Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1-15
Introdução
O exame citológico da medula óssea, o mielograma, é útil em várias situações, principalmente
quando não é possível definir o diagnóstico a partir dos exames básicos de rotina, como o hemograma,
devido à existência de anormalidades hematológicas, como anemias arregenerativas, trombocitopenias,
gamatopatias, neutropenias e suspeita de neoplasias medulares. Além disso, a medula óssea pode se
tornar infectada por patógenos e nestes casos, o mielograma pode ser um método de diagnóstico sensível
(Thrall, 2015).
O objetivo deste artigo é demonstrar a importância do mielograma na rotina clínica de animais de
companhia, com foco na espécie canina, abordando desde a coleta da amostra ideal, execução, até a
interpretação dos resultados e quais os fatores envolvidos nos processos.
Medula óssea
A medula óssea corresponde ao maior órgão hematopoético do corpo e também é considerada como
órgão linfoide primário. É um órgão difuso, que equivale a cerca de 3% da massa corporal em ratos, 2%
nos cães e 5% nos humanos (Tommasi et al., 2014). O tecido medular é composto por células
hematopoéticas, tecido adiposo, células reticulares de suporte e matriz extracelular (Sharkey & Hill,
2010).
O processo de hematopoese corresponde à produção de células sanguíneas e plaquetas, sendo o saco
vitelino o órgão responsável no período mesoblástico da embriogênese, sucedido pelo fígado e o baço
no período hepatolienal, sendo substituído pela medula óssea a partir do período medular e mantido ao
longo da vida do animal. Entretanto o fígado e o baço mantém a sua capacidade produtora, caso seja
necessária a eritropoese extra medular na vida adulta (Almeida, 1999).
O tecido medular é dividido em dois, a medula amarela, rica em células adiposas, mas sem produção
de células sanguíneas e a medula vermelha (hematógena). Nos animais jovens, a maioria dos ossos é
constituída de medula vermelha, mas com o passar da idade, a maior parte se transforma em amarela,
sendo que nos adultos os locais remanescentes contendo a porção produtora de células sanguíneas são
principalmente o esterno, costelas, vértebras e ossos do crânio (Junqueira & Carneiro, 2013).
Hematopoese
As células tronco são definidas como a população de células não especializadas capazes de se
diferenciar levando à formação de células maduras. No animal adulto, parte destas células é reservada
para substituir células com meia vida curta ou recuperar tecidos lesionados, como as células tronco
hematopoiéticas, que sob a ação de uma série de fatores, irão se diferenciar em linhagens celulares
específicas, tal como a progenitora linfoide comum, que gera os linfócitos ou a progenitora mieloide
comum, que gera outros glóbulos sanguíneos que não os linfócitos (Weiss & Wardrop, 2010).
As células progenitoras são reconhecidas como aquelas que, a partir da ação de fatores estimuladores,
se transformam em unidades formadoras de colônia, que posteriormente serão diferenciados formando
as células precursoras, podendo ser distinguidas citologicamente (Weiss & Wardrop, 2010).
O processo da eritropoese corresponde à produção de hemácias na medula óssea. Dependendo das
condições do meio, as progenitoras mieloides comuns se transformam em progenitoras de
megacariócitos e eritrócitos, neste caso, se diferenciando em unidades formadoras de colônias de
hemácias (Olver, 2010). A eritropoetina, hormônio produzido principalmente nos rins, gera estímulo ao
se ligar a receptores encontrados nas unidades formadoras de colônias de hemácias, induzindo a
proliferação das células precursoras eritroides (Lopes et al., 2007; Macêdo et al., 2015).
As células precursoras eritroides passam por processos de mitoses e maturação, até se tornarem as
hemácias circulantes na corrente sanguínea. Durante o processo de divisão e maturação as células
reduzem progressivamente de tamanho, ocorrendo modificações nucleares até se tornarem anucleadas,
juntamente com a concentração citoplasmática de hemoglobina. A primeira destas células se chama
rubriblasto, que ao se dividir, forma os pró-rubrícitos se diferenciando então em rubrícitos,
metarrubrícitos, reticulócitos e, por fim, as hemácias maduras (Grindem et al., 2009).
