Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
moacyr goes
Tem no fundo de sua alma um herói aprisionado E além dos vícios que tenho
“- Sésiom é diferente
Ele encontra Sésiom, pois é Moisés de trás pra frente;
E o poema ele é meu
Fiz esse poema nas terras de São Saruero
Poeta nordestino que vivia sem destino
Onde o pé de vento dá água,
Mas que com sua boca santa Os rios são de leite
Deu a Araújo esperança; E as montanhas são de rapadura;
E onde se encontra mais mulher do que farinha;”
Encantado e fascinado
Por ouvir tanta beleza
Araujo embebedado
Vê diante de seus olhos
Disfarçada de princesa
Agora casado,
Homem fino e respeitado
Araújo o coitado,
É desonrado e humilhado
quando tá aperriado
chora, geme, faz cara feia
so falta pedir chupeta
nasce ojuara Diziam-lhe não ser nada O Patacão que lhe devia
araújo
morreu!
sua camabada
de corno!
e u vo e e n golir
o m u n d o de
c achaca!
meu nome
agora e
ojuara!
Na peleja com o capeta
O preto velho não agüenta
E cavando a sepultura
Ojuara logo encontra
Um baú de formosura
Repleto de riqueza e de fartura;
E o capeta incansável
No raia da madrugada
Continua a caminhada,
E quem diria que um cabra, sem parada
Eu vou é
secar seu couro
Salgar sua carne!
Sem ter tempo a perder
E diante da luxuria,
vampira do agreste
O meu nome é Lombroso
Torado no grosso;
A beleza e a feiúra
Estao juntas em toda parte,
Há beleza inté na morte
E feiúra inté na arte;
do destino
“Fazendeiro ouca o pedido
Que eu vou lhe fazer
Nao mate esse boi mandingueiro
Que a gente veio trazer
E agora apaixonado
E nos braços da amada;
- Cabelo?
nao ligue pra isso nao
Faz tanto tempo que tá aí dentro
Que deve ter nascido cabelo
capítulo
sétimo
Tá na hora de tu voltar
Pra onde tu veio
Infeliz das costa oca!