela, o facilitador explica que dentro da caixa tem um
retrato e alguém que é muito importante para ele, ao abrir o objeto a pessoa deve falar algo
para o que ver na caixa, porem o que tem dentro da caixa, é um espelho, ou seja, todos se
viram.
22

Análise teórica da atividade: para promover a autoestima, é preciso cautela, a


intervenção és melhorar ou promover algo sem o conhecimento necessário para que isso se
possa efetivar. Este é um conceito central na aplicação da terapia cognitivo-comportamental
(TCC). Antes de iniciar qualquer tipo de programa, são necessários dois passos fundamentais.
O primeiro passo, é transmitir à pessoa conhecimento acerca de determinados mecanismos
sobre o funcionamento ótimo do ser humano. O Segundo passo, é despender uma boa
quantidade de tempo a identificar os pensamentos irracionais que dão suporte ou aumentam o
problema. O mesmo é verdadeiro para a sua autoestima. Simplesmente generalizar e dizer:
“Eu sou terrível. Eu sou uma pessoa ruim. Eu não posso fazer nada. ” Está a dizer a si mesmo
uma mentira, muitas vezes simples, mas convincente. Pretendo esclarece-lo acerca de
alguns erros de raciocínio que tendem a manter uma baixa autoestima. Todos nós nos
sentimos terríveis de vez em quando. A solução não é chapinhar na sua autocrítica destrutiva,
e tomar isso como o núcleo da sua identidade, mas reconhecer alguns dos seus pontos fracos,
ou das coisas que gostaria de melhorar e seguir em frente.

4.5. Atividade V

Data: 23/10/2019
Tema: Controle emocional
Objetivo: Trabalhar o controle emocional dos reeducandos, levando em consideração
o ambiente altamente estressor em que vivem, que ocasiona na potencialização de emoções
e sentimentos. Além de abrir espaço para falarem como lidam e suas principais dificuldades
se tratando de controle emocional.
Material: Papel, giz de cera, pendrive. Solicitacao de caixinha de som, caneta e data
show.
Descrição da realização da atividade: Iniciou-se com a dinâmica “telefone sem fio”, em
que facilitador dava o comando para que formassem uma fila e que os participantes não
olhassem para traz durante os comandos, e ao último da fila pedia para repassar determinado
comando e ele deveria utilizar apenas a mimica para repassar ao participante a sua frente, e
quando chegasse ao primeiro era perguntado o que ele entendeu que era o comando,
verificando a diferença de como iniciou e terminou o comando. No segundo momento, foi
feito a “dinâmica do lixeiro”, em que em papéis diversos eram distribuídos para os
participantes e em cada papel existia uma emoção ou sentimento, em seguida um lixeiro era
coloca do centro da sala e cada participante abriria os papéis que pegara, os leria em voz alto e
depois diria o que gostaria de guardar e o que gostaria de jogar no lixeiro e qual motivo,
abrindo uma roda de conversa para a exposição do que mais eles não conseguiam controlar e
o que conseguiam facilmente. Por último, foi apresentado técnicas de meditação, que
23

poderiam ser praticadas em qualquer ambiente com a prática, e consistia no controle da


respiração e junto o aprendizado da maneira correta de respirar, em seguida era criado uma
imagem para melhor relaxar e desligar-se do ambiente atual, para assim manter uma conexão
e manter-se em um estado profundo de meditação. Finalizamos com lanche e música.