A leucopoese diz respeito à produção, maturação e diferenciação medular de leucócitos (Stockham
& Scott, 2011). O progenitor mieloide comum se diferencia em progenitores de granulócitos e
monócitos. Esses progenitores, ao serem estimulados por citocinas específicas, iniciam a diferenciação
em precursores, até gerarem as células maduras. As principais citocinas que induzem a formação de
neutrófilos e monócitos são IL-1, IL-3 e IL-6, já os eosinófilos são estimulados principalmente por IL-
5 e os basófilos principalmente por IL-3 (Radin & Wellman, 2010).
Coleta
A coleta de material da medula óssea deve ser realizada da forma mais asséptica possível, sendo
sempre importante realizar a tricotomia e assepsia do local. Existem vários sítios de coleta e a escolha
depende principalmente do tipo de exame a ser realizado. Quando o intuito é o exame histopatológico,
são citados principalmente a crista ilíaca, fossa trocantérica do fêmur e úmero proximal, sendo que nos
cães a crista ilíaca é o local mais utilizado, por ser o de acesso mais fácil. Entretanto, quando a coleta é
realizada para posterior exame citológico, outros locais podem ser utilizados, como o esterno e as
costelas (Alencar et al., 2002; Müller et al., 2009).
No que diz respeito à contenção do animal para a coleta da amostra, Müller et al (2009) recomendam
que ela seja feita por meio de anestesia geral. Entretanto, Thrall (2015) indica que apenas o uso de
anestesia local é suficiente para a realização do procedimento.
Considerando a coleta no esterno, os animais não sedados devem ser mantidos em posição sentada,
enquanto animais sedados devem ser colocados em decúbito lateral, mantendo os membros dianteiros
estendidos caudalmente, para melhorar a palpação e visualização do manúbrio. A agulha hipodérmica
estéril (com calibre variando de 18 a 42mm) deve ser inserida na porção esponjosa da epífise, com a
amostra sendo coletada por aspiração por pressão negativa realizada na seringa acoplada. Logo após a
coleta é necessário realizar hemostasia local, por meio de aplicação de pressão direta (Crivellentin &
Borin-Crivelletin, 2015; Guillot et al., 2011).
Com relação à seringa, existem três possibilidades: coletar o material utilizando o anticoagulante
EDTA, empregando 0,5 ml em concentração de 2 – 3%, para evitar a coagulação; utilizar uma seringa
com heparina, quando é preciso coletar maior volume de material, como no caso de exames de PCR; ou
não utilizar nenhum anticoagulante, sendo nesse caso, necessário a realização imediata dos esfregaços
em lâmina (Alencar et al., 2002).
No que diz respeito à realização dos esfregaços, o ideal é realizar a técnica de squash, que
corresponde a colocação do conteúdo medular em uma lâmina de vidro limpa e, com o auxílio de outra
lâmina apoiada perpendicularmente, espalhar o conteúdo sem aplicar pressão exagerada, evitando
provocar alterações morfológicas celulares – artefatos de técnica (Figura 1). É preferível a realização de
mais de um esfregaço para aumentar a chance de obter um material com qualidade (Bienzle, 2012).
Avaliação da celularidade
A avaliação da celularidade medular é feita comparando a proporção de gordura presente na amostra
com a quantidade de células nucleadas. Baseado nesta avaliação de celularidade, a medula pode vir a
ser considerada como hipocelular, normocelular, hipercelular ou aplásica com as alterações de
celularidade, podendo ocorrer devido a diversas causas (Thrall, 2015).
A celularidade normal varia de 25 a 75% de células, justamente porque o grau de celularidade varia
de acordo com a idade do cão, sendo que animais jovens contêm cerca de 25% de gordura e 75% de
células, animais jovens adultos apresentam equilíbrio e animais mais velhos contêm aproximadamente
75% de gordura e 25% de células. A normocelularidade não costuma apresentar problemas, entretanto
a medula óssea de um animal com doença como a erliquiose em fase aguda pode se enquadrar em
normocelular (Grindem et al., 2009; Sena et al., 2021).
A hipocelularidade se deve à supressão causada por infecções parasitárias tais como na leishmaniose
e erliquiose; e também nas infecções virais como na parvovirose; ocorrendo também na insuficiência
renal devido à redução da produção de eritropoetina, doenças mieloproliferativas (leucemia), infiltração
de células neoplásicas (linfoma, mastocitoma) e tumores de plasmócitos (mieloma múltiplo) (Grindem
et al., 2009).
