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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IPOJUCA

UNIFAVIP WYDEN
FISIOTERAPIA

FISIOPATOLOGIA DA EPICONDILITE MEDIAL

MORALIS DE LIMA SANTOS

CARUARU - PE
2022
FISIOPATOLOGIA DA EPICONDILITE MEDIAL

A epicondilite medial (ou interna), também conhecida como “cotovelo do golfista”, é uma
patologia dolorosa da região medial do cotovelo, numa região chamada de epicôndilo medial. É
uma lesão por uso excessivo da musculatura do pronador flexor provocando dor ao longo do lado
medial do cotovelo. Assim, resulta de um mecanismo de sobrecarga tênsil na origem flexora
comum no epicôndilo medial. Muitas atividades repetitivas podem gerar epicondilite: pintar, serrar
e outras atividades manuais. Qualquer atividade que gera estresse repetitivo nos músculos do
antebraço pode gerar esta patologia. Os pacientes com epicondilite medial relatam dor na parte
interna do cotovelo, podendo irradiar para o antebraço, como um dos principais sintomas. Em casos
mais graves, pode haver formigamento dos dedos das mãos e perda de força.
Sobre a fisiopatologia o que é aceito hoje consiste na presença de um processo inflamatório
envolvendo uma ruptura da arquitetura do colágeno normal que é posteriormente substituído por
tecido fibroblástico e vascular imaturo (hiperplasia angiofibroblástica) em estágios iniciais, que
progride para microrrupturas e grande degeneração do tendão com ou sem calcificação, produzindo
a sintomatologia específica. Classificação descritiva da fisiopatologia da doença: Estágio 1: Lesão
incluindo inflamação não associada a tecido patológico que se resolve satisfatoriamente. Estágio 2:
lesão associada a alterações patológicas, como degeneração angiofibroblástica ou tendinose. Estágio
3: tendinose com falha estrutural. Estágio 4: estágio 2 ou 3 mais calcificação.
Em alguns casos, a epicondilite medial pode estar associada à instabilidade medial do
cotovelo. A instabilidade do cotovelo ocorre em praticantes de esportes de arremesso, que realizem
o movimento em valgo de modo repetitivo, que pode causar lesões nos ligamentos mediais do
cotovelo. O tratamento da epicondilite é não-operatório e deve ser ajustado às atividades de cada
paciente. A fisioterapia pode ser adotada para tentar diminuir os sintomas. Durante as sessões de
fisioterapia, a ideia é utilizar diversos recursos da área, como ultrassom, tens e exercícios de
alongamento, além de fortalecimento da região. Após a recuperação da fase aguda dolorosa, a
prevenção deve ser realizada, evitando novas crises e recidiva da dor. Alongamento e
fortalecimento devem ser realizados de maneira padronizada e frequente, como também outras
técnicas para diminuir a dor e fazer com que o paciente volte para suas atividades o quanto antes.. O
treino do gesto esportivo, principalmente no tênis ou no golfe devem ser realizados, evitando o
movimento de flexão forçada do punho, para diminuir a sobrecarga muscular da região flexora.
REFERÊNCIAS:

Amin, Nirav H. MD; Kumar, Neil S. MD, MBA; Schickendantz, Marcos S. MD. Epicondilite Medial: Avaliação e
Gestão. Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons:Junho de 2015 - Volume 23 - Edição 6 - p 348-355
DOI: 10.5435/JAAOS-D-14-00145

FALEIRO, Diórgenes Moura et al. LESÃO EPICONDILITE MEDIAL.

MUNOZ, Diego Mauricio; VELA RODRIGUEZ, Fabio; VERGARA AMADOR, Enrique. Epicondilitis medial. Revisión del estado
actual de la enfermedad. Rev.Colomb.Reumatol., Bogotá , v. 18, n. 4, p. 295-303, Oct. 2011 . Available from
<http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-81232011000400005&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Nov.
2022.

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