Análise teórica da atividade: A emoção não é um fenômeno simples. Ela compreende


avaliação, sensação física, comportamento motor, metas ou intencionalidade, expressão
interpessoal e outros processos. Consequentemente, uma abordagem abrangente da
regulação emocional deve reconhecer a natureza multifacetada das emoções e oferecer
técnicas que possam ser aplicadas em cada um desses processos. (Leahy, 2013).
4.6. Atividade VI
Data: 06/11/2019
Tema: Encerramento
Objetivo: Propiciar um encerramento com a participação ativa dos reeducandos,
colocando em questão suas potencialidades e colocando em conversa sobre o processo de
ressocialização, bem como suas ações diante todo esse processo, estimulando para que ele
se compreenda como protagonista principal de mudança no processo.
Material: Pendrive, Jornal, papel a4, giz de cera, solicitação de data show, caixa de
som. Lanche: Pipoca e Soda Limonada. 221
Descrição da realização da atividade: No primeiro momento, foi apresentada a
“dinâmica do jornal”, onde formavam duplas e cada receberia um jornal, em que o comando
diria para que colocasse o jornal no chão e se posicionassem em cima dele, quando o
facilitador desse o comando juntamente com o parar da música as duplas dobrariam o jornal a
seu modo, até que sobrasse apenas uma dupla e logo após explicado que a dupla na verdade
poderia ter dobrado somente as pontas do jornal, precisando apenas de mais estratégia para
fazê-lo. No segundo momento, foi aplicado a dinâmica “sorriso milionário”, em que consistia
na formação de duplas e cada um receberia 3 cédulas de dinheiro, em que teriam que se
posicionar de frente pro outro e não poderia sorrir, sempre que sorrissem deveriam pagar uma
cédula para o outro, ao final quem tivesse mais dinheiro era o ganhador. No terceiro
momento, foi apresentado a “dinâmica olx”, em que uma cadeira era colocada no centro da
sala, e os participantes se sentavam um por vez para fazer a propaganda de si mesmo, seja
com suas qualidades, habilidades ou gostos. Por último, foi feito a roda de conversa,
colocando em pauta todos os assuntos abordados nas oficinas e de que forma significou e
como elas vão ser trabalhadas dentro do ambiente penitenciário.
24

Análise teórica da atividade: Durante a realização da oficina, a primeira dinâmica


apresentada foi a do jornal, onde os participantes deveriam dobrar o jornal de forma que a
dupla permanecesse com os pés no jornal, onde durante a realização, os participantes
limitaram seus pensamentos em dobrar o jornal de forma precipitada e, ao ser explicado que
os cantos do jornal poderiam ser dobrados, os participantes puderam ter uma outra visão e
pensamento, uma visão mais ampla, e assim ressignificar através deste exemplo tanto na
dinâmica quanto em fatores de suas próprias vidas, onde seus pensamentos automáticos
poderão ocorrer a parir de então de forma mais funcional e significativa, entendendo a
importância de se agir com cautela, e não de forma ansiosa, impulsiva ou precipitada.
25

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As expectativas desse estágio foram enormes, de início vivenciar algo dentro de uma
penitenciária já deixa os nossos corações acelerados, pela confiança que foi pregado dentro do
cada um que pôde estar, o medo durante a primeira semana era presente, porém, ao logo das
semanas foi se apartando pelo vinculo e conforto que foi empregado de início, esse estágio
básico sem dúvida foi importante para a nossa conclusão de curso, cada palavra dos
reeducados do instituto penitenciário foi significativo, e cada vivência deles expostas foi
notável e podemos dá um feedback para agregar nas vidas dos mesmos sem dúvidas nas
nossas.
A compreensão dos estudos daqui de fora que foram levadas lá dentro da sala para
cada um, precisou de estudos e conhecimentos para que a gente conseguisse fazer um trabalho
relevante, todo o processo no interior da instituição, foram ao todo de 8 encontros, onde cada
encontro levamos temas que poderiam ser pertinentes tanto para eles quanto para gente.
Temas como, autoestima, família, autocontrole, e etc., cada tema ao final vimos que foi
pertinente, pois cada discurso levado até a gente mostrou que foi positivo, de certa forma
algumas vezes matérias como os lanches (jujubas) não entraram, por questão de segurança
que nos foi passado.
A respeito do local, a realidade do Iapen, das prisões brasileiras encontra-se permeada
por fatores perversos, como: violações sistemáticas de direitos, torturas e tratamentos
degradantes, epidemias e inúmeras mortes causadas por doenças tratáveis. É meio impossível
fechar os olhos a esta realidade, tais fatores não representam um “erro” do sistema de justiça
criminal. Isso nos indica a necessidade de uma crítica radical da prisão e seu intento paradoxal
de “ressocializar” através da privação de liberdade, escondendo seus objetivos, velados ou
não, é urgente que se fortaleçam mecanismos que privilegiem as penas alternativas.
As prisões reproduzem a violência que supostamente visam combater, sem que seja
comprovada sua eficácia na prevenção de novos crimes, reconhecendo os altos custos
humanos e sociais do encarceramento, restringindo-o aos casos de violência real contra a vida.
Por outro lado, uma vez inseridos no contexto prisional, suas condições de vida desumanas
indicam a necessidade de focarmos nossa atuação na criação de estratégias de redução de
danos por meio de intervenções como essas. Os serviços de saúde no sistema prisional devem
se basear nos princípios do SUS, com equipes que ultrapassem o viés curativo e favoreçam a
prevenção e a promoção em saúde.
Fora isso, a ajuda foi essencial dos que trabalham dentro do instituto, como agentes,
colaborardes e o segurança, pois foi repassado com muita cautela as devidas regras que devem
26

