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,

23 - Kíelmeyera specíosa - Guttiferae


Pau-santo

Árvore (4) com exsudação leitosa escassa e lenta ao se


destacar a folha. Copa com ramos terminais espessos e
corticosos, de cor cinza ou prateada. Troncos com diâmetros
de até 13cm; ritidoma (5) de cor cinza-escura, macio, com
fissuras sinuosas esparsas. Folhas (2) simples; alternas, I
espiraladas, acumuladas no final dos ramos; obovadas a elípticas; I ,I

-
72
8 a 24cm de comprimento e 4 a 12cm de largura; ápices obtusos
e retusos e basesagudas; margens inteiras e onduladas; nervação
broquidódroma, nervura central saliente em ambas as faces, de
cor rosada a amarelada, nervuras secundárias salientes na face 1 [MC]
-
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inferior; pedolos de até Icm de comprimento ou folhas sésseis;
sem estípulas; folhas coriáceas; concolores; glabras ou pilosas.
Flores (I) de até 8cm de diâmetro; com 5 pétalas livres e sinuosas;
de cor branca a rosada. Frutos (3) de até 15cm de comprimento;
deiscentes; lenhosos; com septo central; esverdeados; oblongos.
Sementes de até 5cm de comprimento; oblongas; aladas; de cor
castanha; muitas por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no campo cerrado, campo
sujo, cerrado sentido restrito e no cerradão, no DF e nos estados
AM, BA, DF, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, SP e TO. Popula-
ções médias de sete a 17 árvores/ha em lOha de cerrado sentido
restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvorededdua; folhação:julho a 2 [Me] 3 [PE]

setembro; floração: março a maio; polinização: abelhas grandes;


frutificação: julho a setembro, permanece ao longo do ano;
dispersão: na estação seca,antes da próxima floração; sementes
e germinação: sem informação.
Usos - árvore ornamental com bela arquitetura, folhagem
e floração. Além disso, é forrageira e corticeira. Na medicina
popular é usada como tônico, é emoliente e para dores de dente.
Fornece corantes das folhas e da casca.
Etimologia - Kielmeyera: homenagem a Karl Fr. von
Kielmeyer.Speciosa:formosa. Pau-santo:planta medicinal.
'1

24 - Eschwei/era nana - Lecythidaceae


Ovo-frito

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos e gemas terminais, glabros e lenticelados. Tronco de até
23cm de diâmetro; ritidoma (5) de cor cinza, com fissuras profun-
das e cristas elevadas descontínuas e sinuosas. Follias (2) simples;
alternas, espiraladas ou dísticas; largo-elípticas a largo-oblongas;
7 a 2Scm de comprimento e 5 a IScm de largura; ápices agudos,

-
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obtusos ou acuminados e bases obtusas a arredondadas; margens
inteiras ou levemente serreadas e onduladas; nervação craspedó-
droma, nervuras impressas na face superior e salientes na face
inferior, nervuras secundárias curvas em direção ao ápice, quase
paralelas às margens, nervuras terciárias reticuladas; pedolos de
1 [AD]
-
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até lcm de comprimento; sem estípulas; folhas coriáceas; disco-


lores, mais claras na face inferior; glabras. Flores (I) de até 6cm
de diâmetro; com seis pétalas arredondadas, livres; de cor branca
ou amarelada; com capuz de estaminódios ou andróforo de cor
amarelo-gema. Frutos (3) de até Bcmde diâmetro; pixídio atenua-
do na base, com opérculo ou tampa que se desprende para a dis-
persão das sementes. Sementes de até 3cm de comprimento; de
cor castanha; com arilos amarelados; muitas por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito e
cerra dão nos estados BA, CE, GO, MT, MS, PA,PI e TO.
Fenologia e reprodução - árvore deddua, folhação: de janeiro
a maio e de setembro a outubro; floração: fevereiro a julho; 2 [ES] 3[ES]
polinização: abellias; frutificação: ao longo do ano, entre as flora-
ções; dispersão: gravidade ou animais.
Usos - espécie de alto valor ornamental. A madeira tem uso
regional. Os frutos secos são usados no artesanato. Na medicina
popular, os frutos verdes servem para cólicas e disenterias. As
sementes servem na alimentação humana e da fauna.
Etimologia - Eschweilera: homenagem a Fr. G. Eschweiler.
Nana: por se tratar de árvore de porte pequeno dentre as
demais do mesmo gênero. Ovo-frito: em referência ao aspecto
da flor (1).

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- Norantea adamant;um - Marcgraviaceae 11


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Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com , ,'\"
ramos longos, que podem apresentar raízes adventícias. Troncos ~. '
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de até 30cm de diâmetro; ritidoma (6) cinza, com fissuras , 11\\.,1,. ..;,.-:--'1
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adventícias. Folhas (3 e S) simples; alternas, espiraladas,
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acumuladas no final dos ramos; ovadas a elípticas; com até IScm .

de comprimento e 8cm de largura; ápices obtusos, arredondados '~.


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ou emarginados e bases agudas a cuneadas; margens inteiras,
com nervura marginal amarelada; nervação broquidódroma,
nervuras secundárias pouco visíveis na face inferior, nervura 1 [EL]
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2 [Me] 77
marginal amarelada; pecíolos curtos, de até Smm de 1
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comprimento; sem estípulas; folhas coriáceas; concolores ou
levemente discolores, de cor verde-acinzentada, opacas; com 1I

glândulas laminares (S); glabras. Flores (l e 4) dispostas em


inflorescências de até IScm de comprimento; flores amarelo-
esverdeadas; de até I,Scm de diâmetro; com brácteas pêndulas, ;J
transformadas em nectários de cor avermelhada. Frutos (2) de ,
até I,Scm de diâmetro; globosos. Sementes de até I,Scm de
comprimento; oblongas; envoltas em mucilagem.
Habitat e distribuição - ocorre no campo cerrado, campo
rupestre e cerrado sentido restrito e em terrenos rochosos acima
de 900m de altitude, no DF e nos estados GO, MG, TO.
4 [EL]
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde ou 3 [MC]
semidecídua; floração: ao longo do ano mas principalmente de
abril a setembro e de dezembro a fevereiro; polinização: insetos,
beija-flores e pequenas aves; frutificação: principalmente entre
outubro ejaneiro; dispersão: aves; sementes: inúmeras por fruto,
poucas sementes viáveis; germinação: sem informação.
Usos - grande potencial para o paisagismo, pela bela
arquitetura, folhagem e floração. Serve de alimento para a
fauna regional. Espécie indicadora de áreas com diamantes na
Chapada dos Veadeiros (GO).
Etimologia - Norantea: de conoro-antegri, nome popular
no Caribe e nas Guianas. Adamantium: do grego adamántinos,
semelhante a diamante. Mel-de-arara: flores visitadas por aves.
lI

26 - Norantea guianensis - Marcgraviaceae ...,


Flor-de-papagaio

Árvore (4) ou arbusto trepado r sem exsudação ao se destacar


a folha.Copa com ramos longos e flexíveis,com raízesadventícias.
Troncos de até 25cm de diâmetro, por vezescom raízesadventícias;
ritidoma (3) cinza-escuro, laminado e com fissuras sinuosas e
descontínuas que dão aspecto retorcido ao tronco. Folhas (2)
simples; alternas, espiraladas, acumuladas no final dos ramos;

- ovadas a elípticas; com 8 a 20cm de comprimento e 4 a IOcm de


largura; ápices agudos, obtusos ou emarginados e bases arredon-
dadas a obtusas; margens inteiras; nervação broquidódroma,
78" nervura central mais clara, atenua-se em direção ao ápice, nervuras
secundárias pouco visíveis na face inferior; pedolos curtos ou
1 [MC]
-
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folhas sésseis; sem estípulas; folhas coriáceas; discolores, verde-


escuras e brilhantes na face superior; com glândulas laminares;
glabras. Flores (1) de até 2cm de diâmetro, dispostas em intlo-
rescênciasde até um metro de comprimento, com brácteas pêndu-
Ias transformadas em'nectários de cor vermelha. Frutos de até
lcm de comprimento; globosos. Sementes de até O,2cm de
diâmetro; esferóides ou oblongóides; envoltas em mucilagem
que atrai os dispersores.
Habitat e distribuição - ocorre no campo cerrado, campo
rupestre, cerrado sentido restrito, matas secas e em terrenos
rochosos, no DF e nos estados AM, GO, MT, MS, PA, TO.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde ou semided- 2 [MC] 3 [MC]

dua; floração: setembro a janeiro; polinização: aparentemente


beija-tlores; frutificação: novembro a fevereiro; dispersão: aves;
sementes: inúmeras por fruto, envoltas em mucilagem, poucas
sementes viáveis;germinação: sem informação; propagação: por
estacas com raízes adventícias.
Usos - potencial para o paisagismo, pela bela folhagem e
tloração, e pela possibilidade da propagação por estacas de ramos
com raízes adventícias. Serve de alimento para a fauna. lndicadora
de áreas com diamantes na Chapada dos Veadeiros.
Etimologia - Norantea: nome popular no Caribe e nas
Guianas. Guianensis: natural das Guianas. Flor-de-papagaio:
refere-se aos frutos consumidos por aves e papagaios.

