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FACULDADE CATOLICA SALESIANA DE MACAE

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ANA BEATRIZ PEREIRA TRINDADE SILVA


GUSTAVO RIMES BOGEA FELIX
TAINARA MOTA PEDROZA

ATUAÇÃO DA QUÍMICA NA MEDICINA: PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS

MACAÉ/RJ
2022
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ANA BEATRIZ PEREIRA TRINDADE SILVA


GUSTAVO RIMES BOGEA FELIX
TAINARA MOTA PEDROZA

ATUAÇÃO DA QUÍMICA NA MEDICINA: PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS

Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina Metodologia


Científica, da Faculdade Católica Salesiana de Macaé, sob
orientação da Profª Msc. Anirian Cristiane Unghare.

MACAÉ/RJ
2022
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
1.1 Tema 4
1.2 Problema 4
1.3 Objetivo Geral 4
1.3.1 Objetivos Específicos 5
1.4 Justificativa 5

2 REFERENCIAL TEÓRICO 6

2.1 Engenharia Química x Engenharia Farmacêutica 6


2.2 Engenharia Química na indústria farmacêutica...............................................................7
2.3 Mercado atual...................................................................................................................8

3 METODOLOGIA 9

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
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1. INTRODUÇÃO

Perante o cenário atual, pós-pandemia, surgiu a necessidade do investimento na


produção de uma vacina condizente ao vírus COVID-19. Nesta situação, diversos engenheiros
químicos foram chamados para realizarem as pesquisas e testes junto de profissionais da área
de saúde, já que é exigido um conhecimento de manipulação de substâncias químicas e de
como funciona o metabolismo humano, na qual também se resume em diversos processos
químicos.
Da mesma forma, existe a necessidade do mercado em suprir a demanda de
medicamentos, criando muitas oportunidades para especialistas formados em química de se
introduzirem neste ramo. Estas oportunidades vêm de várias empresas de pesquisa, sendo as
várias vacinas desenvolvidas como prova disso.

1.1 Tema

A atuação da química e do engenheiro químico no ramo de produção de


medicamentos.

1.2 Problema

Assim como o setor petrolífero originou o curso de Engenharia do Petróleo, a


medicina também precisou de um profissional especializado no ramo de produção, dando
origem a Engenharia Farmacêutica. Porém, igual ao ramo do petróleo, existe a necessidade de
um engenheiro químico estar presente na produção. Qual a função do engenheiro químico na
área de produção de remédios e cosméticos similares?

1.3 Objetivo Geral

Identificar as funções do engenheiro químico e a atuação da química em si na


produção de medicamentos.
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1.3.1 Objetivos Específicos

a) Identificar as diferenças entre Engenharia Farmacêutica e Engenharia Química;


b) Descrever o papel da Engenharia Química na indústria farmacêutica;
c) Visualizar as condições do mercado em relação ao setor e o profissional;

1.1 Justificativa

Como a engenharia química é um ramo na qual agrega um conhecimento sobre


processos de transformações físico-químicos, sua participação é essencial para diversos
setores da ciência, assim como o setor farmacêutico, que é responsável pela manipulação de
substâncias químicos que afetarão a biologia do público-alvo. Entender a necessidade de um
engenheiro químico nesta indústria é importante para que os mesmos entendam as áreas de
atuação em que poderão participar ao se formarem, além de esclarecer o seu papel para o
mercado.
É de vital importância para a comunidade cientifica compreender que através da
presença do engenheiro químico nas etapas de produção a qualidade e segurança destes
procedimentos será aprimorada, já que os equipamentos e maquinários utilizados são de sua
responsabilidade.
Esta pesquisa é de relevância para os autores por conta de suas graduações em curso, a
engenharia química. Obter o conhecimento sobre as áreas de atuação desta profissão é
essencial para a entrada no mercado de trabalho após suas formações, ainda mais neste setor,
onde se encontra a maior porcentagem de profissionais inclusos, superado apenas pelo setor
petrolífero.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Engenharia Química x Engenharia Farmacêutica