ser seguidas, o local do estágio como já foi dito acima nos levou a coração acelerados, porém
ao chegar lá e ver que a perspectiva era uma e saímos com outra foi de suma importância para
que o procedimento desse certo, dentre o local, o IAPEN (Instituto Penitenciário do Amapá)
sem dúvidas não fica de fora dos descasos que existem por todas as penitenciarias, com
lotação nas celas, os desentendimentos existentes não tem como fugir.
A partir da intervenção realizada pôde-se observar o crescimento dos reeducandos
através da participação ativa nas sessões, mesmo que sendo 8 visitas até o instituto, podíamos
ver de quem estava indo por mais de uma vez, melhorias e discursos necessários. Acredita-se,
portanto, que as execuções das oficinas foram de grande importância para este grupo de
presos no momento de sua reintegração social, fazendo assim uma história para eles. Foi
possível oferecer uma oportunidade de serem repensadas novas formas de intervenção com
presos, e apesar da falta de infraestrutura sejam necessárias ações desse tipo.
Ao que se refere ao processo de reintegração social da pessoa privada de liberdade,
propõe-se atuações mais amplas do que aquelas que beneficiam aos presos apenas com o
emprego temporário e com a educação formal, e muitas vezes o que falta para essas pessoas
são oportunidades de mudar as suas vidas, e a certeza é de que muitos estão nessa sociedade
para transformar essas vidas. O estágio, juntamente com o corpo docente, e sem dúvidas não é
possível esquecer da coordenadora do curso (Tereza K.) que também é a psicóloga atualmente
do Iapen, e a Raquel Cavalcante, responsável pelo estágio.
Que nos proporcionou a integração da teoria com a prática psicológica, melhorando o
nível de conhecimento e aprendizado dos alunos, na busca de soluções práticas para
problemas sociais importantes. Contudo nós sabemos que esse afastamento de situações que
pudessem trazer lembranças da prisão era tido como um elemento importante para aqueles
que pretendiam um dia recomeçar a vida, no retorno à liberdade seria difícil desfazer-se
dessas lembranças. Infelizmente a saída de cada um deles irá ficar marcada, até porque, a
mácula do lugar ficaria cravada em suas vidas: “ex-presidiário nunca sai”., porém em nossas
visitas podíamos levar que nem todo mundo iria ter essa visão, por mais que difícil fosse, o
importante era não desistir.
A atuação e pratica do psicólogo dentre saúde mental, é pertinente ressaltar os
inúmeros impasses e os desafios expostos pelos profissionais, desde o susto inicial, a
impotência e a frustração de ver-se diante de uma realidade que demanda mudanças, mas, ao
mesmo tempo, as confrontações com práticas tradicionais e não inovadoras. O desafio entre o
novo e o tradicional parece ser a marca do atual momento da prática profissional dos
psicólogos, é possível perceber independente da forma de como a pratica vai ser realizada, e
27

