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INSTITUTO EDUCACIONAL E CULTURAL EBENEZER

TABERNÁCULO E TEMPLOS:
COMPREENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DO
SACERDÓCIO E DOS TEMPLOS, DO TABERNÁCULO AOS TEMPLOS ATUAIS.

Belo Horizonte – MG 2022


Wanderson Teixeira dos Santos
INSTITUTO EDUCACIONAL E CULTURAL EBENEZER

TABERNÁCULO E TEMPLOS:
COMPREENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DO
SACERDÓCIO E DOS TEMPLOS, DO TABERNÁCULO À ATUALIDADE.

Monografia de conclusão de curso de


Conclusão do Curso de Teologia apresentado à
IECEB – Instituto Educacional e Cultural
Ebenezer, como requisito para o recebimento
da Convalidação Do Bacharel em Teologia.

Orientadora: Aparecida Lúcia dos


Santos Peixoto

Belo Horizonte – MG 2022


INSTITUTO EDUCACIONAL E CULTURAL EBENEZER

Wanderson Teixeira dos Santos


comprefree@gmail.com

TABERNÁCULO E TEMPLOS:
COMPREENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DO
SACERDÓCIO E DOS TEMPLOS, DO TABERNÁCULO À ATUALIDADE.

Este artigo científico foi julgado e aprovado para obtenção do grau de


Bacharel em Teologia no Curso Teologia do Instituto Educacional e Cultural
Ebenezer de Estudos Superiores e Educação Continuada.

Belo Horizonte______de_____________________2022

____________________________________________________________
Curso de Bacharel em Teologia do Instituto Educacional e Cultural Ebenezer
Banca Examinadora
INSTITUTO EDUCACIONAL E CULTURAL EBENEZER

Aprovada em _____/__________/______

Orientadora: Aparecida Lucia dos Santos Peixoto


______________________________________________

Examinador (a) I
________________________________________

Examinador(a) II
_________________________________________

Belo Horizonte – 2022


DEDICATÓRIA

Quero dedicar esse estudo, a todos os


amados irmão da Comunidade Cristã Rio Vida e
amigos, que compreenderam a importância estar
qualificado para atender ao chamado de Deus em
minha vida, e aperfeiçoar meus conhecimentos.
Por fazer grande investimento em orações,
ministrações ofertas dentre outros. Para que eu
possa estar preparado a responder ao chamado
do nosso Deus, e as necessidades e exigências
de nossa constituição brasileira. E principalmente
no aspecto legal de estar licenciado para atender
aos interesses da mesma. Que nosso Deus
abençoe, ricamente suas vidas, e continue nos
levando ao pleno conhecimento das Escrituras
para podermos cumprir mais intensamente Sua
santa vontade para conosco.

Belo Horizonte - 2022


AGRADECIMENTOS

Agradeço ao nosso Deus maravilhoso e eterno, que na pessoa bendita de seu


filho amado Jesus Cristo, me resgatou da condenação eterna, e firmou meus pés em
uma rocha, dando a oportunidade de estar vivendo novas conquistas em minha vida.
Minha família, esposa Avelina sempre com seu amparo motivacional, a minha filha e
toda sua casa. E também ao IECEB - Instituto Educacional e Cultural Ebenezer, na
pessoa do Pastor José Altamiro, assim como todo o corpo docente e colaboradores,
sem os quais, decerto, não teria concluído essa etapa tão importante em minha vida.
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1. O OFÍCIO SACERDOTAL........................................................5

1.1 Os levitas são escolhidos para trabalharem no Tabernáculo...................6

1.2 Funções no Tabernáculo..........................................................................8

1.3 O Sustendo dos sacerdotes e levitas.....................................................10

1.4 Herança...................................................................................................11

2. O TABERNÁCULO.......................................................................................12

2.1. A porta do atrio (Êxodo 27.16-18)..........................................................13

2.2. O altar do holocausto Êxodo 27.1-8......................................................14

2.3 A bacia de bronze (Êxodo 30.17-21)......................................................15

2.4 O lugar santo...........................................................................................16

2.5. O Candelabro (Êxodo 25.31-40; 37.17-24)...........................................17

2.6. A mesa dos pães (êxodo 25.23-30)......................................................18

2.7.O Altar do Incenso (Êxodo 30.1-10).......................................................19

2.8. O véu (Êxodo 26.31-37).........................................................................19

2.9 O lugar santíssimo ex-26:31-35..............................................................21

2.10. Arca da aliança Êxodo 25.10-22..........................................................22

3. OS TEMPLOS DE SALOMÃO, ZOROBABEL E DE HERODES.................24

3.1 O Templo de Salomão............................................................................24

3.2 O Templo de Zorobabel..........................................................................25

3.3 O Templo reconstruído por Herodes......................................................26

4. OS TEMPLOS CRISTÃS EM NOSSOS DIAS.............................................30

5. O VERDADEIRO TEMPLO DE DEUS EM NOSSOS DIAS.......................32

6. CONCLUSÃO...............................................................................................33

7. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................34

Obras citadas....................................................................................................34

1
OBJETIVO

Esperamos com essas informações, levar os leitores ao entendimento


que, estarem inseridos em uma organização de trabalhos locais (templos), manter
uma frequência, estar em dia com compromissos e atividades internas, podem estar
te levando a uma vida cômoda e desgastante. E pior, com uma consciência de que
você esteja realmente fazendo a vontade de Deus. Mas você já parou para pensar
que nos nossos dias, não existe mais a arca da aliança? Guardada nos santos dos
santos. ou que não se exige mais animais para serem sacrificados, ocupando assim
um grande número de pessoas envolvidas com todo o processo ritualístico, como
era no tabernáculo? Com esse estudo estaremos compreendendo um pouco mais
sobre a importância do sacerdócio e dos templos, do tabernáculo à atualidade . Não
digo que estar no templo exercendo alguma atividade seja errado, mas que o
trabalho verdadeiro de sermos sacerdotes reais (I Pd-2:9), não se limita a
realizações que girem em torno apenas de uma instituição local. Ou como vemos
também, um número exagerado de pessoas que estão acomodadas com
preocupações, com suas vidas nesse mundo, e que dificilmente se envolvem além
de ações que gerem em benefícios próprios. Com a explanação desse trabalho,
veremos como o entendimento que Deus quis com as práticas de ofertas e
holocaustos no tabernáculo, refletem nos nossos dias, de uma forma que,
certamente viveríamos seus princípios, que mudariam em muito o posicionamento
das pessoas, frente ao seu chamado de serem igreja nos dias atuais.