..
11

27 - Bros;mum
gaud;chaud;; - Moraceae
Mama-cadela

Árvore com exsudação leitosa e abundante ao se destacar a


folha. Copa com ramos esparsos, de cor castanha, com cicatrizes
de estípulas. Troncos de até 30cm de diâmetro; ritidoma (5)
cinza-claro, áspero. Folhas (2) simples; alternas, dísticas;
oblongas ou elípticas; de até 16cm de comprimento e 7cm de

-
80
largura; ápices acuminados, obtusos ou arredondados e bases
subcordadas ou arredondadas; margens inteiras ou dentadas no
ápice; nervação broquidódroma, nervuras impressas.na face su-
perior e salientes na face inferior, mais claras que a lâmina;
pedolos de até lcm de comprimento; estípulas (3) axilares que
deixam cicatrizes; folhas coriáceas; discolores; pilosas na face
~
1 [MCI
-
81

inferior. Flores (1) sem pétalas. Frutos (4) de até 4cm de diâme-
tro; globosos; carnosos; agregados; verrucosos; de cor alaranjada.
Sementes de até 1,5cm de diâmetro; globosas; de cor creme; uma
ou duas por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito
e no cerradão, no DF e nos estados AM, BA, CE, GO, MA, MG,
MT, MS, PA,PI, SP e TO.
Fenologia e reprodução - árvore deddua; folhação: julho a
setembro; fIoração: junho a novembro, planta monóica; poliniza-
ção: sem informação; frutificação: julho a dezembro; dispersão:
mamíferos e aves; sementes: 570/kg; germinação: taxa de até 3 [MC]
95% em até 40 dias. 2IMC]

Usos - o fruto é usado como goma de mascar por popula-


ções regionais. Na medicina popular, a casca e raízes produzem
substância usada para o vitiligo,além disso é expectorante, depura-
tiva, diurética e desintoxicante, usada também para circulação,
gripes, artrite e hepatite. Trata-se de planta forrageira. As raizes e
cascas aro matizam o tabaco para cachimbo. A madeira macia é
aplicada na marcenaria. A seiva fermentada é consumida como
vinho.
Etimologia - Brosimum: ou fruto comestível. Gaudichaudii:
homenagem ao botânico francês Gaudichaud. Mama-cadela:
fruto semelhante à mama canina (4).
1
I

28 - Myrs;ne gu;anens;s - Myrsinaceae


Cafezinho
~

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais com pedicelos da última fIoração. Troncos com
diâmetros de até 19cm; ritidoma (5) de cor cinza, com fissuras
descontínuas e sinuosas. Folhas (2) simples; alternas, espiraladas,
acumuladas no final dos ramos; eIípticas;7 a Ilcm de comprimen-
~~/ ...
~

to e 3 a scm de largura; ápices obtusos, agudos ou retusos e bases

-
82
agudas ou cuneadas; margens inteiras; nervura central saliente na
face inferior, as nervuras das demais ordens são pouco visíveisem
ambas as faces;pedolos de até 0,2cm de comprimento; sem
estípulas; folhas carnosas; concolores, brilhantes na face superior;
com inúmeras pontuações pretas dispersas na lâmina foliar;
1 [MC]
--,
-
83

glabras. Flores ( I) de até 0,3cm de diâmetro; com cinco pétalas


livres;de cor verde. Frutos (3) de até 0,3cm de diâmetro; gIobosos;
de cor verde com manchas vináceas. Sementes de até 0,2cm de
diâmetro; globosas; de cor cinza; uma por fruto
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
cerradão, campo sujo e campo cerrado, no DF e nos estados
BA,GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, SP e TO. Populações médias
de II a 24 árvores/ha em IOha de cerrado sentido restrito
amostra dos no DF.
Fenologia e reprodução - espécie sempre-verde; fIoração:
setembro a dezembro, espéciedióica, flores masculinas e femininas J
em plantas distintas; polinização: pequenos insetos; frutificação: 2 [MC] 3IMC]
outubro a março; dispersão: aves e outros animais; sementes:
38.400 a 80.600/kg; germinação: taxa baixa.
Usos - potencial para o paisagismo e recuperação de áreas
degradadas. Os frutos são apreciados por pássaros e outros
animais. Na medicina popular é usada para picadas de cobras,
tumores e feridas. Trata-se de planta tanífera.
Etimologia - Myrsine: do grego, murtus, ramo ou coroa de
flores de murta. Guianensis: natural das Guianas. Cafezinho:
aspecto dos frutos aderidos aos ramos.
Obs. - também citada como Rapanea guianensis AubI.
29 - Ourateahexasperma - Ochnaceae
Vassoura-de-bruxa

Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos e gemas terminais glabros e com brotações ressecadas
. (4). Troncosde até 24cmde diâmetro; ritidoma (5) de cor cinza
ou amarelada, com fissuras esparsas, descontínuas e sinuosas.
Folhas (3) simples; alternas, espiraladas; elípticas, ovadas ou
lanceoladas; 8 a 21cm de comprimento e 3 a 6cm de largura;

-
84
ápices agudos a cuspidados e bases obtusas a cordadas; margens
crenadas ou serrilhadas e onduladas; nervação eucampdódroma,
nervuras secundárias curvas, seguem, paralelas às margens, até o
ápice da folha; pedolos de até lcm de comprimento; estípulas
atenuadas, caducas, deixando cicatrizes;folhas coriáceas;discolores,
1 [MC] 2[Me]
-85
mais claras na face inferior; glabras. Flores (1) de até 1,5cm de
diâmetro; com cinco pétalas livres; de cor amarela. Frutos (2) de
até 4cm de diâmetro; com receptáculo carnoso, de cor vermelha,
amarela ou roxa, onde se inserem até seis frutículos livres;
elipsóides. Quando se desenvolvem apenas dois dos frutículos, o
fruto se assemelha ao 'Mickey Mouse: Sementes de até 5mm de
comprimento; envoltas em polpa arroxeada que atrai os
dispersores; uma por frutículo.
Habitat e distribuição - ocorre no campo sujo, campo
cerrado, cerrado sentido restrito e nas bordas do cerradão e
matas de galeria, no DF e nos estados AM, BA, CE, GO, MA,
MT, MS, MG. PB, PE, RN, SP e TO. Populações médias de 116 a 3 [MC]
164 árvores/ha em lOha de cerrado sentido restrito no DF.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
.
julho a outubro, flores hermafroditas; polinização: abelhas #fi" .,
grandes; frutificação: outubro a janeiro; dispersão: aves;
sementes: 7.1OO/kg;germinação: taxa de até 27%.
Usos - potencial para o paisagismo, pela sua arquitetura e
floração, e para a recuperação de áreas degradadas. Na medicina
popular, sua casca é usada como cicatrizante.
Etimologia - Ouratea: de Oura-ara, nome popular nas
Guianas. Hexasperma: fruto com seis sementes. Vassoura-de-
bruxa: aspecto da brotação ressecada (4).
30 - Agonandra brasiliensis - Opiliaceae
Cerveja-de-pobre

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais pêndulos, de cor cinza clara. Troncos de até
12cm de diâmetro no cerrado e 50cm no cerradão; ritidoma
(5) de cor cinza ou amarelada, com fissuras e cristas
descontínuas e sinuosas, de aspecto quadriculado. Folhas (3)
simples; alternas, espiraladas ou dísticas; elípticas, ovadas a largo-

-
86
ovadas; de até lOcm de comprimento e 4cm de largura; ápices
agudos ou acuminados e bases agudas ou obtusas; margens
inteiras, serrilhadas e onduladas; nervação eucampdódroma,
nervuras secundárias pouco visíveis; pedolos de até 3cm de
comprimento, flexíveis,deixam as folhas com aspecto pendente;
1 [55]
-
87

sem estípulas; folhas cartáceas a coriáceas; discolores; glabras.


Flores (2) até O,5cm de comprimento; com quatro a cinco 'J..;'~'/~..__
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pétalas livres; de cor esverdeadada. Frutos (1) de até 3cm de .;..~..(!.
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diâmetro; globosos; brilhantes; amarelados quando maduros; -~~~~
com polpa suculenta. Sementes de até 2cm de comprimento;
globosas e esbranquiçadas; uma por fruto.
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Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito '~";~_.;,\",,- \\


e cerradão, no DF e nos estados AC, AM, BA, CE, ES, GO, MA,
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MT, MS, MG, PA, PI, RO, RR, SP e TO. ~:-:'~<~7\-S!!;:~~~~~~,,~:7'
Fenologiae reprodução - árvore deddua; folhação: junho ;-:. ~ ;'/"
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a agosto; floração: junho a outubro, trata-se de espécie monóica .: ~'. ',t. '.
com flores masculinas (2) e femininas em plantas distintas; 2 [EL] 3 [MC]

polinização: provavelmente por vento; frutificação: outubro a


novembro; dispersão: morcegos e pássaros; sementes: 415/kg;
germinação: a taxa é média, entre 70 e 80 dias.
Usos - árvore melífera e corticeira. A madeira é pesada,
densidade de 0,87 a 0,95 glcm-', amarelada e de uso regional. Na
medicina popular, servepara reumatismo e bronquite; as sementes
produzem óleo cicatrizante. Da casca se produzcorante amarelo.
Das raizes faz-se a cerveja-de-pobre, com propriedades diuréticas.
Etimologia - Agonandra: agon = unidos + andra = machos,
ou seja, estames unidos. Brasiliensis: natural do Brasil. Cerveia-
de-pobre: em referência à bebida regional feita com suas raízes.