onde, o profissional deve-se pensar no paciente. Dessa forma, quando entram na prática
profissional nessa modalidade de serviço, deparam-se com uma esfera mais ampla de
trabalho.
Esporadicamente a falta de capacitação e a valorização da supervisão clínico-
institucional por parte dos profissionais, faz toda diferença lá na frente, formando assim um
ótimo profissional, a supervisão institucional faz-se necessária devido a várias questões, e
deve sempre levar em conta o conjunto institucional, ou seja, a rede, as idas nas supervisões,
além disso, possibilita um espaço para compartilhar os sentimentos dos membros da equipe,
como sujeitos inseridos em um contexto multiprofissional, realizando assim um trabalho
completo.
É importante frisar que, mesmo que a realidade das prisões brasileiras fosse diferente
do que é hoje, com locais menos insalubres e com uma população carcerária reduzida, a
privação de liberdade continuaria sendo, em si mesma, um vetor de sofrimento. Ainda que,
como estagiários, ou até mesmo psicólogos, busquemos muitas vezes intervenções pontuais,
práticas individuais ou com pequenos grupos na busca por mudanças subjetivas e não
podemos perder de vista que a perda da liberdade é um dos grandes adversários de uma vida
saudável, dessa forma, devemos reconhecer que a maneira mais eficaz de reduzir os danos à
saúde causados pelo aprisionamento é pela via do desencarceramento.
Reiterando que é preciso sair dessa zona de conforto, para entender que punição é
inútil sem reabilitação social, e que a ressocialização vive, e o nosso papel é o de contribuir
para a promoção de saúde neste ambiente, colocando teoria e práxis a serviço daqueles que
são atingidos de forma mais contundente pela violência de terceiros, Como já falado muito
pelas mídias sobres os casos de extrema urgência, e mesmo com recursos limitados é possível
formular intervenções que contribuam para a redução dos agravos à saúde física e mental dos
reeducandos e dos funcionários do cárcere. 
28

6 PLANO DE ESTÁGIO

IDENTIFICAÇÃO
INSTITUIÇÃO FACULDADE DE MACAPÁ – FAMA
CURSO BACHARELADO EM PSICOLOGIA
SEMESTRE 10º - Matutino e Noturno
Quantidade de
90
Alunos
DISCIPLINA Estágio na Ênfase II - Saúde Mental e Trabalho
CARGA
45H
HORÁRIA
PROFESSOR
ORIENTADOR / Raquel Mykellyne Rodrigues Lima Cavalcante Alcântara Neves
SUPERVISOR
INSTITUIÇÃO
Instituições conveniadas à Faculdade de Macapá e suas instâncias.
DE ESTÁGIO
JUSTIFICATIVA

A Psicologia tem buscado maior relevância de atuação e participação em problemáticas


sociais. O Código de Ética que rege a atuação dos psicólogos brasileiros estabelece
compromissos como: o respeito e a promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da
integridade do ser humano; a promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e das
coletividades; a contribuição para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, e etc.
Nesse sentido é pertinente se oportunizar aos alunos a familiarização com demandas de
relevância social, além de ser benéfico e necessário a ampliação de campos de atendimento
que facilitem o acesso a profissionais de psicologia. Contribuindo-se, inclusive, para a
aproximação do trabalho deste profissional no âmbito da saúde mental.
As transformações na contemporaneidade resultam em formatações e desafios que
interferem em diversos contextos da atividade humana. Fenômenos como desenvolvimento de
tecnologias, relações em meios virtuais, ideologias neoliberais, novos valores culturais, rigor
na política econômica do país, entre outros, trazem novas demandas e desafios ao meio
profissional.
No contexto do trabalho, desse desenvolvimento acelerado emerge uma necessidade de
adequação e capacitação que incide diretamente na saúde e qualidade de vida de diversas
classes profissionais. As mudanças contextuais provocam alterações nas atribuições do
indivíduo no campo de trabalho. A diversidade e complexidade das demandas resultantes
dessas mudanças ampliam as responsabilidades e exigências incidentes sobre o trabalho. Para
lidar com o novo cenário o indivíduo deve desenvolver, além das habilidades naturais,
29

habilidades emocionais, cognitivas e sociais para enfrentar as particularidades das situações as


quais se depara.
Neste sentido, é de extrema importância o cuidado com a saúde física e mental. Várias
enfermidades acometem o indivíduo em diversos ambientes laborais entre as mais frequentes
estão as doenças osteomusculares, síndrome de burnout, transtornos psiquiátricos diversos,
dificuldades de relacionamentos, problemas de ajustamento, ideação suicida etc. Todos com
um fator desencadeante em comum, demandas especificas que não são atribuição ou não são
de domínio e controle do sujeito.
Portanto é de suma importância o trabalho junto ao sujeito com intuito de proporcionar
melhora através do desenvolvimento de estratégias que permitam aqueles lidar com as
diversas demandas as quais estão constantemente submetidos. Torna-se, portanto, necessário
introduzir o aluno de Psicologia neste campo de atuação, preparando-o para compreender as
relações estabelecidas entre saúde mental e trabalho capacitando-o para o desenvolvimento de
métodos preventivos, suporte e intervenção.

