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João Pimenta

UnB, ENM, LaAR


Membro ANPRAC, ABEMI

Universidade de Brasília
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
Laboratório de Ar Condicionado e Refrigeração
2ª Escola de Verão de Refrigeração, Poli/USP, 28 a 31 de Janeiro de 2013
Atividades do LaAR/UnB no campo da Refrigeração por Absorção

Material desenvolvido pelo Prof. João Pimenta, para mini-curso durante a


2ª. Escola de Verão de Refrigeração: Ciclos de Absorção da ABCM,
realizada pela Escola Politécnica da USP.

Para fazer referência a este material, por favor utilize o seguinte :

PIMENTA, João. Refrigeração por Absorção Água-Brometo de Lítio. Escola


de Verão de Refrigeração, ABCM, Associação Brasileira de Engenharia e
Ciências Mecânicas. Escola Politécnica da USP, 28-31 Janeiro 2013. 105
slides. Apresentação MS PowerPoint.

Críticas, comentários, sugestões, etc. para


pimenta@unb.br

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Atividades do LaAR/UnB no campo da Refrigeração por Absorção

Conteúdo
1. Introdução
2. COP dos Ciclos por Absorção
3. Propriedades T-P-X de Soluções H2O-LiBr
4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor
5. Cristalização
6. Equip. Comerciais de Refrigeração por Absorção
7. Controle de capacidade em ciclos por absorção
8. Ciclos de Duplo Efeito

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1
INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

Discutiremos a tecnologia de produção de frio por ciclos por


absorção água-brometo de lítio.

Ciclos de refrigeração por compressão X absorção.

Trabalho Calor
Ciclo Efeito útil de Ciclo Efeito útil de
Compressão refrigeração Absorção refrigeração

Ciclos de refrigeração por absorção


são ciclos movidos a calor.
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1. INTRODUÇÃO

Refrigeração por Compressão Refrigeração por Absorção

Trabalho Condensador
Calor
Ciclo
Compressor
Absorção

Evaporador
Efeito útil de
refrigeração

Efeito útil de
refrigeração

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1. INTRODUÇÃO

Refrigeração por Compressão Refrigeração por Absorção

Trabalho Condensador Condensador


Calor
Compressor ?

Evaporador Evaporador

Efeito útil de Efeito útil de


refrigeração refrigeração

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1. INTRODUÇÃO

Refrigeração por Compressão Refrigeração por Absorção

Trabalho Condensador Condensador


Calor
Geração
Compressor
Absorção

Evaporador Evaporador

Efeito útil de Efeito útil de


refrigeração refrigeração

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1. INTRODUÇÃO

A solução absorvente
recebe calor, liberando o Refrigeração por Absorção
vapor refrigerante.

Condensador
Calor
Geração

Absorção

Evaporador

O vapor refrigerante é
absorvido por uma Efeito útil de
solução absorvente. refrigeração

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1. INTRODUÇÃO

A solução absorvente
recebe calor, liberando o Refrigeração por Absorção
vapor refrigerante.

A concentração da Condensador
solução aumenta! Calor
Geração

Absorção

A concentração da
solução diminui!
Evaporador

O vapor refrigerante é
absorvido por uma Efeito útil de
solução absorvente. refrigeração

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1. INTRODUÇÃO

A solução absorvente
recebe calor, liberando o Refrigeração por Absorção
vapor refrigerante.

A concentração da Condensador
solução aumenta! Calor
Geração

Absorção

A concentração da
solução diminui!
Evaporador

O vapor refrigerante é
absorvido por uma Efeito útil de
solução absorvente. refrigeração

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1. INTRODUÇÃO

Refrigeração por Absorção

CALOR

Gerador Condensador
Calor
Geração

Absorção

Absorvedor Evaporador

Refrigerante Efeito útil de


Solução fraca refrigeração
Solução forte
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1. INTRODUÇÃO

Refrigeração por Compressão Ciclo por Absorção


CALOR

Trabalho Condensador Gerador Condensador

Compressor

Evaporador Absorvedor Evaporador

Efeito útil de Refrigerante


refrigeração Solução fraca
Solução forte
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1. INTRODUÇÃO

Calor de uma fonte externa


promove a vaporização do
fluido antes absorvido pela Q G
solução.
Vapor Alta
pressão Q CD
Gerador Condensador

O líquido a baixa
pressão é circulado do
W B Restrição para a queda
absorvedor, elevando de pressão e retorno da
sua pressão até a do solução ao absorvedor.
gerador.