Ao comparar ambos os ramos da engenharia é possível identificar tanto semelhanças


como divergências, baseados em processos e produção industrial. Posto que, no atual mercado
existem empresas e instituições de pesquisa que não entendem estes conceitos entre as duas,
concedendo funções, de forma inadequada, de uma para outra, normalmente em relação a
engenharia química.
No âmbito do setor químico se retém a especialização no conhecimento de processo de
fabricação que se estende desde do maquinário à manipulação correta das substâncias
envolvidas. Além de ser incluso as normas de segurança ao envolver o manuseio de produtos
químicos, com o objetivo de evitar acidentes aos operadores e ao meio ambiente. Os
engenheiros químicos explanam os desenvolvidos em aplicações práticas para a produção
comercial de produtos e, após isto, trabalham para sustentar e desenvolver esses processos
(SILVA, 2016). Utilizando fundamentos iniciais da engenharia: matemática, física e química,
mas também abraçam a disciplina da biologia.
Em paralelo, o setor farmacêutico é responsável pelo estudo, projeto (conceitual,
engenharia básica e engenharia de detalhamento), otimização, licitação, gerenciamento de
projetos da fabricação dos medicamentos em si. Sua especialização seria a grande capacidade
de realizar projetos diversos dependendo do caso e situação necessários, adaptando e
aprimorando as técnicas de produção quando preciso (ESTEVES, 2018). Muito focado em
fundamentos de química e biologia, com muitas disciplinas da área de medicina em sua grade.
Em uma empresa de fabricação de remédios existem funções nas quais ambos os
ramos podem operar, porém em certas situações seus conhecimentos não são os mais
indicados para o serviço. Desta forma, sempre será obrigatório que haja ao menos um de cada
profissional na área para garantir que todos os processos ocorram de forma correta.
Logo se entende a importância de ambos os ramos para a produção de medicamentos e
para um com o outro a medida que se complementam em funcionalidade de seus deveres.
Quando bem aplicados conseguem solucionar problemas como a falta de estoque, a grande
demanda por medicamentos genéricos e o aprimoramento do maquinário para instituições de
pesquisa médica.
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2.2 Engenharia Química na indústria farmacêutica

Novamente SILVA (2016) diz que a indústria farmacêutica determina um determinado


nível de precisão na produção de remédios e cosméticos, com as máquinas que precisam ser
calibradas e testadas corretamente quanto à eficiência, se não os medicamentos que as
empresas produzem seriam inseguros. Um erro mínimo de dosagem pode tornar uma
substância inútil ou fatal ao ser ingerida. É por isso que os engenheiros químicos são
necessários na indústria farmacêutica. A produção em massa inclui etapas complexas e e que
precisam de manuseio cuidadoso. Ao aplicar seus conhecimentos avançados de química,
biologia, física e matemática, os engenheiros químicos podem melhorar estes processos para
que sejam seguros e incisivos.
Antes de os medicamentos serem produzidos em massa, eles passam por vários
estágios de testes e aprovação do governo. A engenharia química tem um papel a
desempenhar em cada uma dessas etapas.
Um dos setores que mais empregam engenheiros químicos é o mercado farmacêutico.
A indústria de medicamentos é uma das áreas mais inovadoras do mundo, sendo responsável
pelos avanços tecnológicos com a maior qualidade para o público. Uma enorme parte das
quantidades de vagas que surgem nesta indústria são para os engenheiros químicos, que
possuem papel em todas as etapas, da fabricação aos processos mais delicados na produção de
remédios (AKKARI et al, 2016).
Durante uma entrevista para a revista L’usine Nouvelle, em 2007, o presidente da
Federação Europeia de Engenharia Química, Jean-Claude Charpentier diz que a indústria
deve enfrentar os novos desafios sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável. Estes
desafios sugerem uma inovação no processo de manipulação de substâncias dentro do setor
industrial, e o mesmo vale para o seu descarte apropriado e métodos de segurança com a
intenção de impedir acidentes que acabem causando uma contaminação. Para isto, um
engenheiro químico é fundamental no grupo de operação, já que também possui os
conhecimentos necessários de manuseio e técnicas de segurança para com produtos químicos
voláteis ou tóxicos. Da mesma forma, esta segurança também previne acidentes com os
trabalhadores, que muitas vezes pode acarretar ferimentos, intoxicações ou até fatalidades.
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2.3 Mercado atual