2
INTRODUÇÃO

A amplitude e facilidade de adquirir conhecimento depois da era da


informática, ajudou em muito as pessoas, a se informarem, a cerca de diversos
assuntos. Existem uma infinidade de livros escritos sobre o Tabernáculo, os templos
e os ofícios realizados neles, que são descritos com base na Bíblia Sagrada. Quero,
porém, acrescentar de forma singular, algumas percepções que entendo, que
ajudarão a trazer clareza para os dias atuais, sobre o exercício do sacerdócio.
Sabemos que ele não terminou com a ressureição de Jesus Cristo, Ele instituiu a
sua igreja, de pessoas arrependidas que experimentaram o novo nascimento, como
o novo templo onde Deus escolheu habitar. Que contra alguns ensinamentos e
aplicação de muitos líderes e gurus, vemos que na atualidade, eles focam ou
desfocam, alguns ensinamentos que são claros nas Escrituras. Como congregai-vos
(Hb-10:35), eles dizem: Não precisa ir em templos, ou o inverso como a super
valorização dos mesmos, (Mt-18:20) onde houver dois ou três em meu nome, ali
estou no meio deles. Então devemos ter o cuidado de saber que, o serviço, não
pode ser mais importante que o verdadeiro propósito de ser igreja viva. Alguns
julgam, com uma opinião excessiva de que todos que frequentam os templos são
religiosos. Ora Acrescento nesse projeto, alguns dos princípios eternos de Deus
para seu povo, que eram cumpridos no tabernáculo, ou na monarquia nos tempos
dos reis de Israel, que entendemos terem significados com princípios eternos.
Certamente devemos compreender seus significados e vivenciá-los em nossos dias.
Reconheço existir uma grande amplitude do assunto com respeito ao tema, mas
quero me ater somente aos princípios descritos, com os ofícios e objetos do
tabernáculo. A exemplo da porta do Átrio (Êxodo 26:16-18), que entendemos como
sendo uma tipologia de Jesus Cristo, que é a porta das ovelhas, ou o altar do
Holocausto (Êxodo 27.1-8), que é um convite claro às renúncias, de nosso ego, bem

3
como outros objetos ali descritos. Assim discorreremos sobre, como eles se refletem
desde sua instituição até aos dias de hoje.
Porque os templos estão lotados, o número de fiéis crescendo
disparadamente, em bairros, cidades e países, porém os princípios dos quais as
Escrituras estabelecem para os cristãos são pouco observados, não são vividos na
mesma proporção. A reverência e práticas aos seus princípios, não ocorrem, e, pelo
contrário, vemos o crescimento das práticas ímpias oprimido a nação e até o mundo.
Enquanto o crescimento dos pseudos evangélicos avança assustadoramente.

4
CAPÍTULO 1. O OFÍCIO SACERDOTAL

Figura 1 "Ofício Sacerdotal"

Fonte: abibliapelabiblia.blogspot.com

Os sacerdotes eram homens eleitos por Deus, (Nm-8:14) da família de


Arão (Ex-28:1), para o cumprimento dos cultos e ofícios a serem exercidos dentro do
tabernáculo para adoração ao Deus criador e para sacrifícios por si mesmos e pelo
povo Judeu (Hb-7:27). Dentre suas atividades estavam o sacrifício de animais, para
diversas necessidades do ofertante, manter o fogo acesso sobre o altar, entrar no
santos dos santos uma vez ao ano, para sacrificar por si mesmo e por todo o Israel .
Tinham como seus cooperadores os levitas, que foram entregues a Arão para servi-
lo no sacerdócio. Não se envolviam com coisa alguma, que não fosse sua atividade
previamente determinada por Deus ligadas diretamente ao tabernáculo. Sua
dedicação era integral ao serviço que lhes fora designado. Sem tempo
para quaisquer outras atividades que o destinasse a um outro propósito de vida
longe do tabernáculo. Dentre suas atividades estavam espevitar o candelabro,
manter o santo lugar limpo e em ordem, cuidar dos utensílios sagrados, montar,
5
desmontar e carregar o tabernáculo. Mantinham o trabalho em funcionamento 24
horas por dia, no tabernáculo e tinham funções especificas. Estavam completamente
disponíveis ao trabalho.
Os sacerdotes tinham trajes específicos, para ministrarem ao Senhor.
Uma representação clara de terem atitude de reverência diante da santidade de
Deus (Ex-39:41). Não poderiam ter defeito físico (Lv-21:17-21), e, só poderiam
casar-se com moças virgens, no caso do sumo sacerdote (Lv-21:15). Isso faz
referência das exigências de Deus para que aqueles que foram escolhidos por Ele
para exercer o ofício sacerdotal. Não é assim em nossos dias, em Cristo Jesus, não
existe nenhuma limitação para aqueles que passaram pelo novo nascimento.
Independente de quaisquer debilidades, seja física ou de conhecimentos
acadêmicos, Deus, através do seu Espírito Santo, realiza grandes obras por meio
daqueles que se santificam para o serviço do seu reino. Portanto entendemos que o
serviço que era instituído no tabernáculo, se estende até nossos dias, pois somos os
sacerdotes que intercedem pelas pessoas desse mundo (ITm-2:8), nos sacrificamos
por eles (Mt-5:39-48), para que sejam alcançados e aceitam o caminho de salvação.

1.1 Os Levitas São Escolhidos Para Trabalharem no Tabernáculo


Assim como está escrito,” não fostes vós que escolhestes a mim, pelo
contrário, eu escolhi a vós, para que vades e deis frutos e vosso fruto permaneça,
(Jo-15:16). Vemos Deus escolhendo os Levitas (descendentes da tribo de Levi),
para servi-lo no serviço do tabernáculo. Uma história interessante se discorre no
livro de Êxodo, quando Moisés sobe ao monte para receber as tábuas da lei.