Vapor Baixa Q EV
pressão
Absorvedor Evaporador

O Vapor de baixa pressão é


absorvido por uma solução
liquida.
Q ABS

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1. INTRODUÇÃO

Vantagens das unidades operando por absorção :


• Não usam fluidos que degradem o meio ambiente;
• Fluido refrigerante  Água

TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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1. INTRODUÇÃO

Vantagens das unidades operando por absorção :


• Dispensam cuidados com o uso de lubrificantes;
• Permitem aplicações de recuperação térmica.

Na refrigeração por absorção é possível manter


temperaturas de evaporação de 10 ºC até -60 ºC com
uma variedade de ciclos e fluidos.

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1. INTRODUÇÃO

Desenvolvimento Histórico
Michael Faraday Experimento de liquefação da amônia
1824

Ferdinand Carré Invenção e patente de uma máquina de


1860 absorção água-amônia
Guerra Civil USA Uso pelos confederados (Sul) para suprir o uso
Ano-ano do gelo natural, cortado pelo Norte.
Thomas Edison Primeira usina de geração de eletricidade.
1882
Crise energética Elevação custo combustíveis fósseis. Baixos
1973 COP’s dos ciclos por absorção.
Final século XX Interesse renovado pelos ciclos por absorção

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1. INTRODUÇÃO

Quanto à forma como o calor é fornecido, as máquinas de


refrigeração por absorção podem ser de queima direta, ou
de queima Indireta.

Queima direta:
Calor é gerado na própria máquina de absorção, pela
combustão de gás, óleo, etc., em queimadores
acoplados ao equipamento.

Queima indireta:
Calor fornecido resulta de processos externo à máquina
de absorção – aproveitamento térmico.
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1. INTRODUÇÃO

Chiller de queima direta (Broad).

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1. INTRODUÇÃO

Nas máquinas de queima indireta por sua vez, diferentes


soluções podem ser consideradas:
• Vapor
de caldeiras de produção direta;
de caldeiras de recuperação;
de turbinas a vapor;

• Gases de exaustão de turbinas a gás;

• Fluido térmico aquecido;


calor residual de processos
arrefecimento de motores de combustão
coletores solares
• etc.

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1. INTRODUÇÃO

Exemplos (HEB CHP System)


…includes a Capstone microturbine that supplies up to 60 kW of power to the store. The
500-550°F exhaust from the turbine is use to drive a Broad single-effect absorption
chiller…capable of supplying 18 tons of cooling output.

files.harc.edu/Sites/GulfCoastCHP/CaseStudies/HEBSanAntonioTX.pdf

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1. INTRODUÇÃO

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2
COP de Ciclos por
Absorção

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Em um ciclo por absorção, a ação externa necessária


relaciona-se ao fornecimento de calor. Logo,

efeito útil Q EV
COPABS   
ação necessária QG

0,7 < COPABS <1,2  aprox. 5 x menor que o de ciclos


por compressão.

Tal aspecto porém não deve ser visto como


absolutamente negativo já que calor e trabalho são
formas distintas de energia.
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2. COP dos Ciclos por Absorção

Ashrae Handbook Refrigeraton 2002, Chapter 41

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Motor térmico x Refrigerador

TH TH

Q H
Motor Térmico W W Refrigerador

Q EV

TL TL

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Motor térmico x Refrigerador: Rendimento de Carnot

TH THTCD

Q H
Motor Térmico W W Refrigerador

Q EV

TL TL→ TEV

Q G TH Q EV TEV
 
W TH  TL W  TCD  TEV

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Motor térmico x Refrigerador: Rendimento de Carnot

TH TG THTCD TAMB

Motor Térmico W W Refrigerador

TLTABS e TCDTAMB TL→ TEV

TG
Temperatura

TAMB

TEV
Entropia
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2. COP dos Ciclos por Absorção