I
1
'1

31 - Roupala montana - Proteaceae


Carne-de-vaca
I

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos e gemas pilosos ferrugíneos ou dourados. Troncos com
diâmetros de até 33cm; ritidoma (5) cinza-escuro, com fissuras
e cristas sinuosas e descontínuas. Nos indivíduos adultos, as folhas
(2) são simples; alternas, espiraladas; elípticas, largo-elípticas a
largo-ovadas; 5 a 25cm de comprimento e 3 a 12cm de largura;

- -
ápices agudos ou acuminados e bases cuneadas a agudas; margens
inteiras ou denteadas; nervação broquidódroma, nervuras
salientes nas duas faces; pedolos de até 7cm de comprimento,
88 exalam odor de 'quitute-de-boi' quando amassados; estípulas 1 [Me] 89
caducas; folhas coriáceas; discolores, ferrugíneas na face inferior;
pilosidade sedosa nas duas faces.Nos indivíduos jovens, as folhas
simples com margens pinado-Iobadas se assemelham a folhas
compostas pinadas. Flores (1) de até 1,5cm de comprimento;
tubulares, com quatro pétalas com os ápices curvados para fora;
de cor branca. Frutos (3) de até 4cm de comprimento; secos;
deiscentes; achatados, elípticos ou obovados. Sementes de até
2,5cm de comprimento; aladas; achatadas; uma a duas por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre nas bordas das matas de
galeria, cerradão e no cerrado sentido restrito no nordeste,
centro-oeste e sudeste brasileiros, até o estado do Paraná. 2 [Me] 3 [Me]

Populações médias de 20 a 36 árvores/ha em lOha de cerrado


sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore semideddua; folhação:
julho a setembro; floração: março a setembro, flores
hermafroditas; polinização: mariposas; frutificação: setembro
a dezembro; dispersão: vento; sementes e germinação: sem
informação.
Usos - planta melífera.Frutos e folhasusadosno artesanato
regional.A madeira é pesada, marrom com veiosclaros,usada
na fabricaçãode pequenos objetos.
Etimologia - Roupala:nome comum usado nas Guianas.
Montana: das terras altas, ou ainda planta rústica. Carne-de-
vaca:odor característicoexalado ao se quebrarem os pedolos.
32 - Casearia sy/vestris - Salicaceae
Língua-de-tamanduá

Árvore (5) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos de cor cinza-amarelada. Troncos com diâmetros de até
3lcm; ritidoma (4) de cor cinza-amarelada, com fissurassinuosas
e cristas estreitas e descontínuas, veios castanhos. Folhas (3)
simples; alternas, dísticas; ovadas, oblongas ou elípticas; 3 a lScm
de comprimento e 3 a 8cm de largura; ápices acuminados ou

-
90
agudos e bases agudas ou arredondadas e assimétricas; margens
serrilhadas; nervação craspedódroma, nervura central impressa
na face superior e saliente na face inferior, nervuras secundárias
planas em ambas as faces; pedolos de até lcm de comprimento;
estípulas caducas; folhas cartáceas a coriáceas; concolores;
1 [Me] 2 [MC]
-
91

glândulas laminares translúcidas, lineares ou pontuais; glabras


ou pilosas. Flores (l) de até O,2cmde diâmetro; com cinco pétalas
livres;de cor amarelada. Frutos (2) de até O,Scmde comprimento;
deiscentes; ovóides; de cor castanha. Sementes de até 0,2cm de
comprimento; com arilo alaranjado; duas a seis por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
campo cerrado, campo sujo e no cerradão, no DF e nos estados
AM, BA,CE, ES,GO, MA, MG, MT, MS, PA, PE, PI, RJ,SP e TO.
Populações médias menores que uma árvore/ha em lOha de
cerrado sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
maio a outubro, flores hermafroditas; polinização: pequenos
insetos; frutificação: junho a novembro; dispersão: aves;
sementes: 84.000/kg; germinação: taxa baixa, em até 40 dias.
-
3 [Me]

I
Usos - na medicina popular, o chá das folhas é depurativo,
anti-séptico, febrífugo, cicatrizante, anti-sifilítico, contra cólicas
menstruais, para picadas de cobra. A madeira, com densidade
de O,84g1cm3,é dura, resistente e compacta. Produz resina usada
em adornos de algumas tribos indígenas.
Etimologia - Casearia: homenagem ao holandês Casearius.
Svlvestris: originária da selva. Língua-de-tamanduá: relativo às
margens serrilhadas das folhas.
Obs. - também citada na família Flacourtiaceae.
'.

33 - Poutería ramíf/ora - Sapotaceae


Curiola

Árvore (4) com exsudação leitosa abundante ao se destacar a


folha. Copa com ramos terminais espessos e pilosos; gemas
cobertas por pilosidade ferrugínea. Troncos com diâmetros de
até 40cm; ritidoma (5) de cor cinza, com fissuras e cristas des-
contínuas, com aspecto quadriculado. Folhas (3) simples;
alternas, espiraladas, dispostas no final dos ramos (falsos

-
92
verticilos); elípticas, oblongas ou suborbiculares; 5 a 20cm de
comprimento e 2 a llcm de largura; ápices obtusos ou arredon-
dados e bases agudas a obtusas; margens inteiras e onduladas;
nervação broquidódroma, nervuras salientes em ambas as faces;
l
1 [GD] 2 [MC]
-
93
pedolos de até Icm de comprimento; estípulas caducas; folhas
coriáceas; discolores, mais claras na face inferior; glabras a pilosas
na face inferior. Flores (1) de até O,3cm de comprimento; com
~.~
Jll..
quatro pétalas; de cor branca-esverdeada. Frutos (2) de até 4cm
de comprimento; carnosos; globosos ou em forma de pêra; de I.'~
.
cor verde-jade. Sementes de até 2cm de comprimento; elípticas;
de cor castanha; envoltas em polpa comestível de cor branca ou
amarelada; uma por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
campo cerrado, campo sujo, cerradão e matas de galeria, no
DF e nos estados BA, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, SP e
TO. Populações médias de 13 a 26 árvores/ha em 10ha de cerrado
sentido restrito amostrados no DF. 3 [MC]

Fenologia e reprodução - árvore deddua; folhação: julho a


setembro; floração: abril a setembro, flores hermafroditas; poli-
nização: abelhas; frutificação: outubro a fevereiro; dispersão:
animais, mamíferos; sementes: 390 a 660/kg; germinação: taxa
de até 80% em 20 a 40 dias.
Usos - potencial para o paisagismo e recuperação de áreas
degradadas. Frutos comestíveis apreciados pela fauna e pelo
homem. A madeira possui baixa resistência natural.
Etimologia - Pouteria: de pouteri+a, nome popular nas
Guianas. Ramiflora: referente às flores aderidas aos ramos. Curio-
11:origem obscura.
'~
34 - Pouteria torta - Sapotaceae
Grão-de-galo

Árvore (4) com exsudação leitosa abundante ao se destacar


a folha. Copa com ramos terminais espessos e suberosos, gemas
com pilosidade ferrugínea. Troncos com diâmetros de até 32cm;
ritidoma (5) com aspecto retorcido; cinza-claro, com fissuras e
cristas sinuosas. Folhas (2) simples; alternas, espiraladas;
dispostas no final dos ramos; elípticas, oblongas ou suborbi-

-
94
culares; 8 a 20cm de comprimento e 4 a 12cm de largura; ápices
obtusos, mucronados ou retusos e bases cuneadas ou arredon-
dadas; margens inteiras e onduladas; nervação eucampdódroma,
nervuras primárias e secundárias salientes na face inferior,
nervuras secundárias quase paralelas entre si, curvam-se para
1 [Me)
-
95

as margens em direção ao ápice; pedolos de até 3cm de


comprimento; sem estipulas; folhas coriáceas; concolores, de
cor verde-parda; pilosidade acinzentada em ambas as faces.
Flores (1) de até lcm de comprimento; com quatro pétalas
~
unidas; de cor creme. Frutos (3) de até 8cm de comprimento;
t
carnosos; globosos; pilosos e enrugados; alaranjados quando
maduros. Sementes de até 2cm de comprimento; elipsóides;
com polpa comestível, de cor amarelada; uma por fTuto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito, ~~~.
campos e cerradão, no DF e estados BA, GO, MA, MG, MT, 2[MC] 3[Me)
MS, PA,PI e Ro. Populações médias de uma a cinco árvores/ha
em lOha de cerrado sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore semidecídua; folhação:
julho a setembro; tloração: abril a setembro, flores hermafroditas;
polinização: provavelmente abelhas; frutificação: outubro a
fevereiro; dispersão: mamíferos; sementes: 330 a 660/kg;
germinação: taxa de 25 a 80%.
Usos - potencial para o paisagismo e recuperação de áreas
degradadas. Frutos comestíveis apreciados pela fauna e pelo
homem. A madeira possui baixa resistência natural. "!.
Etimologia - Pouteria: de pOllteri+n, nome popular nas :. ;,,:r.<:::.., , ",