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Figura 2- "Levitas no Ofício"

Fonte: imagens da internet


https://www.personagembiblico.com.br/

Uma história interessante se discorre no livro de Êxodo, quando Moisés


sobe ao monte para receber as tábuas da lei. O povo em baixo que o aguardava,
sob a liderança de Arão, logo se desvia para o mau caminho criando um bezerro de
ouro para adorar, (Ex-32). Ao descer do monte, Moisés encontra o povo
desenfreado, em atos que desagradavam a Deus, e propôs uma escolha, disse:
quem é do Senhor venha a mim! E somente os levitas vieram a ele (Ex-32:26),
demonstrando assim que a escolha veio dos levitas em optarem pelo Senhor. Essa
escolha sempre está diante do homem, de servir ou não a Deus. Não pode ser uma
atitude que fazemos sem entendimento, me arrisco a dizer que alguns que usam
apelos inconscientes para seus ouvintes, apenas estão agradando aos seus próprios
egos. Pois, deve-se, ser bem claro, ao apresentar a alguém Cristo Jesus, como a
única resposta de Deus para a salvação do homem perdido. Posteriormente quando
Deus institui o Tabernáculo, escolhe justamente essa tribo (Levi), que no evento
citado anteriormente O havia escolhido. E disse Deus: Os levitas são meus, (Nm-
8:14. 3:35). E quando entendemos o privilégio que é servi-lo, e nos dedicamos à sua
vontade, realizaremos em seu nome, como o próprio Senhor Jesus Cristo disse:
feitos maiores vocês farão em meu nome (Jo-14:12).

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1.2 Funções no Tabernáculo

Figura 3- "Funções na Estrutura do Tabernáculo"

Fonte: imagens da internet www.evangelhodagraca.com

A tribo de Levi, era dividida em três famílias, os Gersonitas e os Coatitas


e os Meraritas. Porém Arão e seus filhos Itamar e Eleazar eram os sacerdotes (Nm-
3:6-8). É muito bem distribuída as funções no tabernáculo, Deus havia direcionado
claramente entre eles, para que o serviço funcionasse sem ser pesado a nenhuma
família. Os filhos de Gérson tinham o cuidado da tenda, o véu da porta da tenda, as
cortinas do pátio, o pavilhão da porta do pátio, como as cordas (Nm-3:25,26).
Os Coatitas tinham o cuidado da guarda do santuário, a arca, a mesa, o
candelabro, os altares, os utensílios do santuário e o véu com todo o seu serviço
(Nm-3:29-31).
Os Meraritas, porém, cuidavam das tábuas do tabernáculo, seus varais,
suas colunas, estacas, cordas e suas bases e todos os seus utensílios com todo o
seu serviço (Nm-3:36-38). Vemos aqui claramente como Deus é organizado em tudo
que faz. O trabalho de cada família estava bem distribuído de maneira que não
haveria confusão para exercê-lo. Não vemos, porém Deus estar preocupado em
8
separar as famílias por meio de seus dons, pelo contrário, Ele delegou as tarefas e
depois capacitou os trabalhadores cada um em sua área. Porque muitos esperam
ter algum dom para realizar alguma tarefa, outros dizem que não tem chamado em
tal área. Mas o correto, é, se dispor ao nosso Deus e Ele se encarrega de nos
capacitar. Os Gersonitas tinham em seu cargo o véu, as cortinas e cordas, dando
uma compreensão de cobertura. Uma necessidade que precisamos ter para realizar
as obras de Deus. Ele mesmo é que levanta os intercessores, os conselheiros, os
que nos trazem sensação de abrigo e segurança nos dando cobertura. Essas
pessoas, que entendem que tem uma missão diferenciada no reino de Deus, não
costumam aparecer, e se sentem plenamente seguras do que fazem, pelo poder do
Espírito Santo em suas vidas. Os Coatitas por outro lado, cuidam do santuário, da
arca, da mesa, do candelabro, dos altares, os utensílios do santuário, e do véu, em
outras palavras dos utensílios sagrados. São pessoas escolhidas por Deus para
estarem em funções ligadas diretamente à santidade de Deus. Seu trabalho envolve
os utensílios sagrados. Esses estão mais ligados à responsabilidade de trazerem os
direcionamentos divinos para a congregação, projetos que Deus quer para seu povo.
Não devemos, porém, relacionar os utensílios sagrados do tabernáculo, com os
objetos que encontramos dentro dos templos atuais hoje. Pois ali santificava toda
obra redentora de Jesus Cristo, e a presença da arca da aliança, simbolizava a
presença do Deus eterno. Hoje se não houver dois ou três reunidos em seu nome,
Ele estará presente ali (Mt-18:20). Ora a arca por si, só, onde estivesse era santa e
representava a presença de Deus (ISm-5:10). Por fim os Meraritas, que cuidam das
tábuas do tabernáculo, seus varais, suas colunas, estacas, cordas e suas bases,
toda a estrutura do tabernáculo. Ser coluna é desafiador, pois coluna não se move, e
está ligada diretamente à sustentação da base. Todo projeto de Deus, tem suas
colunas e bases. É muito importante entender o seu papel naquilo que Deus está
fazendo nesses nossos dias. Se Deus te levantou em algum trabalho local em uma
congregação, se disponha a cumprir seu papel, sendo firme e constante em suas
responsabilidades. Entendamos a nossa participação em tudo que Deus está
fazendo, assim não será necessário pessoas ficarem trocando de função para cobrir
aqueles que ficam em falta em uma obra tão importante.

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1.3 O Sustendo dos Sacerdotes e Levitas

Figura 4 - "O Sustento Sacerdotal"

Fonte: (foto da internet www.cyocaminho.com)