Acoplando estes ciclos, determinamos a equação para o


COP de um ciclo por absorção.
TH TG THTCD TAMB

Q H
W W
Q EV

TLTABS e TCDTAMB Q EV TL→ TEV


COPABS  
QG
Q G TH  W TG Q EV TEV  W TEV
  QG    QEV 

W TH  TL TG  TAMB W  TCD  TEV TAMB  TEV

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Acoplando estes ciclos, determinamos a equação para o


COP de um ciclo por absorção.
TG TAMB

Q H
W W
Q EV

TAMB Q EV TEV
COPABS  
QG
 W TG W TEV
QG  Q EV 
TG  TL W TEV T  TAMB TAMB  TEV
COPABS   G
TAMB  TEV W TG
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2. COP dos Ciclos por Absorção

Assim,
Q EV W TEV TG  TAMB
COPABS    
QG TAMB  TEV W TG

TEV TG  TAMB 


COPABS 
TG TAMB  TEV 

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Vejamos um exemplo simples,


onde calculamos o COP de
Carnot...

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Exemplo de Cálculo 1
COP de Carnot para um sistema de refrigeração (ideal) operado a
calor proveniente de uma fonte a 100 ºC, mantendo temperatura de
refrigeração de 5 ºC e rejeitando calor para o ambiente a 30 ºC.

Vapor d’água

Gerador Condensador
100 ºC 30 ºC

Absorvedor Vapor d’água Evaporador


30 ºC 5 ºC

* Stoecker e Jones, Refrigeração e Ar condicionado. Capitulo 17, Exemplo 17.1

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Exemplo de Cálculo 1
COP de Carnot para um sistema de refrigeração (ideal) operado a
calor proveniente de uma fonte a 100 ºC, mantendo temperatura de
refrigeração de 5 ºC e rejeitando calor para o ambiente a 30 ºC.

TEV TG  TAMB  TEV = 5 ºC = 278,15 K


COPABS  TG = 100 ºC = 373,15 K
TG TAMB  TEV  TAMB = 30 ºC

278,15100  30
COPABS 
373,1530  5

COPABS  2,09
COP ideal > COP que seria obtido de um ciclo
real de refrigeração por absorção

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Influência das Temperaturas de Operação

Tev=-20oC Tev=0oC Tev=5oC

12,0

TEV TG  TAMB 


10,0
COPABS 
COP ideal (Tamb=15 oC)

8,0
TG TAMB  TEV 
6,0

4,0

2,0 COPABS ↑ quando TG↑;


0,0
0 50 100 150 200 250
COPABS ↑ quando TEV↑;
Temperatura no Gerador, TG [oC]

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2. COP dos Ciclos por Absorção

Influência das Temperaturas de Operação

TAMB = 15 oC TAMB = 20 oC TAMB = 30 oC


Tev=-20oC Tev=0oC Tev=5oC Tev=-20oC Tev=0oC Tev=5oC Tev=-20oC Tev=0C Tev=5oC

12,0 12,0 12,0

10,0 10,0 10,0


COP ideal (Tamb=15 oC)

COP ideal (Tamb=20 oC)

COP ideal (Tamb=30 oC)


8,0 8,0 8,0

6,0 6,0 6,0

4,0 4,0 4,0

2,0 2,0 2,0

0,0 0,0 0,0


0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250
Temperatura no Gerador, TG [oC] Temperatura no Gerador, TG [oC] Temperatura no Gerador, TG [oC]

TEV TG  TAMB 


COPABS  COPABS ↓ quando TAMB↑;
TG TAMB  TEV 

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3
Propriedades T-P-X de
soluções H2O-LiBr

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Brometo de Lítio (LiBr)

► Sal cristalino de cor branca;


► Absorve o vapor d’água, se tornando solução líquida;
► Densidade= 3.464 g/cm3

http://2.imimg.com/data2/DM/CD/MY-/barium-bromide-250x250.jpg
http://ca.wikipedia.org/wiki/Fitxer:Lithium-bromide-unit-cell-3D-ionic.png

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Brometo de Lítio (LiBr): Obtenção


Obtido pela reação de neutralização do hidróxido de lítio
com o ácido bromídrico.
LiOH+HBr  LiBr + H2O

ou pela reação com o carbonato de lítio,

Li2CO3+2HBr  2LiBr + H2O + CO2

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Brometo de Lítio (LiBr): Cuidados


Contato com os olhos  irritação;

Contato com a pele  queimaduras.