OBJETIVOS GERAIS

O Estágio na Ênfase II deve proporcionar ao aluno espaço para o exercício das


habilidades e competências desenvolvidas no núcleo comum de formação até o decimo
semestre. A familiarização com as áreas tradicionais de atuação profissional do psicólogo será
igualmente contemplada, de forma que o aluno seja capaz de realizar um levantamento de
necessidades com caráter diagnóstico de dificuldades existentes no nível das interações entre
indivíduos e os diversos contextos nos quais estão inseridos. Deste modo, o Estágio Básico II
tem por objetivo possibilitar que o aluno conheça os conceitos dos fatores psicossociais
relacionados com a saúde mental e o bem-estar do trabalhador no cotidiano laboral
desenvolvendo práticas integrativas das competências e habilidades que o permitam atuar
como psicólogo.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos;


 Identificar e analisar necessidades de natureza psicológica, elaborar intervenções
baseando-as em referenciais teóricos consistentes;
 Avaliar os fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva que
30

incidem na saúde mental;


 Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e
socioculturais dos seus membros;
 Habilitar no trabalho em equipes inter e multidisciplinares nas propostas de
intervenção;
 Atuar profissionalmente, em diferentes níveis de ação de caráter preventivo ou
terapêutico, considerando as particularidades situacionais com as quais se depara;
 Elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações
profissionais, inclusive materiais de divulgação;
 Apresentar trabalhos e discutir ideias em grupo;
 Saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim
como gerar conhecimento a partir da prática profissional.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Saúde mental no trabalho


 Sistema total de saúde
 Relações contemporâneas de trabalho
 Administração e prevenção de problemas emergentes no ambiente de trabalho
relacionados à saúde
2. Questões éticas no trabalho do psicólogo
 Código de Ética Profissional
 Humanização
 Orientações para estágios em psicologia
3. Registros e comunicações
 Diário e registro de atendimentos
4. Práticas de grupo e escuta terapêutica
 Estratégias para manejos de grupos
 Oficinas temáticas
DADOS DO ESTÁGIO

1. Público Alvo
 Usuários e servidores atendidos pelas instituições conveniadas à faculdade de
Macapá - FAMA e suas instâncias.
31

2. Local de Estágio
 Instituições conveniadas à Faculdade de Macapá – FAMA.
3. Dias e Horários de Supervisão
 Sexta-feira de 19:00 às 21:40 (Noite)
 Sábado de 08:00 às 12:00 (Manhã)
4. Material Necessário
 Livros didáticos, vídeo, material de escritório (papel, lápis, caneta, etc.),
técnicas e testes psicológicos.

METODOLOGIA

O conteúdo programático de estágio será efetivado através da articulação entre a


participação dos acadêmicos nas atividades da instituição de estágio e atividades de orientação
de estágio que irão ocorrer na FAMA. Conforme ações especificadas a seguir.

AÇÕES
Estratégia Setor

 Vislumbrar as especificidades profissionais das organizações na FAMA


contemporaneidade.

 Refletir acerca das demandas advindas do público dos ambientes de FAMA


trabalho.

 Avaliar as especificidades e necessidades da instituição de estágio – Instituição


conhecer o ambiente. Concedente

 Planejar Oficinas / palestras / intervenções (Temáticas: Qualidade FAMA


de Vida no Trabalho, Depressão no Trabalho, Ansiedade e Estresse,
Burnoult, Resiliência, entre outros)

 Executar escutas psicoterápicas grupais e oficinas/vivências de Instituição


grupo. concedente

 Registrar as escutas, oficinas e vivências. FAMA


 Elaborar relatório acerca da experiência e impressões finais. FAMA
MÉTODO
32

Turma de aproximadamente 90 alunos será dividida em grupos para execução das fases
do estágio. Primeiramente realizar-se-á a apresentação da instituição e proposta de concepção
da saúde integral, prosseguir-se-á com o planejamento de atividades grupal, objetivando a
execução das oficinas grupais (os alunos serão distribuídos em grupos para respectivos dias da
semana, local e horários especificados pela instituição, para realizarem a mediação das
oficinas de grupo) – para execução desta atividade será necessário a viabilização de sala ampla
na instituição concedente.