Devemos entender que as tribos de Israel estavam no deserto, e


posteriormente na terra prometida, onde foram agricultores e criadores de gados.
Todas as tribos receberam terras como herança, por entrarem na terra prometida
por Deus, porém os a tribo de Levi, os Levitas, não receberam herança (Nm-18:24).
Deus os havia tomado para si, e os proibiu de terem outra coisa para se ocuparem,
que não fosse o serviço de atender os sacerdotes. Então como comiam, vestiam, e
viviam sem herança? Deus havia determinado que todas as tribos trouxessem os
dízimos (a décima parte) de todos os animais, de suas colheitas e de suas ofertas
(Lv-27:30-32). As onze tribos traziam seus dez por cento para entregarem aos
levitas, que ficavam com cem por cento após tirarem o dízimo dos dízimos (Nm-
18:26). Dessa maneira os levitas se comprometiam com o serviço do tabernáculo, e
não se envolviam com trabalhos nos campos. Esse ensinamento não começou aqui,
com as ordenanças da Lei, mas voluntariamente quando sem lei, Abraão entrega os
dízimos à Melquisedeque (Gn-14:18-20), mostrando assim que, dízimo, é um ato
10
voluntário de gratidão e amor ao Senhor, e não uma obrigação ou mandamento.
Vemos hoje uma enorme resistência com respeito aos dízimos, que isso é coisa da
lei, ou do Antigo Testamento. Porém entendemos que como fora dito acima, foi um
ato voluntário registrado como história na vida de Abraão, e não um mandamento da
lei, embora depois foi passado a ser exigido por lei. Assim nos dias em que vivemos,
o entregar o dízimo, tem por objetivo, manter a organização (Templo), funcionando,
pagar os trabalhadores que servem no atendimento aos membros da mesma, e
outros., realização de trabalhos sociais coletivos. Embora exista um abuso
gigantesco de utilização dos dízimos por parte de líderes, que, o usam com
propósitos pessoais, não devemos deixar nos contaminar com o egoísmo destes e
deixar de cumprir com a prática de ofertar e devolver nossos dízimos.

1.4 Herança
Figura 5 – “Herança dos Levitas”

Fonte: imagens da internet metamorfose cristoficial.com

Como os Levitas não receberam terras, gados e herdades para viverem,


Deus determinou que, (Ele, o próprio Deus), seria a herança dos Levitas (Nm-18:20).
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Dando a entender que todo o suprimento que precisassem, o encontrariam em Deus
(Fl-4:19). Isso vemos quando Deus no episódio da sarça ardente, diz a Moisés que
Ele é o “EU SOU” (Ex-3:14). Sou o “Pão da Vida” (Jo-6:48), Sou a “Água Viva” (Jo-
7:38), Sou a sua “Bandeira” (Ex-17:15), Sou “O Deus da guerra” (ISm-17:47), “Sou
Quem te sara” (Sm-103:3), Sou o que vocês precisarem (Jo-16:23)! A cada
necessidade que vocês tiverem, eu sou o Senhor para atendê-los em suas
dificuldades. E é assim que funciona com todos aqueles que escolhem ter o Senhor
como herança, não tem falta de nada que lhe seja necessário.

2. O TABERNÁCULO

Figura 6 – “O Tabernáculo”

Fonte: imagens da internet https://thaisafernandes

Deus sempre quis estar junto com o homem desfrutando de plena


comunhão com ele. Mas desde o jardim do Éden, isso tem sido frustrado pela
infidelidade humana. Porém Deus não desistiu de seu propósito de habitar no meio
do seu povo. Logo após a saído do Egito, Deus entrega a Moisés as tábuas da lei, e
determina a construção do tabernáculo, a Tenda da Congregação. Um local onde

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todo o Israel poderia se voltar para adorar e sacrificar a Deus, observando as
exigências divinas. Existia no tabernáculo, um caminho simbólico do átrio até o
santo dos santos, através dos utensílios sagrados colocados ali, esse significava o
caminho que todo cristão deve tomar para alcançar uma plena comunhão com Deus.
E não pensem que é diferente para nós hoje. Muitos crentes vivem apenas no átrio,
sem nem se quer um dia ter avançado além dele. Essa é a atitude inicial de quem
realmente quer ter uma nova vida em Cristo, entrar pelo átrio. Porém assim como no
tabernáculo encontramos a pia de bronze, o altar de incenso, a mesa com os pães
da proposição, o candelabro, as cortinas e por fim a arca da aliança. Todos esses
símbolos significam um passo individual do crente no reino de Deus.

2.1. A Porta do Átrio (Êxodo 27.16-18)

Cristo é porta de entrada para o reino eterno do Pai. É muito claro hoje
para nós, o que Deus estava revelando através do tabernáculo. Esse era o único
cominho até o encontro com Deus no santo dos santos. Assim também sem estar
em Cristo, homem algum verá a Deus, ou chegará ao santo dos santos em oração.
É um caminho longo até lá, mas ninguém está impedido de ir, porém muitos
desconhecem que após a salvação, ainda é necessário percorrer esse cominho. O
crescimento e amadurecimento do cristão, está em percorrer todo o caminho
proposto por Deus, exemplificado pelo tabernáculo. Quantos dizem ter aceitado a fé
em Cristo, mas agem como ainda estivessem fora do átrio, até frequentam templos,
porém seu coração ainda está longe de Deus.

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2.2. O Altar do Holocausto Êxodo 27.1-8
Figura 7 - "Altar"

Fonte: imagens da internet www.esboçosermao.com

Ao entra no pátio do átrio, o primeiro objeto que encontramos é o altar do


holocausto.
Esse é um dos maiores desafios para o cristão, é necessário entender
que se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só, mas se morrer dá
muito fruto (Jo-12:24). O altar significa sacrificar nossas vontades, nosso ego,
procurar viver uma vida que reflete verdadeiramente o que o apóstolo Paulo disse;
Já estou crucificado com Cristo, e não vivo, mas eu, mas Cristo vive em mim (Gl-
2:20). É a morte do velho homem, como descrito em (Rm-6:6) sabendo isto, que o
nosso homem velho foi com foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado
fosse desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Pelos frutos conhecereis
uma boa árvore, pois ela dá bons frutos, assim também é inconfundível alguém que
está crucificado com Cristo, dá bons frutos naturalmente (Mt-12:33). Se esforça para
obedecer, os princípios de Deus e busca viver uma vida irrepreensível. Isso não é
algo que somos obrigados a viver por vontade dos nossos, pais, pastores ou algum
líder. É uma forma de viver a vida voluntariamente que expressa verdadeiramente
que renunciamos tudo e nos entregamos a Deus. Esse é o significado de sacrificar a
vida de um animal no altar do holocausto.