EPI: óculos de segurança e luvas

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Brometo de Lítio (LiBr)

A solução líquida H2O-LiBr exerce pressão de vapor d’água


função da temperatura (T) e concentração (x) alterando as
propriedades de saturação da água pura.

Vapor d’água Vapor d’água


7,38 kPa 7,38 kPa
Água Água-LiBr
40 oC 80 oC

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Vapor d’água Vapor d’água


7,38 kPa 7,38 kPa
Água Água-LiBr
40 oC 80 oC

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

A entalpia de soluções H2O-LiBr pode ser obtida do gráfico


abaixo , h=f(T,X)

Válido para soluções aturadas


ou sub-resfriadas.

Referências:

água líquida a 0º C
h=0 kJ/kg
LiBr sólido a 25º C

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Agora que sabemos determinar


as propriedades das soluções
água-brometo de lítio, vamos
apresentar alguns exemplos
numéricos...

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 2
Determinar
Determinar as
as vazões mássicas
mássicas de
derefrigerante
refrigerante(água).
(vapor d’água) e de
solução forte.
m 3  ?
3
Vapor d’água

Gerador Condensador
100 ºC 40 ºC

2 4

 1  0,6 kg s
m m 1  ?

1 Vapor d’água Evaporador


Absorvedor
30 ºC 10 ºC
5

* Stoecker e Jones, Refrigeração e Ar condicionado. Capitulo 17, Exemplo 17.2

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 2
Primeiramente determinamos as pressões de alta e baixa.
PALTA = PGERADOR = PCONDENSADOR

PSAT (água, T=40 ºC) = 7,38 kPa


PBAIXA = PABSORVEDOR = PEVAPORADOR

PSAT (água, T=10 ºC) = 1,23 kPa

X1=50% X2=66,4%
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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 2
Efetuando um balanço de massa para o gerador, temos

2 m
m 3  m
1
2  m
m  3  0,6 3

Além disso, para o LiBr temos, Gerador


100 ºC
m 1 x1  m
 2 x2 1

0,6.0,50  m  2 0,664 2

m 2  0,452 kg s  1  0,6 kg s
m
Então,

 3  0,148 kg s
m

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 3
Para o sistema de absorção anterior determine QABS, QCD, QEV e COP.
Q G 3
Vapor d’água
Q CD
Gerador Condensador
100 ºC 40 ºC

2 4
Restrição para a queda
 1  0,6 kg s
m de pressão e retorno da
solução ao absorvedor.

1 Vapor d’água Evaporador


Absorvedor
30 ºC 10 ºC
5

Q ABS Q EV
* Stoecker e Jones, Refrigeração e Ar condicionado. Capitulo 17, Exemplo 17.3

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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 3
As vazões e concentrações foram obtidas no exemplo anterior. Temos,

 1  0,60 kg s
m x1  50%
 2  0,452 kg s
m x2  66,4%
 3  0,148 kg s
m x3  0%

Do gráfico para as entalpias obtemos,



h1  h T1  30o C, X1  50%  168 kJ kg 
h2  hT 2 
 100o C, X 2  66,4%  52 kJ kg

Para a água, das tabelas de vapor d’água, temos,

 
h3  h x  1, T3  100o C  2676 kJ kg
h4  hx  1, T4  40o C   167,5 kJ kg
 
h5  h x  1, T5  10o C  2520 kJ kg
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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 3
As taxas de transferência de calor procuradas são obtidas da aplicação da 1ª.
Lei para cada componente.