7 CRONOGRAMA DE ESTÁGIO
33

Estagiário (a): Állen Souza Trindade


Termo/Semestre: 10°
Professora Orientadora: Raquel Mykellyne R. Lima C. Alcântara Neves
Área Temática: Saúde Mental e Trabalho
Instituição de Realização de Estágio: Instituições conveniadas à Faculdade de Macapá –
FAMA
Responsável pelo Estágio: Raquel Mykellyne R. Lima C. Alcântara Neves

DATA ATIVIDADE
09/08 Apresentação do plano de ensino e sistema de avaliação.

05/09 Reunião com o coordenador de segurança do Iapen


18/09 Realização das atividades em campo – Apresentacao do 1ª grupo
20/09 Supervisão
25/09 Realização das atividades em campo - Apresentacao do 2 ª grupo
02/10 Realização das atividades em campo – Foi trabalhado o tema Família
04/10 Supervisão
16/10 Realização das atividades em campo – Foi trabalhado a autoestima
23/10 Realização das atividades em campo – Foi trabalhado o controle
emocional
25/10 Supervisão
01/11 Supervisão
06/11 Realização das atividades em campo – Encerramento
07/11 Orientaçoes para elaboração do relatório
06/12 Entrega do relatório oficial

REFERÊNCIAS
34

AMORIM-GAUDENCIO, Carmen et al . Promoção de comportamentos proativos em


reeducandos em processo de reintegração: Um relato de experiência. Estud. psicol. (Natal), 
Natal ,  v. 22, n. 2, p. 152-159, jun.  2017 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
294X2017000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  25  nov.  2019. 
http://dx.doi.org/10.22491/1678-4669.20170016.
BECKER, J. S. Terapia Cognitivo-Comportamental: Teoria e Prática. 2.Ed. Ponto Alegre:
Artmed,2014

BECK AT, Rush AJ, Shaw BF, Emery G. Cognitive Therapyof Depression. New York:
Guilford Press; 1979.

BECK. A.T… [et al] Terapia Cognitiva da Depressão. Rio de janeiro: Artmed, 1997.

BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & saúde coletiva,
v. 5, p. 163-177, 2000.

CALVETTI, P. U. et al. Psicologia da saúde e qualidade de vida: pesquisas e intervenções em


psicologia clínica. Mudanças–Psicologia da Saúde, v. 14, n. 1, p. 18-23, 2006.

CANTELE, Juliana; ARPINI, Dorian Monica; ROSO, Adriane. A Psicologia no modelo atual
de atenção em saúde mental. Psicol. cienc. prof.,  Brasília ,  v. 32, n. 4, p. 910-925,    2012 .  
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932012000400011&lng=en&nrm=iso>. Acessos em  25  Nov.  2019. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932012000400011.

CRUCES, Alacir Villa Valle. A situação das prisões no Brasil e o trabalho dos psicólogos
nessas instituições: uma análise a partir de entrevistas com egressos e reincidentes. Bol. -
Acad. Paul. Psicol.,  São Paulo ,  v. 30, n. 1, p. 136-154, jun.  2010 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
711X2010000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  26  nov.  2019.

JULIÃO, E. F. A ressocialização através do estudo e do trabalho no sistema penitenciário


brasileiro. 2009. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais do
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, 2009.

LEAHY, Robert L, TIRCH, Dennis, NAPOLITANO, Lisa. A. Regulação emocional em


psicoterapia: um guia para o terapeuta cognitivo- comportamental. Porto Alegre, Artmed,
2013.

Matos O 1998. As formas modernas do atraso. Folha de S. Paulo, Primeiro Caderno, 27 de


setembro, p. 3.      
 