Alterações medulares relacionadas à hipercelularidade ocorrem quando existe concentração maior
de células nucleadas na amostra. Na maioria dos casos essa condição ocorre em doenças
mieloproliferativas, como exemplo a leucemia mieloide aguda (Thrall, 2015).
Ainda existe a possibilidade dos precursores de todos os tipos celulares estarem ausentes, o que
caracteriza a aplasia medular. Normalmente é possível observar células do estroma (adipócitos,
macrófagos, células reticulares e endoteliais). Outra característica comum na maioria das aplasias que
envolvem os precursores eritroides é a intensa presença de hemossiderina nos macrófagos, já que o ferro
não está sendo usado na síntese de hemácias. Existem algumas drogas reconhecidas por causarem
aplasia medular nos cães, como cefalosporinas, albendazole, estrógeno, fenilbutazona e agentes
quimioterápicos (Paes et al., 2009).
avaliação de cerca de 200 a 500 células nucleadas. A relação Mieloide:Eritroide (M:E) é determinada
após a diferenciação dos precursores eritroides (rubriblastos, pró-rubrícitos rubrícitos e metarrubrícitos)
dos precursores mieloides (mieloblastos, pró-mielócitos, mielócitos e metamielócitos, bastonetes,
promonócitos, mielomonócitos, metamielomonócitos, linfoblastos, prolinfócitos e células maduras)
com posterior divisão do total de células nucleadas de origem mieloide pelo total de células nucleadas
de origem eritroide (Nazifi et al., 1999; Tadjalli et al., 2002).
Os valores de referência de M:E variam de 0,75:1 até 2:1. A interpretação da razão Mieloide:Eritroide
deve ser em associação com a interpretação da celularidade da amostra. Uma medula hipercelular com
M:E aumentada (como uma razão 5:1) é indicativa de hipoplasia eritroide com hiperplasia mieloide. Já
uma medula hipocelular com a mesma M:E aumentada significa o contrário, ou seja, hiperplasia
eritroide e hipoplasia mieloide (Grindem et al., 2009).
Levando em conta as imagens da figura 2, na imagem A podem ser visualizados, um precursor
eritroide e quatro precursores mieloides, assim a razão Mieloide:Eritroide é de 4:1. Em se considerando
a imagem B, estão presentes dois precursores eritroides para oito precursores mieloides, resultando em
razão Mieloide:Eritroide também de 4:1.
A B
Figura 2. Esfregaço de medula óssea mostrando sob microscopia de imersão (objetiva de 100X) células precursoras. As
células circuladas em vermelho são precursoras eritroides, células circuladas em verde são precursoras mieloides.
Pesquisa de parasitas
O exame da medula óssea também tem sido utilizado na pesquisa de parasitas sanguíneos, por se
tratar de uma análise com alta especificidade em que é possível observar diretamente as formas
parasitárias presentes (Cunha et al., 2014; Lima et al., 2014). Vários parasitas podem ser observados na
medula óssea dos cães, dentre eles, Leishmania infantum, Ehrlichia canis, Hepatozoon canis e
Anaplasma platys (Cardoso et al., 2014; Eddlestone et al., 2007; Foglia et al., 2013; Moreira et al., 2005).
A reação da medula óssea frente a invasão de agentes infecciosos depende de algumas variáveis, como
a resposta individual do animal, a natureza e a cronicidade da infecção e a presença de outras doenças
concomitantes. Os parasitas mais encontrados em citologias de medula óssea são Leishmania spp. (Figura
3), que provoca a leishmaniose e gera principalmente trombocitopenia e anemia leve; Ehrlichia spp.
(Figura 4), causadora da erliquiose, sendo que as principais alterações incluem hipocelularidade na fase
aguda; e infecções fúngicas como blastomicose, histoplasmose, coccidiomicose e criptococose, sendo
mais comum a histoplasmose, causada pelo Histoplasma capsulatum (Weiss & Wardrop, 2010).
Figura 3. Esfregaço de medula óssea mostrando sob Figura 4. Esfregaço de medula óssea mostrando sob
microscopia de imersão (objetiva de 100X), microscopia de imersão (objetiva de 100X),
formas isoladas e agrupadas de amastigotas de mórula intracitoplasmática de Ehrlichia spp
Leishmania spp. (setas). (seta).