Q G 3
m 3h3
Gerador
1
100 ºC Q G  m
 3h3  m  1h1  Q G  473,3kW
 2 h2  m
2
m 1h1
m 2 h2 3
m 3h3 Q CD
Condensador
40 ºC
Q CD  m  4 h4  Q CD  371,2kW
 3h3  m
4
m 4 h4
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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 3

m 2 h2
m 1h1 2

Absorvedor
m 5 h5 Q ABS  m
 2 h2  m  1h1  Q ABS  450,3kW
 5h5  m
30 ºC
1 5

m 4 h4
Q ABS
4

5
Q EV  m  4 h4  Q EV  348,2kW
 5h5  m Evaporador
10 ºC
m 5 h5

Q EV
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3. Propriedades T-X-P de Soluções H2O-Brometo de Lítio

Exemplo de Cálculo 3
Finalmente, o COP é facilmente obtido,

Q EV 348,2
COPABS     COPABS  0,736
QG 476,6

Obtemos um COP < 1, como é comum para ciclos por absorção.


Se aplicássemos a equação do COPIDEAL, teríamos

TEV TG  TABS  283,15100  30 19820,5


COPABS ,ideal   
TG TCD  TEV  373,1540  10 11194,5
COPABS ,ideal  1,77
Nota:
Tal cálculo do COPIDEAL é uma aproximação pois ocorrem de fato
diferenças finitas de temperatura nas trocas de calor.

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4
O Ciclo por Absorção
com Trocador de Calor

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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

A energia para bombas, ventiladores, etc. é pequena face a


energia térmica no gerador de um ciclo por absorção.
Q G

Gerador Condensador

W pump

Absorvedor Evaporador

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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Ao mesmo tempo, ocorre rejeição de calor para as


vizinhanças  recuperação térmica no ciclo.
Q G
Q CD
Gerador Condensador

Absorvedor Evaporador

Q ABS
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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

A solução transferida do gerador ao absorvedor deve ser


resfriada de TG a TABS (no exemplo, de 100 a 30 ºC);

Gerador Condensador

100 ºC

30 ºC
Absorvedor Evaporador

Q ABS
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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Ao mesmo tempo, a solução transferida do absorvedor ao


gerador deve ser aquecida de TABS a TG (de 30 a 100 ºC).
Q G

Gerador Condensador

30 ºC 100 ºC

Absorvedor Evaporador

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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Assim, é interessante usar um trocador de calor entre o


gerador e o absorvedor, como abaixo.
Q G

Gerador Condensador

100 ºC
Trocador de Calor
(Regenerador)

30 ºC
Absorvedor Evaporador

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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Exemplo de Cálculo 4
Para o sistema de absorção dos exemplos anteriores adotou-se um trocador
de calor regenerador entre o gerador e o absorvedor, de tal forma que a
temperatura de entrada da solução no gerador é agora de 52º C. Determine
as novas taxas de transferência de calor em cada componente.

Gerador Condensador

52 ºC
100 ºC

30 ºC
Absorvedor Evaporador

* Stoecker e Jones, Refrigeração e Ar condicionado. Capitulo 17, Exemplo 17.4

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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Exemplo de Cálculo 4
Para o sistema de absorção dos exemplos anteriores adotou-se um trocador
de calor regenerador entre o gerador e o absorvedor, de tal forma que a
temperatura de entrada da solução no gerador é agora de 52º C. Determine
as novas taxas de transferência de calor em cada componente.

Dos exemplos anteriores permanecem inalteradas as seguintes


variáveis:

1  m
m  2  0,60 kg s h1  168 kJ kg
3  m
m  4  0,452 kg s h3  52 kJ kg
5  m
m 6  m
 7  0,148 kg s h5  2676 kJ kg
h6  167,5 kJ kg
Q EV  348,2kW
h7  2520 kJ kg
Q CD  371,2kW

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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Exemplo de Cálculo 4
No ponto 2, a temperatura da solução é de 52 ºC com X = 50%, então do
gráfico para a entalpia de soluções H2O-LiBr, temos,

h2  120 kJ kg
Agora, a taxa de transferência de calor no trocador regenerador pode ser
obtida de um balanço de energia para a solução entre “1” e “2”.

Q  m 1 h2  h1 
2 3
Q  0,6 120   168  28,8kW
Q Por sua vez, entre os pontos “3” e “4”.