MENDES, Marco Aurelio. Terapia focada nas emoções e processos de mudança em
psicoterapia. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 11, n. 2, p. 96-104, dez.  2015 .  
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
56872015000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  26  nov.  2019. 
http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20150014.
35

MINAYO, Maria Cecília de Souza; HARTZ, Zulmira Maria de Araújo; BUSS, Paulo
Marchiori. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciência & saúde coletiva, v. 5,
p. 7-18, 2000

WRIGHT, Jesse, H; BASCO, Monica. R, THASE, Michael. E. Aprendendo a terapia


cognitivo comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008.

WRIGHT, J. H.; [et al] Terapia Cognitivo-Comportamental de Auto Rendimento para Sessões
breve: Guia Ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2012.

WRIGHT, J. H. ... [et al] Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental-Porto Alegre:


Artmed, 2008

WRIGHT, J. H., TURKINGTON, D., KINGDON, D. G., BASCO, M.R. Terapia Cognitivo-
Comportamental para Doenças graves. Porto Alegre:Artmed, 2010.

ANEXOS
36

Fotos das atividades realizadas pelos reenducandos:


37
38
39

FICHA DE INSCRIÇÃO PARA ESTÁGIO SUPERVISIONADO

(Só é válida de acordo com o previsto no Art. 7º do Regulamento do Estágio


Curricular Supervisionado)

1. IDENTIFICAÇÃO
Nome: Állen Souza Trindade Matrícula n.º 9450112
Endereço: Av. Leopoldo Machado 3470
Bairro: Beirol
Telefones: (96): 991880119 E-mail: trindadeallen7@gmail.com

2. DADOS PROFISSIONAIS

Instituição: Faculdade de Macapá - FAMA


Endereço: Rodovia Duque de Caxias – Km 05 – Cabralzinho s/n
Telefones: (96) 321010408 – CEP: 68900-000 – MACAPA – AP
E-mail: Não Consta
Data de ingresso: 2015 Cargo: Psicologia
Horário: 08h às 12h
Áreas de atuação: Assistência
Área temática que pretende realizar o estágio: Saúde mental e trabalho
Sugestão de Professor Orientador: Raquel Mykellyne Rodrigues Lima Cavalcante Alcântara
Neves

3. SITUAÇÃO NO CURSO
10º SEMESTRE

4. DATA: / / _____

Assinatura: ________________________________________________________
40

FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO


CURSO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

1.1. Instituição onde realizou o estágio: Instituto Penitenciário do Amapá


1.2. Acadêmico: Állen Souza Trindade
1.3. Profissional que Acompanhou: Raquel Mykellyne R. Lima C. Alcântara Neves
Data da Execução: 05/08/2019 a 22/12/2019
Telefone de Contato com a instituição: sem número de telefone

1 – AVALIAÇÃO
Aspectos Técnico- Conceito
Profissionais Ótimo Muito Bom Regular Insuficiente
Bom
Rendimento na Atividade
Facilidade na Comunicação
Expressão Oral e Escrita
Nível de Conhecimentos
teóricos
Aplicação dos Conhecimentos
Teóricos na Prática

Aspectos Comportamentais Conceito


Ótimo Muito Bom Bom Regular Insuficiente
Assiduidade/Pontualidade
Responsabilidade
Relacionamento Interpessoal
Iniciativa
Criatividade
41

FICHA DE APRESENTAÇÃO DO RELATORIO FINAL


CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Estagiário: Állen Souza Trindade


Termo / Semestre: 10° Turma: 11220151A e 11420152A
Professor (a) Orientador (a): Raquel Mykellyne R. Lima C. Alcântara Neves
Área Temática: SAÚDE MENTAL E TRABALHO
Organização de Realização do Estágio: FACULDADE DE MACAPÁ – FAMA
Responsável pelo Estágio: Raquel Mykellyne R. Lima C. Alcântara Neves
Parecer Professor Orientador de Estágio: O estágio na ênfase II tem por objetivo
desenvolver práticas integrativas das competências e habilidades que possam permitir
ao aluno atuar como psicólogo. Sendo assim, o aluno em tela cumpriu de forma
proveitosa tanto os aspectos técnicos profissionais quantos os aspectos comportamentais
exigidos como princípios avaliativos para o desenvolvimento do referido estágio. Diante
do exposto, foi atribuído a nota _______ como avaliação final do estágio na ênfase II e
tendo como área temática a saúde mental, desenvolvido em instituições públicas e
privadas e suas instâncias conveniadas, no período de 05/08/2019 a 22/12/2019.