Guianas. Torta: do latim tortus = torto, ou torcido, provavel-


mente em referência ao aspecto retorcido do tronco. Grão-de-
galo: em referência ao aspecto das sementes.
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35 - Solanum Iycocarpum- Solanaceae


Lobeira

Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais pi[osos, amarelados, com tricomas recurvados
(3). Troncos de até 15cm de diâmetro; ritidoma (4) de cor
amarelada, áspero. Folhas (2) simples; alternas, espiraladas;
largo-elípticas ou [obadas; 6 a 24cm de comprimento e 4 a 14cm
de largura; ápices agudos, redondos ou retusos e bases assimé-

-
tricas, cordadas, arredondadas ou obtusas; margens inteiras e
onduladas; nervação broquidódroma, nervuras salientes em
ambas as faces,amareladas em relação à lâmina; pedo[os de até 1 [MC] 2IMC] -97
96 7cm de comprimento, com tricomas recurvados amarelados;
pilosidade em ambas as faces; sem estípu[as; folhas coriáceas;
conco[ores, verde-acinzentadas. Flores (1) de até 4cm de
diâmetro; com cinco pétalas fundidas; de cor roxa. Frutos (5)
de até 12cm de diâmetro; carnosos; g[obosos; de cor verde-
pálida. Sementes de até 2cm de comprimento; muitas por fruto;
reniformes; achatadas; de cor cinza.
Habitat e distribuição - ocorre nos campos, cerrado sentido
restrito e cerra dão, principalmente em áreas degradadas.
Populações médias menores que uma árvore/ha em lOha de
cerrado sentido restrito amostrados no DF. É espécie ruderal
de ampla distribuição no Brasil Central.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
3 [Me) 4 [MC]
durante todo o ano, flores hermafroditas; polinização: abelhas;
frutificação: março a julho; dispersão: animais e.gravidade;
sementes: 27.800/kg; germinação: taxa elevada em viveiro.
Usos - frutos com polpa amarelada usada em doces caseiros.
Na medicina popular, para gripes e resfriados, hepatite, asma,
diabetes, é emoliente, anti-reumática, tônica, produz corantes
amarelados. É planta forrageira. Os frutos agem como
vermífugos para Lobos-guará.
Etimologia - Solanum: de solamen = consolo, alívio, em
referência ao efeito de várias espécies do gênero de acalmar a
dor e produzir sono.Lycocarpum:Iyco= lobo + carpum = fruto,
ou seja, fruta de lobo. Lobeira: fruta do Lobo-guará.
36 - 5tyrax
ferrugineus - Styracaceae
Laranjinha-do-cerrado

Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos e gemas acinzentados ou ferrugíneos. Troncos de até
2Scm de diâmetro; ritidoma (S) de cor cinza, com fissuras e
cristas descontínuas, com aspecto quadriculado, pode exsudar
resina amarela. Folhas (2) simples; alternas, espiraladas; elípticas
ou oblongas; S a 11cm de comprimento e 2 a 6cm de largura;
ápices agudos, obtusos ou retusos e bases agudas, arredondadas
ou obtusas; margens inteiras e onduladas; nervação broquidó-
droma, nervuras salientes na face inferior, nervuras terciárias -
99
98 reticuladas; pedalas de até 2cm de comprimento; sem estípulas; 1[MC]
folhas coriáceas; discolores, mais claras ou ferrugíneas na face
inferior; freqUentemente apresentam pontos circulares pretos (4),
pelainfestaçãopelofungoPllrmularia s/yracis;pilosidadeferrugínea
em ambas as faces, ou glabras na face superior. Flores (I) de até
I,Scm de diâmetro; com cinco pétalas livres;de cor branca. Frutos
(3) de até 1cm de comprimento; eIipsóides;nervados; de cor verde-
pálida. Sementes de até 0,8cm de comprimento; eIipsóides; uma
por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
campos e cerradão, no DF e nos estados BA, GO, MA, MG,
MT, MS, PR, SP e TO. Populações médias de 3S a 61 árvores/ha
em lOha de cerrado sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore semideddua ou pereni- 2[MC] 3[MC)
fólia; floração: ao longo do ano, flores hermafroditas; polini-
zação: abelhas grandes e vespas; frutificação: ao longo do ano; t.
dispersão: aves;sementes: S.200/kg;germinação: taxa de até 80%.
Usos - potencial para o paisagismo, pela floração aromá-
tica, bela e de longa duração. Na medicina popular, o óleo é anti-
séptico, febrífugo. É também usado em cultos religiosos. A
madeira, de cor castanha, moderadamente pesada, de baixa
durabilidade natural, tem uso regional.
Etimologia - Styrax: do árabe, assthirak = gota, referente à
exsudaçãodo S. officil1alesou S. bel1zoil1.Ferrugineus: aspecto /
ferruginoso da pilas idade nas folhas e ramos. (2) Laraniinha:
devido ao aspecto e odor agradável da flor.
37 - Symplocos rhamnifolia - Symplocaceae
Congonha

Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais suberosos e espessos. Troncos de até 22cm de
diâmetro; ritidoma (5) de cor amarelada, com fissuras
descontínuas e veios profundos, de aspecto quadriculado. Folhas
(3) simples; alternas espiraladas; largo-elípticas, oblongas ou

-
obovadas; 5 a 12cm de comprimento e 2 a 7cm de largura; ápices
retusos ou obtusos e bases agudas ou cuneadas; margens

- crenadas no terço apical (4) e inteiras nos dois terços basais da


folha; nervação broquidódroma, nervura central saliente na face
100 inferior atenua-se em direção ao ápice, nervuras central,
secundárias e marginal amareladas; pedolos de até Icm de
1 [MC]
2 [MC] 101

comprimento; sem estípulas; folhas coriáceas; glabras ou pilosas


quando jovens;concolores e brilhantes na facesuperior e levemente
discolores quando jovens. Flores (I) de até O,3cm de diâmetro;
com cinco pétalas livres; brancas. Frutos (2) de até 1,5cm de
comprimento; carnosos; de cor roxa quando maduros. Sementes
de até O,8cmde comprimento; elipsóides; uma por fruto. Árvore
acumuladora de alumínio.
Habitat e distribuição - ocorre no campo sujo, campo
cerrado, cerrado sentido restrito e cerradão, no DF e nos estados
BA,GO, MG, MT, MS, SP e TO. Populações médias de três a II
árvores/ha em lOha de cerrado sentido restrito no DF.
3 [Me]
Fenologia e reprodução - árvore brevi-deddua; floração:
março a setembro, flores hermafroditas; polinização: abelhas
pequenas; frutificação: julho a dezembro; dispersão: aves;
sementes e germinação: sem informação.
Usos - potencial para o paisagismo e recuperação de áreas
degradadas. Os frutos alimentam a fauna regional. Árvore
corticeira. As folhas são usadas em substituição ao chá mate.
As raizes e folhas produzem corante vermelho.
Etimologia - Symplocos: enlaçar, atar, em referência aos
filetesunidos. Rhamnifolia: sem informação. Congonha: do tupi,
o que se bebe, se engole.
Obs.: também citada como S. crenata (Vell.) Mattos.
o
Folhas Simples - Opostas ou Verticiladas .s::;
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-
102 "...Nem tudo que é torto é errado, veja as pernas do
Garrincha e as ÁRVORES DO CERRADO..."

Nicolas Behr

.,.

Blepharocalyx salicifolius - Maria-preta


~I
CHAVEDENDROLÓGICAPARAA DISTINÇÃODAS ESPÉCIES

1.a - folhasopostas 2
1.b -folhasverticiladas(Foto 64.4) 24
2. a - com exsudaçãoleitosae abundante aosedestacara folha Hancorniaspedosa(pág. 108)
2. b - semexsudaçãoaosedestacara folha 3
-
3.a com estipulasou cicatrizesdeestipulas 4
3.b - semestipulas 13
4.a- comestipulasinterpeciolares 5
4. b - com estípulasintrapeciolaresou um par deglândulasna basedo pedolo 7
5.a - ritidoma fissurado 6
5. b - ritidomaáspero ou reticulado (Foto 57.5); C/L: 15-25/14-22cm Tocoyenaformosa (pág.146)
6. a - folhas(Foto 55.3)coriáceas;nervura marginalespessaamarelada Perdinandusaelliptica (pág. 142)
6.b- folhas(Foto56.3) rígido-coriáceas;margens inteiras Palicourearigida (pág.144)
7.a - comumpardeglândulasnabasedospedolos ; 8
7.b - comestipulasintrapeciolares 10
8.a - ritidoma sem fissuras(Foto 61.5),folhas com nervuras salientesna faceinferiore impressasna facesuperior .........
... Qualeamultiflora (pág. 152)
8.b - ritidomacom fissuras 9

.. . -<. -'. ~ ~.. ." ."

