Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
________________
1. Primeiro Autor é Estudante do Curso de Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Rua
Setúbal n 777 piso R – Boa Viagem – Recife/ PE. E-mail: renatogalvao2@hotmail.com
2. Segundo Autor é Estudante do Departamento de Medicina Veterinária, Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua
Dom Manuel Luiz de Medeiros, s/n – Dois Irmãos – CEP: 52171 - 900. E-mail: nessa_anny@hotmail.com.
3. Terceiro Autor é Estudante do Departamento de Medicina Veterinária, Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua
Dom Manuel Luiz de Medeiros, s/n – Dois Irmãos – CEP: 52171 - 900. E-mail: danieladasilva9@hotmail.com
4. Quarto Autor é Professor Adjunto do Departamento de Medicina Veterinária, Medicina Veterinária , Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Rua Dom Manuel Luiz de Medeiros, s/n – Dois Irmãos – CEP: 52171 - 900.
Com este trabalho, têm-se o objetivo de relatar um Referências
caso de úlcera corneal persistente, o método de
diagnóstico aplicado, o tratamento realizado e os [1] Banks, William J. Histologia veterinária aplicada. 2ª edição. São
resultados obtidos. Paulo: Manole, 1992.
[2] GELATT, K. N. Manual de Oftalmologia Veterinária. Flórida,
Editora Manole, 2003, 1º edição.
Material e métodos [3] KERN, T. J. Corneopatias e escleropatias. Em: BIRCHARD, S.J. e
Foi atendido no dia 02 de abril de 2008, no Hospital SHERDING, R. G. Manual saunders – Clínica de pequenos
animais. 2° edição, São Paulo – SP, Editora Roca, 2003.
Veterinário Harmonia, um animal da espécie canina, da [4] SLATTER, D. Fundamentals of veterinary ophthalmology. 2.ed.
raça Poodle, de cor branca, sexo feminino, com Philadelphia,W.B.Saunders, 1990.p.257-303: Cornea and sclera.
aproximadamente 10 anos de idade. Durante a [5] NASISSE,M.P. Canine ulcerative Keratitis In: GLAZE,M.B. The
compendium collection::ophthalmology in small animal
anamnese a proprietária relatou que o animal practice. 2. ed. New Jersey, Veterinary Learning Systems, 1996.
apresentava dificuldade para abrir o olho direito há p.45-57.
aproximadamente 15 dias, lacrimejamento excessivo, [6] CARNEIRO FILHO, L. Manual de oftalmologia veterinária. São
Paulo – SP, 1° edição, 1997, Editora Roca Ltda.
prurido, referindo-se também a outros episódios
[7] SLATTER, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. 3° ed.
anteriores em que o animal apresentava a mesma Vol 2, Barueri – SP, editora Manole, 2007.
sintomatologia. No exame clínico, observou-se que o [8] DICE, P.F. The canine cornea. In: GELATT,K. N. Veterinary
animal apresentava blefarospasmo, fotofobia, prurido ophthalmology. Philadelphia, Lea e Febiger, 1981, p. 343-73.
[9] PICKETT P. J. Treating persistent corneal erosions with a
intenso e lesão superficial na córnea do olho esquerdo. crosshatch keratotomy technique. Vet Med 90:561, 1995.
Realizou-se então, a coloração corneal com [10] WILKIE D.A, WHITTAKER C: Surgery of the cornea. Vet Clin
Fluoresceína, meio de diagnóstico sugerido para a North am small anim pract 27:1067, 1997.
[11] CHAMPAGNE E S, MUNGER R: Multiple punctate
avaliação da presença de úlcera na córnea, cujo keratotomy for the treatment of recorrent epithelial erosions in
resultado, mostrou-se positivo, confirmando assim a dogs. J Am Anim Hosp Assoc 28:213, 1992.
presença da úlcera, e devido a não apresentação dos
agentes descritos anteriormente (infecciosos,
endócrinos, anormalidades dos cílios, traumas
químicos, anormalidades palpebrais, paralisia do nervo
facial, doenças do filme lacrimal e trauma)
diagnosticou-se: úlcera corneal persistente.
Para o tratamento, realizou-se o debridamento das
bordas da úlcera utilizando suab e prescrito ofloxacina
0,3% (1 gota/4xdia/15 dias), Atropina 1% (1
gota/1xdia/3 dias), Vitamina C gotas (5 gotas/2xdia).
Solicitou-se, então, que a proprietária retornasse com o
animal quando completado 15 dias de tratamento.
Resultados e discussão
Se a lesão for descoberta precocemente, o
debridamento das margens da úlcera com remoção do
epitélio perdido é realizado sob anestesia tópica (p. ex.,
proparacaína a 0,5%), com o uso de aplicador de ponta
de algodão [7]. No caso do referido animal, mesmo não
atendido tão precocemente - a afecção já o atormentava
a 15 dias e o episodio já havia se repetido
anteriormente - , o tratamento descrito na literatura
mostrou-se eficaz e no dia 10 de maio de 2008,
retornando à clínica apresentou a úlcera reepitelizada, e
ausência de sinais clínicos.
Dessa forma, não foi necessário realizar a
ceratotomia de grade linear, técnica bastante invasiva,
cujo procedimento utiliza agulha de calibre 25 a 27
[09] ou lâmina de bisturi nº64 [10] para cortar, no
padrão, a membrana basal em linhas cruzadas com
múltiplas linhas retas que expõem o estroma anterior,
estendendo-se no tecido corneal saudável [11].
Como o animal retornou antes dos 15 dias prescritos,
continuou-se o tratamento com ofloxacina 0,3% e
vitamina C.