Sousa et al. (2017) realizaram um estudo comparando locais de coleta para análise parasitológica de
Leishmania spp., levando em consideração a medula óssea, o baço e os linfonodos. Também foi avaliado
se existe diferença de sensibilidade em animais sintomáticos ou assintomáticos. Os resultados
demonstraram que o local de eleição de coleta foi de fato a medula óssea (sensibilidade de 47,5%) e que
não ocorreu influência da sintomatologia na positividade do teste.
Entretanto, segundo Dietze (2005), outros estudos divergem nos valores de sensibilidade e chegaram
à conclusão de que o aspirado esplênico é o que apresenta maior sensibilidade (96,4%), seguido pelo
aspirado de medula óssea (70,2%) Contudo, o exame da medula óssea segue sendo o mais indicado, por
apresentar menores riscos, já que durante a aspiração esplênica existe a possibilidade de ocorrer
hemorragia.
Com relação à infecção por Ehrlichia canis, os animais acometidos também desenvolvem
parasitismo medular permitindo a identificação de mórulas durante a fase aguda, principalmente no
citoplasma de monócitos e monoblastos, mesmo quando nenhuma mórula intracitoplasmática é
detectada no sangue periférico (Moreira et al., 2005).
Caso 2: Duas amostras de sangue em EDTA para hemograma e amostra de medula óssea para
mielograma de cão da raça maltês, com 12 anos de idade. A análise hematológica da primeira amostra
enviada ao laboratório (Anexo 2) mostra quadro de anemia macrocítica normocrômica potencialmente
regenerativa (policromatofilia, 3%, de metarrubrícitos e valor elevado de VGM sugerem regeneração
medular). Entretanto, como o exame de reticulócitos (hemácias jovens) não foi realizado, não é possível
ter certeza do processo de regeneração medular. O leucograma demonstrou leucocitose por neutrofilia,
desvio para esquerda regenerativo, linfocitose, monocitose, eosinofilia e basopenia, além de
trombocitopenia regenerativa (pela presença de macroplaquetas).
Após um dia foi enviada nova amostra de hemograma (Anexo 3), em que foi evidenciada anemia
mais acentuada, mantendo-se macrocítica e normocrômica, mas ainda sugestiva de regeneração pelos
valores de metarrubrícitos e pela policromasia; e leucograma com leucocitose por neutrofilia, com
desvio para esquerda regenerativo, porém mais acentuado, linfocitose e monocitose, mantendo a
trombocitopenia, também sugestiva de regeneração.
Um dia depois foi enviada amostra de medula óssea para realizar o mielograma, em que foi
evidenciada relação M:E aumentada de 14:1, hipercelularidade, além de não terem sido observadas
células da linhagem megacariocítica e nem parasitas.Ao realizar o mielograma, a associação da relação
M:E com a celularidade demonstra a hipoplasia marcante da linhagem de eritrócitos (Figura 6), com
ausência da resposta medular regenerativa esperada, considerando a redução na circulação sanguínea. É
importante ressaltar que o hemograma determina a atividade na circulação sanguínea no momento da
coleta, já o mielograma faz uma previsão de como a circulação estará após alguns dias. Apesar dos
hemogramas deste animal apresentarem indicativos de regeneração, a medula óssea determinou o
contrário, podendo sugerir que nos próximos dias o hemograma deste animal se alteraria. Além disso,
como não foi realizado o exame de reticulócitos, não foi possível ter certeza da regeneração.
Caso 3: Amostra de sangue em EDTA para hemograma e medula óssea para mielograma de cadela
da raça akita, de 12 anos de idade, com histórico informado pelo médico veterinário de anemia sem
causa determinada, com suspeita clínica de aplasia medular. Ao avaliar o hemograma (Anexo 4) foi
observado anemia normocítica normocrômica e leucograma com neutrofilia com desvio para direita.
A análise do mielograma sugeriu normocelularidade, com razão Mieloide:Eritroide de 4:1. Além
disso, evidenciou concentração intensa de amastigotas de Leishmania spp. (Figura 7), como formas
isoladas ou agrupadas, no citoplasma de fagócitos ou livres no fundo das lâminas.