~,,~., __. ;' i~U- .."-' ' .~ '-_~.' -.'

9. a - nervuras secundárias salientes na face inferior; um par de glândulas grandes na base dos pedolos (Foto 59.4) ......
Qualeagrandiflora(pág. 150)
9. b - nervurassecundáriasimersasna face inferior;um par de glândulasdiminutas na basedospedolos .......................
.. Qualeaparviflora (pág. 154)
10.a - ritidomafissurado 11
-
10.b ritidoma ásperoou reticulado, de coloraçãorosada (Foto 42.4);ramos de crescimentomodular,pulverulentos,
ou com pó avermelhadoque se desprende quando tocados Byrsonimapachyphylla (pág. 116)
11. a - ramos de crescimento modular 12
11. b - ramos não apresentam crescimento modular; folhas elípticas ou oblongas; C/L: 1O-14cm/ 5-9cm (44.3) ................
.. Heteropterisbyrsonimifolia(pág.120)
12.a - folhas ovadasa sub-orbiculares;C/L: 1O-14cm/5-9cm;nervaçãorosada nas folhas jovens .....................................
.. Byrsonimacoccolobifolia(pág. 114)
12.b - folhasobovadasa sub-orbiculares;de até24cmde comprimento e 16cmde largura (Foto 43.3) ..............................
Byrsonimaverbasdfolia(pág. 118)
13.a - folhascom hidatódio no ápice,na face inferior da folha, ramos terminais quadrangulares e arestados,aver-
melhadosquandojovens(Foto40.4) Lafoensiapacari (pág.112)
13.b - folhassemhidatódio 14
14.a - nervaçãoacródromacom três,cincoou setenervurasprincipais 15
-
14.b nervaçãobroquidódroma 18

~I
~I
15. a - nervaçãoacródroma,supra-basal,trêsnervurasprincipais(39.4);pilosidadeferrugíneo-amareladana face inferior
Strychnospseudoquina (pág. 110)
15. b - nervaçãoacródroma-basal,cincoou setenervurasprincipais 16
16. a - cinconervurasprincipais;folhaselípticasa ovadas(45.3);faceinferiorverde-acinzentada......................................
Miconiaburchellii(pág. 122)
16. b - cincoa setenervurasprincipais;folhascom faceinferiorferrugínea 17
17. a - folhas elípticas a lanceoladas (Foto 46.3); (C/L:) 8-27 /3-12cm; com pêlos ferrugíneos não pulverulento~ ..............
... Miconiaferruginata (pág. 124)
17. b - folhasovaisa elípticas(Foto 47.3);C/L:4-11/2-6cm,com pêlosferrugíneose pulverulentos ..................................
Miconiapohliana (pág.126)
18. a - odor característicode 'goiabaverde'ao seamassaremasfolhas 19
18. b - oxidaçãopretaao setrincaremasfolhas 22
19. a - ritidomacom fissuras 20
19. b - ritidomareticuladoou lisoecom depressões 21
20. a - folhas opostas cruzadas (Foto 49.3); ramos terminais avermelhados quando jovens ..................................................
Eugeniadysenterica(pág. 130)
20. b - folhas opostas cruzadas ou verticiladas; pilosas, freqüentemente com galhas globosas vermelhas (Foto 51.4) ......
Psidium pohlianum (pág. 132)

21. a - ritidoma reticulado (Foto 48.4); folhas brilhantes; ramos terminais de cor cinza-avermelhada quando jovens, ge-
mas terminaisferrugíneasquando jovens,râmulospendentes Blepharocalyxsalicifolius (pág. 128)
21. b - ritidoma liso e com depressões pelo desprendimento de placas de forma irregular (Foto 50.5) ................................
Psidium myrsinoides (pág. 134)
22. a - ritidoma com fissuras 23
22. b - ritidoma sem fissuras, áspero, de coloração acinzentada, avermelhada ou amarelada, (Foto 52.5) ...................
.. Guapiragraciliflora (pág. 136)
23.a - folhas com pilosidade ferrugínea na face inferior (Foto 53.3) Guapira noxia (pág.138)
23.b- folhasglabras; semicamosas Neea theifera (pág.140)
24.a- ritidomafissurado... 25
24.b- ritidoma sem fissuras' 26
25.a - seis a oito folhas por verticilo, comumente com oito folhas por verticilo; folhas opacas (Foto 62.4); margens
inteiras, onduladas e involutas Salvertia convallariaeodora (pág. 156)
25.b - três a quatro folhas por verticilo,comumente quatro folhaspor verticilo;folhas (Foto 65.3) verde-escuro,
brilhantes; margens inteiras e revolutas Vochysiathyrsoidea (pág.162)
26. a - três a quatro folhas porverticilo, comumentetrês folhas porverticilo.; elípticas (Foto 63.4); C/L: 8/4cm, glabras.......
.. Vochysia elliptica (pág. 158)
26. b - quatro a seis folhas por verticilo, comum ente seis folhas por verticilo (Foto 64.4); estreito-elípticas a estreito-
oblongas (Foto 64.3); C/L: 16/6cm; pilosas na face inferior Vochysia rufa (pág.160)

~I
38 - Hancorniaspeciosa- Apocynaceae
Mangaba

Árvore (4) com exsudação leitosa abundante ao se destacar


a folha. Copa com ramos terminais pilosos e ferrugíneos. Tron-
cos com diâmetros de até 15cm; ritidoma (5) cinza ou castanho;
reticulado. Folhas (3) simples; opostas, dísticas; oblon-gas ou
elípticas; até lOcm de comprimento e 5cm de largura; ápices
obtusos ou acuminados e bases arredondadas ou corda-das;
margens inteiras; nervação broquidódroma, nervuras secundárias

- paralelas; pedolos de até 1,5cm de comprimento; sem estípulas;


folhas cartáceas; concolores; pilosas na face inferior. Flores (1) de
108 até 4cm de comprimento; com cinco pétalas unidas na base; de
cor branca. Frutos (2) de até 7cm de diâmetro; giobosos; carnosos;
1 [MC]
-
109

rosados quando maduros. Sementes de até lcm de diâmetro;


achatadas; ovais ou orbiculares; de cor marrom com mancha
branca; até 35 por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no campo sujo, campo
cerrado, cerrado sentido restrito e cerradão. Populações médias
de uma a duas árvores/ha em lOha de cerrado sentido restrito
amostrados no DF. Com as variedades speciosa, pubescens e
gardneri sua distribuição abrange quase todo o país.
Fenologia e reprodução - árvore deddua; folhação: agosto
a setembro; floração: agosto a novembro, ou duas vezes por
ano; polinização: mariposas; frutificação: julho a abril;
dispersão: por animais ou gravidade; sementes: até 9.500/kg; 2 [LC] 3 [Me]
germinação: taxa de até 86% quando a semeadura é feita dois
dias após colheita. Trata-se de semente recalcitrante.
Usos - fruto rico em proteínas e vitamina C, industrializado
e usado em iguariasregionais.O ditado popular 'Mangaba só
prestaquandotá no chão' indica a época para o seu consumo.O
látex produz borracha. Árvore melífera e forrageira. A madeira
pouco durável tem uso regional. Na medicina popular, a folha
serve para diabetes, obesidade e verrugas, a casca para os
pulmões, fígado, câimbras e luxações. O látex alimenta os sagüis.
Etimologia - Hancornia: homenagem a Hancorne. Speciosa:
bela, formosa. Mangaba: do tupi, ma'ngawa, que significa visgo
ou coisa boa de comer.
39 - Strychnos pseudoqu;na - Loganiaceae
Quina-do-cerrado

Árvore (5) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


n- I
ramos e gemas pilosos, ferrugíneos ou dourados. Troncos com ~
'.-!'"