Macapá, 22 de dezembro de 2019

____________________ _______________________
Assinatura do Acadêmico Assinatura do Professor de Estágio
42

TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO

I – CONCEDENTE
Razão Social:
Endereço:
Cidade: Macapá Bairro: Telefone: não consta
CEP 68900-000 CNPJ: ________________________
Representante: Cargo:

II – INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Razão Social: União de Faculdade do Amapá LTDA


Nome Fantasia: Faculdade de Macapá - FAMA
Endereço: Rodovia Duque de Caxias S/N Km 05
Cidade: Macapá Bairro: Cabralzinho Telefone:
21010400
CE: 68900-00 CNPJ: 04492733/0001-41
Representante: Marcília Colares Feitosa Machado Cargo: Diretor Geral
CPF:744426002-87
RG: 074224 AP

III – ESTAGIÁRIO

Nome do Estagiário:
RG: CPF:
Curso: Bacharelado em Psicologia Semestre: 10
Endereço:
Cidade: Bairro: Telefone: (96)
CEP:

Celebram entre si TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO, nos termos da lei nº


11.788/08.
O presente termo de compromisso de estágio é firmado para os fins e efeitos previstos
na Lei nº 11.788/08.
Conforme as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA:

A UNIDADE CONCEDENTE compromete-se a admitir o (a) estagiário (a), sem


vínculo empregatício, observando as cláusulas do convênio, a legislação vigente e
demais disposições estabelecidas pela instituição de ensino.

CLÁUSULA SEGUNDA:
O ESTÁGIO DE ATIVIDADES da instituição de ensino junto à unidade concedente, de
caráter obrigatório ou não, deve proporcionar experiência prática complementar, em
consonância com o currículo e horários escolares.

CLÁUSULA TERCEIRA:
43

O estágio terá duração de 210 horas, podendo ser prorrogado por meio de termo aditivo.
O período total não poderá ser superior a 24 (vinte e quatro) meses.

CLÁUSULA QUARTA:
Na vigência do presente termo, o estagiário está incluído na cobertura do seguro de
acidentes pessoais, de responsabilidade da FAMA.

CLÁUSULA QUINTA:
A jornada de estagio deverá compatibilizar-se com seu horário da Faculdade, não
excedendo a 30 (quarenta) horas semanais e sem prejuízo das atividades discentes do (a)
estagiário (a).

CLÁUSULA SEXTA:

O estágio deverá atingir aproveitamento e rendimento compatíveis, com a natureza do


estágio oferecido que, serão observados em avaliações periódicas pela Instituição de
ensino.
O (A) ESTAGIÁRIO (A) obriga-se a cumprir todas as normas da unidade concedente,
em especial as referentes à quebra do sigilo e a veiculação de informações a que tenha
acesso, em decorrência do estágio.
O (A) ESTAGIÁRIO (A) deve conhecer e concordar com as normas de
acompanhamento e avaliação de desempenho e aproveitamento.

CLÁUSULA SÉTIMA:

O presente TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO vigorará durante 6 meses a partir da


data da assinatura, podendo ser cancelado:

 Por livre e unilateral deliberação da UNIDADE CONCENDENTE;


 Pelo rompimento de qualquer cláusula contratual;

CLAUSULA OITAVA
A instituição de ensino disponibilizará um professor orientador para supervisionar as
atividades de estágio.
E por estarem, de justos e contratados, assinam as partes o presente termo de
compromisso de estágio, em 03 (quatro) vias de igual teor e forma.

Macapá-AP, 25 de fevereiro de 2019.

___________________________ ___________________________
Faculdade de Macapá – FAMA Instituição Concedente

_____________________________________________
Estagiário (a)
44

Preenchimento pelo professor (a) orientador (a)

Recebido em _____/_____/_____

_________________________________________
Assinatura do Professor (a) Orientador

Você também pode gostar