O especialista em pesquisa global Matej Mikulic afirma, em 2021, que o mercado


farmacêutico cresceu de forma significativa nos últimos anos, sendo que no início de 2021 o
mesmo foi avaliado em mais de 1,2 trilhões de dólares. “O mercado farmacêutico desempenha
um papel fundamental na forma como as pessoas obtêm medicamentos e no que as pessoas
pagam pelos medicamentos”, descreve o especialista sobre o assunto.
Figura 1 - Receita do mercado farmacêutico mundial de 2015 a 2020
1300bilhões de dólares
Receita em
1250

1200

1150

1100

1050

1000

950
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Statista.com

Sobre o Brasil, há um enorme comércio de medicamentos em São Paulo, graças as


péssimas condições ambientais em que a grande cidade se encontra. Com altos níveis de
poluição, a população adoece com mais facilidade do que o normal, sendo necessários a
fabricação, venda e consumo de toneladas de remédios ao ano, Entre 2016 e 2017 os dez
medicamentos mais vendidos somaram 1.200 toneladas, sendo 40,6% desta quantidade apenas
em dipirona, analisa feita pela Close-Up International (ARAGÃO et al. p. 15, 2020). A
demanda no mercado interno está crescendo cada vez mais e os dados demonstram que esse
crescimento não aparenta cessar por muitos anos. Neste caso, como a necessidade é grande, a
produção também terá que crescer na mesma proporção, onde haverá a carência de
profissionais qualificados no setor de fabricação, principalmente de engenheiros químicos e
farmacêuticos.
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3. METODOLOGIA

Para a realização do projeto proposto serão consideradas as características do


levantamento bibliográfico. De acordo com Mazucato (2018, p. 66) “A pesquisa bibliográfica
vincula-se à leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, manuscritos, relatórios, teses,
monografias, etc. (ou seja, na maioria das vezes, dos produtos que condensam a confecção do
trabalho científico)”. Deste modo, o tema proposto será explorado através da literatura
especializada já existente acerca do assunto, encontrada em livros e artigos produzidos por
especialistas na área.
As informações reunidas no levantamento bibliográfico serão analisadas de forma
descritiva pelos autores da pesquisa. Com o intuito de fornecer uma resposta ao problema
proposto, serão utilizadas as técnicas de leitura descritas por Gil (2002), a leitura seletiva,
analítica e interpretativa.
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4. REFERÊNCIAS

AKKARI, Alessandra Cristina Santos et al. Inovação tecnológica na indústria farmacêutica:


diferenças entre a Europa, os EUA e os países farmaemergentes. G&P – Gestão e Produção,
São Paulo, 2016.

ARAGÃO, Rafaela Barbosa de Andrade et al. Pharmaceutical market, environmental public


policies and water quality: the case of the São Paulo Metropolitan Region, Brazil. CSP –
Caderno de Sáude Pública, São Paulo, p. 15, 2020.

ESTEVES, Alessandra Lanzillotta. Gerenciamento de projetos de desenvolvimento de


medicamentos sintéticos em um laboratório farmacêutico oficial brasileiro: proposta para
melhoria da gestão a partir da modelagem de um processo padrão, 2018. Dissertação
(mestrado) – Ciências, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2018.

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

L’USINE NOUVELLE. Génie des procédés : L'industrie pharmaceutique pourrait s'inspirer


de la chimie, 2007. Disponível em: https://www.usinenouvelle.com/article/genie-des-
procedes-l-industrie-pharmaceutique-pourrait-s-inspirer-de-la-chimie.N1359732 Acesso em
11 de maio de 2022.

MAZUCATO, T. Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico. 1. ed. São Paulo:


Funepe, 2018.

MIKULIC, Matej. Pharmaceutical market: worldwide revenue 2001-2020, 2021. Disponível


em: https://www.statista.com/statistics/263102/pharmaceutical-market-worldwide-revenue-
since-2001/#:~:text=As%20of%20end%2D2020%2C%20the,what%20people%20pay%20for
%20medication Acesso em 11 de maio de 2022.

SILVA, Vitor de Almeida. O ENSINO DE QUÍMICA E O DESENVOLVIMENTO DA


APRENDIZAGEM A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE AS TICs E A EXPERIMENTAÇÃO EM
SALA DE AULA, 2016. Tese (doutorado) – Química, Universidade Federal de Goiás,
Goiânia, 08 de julho de 2016.

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