~
: .., ';~~~''''t....-
. . -,
diâmetros de até 27cm; ritidoma (6) de cor castanho- 1'. ~.- J. . 41
~~~"
acinzentada; com fissuras e cristas descontínuas e sinuosas,
formando blocos irregulares. Folhas (4) simples; opostas, ~\.."
cruzadas; ovadas ou eIípticas; 5 a 12cm de comprimento e 3 a ~ ....- -,

- 9cm de largura; ápices agudos ou obtusos e bases agudas ou


arredondadas; margens inteiras e onduladas, revolutas; nervação
acródroma, suprabasal, cinco nervuras principais impressas na
110 face superior e salientes na face inferior; pilosidade ferrugíneo-
amarelada na face inferior; pedolos de até 1cm de comprimento;
1 [MC] 2IMC]
-
111

estípulas caducas; folhas coriáceas; discolores, brilhantes na face


superior. Flores (1, 3) de até 0,8cm de comprimento; com cinco
pétalas fundidas na base; de cor branca. Frutos (2) de até 3cm
de diâmetro; globosos; amarelados quando maduros. Sementes
de até 1,5cm de diâmetro; arredondadas e achatadas; envoltas
em polpa gelatinosa amarelada; até quatro por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no campo sujo, campo
cerado, cerrado sentido restrito e no cerradão, no DF e nos
estados BA,CE, GO, MA, MG, MT, MS, PI, SP e TO. Populações
médias de uma a cinco árvores/ha em 10ha de cerrado sentido
restrito amostrados no DF.
3 [Me] 4 [Me]
Fenologia e reprodução - árvore deddua ou semideddua;
folhação: julho a setembro; floração: dezembro a maio, flores
hermafroditas; polinização: pequenas mariposas; frutificação:
maio a agosto; dispersão: pássaros e morcegos; sementes: 1.200/
kg; germinação: taxa de até 50% com escarificação.
Usos - na medicina popular, a casca da raiz é usada como
tônico, para febre, fígado, baço e estômago, a casca serve para a
malária. A madeira pesada e de cor amarelada tem uso regional.
Os frutos são consumidos regionalmente. É árvore corticeira.
Etimologia - Strychnos: denominação antiga para muitas
plantas narcóticas. Pseudoquina: falsa quina. Ouina: forma
reduzida do quíchua Kinakina, planta peruana.
40 - Lafoensia pacari - Lythraceae
Pacari

Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais jovens avermelhados, quadrangulares e ares-
tados (4). Troncos com diâmetros de até 26cm; ritidoma (S) de
cor acinzentada, escamoso, com fissuras e cristas sinuosas e
descontínuas. Folhas (2) simples; opostas, cruzadas; elípticas,
oblongas ou obovadas; S a 17cm de comprimento e 2 a 9cm de

- largura; ápices obtusos, retusos ou agudos, com hidatódio


na face inferior da folha, bases obtusas; margens inteiras e
onduladas; nervação broquidódroma, nervuras salientes na face
112 inferior, nervuras secundárias quase paralelas; pedolos de até
Icm de comprimento; com estípulas diminutas e caducas;
~

1 [BWj

'--
-
113
folhas coriáceas; discolores, brilhantes na face superior; glabras.
/ '-.'., . '-
Flores (I) de até Scm de diâmetro; com até 16 pétalas livres; de
cor branca ou amarelada. Frutos (3) de até Scm de diâmetro; / p, ~["
c-
~.c:-,
deiscentes; secos; globosos. Sementes de até 2cm e compri- ~'~p' .
mento; oblongas; aladas; achatadas; de cor amarela; muitas por
fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito, ...
cerradão, matas secas e bordas das matas de galeria, nas regiões
sul, sudeste, centro-oeste e em alguns estados do nordeste.
-.' í~. .L~ <'.j.
Populações médias de uma a cinco árvores/ha em 10ha de cerrado 7P'
sentido restrito amostrados no DF. ~ ,.'--~..
Fenologia e reprodução - árvore deddua; folhação: junho 2 [Me) 3[MC]
a setembro; floração: junho a setembro ou ao longo do ano;
polinização: morcegos e mariposas; frutificação: agosto a maio;
dispersão: vento; sementes: 29.400 a 39.000/kg; germinação:
taxa de até 90% em até SOdias.
Usos - potencial para recuperação de áreas degradadas e
paisagismo, tal como Lafoensia glyptocarpa. A madeira, com
densidade de 0,S3g1cm3,tem uso regional. A casca e a madeira
produzem corantes para tecidos. Na medicina popular, a casca
e as folhas servem para a cicatrização de feridas, e também
para gastrites e úlceras.
Etimologia - Lafoensia: homenagem ao Duque de Lafoens.
Pacari: nome popular de origem do tupi.

..
41 - Byrsonima coccolobifolia - Malpighiaceae
Murici-rosa

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais pilosos, de crescimento modular (3), gemas
terminais ferrugíneas. Troncos com diâmetros de até 25cm;
ritidoma (5) de coloração acinzentada, com fissuras e cristas
descontínuas, com aspecto quadriculado. Folhas (3) simples;
opostas, cruzadas, ovadas a suborbiculares; 10 a 14cm de
comprimento e 5 a 9cm de largura; ápices obtusos e bases obtu-
sas; margens inteiras e onduladas; nervação broquidódroma,
nervura central amarelada, saliente em ambas as faces, nervuras
2[Me] -115
114 secundárias impressas na face superior e salientes na inferior,
são róseo-avermelhadas nas folhas jovens e mais claras nas folhas
adultas; estípulas intrapeciolares ou axilares; folhas coriáceas;
sésseis a curto-pecioladas; concolores; glabras a pilosas na face
inferior. Flores (1) de até 2cm de diâmetro; com cinco pétalas
livres; de cor rosa. Frutos (2) de até O,5cmde diâmetro; globosos;
carnosos; amarelos na maturação. Sementes de até O,5cm de
diâmetro; globosas; até três por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
campos e cerradão, no DF nos estados BA,GO, MA, MG, MS,
MT e TO. Populações médias de 14 a 18 árvores/ha em lOha de
cerrado sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore decídua; folhação: julho a
setembro; floração: dezembro a fevereiro; polinização: abelhas; 1 [JC]

frutificação: a partir de fevereiro; dispersão: aves e outros


animais; sementes: 9.500(kg; germinação: taxa baixa. A imersão
,
em ácido giberélico, 2g11,por 24 horas, aumenta esta taxa.
Usos - fruto comestívelcom polpa adocicada,é alimento
para a fauna e usado para aromatizar cachaça. Na medicina popu-
lar é utilizada como antidiarréica. Árvore melífera. Madeira
apreciada regionalmente para lenha.
Etimologia - Byrsonima: do grego burseus = curtido
(couro) ou corrosivo + onínemi = ser útil, em referência ao uso
da planta em curtume. Coccolobifolia: folha semelhante à da
Coccoloba.Murici: do tupi, mori'si, árvore que solta resina. Rosa: .1
em referência à cor das flores.
j

11
42 - Byrsoníma pachyphylla - Malpighiaceae
Murici

Árvore (S) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com I


ramos terminais de crescimento modular, pilosos, ferrugíneos ~:
e pulverulentos, com pó avermelhado que se desprende ao
toque. Também as gemas são pilosas e ferrugíneas. Troncos
com diâmetros de até 27cm; ritidoma (4) de cor castanha-
I"
avermelhada, áspero ou reticulado, pulverulento, solta pó

-
116
ferrugíneo-avermelhado ao toque. Folhas (3) simples; opostas,
cruzadas; estreito-obovadas a lanceoladas; 8 a 21cm de
comprimento e 3 a 10cm de largura; ápices retusos a obtusos e
bases' obt.usas ou decurrentes; margens inteiras e onduladas;
nervação broquidódroma, nervura central amarelada e saliente
2 [Me]
-
117

em ambas as 'faces, as demais são impressas na face superior e


salientes na face inferior; pedolos de até lcm de comprimento;
estípulas intrapeciolares ou axilares; folhas coriáceas; discolores,
brilhantes na face superior e pilosas na inferior. Flores (1) de até
1,Scm de diâmetro; com cinco pétalas livres;de cor amarela. Frutos
(2) de até I,Scm de diâmetro; carnosos; globosos; amarelos na
maturação. Sementes de até O,Scmde diâmetro; até três por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito e
campos, no DF e nos estados BA, GO, MA, MG, MS, MT e TO.
Populações médias de 18 a 31 árvores/ha em lOha de cerrado
sentido restrito amostrados no DF.
4 [Me]
3 [MC]
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
maio a outubro, flores hermafroditas; frutificação: junho a
julho, muitos frutos não contêm sementes; polinização: abelhas ,

grandes; dispersão: aves; sementes: 1.000/kg; germinação: taxa I

de até 40% após imersão em ácido giberélico, 2g!1,por 24 horas.


Usos - fruto comestível, muito apreciado por aves.A madeira I
é usada regionalmente para lenha. Na medicina popular, a casca é I

antifebril, contra tosses e doenças pulmonares, os ramos com


folhas são diuréticos e os fruto são laxantes brandos.
,
Etimologia - Byrsonima: do grego burseus = curtido ou
corrosivo + onínemi = ser útil, em referência ao uso da planta em
t
curtume. Pachyphylla: pachy = espessa,grossa+ phylla= folha.
Murici: do tupi, mori'si, árvore que solta resina.