Considerações finais
Ao final deste trabalho, podemos concluir que o exame da medula óssea é um importante instrumento
para determinação da atividade hematopoética da medula e para a caracterização de aumentos ou
diminuições nas concentrações de células sanguíneas na circulação. Normalmente é realizado quando o
animal apresenta alterações hematológicas que não são explicadas por outros exames mais comuns na
rotina.
Para se obter um resultado fidedigno é imprescindível a coleta e realização de esfregaços
adequadamente. Além disso, a avaliação passa por várias etapas e a correta interpretação de cada uma
delas auxilia diretamente na conclusão do caso.
A informação do histórico do animal é uma importante fonte para auxiliar na realização do exame.
Além disso, o envio de amostra sanguínea para hemograma permite uma discussão a respeito do
mielograma mais completa, a fim de comparar a atividade medular com a presença das células na
circulação. Ademais, a realização da contagem de reticulócitos permite avaliar a dinâmica da evolução
da atividade medular, ao comparar os exames realizados.
O conjunto de avaliação da celularidade e determinação da relação Mieloide:Eritroide auxiliam na
identificação de alterações de concentração celular na medula e ainda quais linhagens específicas são
responsáveis pelas modificações. A avaliação das reservas de ferro é capaz de identificar alterações do
elemento que podem estar causando variações na produção de certas células e também gerando sinais
clínicos no paciente. Por fim, a pesquisa de parasitas por meio da medula corresponde a um método de
alta sensibilidade, principalmente levando em consideração a leishmaniose.
O mielograma é um exame que apresenta uma variedade de informações úteis para o médico
veterinário, e que deveria ser realizado com mais frequência na rotina clínica, por responder uma série
de perguntas importantes.
Referências bibliográficas
Alencar, N. X., Kohayagawa, A., Campos, K. C. H., & Takahira, R. K. (2002). Mielograma. Parte I:
indicações e colheita do material. Revista de Educação Continuada Em Medicina Veterinária e
Zootecnia Do CRMV-SP, 5(2), 157–163. https://doi.org/10.36440/recmvz.v5i2.3268.
Almeida, J. M. (1999). Embriologia veterinária comparada. Gunabara Koogan.
Bienzle, D. (2012). Collection and interpretation of bone marrow samples. In BSAVA Manual of Canine
and Feline Haematology and Transfusion Medicine (pp. 21–30). BSAVA Library.
Bolliger, A. P. (2004). Cytologic evaluation of bone marrow in rats: indications, methods, and normal morphology.
Veterinary Clinical Pathology, 33(2), 58–67. https://doi.org/10.1111/j.1939-165X.2004.tb00351.x.
Boudreaux, M. K. (2010). Thrombopoiesis. In D. J. Weiss & K. J. Wardrop (Eds.), Schalm’s Veterinary
Hematology (pp. 56–60). Wiley-Blackwel.
Burkhard, M. J. (2010). Lymphopoiesis. In D. J. Weiss & K. J. Wardrop (Eds.), Schalm’s Veterinary
Hematology (pp. 61–64). Wiley-Blackwell.
Cardoso, L., Cortes, H. C. E., Eyal, O., Reis, A., Lopes, A. P., Vila-Viçosa, M. J., Rodrigues, P. A., &
Baneth, G. (2014). Molecular and histopathological detection of Hepatozoon canis in red foxes (Vulpes
vulpes) from Portugal. Parasites & Vectors, 7(1), 1–6. https://doi.org/10.1186/1756-3305-7-113.
CDMA , (2021). Centro de Diagnóstico e Monitoramento Animal, 2021.
Crivellentin, L. Z., & Borin-Crivelletin, S. (2015). Casos de rotina em medicina veterinária de pequenos
animais. In MedVet. MedVet.
Cunha, R. C., Andreotti, R., Cominetti, M. C., & Silva, E. A. (2014). Detection of Leishmania infantum
in Lutzomyia longipalpis captured in Campo Grande, MS. Revista Brasileira de Parasitologia
ANEXO 2. Resultado do primeiro hemograma de cão da raça maltês, com 12 anos, citado no caso 2.
ANEXO 3. Resultado de segundo hemograma de cão da raça maltês, com 12 anos, citado no caso 2.