 3 h3  h4 
28,8kW  m
1 4
28,8kW  0,452 52  h4 
h4  116 kJ kg
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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Exemplo de Cálculo 4
No gráfico para a entalpia de soluções H2O-LiBr, temos,

T4=64 ºC
h4  116 kJ kg

X 4  66,45
Agora, aplicando a 1ª. Lei para volumes de controle para o gerador e
o absorvedor, temos,

Q G  m
 5h5  m  2 h2  Q G  444,5kW
 3h3  m
Q ABS  m
 7 h7  m  1h1  Q ABS  421,3kW
 4 h4  m
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4. O Ciclo por Absorção com Trocador de Calor

Exemplo de Cálculo 4 ANTES

Q G  444,5kW Q G  476,6kW
Q ABS  421,3kW Q ABS  450,3kW

Então, o COP agora será,

Q EV 348,2
COPABS   
QG 444,5 ANTES
COPABS  0,783 COPABS  0,736

Verificamos assim que a inclusão do trocador de calor entre o gerador e o


absorvedor permite, neste caso, obter um aumento de 6,4% sobre o COP
do ciclo.

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5
CRISTALIZAÇÃO

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5. CRISTALIZAÇÃO

Nos gráficos apresentados antes observamos a


existência de zonas ditas de cristalização.

CRISTALIZAÇÃO
CRISTALIZAÇÃO

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5. CRISTALIZAÇÃO

H2O-LiBr H2O-LiBr
Liquido monofásico Liquido + Sólido
Resfriamento
100 oC 20 oC
70% LiBr (massa) 70% LiBr (massa)

Wispy white flakes begin to appear...


Slightly more dense than liquid.
Herold et all., Absorption Chillers and Heat Pumps, CRC Press, 1996

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5. CRISTALIZAÇÃO

Na cristalização....

O componente salino (LiBr) se precipita quando sua


fração mássica excede o limite de solubilidade.
O limite de solubilidade varia principalmente com fração mássica
e temperatura sendo pouco afetado pela pressão.

Ocorre a nucleação de cristais, processo sensível à


presença de sítios de nucleação.
 Se não há sítios de nucleação é possível um estado de
supersaturação (conteúdo em sal > limite de solubilidade).

 O próprio cristal formado provê um sítio de nucleação.

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5. CRISTALIZAÇÃO

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5. CRISTALIZAÇÃO

Conforme o LiBr se solidifica a solução se dilui  estado


permanece sobre a curva de cristalização.

TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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5. CRISTALIZAÇÃO

Causas da cristalização:
• Penetração de ar

• Temperatura da água de resfriamento


muito baixa ou flutuante

• Falta de energia

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5. CRISTALIZAÇÃO

Causas da cristalização:
• Penetração de ar

• Temperatura da água de resfriamento


muito baixa ou flutuante

• Falta de energia
Causa mais freqüente;
Aumenta Tev e Pev;
Diminui a capacidade do chiller
Eleva a entrada de calor;
Eleva a concentração;
Mais grave quando em condição de carga plena

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5. CRISTALIZAÇÃO

A operação regular de um sistema de purga é requerida


para remover o ar e outros não condensáveis.
TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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5. CRISTALIZAÇÃO

Causas da cristalização:
• Penetração de ar

• Temperatura da água de resfriamento


muito baixa ou flutuante

• Falta de energia

Diminui temperatura da solução diluída no evaporador;


Acarreta menor temp. da solução que retorna ao absorvedor;
Causa cristalização da solução concentrada no trocador de calor.

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5. CRISTALIZAÇÃO

Causas da cristalização:
• Penetração de ar

• Temperatura da água de resfriamento


muito baixa ou flutuante

• Falta de energia

Impede o procedimento de shutdown normal d equipamento,


prejudicando seu ciclo de diluição que reduz gradativamente a
concentração.