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2.3 A Bacia de Bronze (Êxodo 30.17-21)

Figura 8 - " A Pia de Bronze "

Fonte: imagens da internet http://creationwiki.org

Essa bacia servia para os sacerdotes lavarem as mãos e os pés, o


engraçado que eles usavam apenas as mãos para sacrificar os animais. O que nós
podemos entender sobre se lavar. Segundo (Ef-5:25,26), diz que “vós maridos amai
vossas esposas como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a
santificar, purificando-a com a lavagem da água pela palavra. Observemos essa
parte que diz; purificar com a lavagem da água pela palavra. Se olharmos bem, o
sacerdote tem em suas mãos o poder de tirar a vida por mandato de Deus, embora
essa vida seja de um animal. E após o ato, ele deveria se lavar, ter os pés e mãos
completamente limpos pela água da bacia. As mãos simbolizam as obras e os pés o
apoio da vida. E na vida do sacerdote são duas referências que precisam estar
completamente baseadas através da palavra de Deus as mãos de um homem de
Deus, representam seus atos que devem ser realizadas com base nas Escrituras.
Se um sacerdote não tiver seus atos guiadas pela palavra de Deus, estará reagindo
de maneira, simplesmente humana. Assim percebemos tantos líderes cometendo
atitudes que nos deixam muito assustados com a coragem que tem, de fazerem
coisas antibíblicas sem nenhum temor, dizendo que são representantes do mesmo

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Deus que servimos. Se posso dar um conselho meu caro leitor, caso você realiza
algo em nome do Senhor, esforce para que suas atividades sejam limitadas à
palavra de Deus. Esse foi o mandamento de Deus, quando colocou aquela pia no
tabernáculo. Lavem suas mãos do sangue inocente, seus atos não podem ser
independentes, seu ofício será realizado com o amparo da palavra viva, que é Cristo
Jesus.

2.4 O Lugar Santo

Figura 9 - " O Lugar Santo"

Fonte: imagens da internet https://bibliaeaciencia.wordpress.com/

Ex-26:31-36 Depois farás um véu de azul, e púrpura, e carmesim, e de


linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. E colocá-lo-ás sobre quatro
colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; seus colchetes serão de ouro sobre
quatro bases de prata. Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a arca do
testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o
lugar santíssimo.
O Lugar Santo, ou Santo Lugar, era uma das duas salas que formavam o Santuário.
Era dividido em o Lugar Santo e o Santos dos Santos onde ficava a arca da aliança.

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Diariamente os sacerdotes entravam no lugar Santo para sacrificarem ao
Senhor as ofertas. Porém somente o sumo sacerdote entrava no Santos dos Santos,
apenas uma vez no ano, para sacrificar por si mesmo e por todo o Israel de Deus.
Ensina-se hoje sobre ser partes dos templos onde as pessoas ficam assentadas,
como sendo o santo lugar, e onde os pastores ficam, ser o lugar santíssimo. Porém
mais uma vez, isso não tem nada a ver com a realidade, ou as verdades reveladas
em Cristo. Os objetos que se encontram no lugar santo, revelam claramente o
propósito de Deus na vida do crente, não no ambiente onde ele reúne para ter
comunhão com os irmãos, e coletivamente adorarmos ao nosso Deus. Porque para
isso, certamente o nosso templo serve muito bem. Mas vejamos algumas aplicações
reais que os objetos sagrados tipificavam para nossos dias de hoje.

2.5. O Candelabro (Êxodo 25.31-40; 37.17-24)

Figura 10 "Candelabro"

Fonte: imagens da https://www.respostas.com.br/

O primeiro objeto que queremos compartilhar e o “Menorah”, que é a


palavra hebraica para “candelabro”, ou “candeeiro”, e seu significado deriva do verbo
flamejar. Era um suporte com sete hastes, cuja pontas servia para sustentação de
sete velas, que queimavam continuamente no lugar santo. Representa claramente a
presença do Espírito Santo na vida do cristão, que está a iluminar sua vida, dando
clareza e direção na presença de Deus.

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2.6. A mesa dos pães (êxodo 25.23-30)
Figura 11 - "Pães da Proposição"

Fonte: imagens da http://santuariocerimonias.blogspot.com

Em segundo temos a mesa dos pães da proposição. A palavra


“proposição” no hebraico é paniym, que pode significar “face” ou “presença”. Por
isso os pães da proposição, são também chamados de “pães da
Presença”, remetendo à presença de Deus entre o seu povo naquele santuário.
O Deus que alimenta, o Deus que supre, o Deus que está sempre perto de seu
povo. E que para nós revela a comunhão com Deus, pois mesa é um lugar de
comunhão, e também que devemos nos alimentar de sua palavra sempre, pois os
pães não se retiravam da mesa, mesmo uma vez que os sacerdotes o comiam no
sábado, mas imediatamente o substituíam.

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2.7.O Altar do Incenso (Êxodo 30.1-10)

Figura 12 - "Altar de Incenso"

Fonte: imagens da internet https://www.blogdoeriveltonfigueiredo.com.br/

O altar do incenso, era um incenso queimado apenas pelos sacerdotes. A


sua fumaça que provinha do incensário subia constantemente do altar. Passou a
simbolizar as orações do povo de Deus. Um ato consciente de oração que nos leva
em íntima comunhão na presença de Deus como diz em Hb-10:19-23. Tendo, pois,
irmãos, para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho
que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, a sua carne, e tendo um grande sacerdote
sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza
de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água
limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; Porque fiel é o que
prometeu.

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2.8. O Véu (Êxodo 26.31-37)

Esse já não existe mais, graças a Deus. Era ele quem separado o
homem, da presença de Deus. Essa separação deixava muito claro que ninguém
poderia entrar na presença de Deus, salvo o sumo sacerdote, uma vez por ano, para
sacrificar poe ele e pelo povo. Como nesse texto diz muito claramente: Ora, estando
essas coisas assim preparadas, a todo tempo entravam os sacerdotes no primeiro
tabernáculo, cumprindo os serviços; mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma
vez no ano, não sem sangue, que oferecia a si mesmo e pelas culpas do povo;
dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não
estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, que é
uma alegoria para o tempo presente, em que se oferece dons e sacrifícios que,
quanto à consciência, não pode aperfeiçoar aquele que faz o serviço;
Figura 13 - "O Véu"

Fonte: imagens da internet https://promessasdevitoria.com

consistindo somente em comida, e bebidas, e várias abluções e


justificações da carne, mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem
por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.

20
2.9 O lugar santíssimo ex-26:31-35

Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a arca do testemunho


ali dentro do véu, e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar
santíssimo.