43 - Byrsonima verbascifo/ia - Malpighiaceae ( I

Muricizão

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais de crescimento modular. Troncos com
diâmetros de até 17cm; ritidoma (S) de cor cinza-claro, com
fissuras descontínuas e sinuosas, que formam placas irregulares. :~
<!~
Folhas (3) simples; opostas, cruzadas; obovadas a suborbiculares; f~
.

de até 24cm de comprimcnto c 16cm de largura; ápices obtusos,

-
agudos, arredondados ou emarginados e bases atenuadas,
cuneadas ou agudas; margens intciras c onduladas; nervação
broquidódroma, nervura central saliente em ambas as faces;
118 pedolos de até O,Scmde comprimento; cstípulas intrapeciolares
ou axilares; folhas coriáceas; discolores, mais claras na face infe-
1 [MC]
2 [MC]
I
-
119

rior; pilosas em ambas as faces.Flores (I) de até 1,Scm de diâmetro;


com cinco pétalas livres; de cor amarela, ou alaranjada após a
polinização. Frutos (2) de até 2cm de diâmetro; camosos; gIobosos;
amarelos na maturação. Sementes de até O,Scmde diâmetro; até
três por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito
e campos, no DF e nos estados AL,AM, BA,GO, MA, MG, MS,
MT, PA, PR, SP e TO. Populações médias de 24 a 36 árvores/ha
em IOha de cerrado sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
agosto a dezembro; polinização: abelhas grandes; frutificação:
outubro a fevereiro; dispersão: aves e outros animais; sementes: 3 [MCI
1.200 a 3.000/kg; germinação: taxa de 3%. A imersão em ácido
giberélico, 2g1I,por 24 horas, aumenta esta taxa.
Usos - árvore melífera, tanífera e tintorial. A madeira tcm
uso regional. O fruto comestível é usado para aromatizar bebidas
regionais. Na medicina popular, a casca é febrífuga, os frutos
são laxantes, os ramos com folhas são anti-sifilíticos e diuréticos.
Etimologia - Byrsonima: do grego burseus = curtido (couro)
ou corrosivo + onínemi = ser útil, em referência ao uso da planta
em curtume. Verbascifolia:de verbasco, planta meridional ou do
sul. Murici: do tupi, mori'si, árvore que solta resina. Muricizão:
devido aos frutos e folhas maiores que as demais espécies de
Byrsonima tratadas neste livro.
44 - Heteropterys
byrsonimifo/ia - Malpighiaceae
Murici-macho

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais glabros de cor acinzentada, lenticelados, com
gemas pilosas e ferrugíneas. Troncos com diâmetros de até 18cm;
ritidoma (5) com fissuras descontínuas e sinuosas, de aspecto
quadriculado. Folhas (3) simples; opostas, cruzadas; elípticas ou
oblongas; 10 a 14cm de comprimento e 5 a 9cm de largura; ápices
acuminados, obtusos ou agudos e bases obtusas ou agudas;

i2õ
margens inteiras e onduladas; nervação broquidódroma, nervura
central salienteem ambas as facese nervuras secundárias levemente
impressas na face superior e salientes na face inferior, de cor mais
1 [AS] 2 [Me)
-
121
clara que a lâmina; estípulas intrapeciolares ou axilares; folhas
coriáeeas; curto-pecioladas ou sésseis;concolores; glabras. Flores
( 1) de até 2cm de diâmetro; com cinco pétalas livres;de coloração
amarela. Frutos (2) de até 4cm de comprimento; com asas apicais
e sementes basais; quando maduros essas asas são avermelhadas
ou amarelados. Sementes de até 1cm de comprimento, elipsóides.
Habitat e distribuição - ocorre no campo sujo, campo cerra-
do, cerrado sentido restrito e nas bordas do cerradão, no DF e
nos estados BA,GO, MA, MG, MS, MT e TO. Populações médias
de duas a dez árvores/ha em lOha de cerrado sentido restrito
amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore decídua; folhação: setembro
a outubro; floração: setembro a dezembro; polinização: por inse- 3 [Me]

tos; frutificação: janeiro a julho; dispersão: por vento; sementes


e germinação: sem informação.
Usos - potencial para o paisagismo, pela bela folhagem e
abundante floração. As raízes são usadas como afrodisíaco no
estado do Mato grosso.
Etimologia - Heteropterys: de hetero = desiguais + pterys
= asa, ou seja, asas desiguais. Byrsonimifolia: folhas semelhantes
às de Byrsonima. Murici: do tupi, mori'si, árvore que solta resina.
Macho: espécie que, por produzir frutos alados, não comes-
tíveis, é conhecida como sem frutos ou planta macho.

li
45 - Miconia burchellii - Melastomataceae
Pixirica

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos e gemas terminais pilosos, de cor ferrugínea. Troncos
com diâmetros de até 22cm; ritidoma (5) acinzentado, com fissu-
ras descontínuas e cristas elevadas e sinuosas. Folhas (3) simples;
opostas cruzadas; elípticas a ovadas; 5 a Bcm de comprimento e
1 a 6cm de largura; ápices agudos e bases cordadas; margens

- inteiras a crenuladas; nervação acródroma-perfeita-basal, com 5


nervuras principais, que se originam na base da folha e seguem
paralelas entre si em direção ao ápice, impressas na face superior
122 e salientes na face inferior, nervuras secundárias paralelas entre si
'
-
123
e perpendiculares em relação às nervuras principais, impressas na
face superior e salientes na face inferior; pedolos de até 2cm de ,
II'~ ~".~
.' ~.
comprimento; sem estípulas; folhas coriáceas ou cartáceas; r .
discolores, mais claras ou esverdeado-ferrugíneas na face inferior,
pulverulentas em ambas as faces, com pó ou areia fina que se
~"
desprende ao se tocarem as folhas. Flores (1) de até O,2cm de
diâmetro; com cinco pétalas livres;de cor branca, rósea ou creme.
Frutos (2) de até O,4cmde diâmetro; carnosos; globosos; de cor
púrpura quando maduros. Sementes diminutas; até 25 por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no campo cerrado, campo
sujo, cerrado sentido restrito, cerradão e matas secas, no DF e
nos estados GO, MG, MS, MT e TO.
Fenologia e reprodução - árvore
sempre-verde; floração: 2[Me] 3 [Me]

agosto a novembro, flores hermafroditas; frutificação: agosto a


fevereiro; polinização - pequenosinsetos;dispersão:aves;semen-
tes: 2.500.000/kg; germinação: taxa de até 20%, no período de
até 17 dias.
Usos - potencial para o paisagismo, pela bela e intensa flora-
ção, e para a recuperação de áreas degradadas. É planta melífera.
O fruto é apreciado por aves e outros animais.
Etimologia - Miconia: homenagem ao médico espanhol
Micon. Burchellii: homenagem ao botânico inglês Burchel.
Pixirica: do tupi, pixi'rika, planta cujo fruto é comestível.
46 - Miconia ferruginata - Melastomataceae
Pixirica

Árvore (5) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais pilosos, de cor branca a creme. Troncos com
diâmetros de até 26cm; ritidoma (4) de cor bege ou acinzentada,
com fissuras e cristas descontínuas e sinuosas. Folhas (3)
simples; opostas cruzadas; elípticas a lanceoladas; 8 a 27cm de
comprimento e 3 a 12cm de largura; ápices obtusos a agudos e

- bases truncadas; margens crenuladas e onduladas; nervação


acródroma-perfeita-basal, com 5 a 7 nervuras principais que se
originam na base da folha e seguem paralelas entre si em direção
124 ao ápice, impressas na face superior e salientes na face inferior,
nervuras secundárias paralelas entre si e perpendiculares em
1 [MC] 2[MC] -125
relação às nervuras principais, impressas na face superior e
salientes na face inferior; pedolos de até lcm de comprimento;
sem estípulas; folhas coriáceas; discolores, face superior glabra
e brilhante, e face inferior pulverulenta, com pó ou areia fina, de
cor bege-ferrugínea, que se desprende ao se tocarem as folhas, já
as folhas jovens são pulverulentas em ambas as faces. Flores (1)
de até O,2cmde diâmetro; com cinco pétalas livres;de cor branca.
Frutos (2) de até lcm de diâmetro; carnosos; globosos; pilosos;
de cor púrpura quando maduros. Sementes diminutas; até 20
por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
campos e cerradão, no DF e nos estados BA, GO, MG, MS, 3 [Me) 4 [Me)
MT, PE, RI, SP e TO. Populações médias de 11 a 21 árvores/ha em
10ha de cerrado sentido restrito amostrados no DF.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
abril a setembro, flores hermafroditas; frutificação: abril a
setembro; polinização: pequenos insetos; dispersão: aves;
sementes: 2.000.000/kg; germinação: taxa de até 57%.
Usos - O fruto é apreciado por avese outros animais. Potencial
para o paisagismo, pela sua arquitetura e bela folhagem, e
para a recuperação de áreas degradadas.
Etimologia - Miconia: homenagem ao médico espanhol
Micon. Ferruginata: do latim, da cor do ferro. Pixirica: do tupi,
pixi'rika, planta cujo fruto é comestível.
47 - M;con;a poh/;ana - Melastomataceae
Pixirica