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5. CRISTALIZAÇÃO

Exemplo de Cálculo 5*
Se o sistema dos exemplos anteriores utiliza água de arrefecimento
proveniente de uma torre de resfriamento e a temperatura ambiente do ar
diminui, a água que deixa a torre estará a menor temperatura. Com isso, a
TCD diminuirá para digamos 34 ºC. Se as demais temperaturas permanecem
inalteradas pergunta-se: Existe risco de cristalização ?

O componente crítico quanto a cristalização é o trocador de calor.

Quando TCD↓, PALTA↓ oque faz X3↑, no caso para 69%.

Se a vazão da bomba permanece constante, a mudança da


concentração em “3” requer que recalculemos as vazões em “3” e
“5”,
m 1.x1  5  0,60  0,435  0,165 kg s
m 3   0,435 kg s m
x3

* Stoecker e Jones, Refrigeração e Ar condicionado. Capitulo 17, Exemplo 17.5

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5. CRISTALIZAÇÃO

Exemplo de Cálculo 5

T3  100o C
T2  52o C 2 3 x3  0,69
m 3  0,435 kg s

 
h1  h T1  30o C, X1  50%  168 kJ kg
 1  0,60 kg s
m
1 4
 
h2  h T2  52o C, X 2  50%  120 kJ kg
 
h3  h T3  100o C, X 2  69%  54 kJ kg

De um balanço de energia para o trcador, temos,


m 1 h2  h1  0,6  66
h4  h3   54   h4  120 kJ kg

m3 0,435

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5. CRISTALIZAÇÃO

Exemplo de Cálculo 5
Com h4 e x4 obtidos recorremos ao gráfico para as entalpias de
soluções H2O-LiBr, como abaixo.

h4  120 kJ kg

X 4  69%
Verificamos assim ocorrência da cristalização!!!

Nota 1: A entrada da solução no absorvedor é a posição mais critica quanto a


ocorrência da cristalização
Nota 2: Baixas PCD’s envolvem risco de cristalização.
Nota 3: Máquinas comerciais usam recurso de manter PCD artificialm. alta.

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6
Equipamentos Comerciais
de Refrigeração por
Absorção

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

Uma característica construtiva bastante difundida entre os


equipamentos comerciais é o uso de invólucros comuns
para gerador-condensador e absorvedor-evaporador.

Tira proveito do fato de haver


Gerador Condensador
dois níveis de pressão no
sistema:
PALTA→ gerador e condensador
PBAIXA→ absorvedor e evaporador.
Absorvedor Evaporador

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

CONDENSADOR
GERADOR

EVAPORADOR /
ABSORVEDOR

BOMBAS
HERMÉTICAS

Chiller Absorção Simples Estágio York, 120-1377 TR (420-4840 kW)

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

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Atividades do LaAR/UnB no campo da Refrigeração por Absorção

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LaAR, Laboratorio de Ar Condicionado e Refrigeração www.laar.unb.br
2ª Escola de Verão de Refrigeração, Poli/USP, 28 a 31 de Janeiro de 2013
Atividades do LaAR/UnB no campo da Refrigeração por Absorção

6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

Corrosão e compatibilidade com materiais

Na presença de oxigênio a solução de LiBr é altamente


agressiva a vários metais, incluindo aço carbono e cobre.

Ao longo da vida útil da máquina corrosão significativa pode


ocorrer

Principais medidas:
 controle de pH;
 inibidores de corrosão;

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

Corrosão e compatibilidade com materiais

 Controle de pH;
• realiza-se pela adição de pequenas quantidades de
HBr(ácido hidrobrômico em solução);

• procura-se manter a solução ligeiramente básica a


neutra  causa formação de óxido diretamente sobre
as superfícies (passivação);

• A alcalinidade da solução causa aumento da


formação de H2 na máquina (manter solução
preferencialmente neutra);
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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

Corrosão e compatibilidade com materiais

 Inibidores de Corrosão;
• aditivos como cromato de lítio (tóxico!), molibdato de
lítio e nitrato de lítio, com até 1% em massa;

• reagem com a superfície dos metais formando uma


camada de óxido relativamente estável (passivação);

• procura-se manter a solução ligeiramente básica 


causa formação de óxido diretamente sobre as
superfícies (passivação);

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

Corrosão e compatibilidade com materiais

Ligas cobre-níquel resistem à corrosão em elevadas


temperaturas melhor que o cobre;

Aços inoxidáveis podem apresentar corrosão por pitting e


cracking quando a temperatura elevada do LiBr;

Em geral há boa compatibilidade com borracha e polímeros


compostos.