Figura 14 - "Lugar Santo"

Fonte: imagens da internet https://sites.google.com/

E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do testemunho no lugar


santíssimo. Essa parte do tabernáculo, era onde ficava a arca da aliança. Era um
local sagrado, que ninguém poderia entrar, onde Deus se manifestava. O único que
poderia entrar nessa repartição era o sumo sacerdote, que tinha a responsabilidade
de interceder por toda a nação de Israel diante de Deus. Tinha que colocar as mãos
na cabeça de um animal, confessar os pecados do povo, e depois entregar o animal
para uma pessoa solta-lo no deserto. E só lhe era permitido fazer isso uma vez no
ano, pois A única forma de Deus habitar junto com seu povo, é perdoando-lhes os
pecados, e isso se repetia uma vez por ano, durante todos os anos. Estamos
falando apenas de um povo, uma nação, imagine agora, como o sacerdote teria que
fazer, se tivesse que pedir perdão por todos os pecadores do mundo, ou seja,
todos os seres humanos. Por isso Deus enviou a Jesus Cristo, que entrou uma vez
no santuário, não com sangue de animais, mas com o seu próprio sangue, e
ofereceu um sacrifício perfeito de uma vez por todas. Sem a necessidade de repeti-
21
lo outras vezes, como era com o sangue dos animais. É como se o sacrifício de
Jesus Cristo ficasse permanente diante de Deus, sem precisar de novo sacrifício.
Porém diante do pecador, sempre que houver o arrependimento sincero, daquele
que comete alguma transgressão, terá o sangue de Jesus Cristo disponível para
justifica-lo e purifica-lo. E dessa maneiro assim como o sacerdote no tabernáculo,
levava seu arrependimento por seu pecado e do povo diante de Deus, podemos hoje
entrar na presença de Deus no santíssimo lugar, arrependidos por nossos pecados,
e pedir perdão a Deus confiantes no sangue de Jesus Cristo, sem necessidade de
sacerdote algum, somente confiando no sacrifício que Jesus Cristo fez, e certamente
receberemos o perdão dos nossos pecados.

E quero deixar claro que nenhum ser humano tem o poder de impedir
qualquer outro de ir a Deus por intermédio do sacrifício de Jesus Cristo. A
transgressão por mais difícil que seja, encontra perdão em Cristo Jesus, no tempo
que dura para o ofensor se arrepender. Portanto quando nos templos vemos a
necessidade de colocar irmãos em disciplina, devemos dizer claramente que não é
por falta do perdão que ele entra em disciplina, mas sim por uma determinação de
que, para a igreja local, as pessoas precisam passar um tempo sem a participação
atividades, até que haja uma aceitação dos mesmos, para perdoar a falta que o
irmão cometera.

2.10. Arca da Aliança Êxodo 25.10-22

22
Figura 15 - "Arca da Aliança"

Fonte: https://www.gospelprime.com.br/

E por fim temos a arca da aliança, a glória de Deus em Israel, uma


espécie de baú, que Deus mandara Moisés construir, para colocar dentro dela
alguns objetos que Ele escolhera durante a travessia do povo no deserto. Era de
madeira de acácia, com um comprimento aproximadamente de 125 centímetro de
largura e 75 de altura, toda coberta de ouro, por dentro e por fora, com uma coroa
de ouro e dois querubins de ouro também sobre a tampa. Dentro da arca havia três
objetos, o cajado de Arão, as tábuas da lei e o maná que o povo comia no deserto.
Ela representava o lugar onde Deus habitava naquela época. E hoje Deus escolheu
habitar onde, será que em templos suntuosos, ou em lojas simples onde temos o
habito de nos reunir. Não meus amigos, esse Deus tão poderoso escolheu fazer
morada em nós, uma vez que entregamos nossas vidas a Jesus Cristo. Somos essa
natureza humana representada na madeira de acácia, natural, mas de um valor
imensurável, tão alto que Deus enviou seu filho amado para que toda essa madeira
humana fosse resgatada. O ouro significa que uma vez na presença de Deus somos
santificados, e isso por dentro e por fora, na representação do ouro. Não adiante ter
a aparência refinado por fora e por dentro ser pura madeira de acácia, ou natureza
humana. É necessário que sejamos santificados em toda nossa maneira de agir,
atitudes que reflitam a infinita graça de Deus que nos alcançou para alcançar outros.
Devemos nos lembrar também dos itens que haviam dentro da arca. As tábuas da
lei, para que não sejamos como o povo no deserto que rejeitaram a palavra de
Deus, ou a vara de Arão, para que não rejeitamos a escolha da autoridade de
Deus, ou o maná, pão do céu que o povo rejeitou, como o alimento dado por Deus.
Na arca entendemos, que, por vem dele, por Ele, e para Ele são todas as coisas, a
Ele toda glória. Nunca se esqueça disso, você é a habitação de Deus, nós somos o
lugar que Ele escolheu habitar. Portanto por mais que saibamos a importância de
um local para nos reunirmos e congregarmos, precisamos estar cientes que é em
nós que Deus está, e não em um lugar.

23
3. OS TEMPLOS DE SALOMÃO, ZOROBABEL E DE
HERODES

3.1 O Templo de Salomão


O Rei Davi anelava construir uma casa para Jeová, que abrigasse a arca
do pacto, pois enquanto ele morava em casa de cedros, e a arca de Deus morava
na tenda’. A primeira reação de Deus, não foi muito amistosa com a proposta do rei
Davi. Jeová decidiu depois conversando com o profeta Natã, que Davi, uma vez que
Davi tinha derramado muito sangue nas guerras, não poderia construir um templo
para Ele, mas, que, seu filho (Salomão) teria o privilégio de fazer tal construção. Isto
não queria dizer que Jeová não aprovava as guerras que Davi travara a favor do
Seu nome e de Seu povo. Mas o templo devia ser edificado em paz, por um homem
de paz. — IISm 7:1-16; 1Rs 5:3-5; 8:17; ICr 17:1-14; 22:6-10.

Figura 16 - "Templo de Salomão"

24
Fonte: imagens Google.com

Foi Davi que adquiriu um terreno com o Jebuseu, no monte Moriá para
construir o templo. (IISm-24:24,25 ICr-21:24,25). Ele preparou para a construção,
muito ouro, prata, cobre e ferro em quantidades imensuráveis. (ICr-22:14 29:3-7).
O rei Salomão começou a construção do templo aproximadamente no
quarto ano do seu reinado, no segundo mês de zive. (IRs-6:1 ICr28:11-19). Sua
construção durou aproximadamente sete anos para concluir. (IRs-6:37,38) Salomão
teve grande ajuda de Hirão, um especialista em trabalho com madeira e ouro, prata,
ferro dentre outros materias, foi ele quem ajudou na construção da casa rei Davi.
(IISm-5:11) O templo de Salomão foi destruído por Nabucodonosor (IIRs-25:9. IICr-
36:19).

