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O texto a seguir surgiu de algumas idéias que eu tive sobre uma LTA em que
Comunismo e Fascismo se mantém como posições políticas hegemônicas e antagônicas
em uma Terra alternativa. Está um tanto incompleto – eu me foquei mais na história e
não tanto em outros elementos – mas gostaria de compartilhar com os colegas de fórum,
aproveitando o marasmo em que aqui se encontra.
Uma coisa que não coloquei no texto é que em 2008, nesta LTA, teríamos
provavelmente uma evolução tecnológica maior, devido ao longo conflito entre os
Blocos, capitaneados por Alemanha e Brasil. Um destes seria um maior domínio do
espaço, com bases espaciais e colônias. Pelo menos, é uma idéia que me parece factível.
Em 1939 explode a Segunda Guerra, mas o Brasil se recusa a participar, por estar
lidando com seus próprios processos internos de ajustamento à nova ordem e também
em atenção ao acordo feito entre Hitler e Stálin. Nesta época, por influência do país,
revoluções semelhantes já ocorrem nas nações vizinhas da América do Sul.
O Eixo prossegue com inúmeras vitórias, fortalecido com a ascensão de outros regimes
fascistas na Europa, como Franco na Espanha e Salazar em Portugal. Em 1945 a
Alemanha já controla direta ou indiretamente todos os países da Europa Ocidental,
com exceção da Inglaterra e da Irlanda. O país germânico, assim como sua aliada, a
Itália, também obtém grandes vitórias no norte da África. Nos E.U.A. o fascismo
ascende ao poder pelas vias eleitorais, com uma combinação perigosa: o
fundamentalismo cristão. Como em um efeito cascata, poucos anos depois o mesmo
ocorre no Canadá. Nesta mesma época a Inglaterra (e a Irlanda) finalmente é
conquistada. O arquipélago se tornará uma terra de exílio para inimigos do regime
nazista.
Por outro lado, no Leste Europeu o jogo vira após a vitória soviética na Batalha de
Stalingrado. Um a um o Exército Vermelho liberta os países subjugados. A Polônia é
dividida em duas, ficando dois terços com a Alemanha e o resto com a URSS. Na
Iuguslávia, Josef Tito e seus partisans finalmente expulsam os nazistas e adquirem
independência. Repudiando Stálin, Tito declara autonomia e busca aliança com Miran,
que emerge como liderança alternativa ao ditador soviético.
Em 1951 Hitler sofre um derrame e entra em coma por tempo indeterminado. Stálin
falece em 53 e seu sucessor, Nikita Kruschev, denuncia todos os seus crimes no
Congresso da III Internacional. A URSS reata relações com a Iuguslávia e o Brasil.
Este último se une aos outros países já socialistas da América do Sul e funda a União
das Repúblicas Socialistas Americanas (URSA). Ao longo das décadas seguintes, países
da América Central, do Caribe e Antilhas seguem o mesmo caminho. O final dos anos
50 observam o surgimento de grande ícones como Fidel Castro e Che Guevara. No
final dos anos 80 o México será divido em dois: o México do Sul, socialista, e o México
do Norte, fascista. Os E.U.A. assumem o controle sobre o país setentrional, que se
torna um protetorado, e erguem uma muralha na fronteira, criando uma zona
desmilitarizada. Os comunistas batizaram a Muralha Mexicana como Muro da
Vergonha. Os mexicanos do norte são tratados como cidadãos de segunda classe.
A partir da década de 50/60, na Ásia, a maré começa a virar contra o Japão, então
potência imperialista absoluta no Extremo Oriente. Mao Tse Tung expulsa os japoneses
e funda a República Popular da China. Hoh Chih Min, com apoio da URSA (então, já
um membro plenamente ativo na Guerra) e da URSS expulsa os japoneses, sendo
seguido por exemplos no Camboja, Laos, Tailândia, Indonésia e os demais países do
Sudoeste Asiático. Em 1971 o Japão é invadido por uma força militar liderada pela
URSA, dando início a um processo de ocupação que se estende até os dias de hoje.
Mas, fiel aos seus princípios, a URSA promove uma política de integração do país, ao
invés de dominá-lo pela violência. Assim, o país se torna socialista (embora mantendo
uma monarquia simbólica – aliás, a maior “monarquia socialista” do mundo).
O Brasil apoiou as revoluções dos demais países latino-americanos, além dos africanos
e asiáticos. Enviou tropas para lutar na África do Sul e em Angola, em aberto apoio
aos comunistas locais. E promoveu a criação da União das Repúblicas Socialistas
Americanas, erigida de forma distinta da URSS, de forma mais descentralizada e
democrática.