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais pilosos de cor ferrugínea ou acinzentada.
Troncos com diâmetros de até 32cm; ritidoma (5) de cor
acinzentada, com fissuras e cristas descontínuas e sinuosas.
Folhas (3) simples; opostas, cruzadas; ovais a elípticas; 4 a 11cm
de comprimento e 2 a 6cm de largura; ápices agudos e bases
cordadas; margens crenadas ou serreadas; nervação acródroma-

- perfeita-basal, com 5 a 7 nervuras que se originam na base da


folha e seguem paralelas entre si em direção ao ápice, impressas
126 na face superior e salientes na face inferior, nervuras secundárias
paralelas entre si e perpendiculares em relação às nervuras
2[MC] -127
principais, impressas na face superior e salientes na face infe-
rior; pedolos de até Icm de comprimento; sem estípulas; folhas
coriáceas; discolores, face inferior de cor bege ou ferrugínea,
pulverulenta, como pó ou areia fina que se desprende ao se
tocarem as folhas. Flores (1) de até O,2cm de diâmetro; com
cinco pétalas livres; de cor branca. Frutos (2) de até O,5cm de
diâmetro; carnosos; globosos; com ápice coroado; de cor
púrpura quando maduros. Sementes diminutas; até 25 por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre em áreas rupestres, no
campo cerrado, campo sujo, cerrado sentido restrito e cerradão,
no DF e nos estados BA,GO,MG, SP e TO. Populações médias de
nove a 18 árvores/ha em lOha de cerrado sentido restrito no DF.
Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:
maio a setembro, flores hermafroditas; polinização: pequenos 2 [MC]
insetos; frutificação: julho a outubro; dispersão: aves; sementes:
sem informação; germinação: sem informação.
Usos - no paisagismo, pela sua arquitetura, folhagem e
floração. O fruto é apreciado por pássaros e outros animais.
Também na recuperação de áreas degradadas por atrair aves
dispersoras de sementes.
Etimologia - Miconia: homenagem ao médico espanhol
Micon. Pohliana: homenagem ao botânico austríaco Pohl.
Pixirica: do tupi, pixi'rika, planta cujo fruto é comestível.
48 - B/epharoca/yx sa/icifo/ius - Myrtaceae
Maria-preta

Árvore (5) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais de cor cinza, ou avermelhados quando jovens,
gemas terminais ferrugíneas quando jovens, râmulos pendentes.
Troncos de até 27cm de diâmetro; ritidoma (4) castanho ou
cinza, reticulado. Folhas (3) simples; opostas, dísticas; obovadas
a elípticas; com 4 a 8 cm de comprimento e 1 a 3 cm de largura;
ápices agudos, atenuados ou acuminados e bases agudas ou
obtusas; margens inteiras e onduladas; nervação broquidódro-
ma, nervura central saliente em ambas as faces, atenuam-se em
1 [Me]
2 [CP]
-
129
128 direção ao ápice, nervuras secundárias planas ou pouco salientes
em ambas as faces; pedolos de até 2cm de comprimento; sem
estípulas; folhas cartáceas; discolores, escuras e brilhantes na
facesuperior e mais claras na faceinferior; com glândulas laminares
translúcidas que exalam odor agradável ao se amassarem as
folhas; com pêlos amados de cor acinzentada. Flores (1) de até
lcm de diâmetro; com quatro pétalas livres; de cor branca.
Frutos (2) de até 0,3cm de diâmetro; globosos; vermelhos
quando maduros. Sementes de até 0,5cm de diâmetro; globosas;
de cor esverdeada; uma a quatro por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
cerradão, campo sujo e campo cerrado, no DF e nos estados BA,
GO, MG MS, MT, PR, RS,SC, SP e TO. Populações médias de sete
a 21 árvores/ha em lOha de cerrado sentido restrito no DF. 3 [MC]

Fenologia e reprodução - árvore sempre-verde; floração:


agosto a janeiro, flores hermafroditas; polinização: abelhas e
pequenos insetos; frutificação: janeiro a março; dispersão: aves;
sementes: 52.600/kg; germinação: taxa de até 90%.
Usos - potencial para paisagismo, pela bela folhagem,
floração e frutificação. Útil na recuperação de áreas degradadas,
por atrair aves dispersoras de sementes. O fruto é apreciado
pela fauna, principalmente pássaros. A madeira dura, densidade \
de 0,84g!cm3, tem uso regional.
Etimologia - Blepharocalyx: cálice ciliado. Salicifolius: saliei =
I
salix +folius = folhas, ou seja, folhas pendentes como em Salix ou
Chorão. Maria-meta: origem obscura.
~

- --
49 - Eugenia dysenterica - Myrtaceae
Cagaiteira

Árvore (4) sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais avermelhados quando jovens e gemas ferru-
gíneas. Troncos com até 32cm de diâmetro; ritidoma (5) de cor
cinza ou castanho, com fissuras e cristas sinuosas e descontínuas,
veios castanhos. Folhas (3) simples; opostas, cruzadas; elípticas
ou ovadas; 3 a IOcm de comprimento e 1a 5cm de largura; ápices

-
130
agudos, acuminados ou obtusos e bases assimétricas, agudas,
subcordadas ou obtusas; margens inteiras e onduladas; nervação
broquidódroma, nervuras primárias e secundárias amareladas;
pedolos de até Icm de comprimento; sem estípulas, folhas
coriáceas;concolores, com ou sem glândulas laminares que exalam
, [JC]
-
131

odor agradável ao se amassarem as folhas; glabras. Flores ( I) de


até 2cm de diâmetro; com quatro pétalas livres de cor branca.
Frutos (3) de até 4cm de diâmetro; carnosos; gIobóides; amarelos;
suculentos quando maduros. Sementes de até 1,5cm de diâmetro;
ovais; de cor creme; uma a quatro por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito e
cerradão, no DF e nos estados BA, GO, MA, MT, MS, MG, PA,
PI, SP e TO. Populações médias de uma a duas árvores/ha em I
IOhade cerrado sentido restrito amostrados no DF.Em Paraope- ~
ba (MG) com 110 árvores/ha. ) [MC] 3[Me]
Fenologia e reprodução - árvore deddua; folhação: agosto-
setembro; floração: agosto-setembro; polinização: abelhas, frutifi-
cação: o ditado popular: 'Cagaiteira não cai na poeira', indica frutos
maduros nas primeiras chuvas; dispersão: animais; sementes:
1.300/kg; germinação: taxa de até 97% com escarificação, as se-
mentes perdem a viabilidade rapidamente.
Usos- frutosconsumidosin natura e em iguariasregionais.
Na medicina popular, os frutos são laxantes e as folhas são anti-
diarréicas e para o coração, as flores são usadas para os rins. É
árvore melífera, tanífera, corticeira e ornamental.
Etimologia - Eugenia: homenagem ao príncipe Eugênio de
Sabóia. Dysenterica: propriedade laxante dos frutos. Cagaita: alu-
são ao efeito laxante dos frutos.
51 - Psidium poh/ianum - Myrtaceae
Araçá

Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com


ramos terminais castanhos e gemas com pêlos ferrugíneos.
Troncos com até 23cm de diâmetro; ritidoma (5) com fissuras
e cristas sinuosas e descontínuas e veios castanhos. Folhas (3)
simples; opostas, cruzadas, ou verticiladas nos ramos jovens, com
três folhas por verticilo; ovadas, oblongas ou elípticas; 6 a 16cm
de comprimento e de 3 a Scm de largura; ápices agudos e bases

134
obtusas; margens inteiras e onduladas; nervação broquidódro-
ma, nervura central saliente em ambas as faces atenua-se em
direção ao ápice, nervuras secundárias levemente sulcadas na
1 [MC]
-135
face superior; pedolos de até O,5cm de comprimento, com
pilosidade ferrugínea; sem estípulas; folhas coriáceas; discolores,
brilhantes na face superior e mais claras e opacas na face infe-
rior; pilosas em ambas as faces quando jovens, com pêlos
ferrugíneos na face inferior quando adultas; com glândulas
laminares que exalam odor agradável ao se amassarem as folhas;
apresentam galhas globosas avermelhadas (4). Flores (1) de até
2cm de diâmetro; com cinco pétalas livres; de cor branca. Frutos
(2) de até 3cm de diâmetro; globosos; carnosos; amarelados
quando maduros. Sementes esferóides; com testa óssea; de cor
creme; muitas por fruto.
Habitat e distribuição - ocorre no cerrado sentido restrito,
no DF e nos estados BA, GO, MT, MS, MG e TO. Populações 2 [JC] 3[MC]
médias de uma a três árvores/ha em lOha de cerrado sentido
restrito amostrados no DF.
Fenologiae reprodução - árvore deddua; folhação: agosto
a setembro; floração: novembro a dezembro; polinização:
abelhas; frutificação: novembro a fevereiro; dispersão: animais.
Usos - potencial para o paisagismo e recuperação de áreas
degradadas. Serve de alimento para muitas espécies de animais,
e para o homem na forma de doces e geléias.
Etimologia - Psidium:de psídion = morder, fruto agra-
dável, ou nome grego da planta. Pohlianum: homenagem ao
botânico austríaco PoW. Araçá: do tupi, arasa, ou do guarani,
ara = céu + aza = olho, fruta com olhos ou olhos do céu.

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