Figura 17 - "Templo de Zorobabel"

Fonte: http://creationwiki.org/

3.2 O Templo de Zorobabel

Após os setenta anos de cativeiro do povo Hebreu, Deus levanta o rei


Ciro que decretou que, “quanto a todo que restou de todos os lugares onde reside
como forasteiro, auxiliem-no os homens do seu lugar com prata, e com ouro, e com
bens, e com animais domésticos, junto com a oferta voluntária para casa do

25
verdadeiro Deus, que havia em Jerusalém. (Ed-1:1-4). Os vasos que o rei
Nabucodonosor havia levado para Babilônia, foram todos devolvidos pelo rei Ciro.
(Ed-1:7-11) E assim levanta Deus Zorobabel para voltar para Jerusalém. Esse
templo não foi tão glorioso quanto o de Salomão, mas teve muito mais tempo de
existência.

Figura 18 - "Templo de Herodes"

Fonte: https://thaisafernandes

3.3 O Templo Reconstruído por Herodes

Pouco se sabe do templo reconstruído por Herodes, as informações


encontradas não dão uma completa certeza dos dados informados. Flávio Josefo,
descreve-o minuciosamente por ter assistido à sua construção (Antig. 15.11;
Guerras 5.5). Muitos dos materiais foram tirados das ruínas do antigo templo. A
construção começou no décimo oitavo ano do reinado de Herodes, 19 A.C., a área
aumentou em dobro relativamente ao Templo anterior.
Foi neste Templo que se deu a ruptura do véu por ocasião da morte de
Cristo, quando houve o terramoto, significava que o caminho para o Trono estava
franqueado pela mediação do Sumo-Sacerdote JESUS, a todo sincero adorador
(Mat. 27:51; Hb. 6:19; 10:20).
É válido observar que todos os três templos foram destruídos em algum
momento da história o de Salomão (IIRs-25:8-9), o de Zorobabel foi segundo templo,
e 500 anos depois, o templo, desgastado por causas naturais e ataques de inimigos,
26
foi restaurado por Herodes, no entanto, em 70 d.C., o templo foi destruído por Tito.
Assim vemos que mesmo construídos com toda fortaleza das rochas, não puderam
subsistir a destruição dos homens, como o tabernáculo, que feito com peles de
animais, não foi destruído, e sim desmontado por Salomão, ao levar a arca para
dentro do templo. (IICr-5:5).
Estes templos refletem claramente, que Deus permitiu que fossem
construídos para que os homens pudessem adora-lo, aguardando até que se
cumprisse o tempo em que mandaria seu filho para cumprir o resgate da
humanidade. Não era um projeto definitivo de Deus, essa forma simbólica adoração,
mas permitiu, aguardando até a época que que se completasse a plenitude, do
tempo em que Ele enviaria seu filho amado Jesus Cristo para a salvação do mundo.
(Gl-4:4)
Como tenho o propósito de mostrar, como a associação dos templos e o
tabernáculo, não podem se aplicar literalmente aos nossos dias, porque anularíamos
o verdadeiro significado da graça, que Deus nos ofereceu através do sacrifício de
Jesus Cristo. Pois foi cumprida todas as exigências do tabernáculo ou do templo, no
sacrifício perfeito de Jesus. (Hb-7:24-28). Não há como negligenciar tamanha obra
de Cristo, substituindo-a por ensinamentos que levam os fiéis, à frequência de
reuniões de cultos, com propósitos de campanhas de prosperidade, libertação,
cânticos, celebrações e ofertas dentre outros, que em sua grande maioria, o
interesse é apenas o benefício pessoal. Seja por uma cura, uma porta aberta,
solução de um problema de família, ou até por medo de ir para o inferno. O que
vemos verdadeiramente nas grandes massas cristãs é a falta de conhecimento,
como diz em (Os-4:6) O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;
porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu
me esquecerei de teus filhos.
Muitos são atos externos com pouca relevância, na edificação do cristã ou
no alcance, e conversão dos perdidos. Em Mt-6:33 o próprio Jesus adverte, para
buscarmos em primeiro o reino de Deus e sua justiça, e as demais coisas nos serão
acrescentadas.
Voltando para o templo de Salomão, podemos ver uma grande diferença
no motivo pelo qual ele foi construído, em comparação com o tabernáculo. O

27
tabernáculo foi uma determinação de Deus para que fosse construído (Ex-25:8,9).
Em todas as etapas, desde a separação dos matérias para as estruturas, bases,
coberturas e até os objetos sagrados, tinham significados simbólicos, com visão de
coisas melhores (Hb-8:5). E o templo foi feito por iniciativa humana, (IISm-7:1-5),
embora depois, Deus permitiu sua construção (IISm-7:12.13). Vejamos agora
algumas diferenças entre o tabernáculo e os templos.
Primeira - De quem partiu a iniciativa da construção de ambos.
Deus escolheu construir o tabernáculo (Ex-25:8,9) e Davi determina
construir o templo (IISm-7:1-5). A primeira observação que faço, é sobre Deus quere
habitar com o homem, assim como foi no jardim do Éden (Gn-2:8 e Gn-3:7) Deus fez
um jardim e colocou ali o homem que havia criado. E passeava por ali na viração do
dia. O que nos leva a compreender que havia um convívio entre o homem e Deus,
um relacionamento. E como após a queda, o homem havia sido separado de Deus,
expulso do jardim, (Gn-3:23). Ele até escolhe Noé para representa-lo diante de uma
humanidade perdida (Gn-6:8), ou quando escolhe Abrão para por meio deste
abençoar todas as famílias da terra (Gn-12:1) porém não fez um lugar para morar
com eles aqui na terra. Agora no deserto quer iniciar novamente uma aproximação
com o homem, e escolhe criar o tabernáculo para através dele, começar dar os
primeiros passos em direção ao sacrifício perfeito que nos uniria novamente a Deus
e, que concluirá, com Ele habitando em nós e por fim estarmos com Ele para
sempre. Mas qual foi a preocupação de Davi ao criar o templo, achou muito errado,
que ele morasse em uma casa luxuosa, de cedro, e Deus em tenda (IISm-7:2). Na
verdade, a primeira motivação que se vê no coração de Davi, era apenas algo
comum e natural como, viver em um lugar mais confortável, mais aparente. Mas a
princípio não passava disso. Vemos então nessa comparação como para Deus o
tabernáculo era importante, e tinha um motivo específico para construí-lo, enquanto
Davi queria apenas um lugar melhor para Deus habitar; mas será que realmente
seria melhor o templo? Vejamos na próxima comparação.
Segunda - Deus mandou usar nas estruturas do tabernáculo apenas
materiais orgânicos apenas os colchetes que uniam as cortinas umas as outras que
eram de ouro (Ex-26:1-37)). E no templo edificado por Salomão, toda a estrutura era
feita de grandes pedras, pedras valiosas, pedras lavradas (IRs-5:17). Esta é outra
comparação que faço entre o tabernáculo e o templo. Porque Deus usou peles de