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6. Equipamentos Comerciais de Refrigeração por Absorção

Manutenção e Expectativa de vida

A manutenção usual de máquinas H2O-LiBr, incluem:


1) Purga periódica de não condensáveis;
2) Adição periódica de octyl alcohol (aditivo);
3) Adição periódica de inibidor de corrosão;
4) Correção periódica de pH.

A experiência indica que 20 anos é a expectativa de vida de


uma máquina por absorção  o principal limitante é a
corrosão!

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7
Controle de Capacidade
em Ciclos por Absorção

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7. Controle de Capacidade em Ciclos por Absorção

Se a carga térmica atendida pelo equipamento de


refrigeração por absorção diminui ...
→ a temperatura de entrada da água no evaporador diminui.

→ se não há nenhum controle a temperatura da água na saída do


evaporador diminui, podendo causar congelamento!

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7. Controle de Capacidade em Ciclos por Absorção

A maioria dos sistemas de controle atua no sentido de


manter a temperatura da água de saída do evaporador
constante.
→ se QEV diminui, é necessário diminuir a potência frigorífica do
sistema de absorção.

Em geral, 3 métodos usuais de controle de capacidade


são considerados:
1) Redução de vazão da bomba de solução;
2) Redução da temperatura no gerador TG, e ;
3) Aumento da temperatura de condensação.

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7. Controle de Capacidade em Ciclos por Absorção

Método 1: Redução da vazão da bomba.


Método eficiente desde que QG também seja reduzido
proporcionalmente.

Causa mudanças nas


temperaturas levando a
maiores concentrações
de LiBr na saída do
gerador  maiores
COPs mas pode haver
cristalização  uso
adicional dos métodos 2
e 3.
TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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7. Controle de Capacidade em Ciclos por Absorção

Método 2: Redução de TG
Causa a diminuição de QG e por conseguinte de QEV.
Realiza-se pelo controle do fornecimento de calor, vazão
de vapor (água quente, etc.) que alimenta o gerador.

TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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7. Controle de Capacidade em Ciclos por Absorção

Método 3: Aumento de TCD


Pode ser obtido pelo aumento da temperatura de entrada
da água no condensador, por um by-pass da água de
arrefecimento na torres de resfriamento.
O efeito do aumento de TCD
é análogo a diminuição de
TG .

A concentração do gerador
ao absorvedor diminui
e, para dada vazão da
bomba, mref,CD=mref,EV
diminui, logo, QEV se reduz. TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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8
Ciclos de
Duplo Efeito

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8. Ciclos de Duplo Efeito

Ciclos por absorção de duplo efeito fazem uso de um


segundo gerador cujo calor provêm do vapor d’água
condensado do primeiro gerador.

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8. Ciclos de Duplo Efeito

Sistemas de duplo efeito operam com 3 níveis de pressão


onde a pressão que alimenta o gerador primário superior a
usual num ciclo de simples estágio.

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8. Ciclos de Duplo Efeito

TRANE: Absorption Water Chillers (TRC011EN.PPT)

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8. Ciclos de Duplo Efeito

Um sistema de duplo efeito apresenta COP’s mais elevados que um


sistema de simples efeito → figura.

1,5

COPABS
1,0

0,5
0% Porcentagem da Plena Carga 100 %

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Referências

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REFERÊNCIAS

Herold, K.E., Radermacher, R., and Klein, S.A.,1996: Absorption chillers


and heat pumps. CRC Press Inc., Boca Raton, 329 pp.

Stoecker, W. F. and Jones, J. W.: Refrigeration and Air Conditioning,


McGraw-Hill, 2nd Edition.

ASHRAE, 2002, Ashrae Handbook Refrigeraton, Chapter 41, SI Edition

TRANE, 2000, Absorption Water Chillers: A Trane Air Conditioning Clinic


(TRC011ENPPT)

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