28
animais e madeiras para construção das principais bases do tabernáculo. Vejamos
novamente em (Gn-3:21) que após Adão e Eva desobedecerem a Deus, cozeram
folhas de figueira para se cobrirem. Atitudes humanos para se justificar de seus
erros. E vem Deus após corrigi-los por sua desobediência, e sacrifica uma animal
para fazer túnicas e vesti-los, providenciando com a morte de um inocente, a
primeira referência ao sacrifício, que Jesus Cristo faria para justificar toda a
humanidade. E vemos que a madeira significa a presença humana na construção da
obra que Deus estaria realizando na terra, usou homens até a chegada de seu filho
para cumprir seu ministério triplo de servo, Rei e sacerdote aqui na terra, Já a obra
do templo, fora construída com pedras grandes, pedras preciosas e pedras lavradas.
Analisando o valor que a vida tem para Deus, ao ponto dele, mandar fazer o
tabernáculo de peles de animais. Quantas vidas foram sacrificadas para construí-lo,
então qual o valor do tabernáculo para Deus, visto como nas ofertas de Caim e Abel,
o Senhor atentou para oferta de Abel que foi um sacrifício. Enquanto por mais
preciosas que fossem as pedras usadas na construção do templo, nunca o valor
dele se compararia com a vida dos animais usadas para providenciar as peles
usadas no tabernáculo.
Terceira - O tabernáculo era móvel, se deslocava sempre que Deus
queria (Nm-9:15-23). E templo era fixo, não poderia ser movido (ICr-22:14).
Entendemos aqui, que a representação das condições do tabernáculo se
movimentar, significa o direcionamento de Deus, pois é Ele quem guia o homem, e
não ao contrário, é que mostra o caminho que o homem tem que seguir. (Rm-8:14
Gl-5:18 Mt-2:6). Deus quer que o homem seja direcionado por Ele para cumprir a
sua vontade. Não podemos fazer essa mesma comparação da liberdade de Deus
guiando o homem através do templo fixo e como no caso do templo de Zorobabel e
Herodes, sem a arca da aliança. Fico a imaginando se caso, Deus não permitisse a
construção do templo, como seria. Será que, com o tabernáculo em pleno
funcionamento, Deus poderia mover a nuvem, de Jerusalém, para uma das cidades
das onze tribos. Segundo vemos no livro de Josué as terras de Canaã foram
divididas para as onze tribos (Js-13-21). Apenas a tribo de Levi não recebeu terras,
pois Deus os escolhera para servir no tabernáculo. Será que Deus, não poderia, em
sua vontade suprema decidir, mover o tabernáculo para uma das cidades de uma
das tribos ao Sul antes da divisão do reino (IICr-10:15,16). Então vemos como

29
usando o templo fixo, o direcionamento voluntário que Deus determinava para todo
Israel ao se move-se na nuvem, agora ficou na dependência de o profeta, anunciar
ao rei, e esse, obedecer ou não a direção de Deus. O que nem sempre os reis
queriam obedecer.

4. OS TEMPLOS CRISTÃOS EM NOSSOS DIAS


É muito interessante, como deixamos escapar de nossas mãos, tantos
princípios que tem sido substituídos por práticas externas sem nenhum resultado no
que diz respeito ao plano central de Deus. Seu propósito era fazer do homem seu
templo, sua morada um lugar para habitar, depois que enviasse seu Espírito Santo.
Realizar nele tal transformação, que reflita a pessoa de seu filho Jesus Cristo em
todos os seres humanos. E quando vemos quão superficiais temos sido como
cristãos, é como se esse costume de frequentar os templos nos colocasse em um
tipo de padrão limitado pelo homem, um tipo do cristão que devemos ser. Mesmo
que tenhamos o entendimento de que precisamos congregar, essa palavra não diz
que precisamos de um templo para isso. Congregar, é um ato de nos reunir em
qualquer lugar, e hora. Pois onde houver um ou dois reunidos no nome do Senhor,
ali Ele estará presente, (Mt-18:20). Nós pastores, temos esforçado para levar as
pessoas a praticarem os ensinamentos de Jesus Cristo. Quando na verdade, Deus
fez de todos nós, reis e sacerdotes. Cada um dará conta de si, a Deus. Isso da a
entender que mesmo que tenhamos líderes para nos ajudar no aperfeiçoamento da
fé, esses mesmos, não tem autoridade suprema sobre os cristãos, pois estão em
uma posição igualitária, de reis e sacerdotes. Vemos nos famosos grupos chamados
erroneamente de ministérios em nossos dias, que sim, existem vários ensinamentos,
processos, e técnicas que auxiliam no crescimento dos cristãos. Mas não
encontramos nenhum princípio bíblico que nos ensina a frequência de templos que
não tem mais nenhuma aplicação das que existiam nos templos antigos citados
nesse estudo. Deus usou o tabernáculo, como, uma forma de representar
simbolicamente o céu aqui na terra. Todos os itens do tabernáculo, são referências
das coisas celestiais, coisas que um dia viriam ser conhecidas que são, exemplo das
verdadeiras que estão no céu. Então dá para entender claramente que Deus ao
habitar no tabernáculo, estava em algo familiar para ser bem simples. Agora, no
caso dos templos antigos, mantinha-se os todos os cerimoniais e rituais
30
determinados por Deus para serem realizados no tabernáculo. Então a presença de
Deus, continuava limitada, as manifestações das cerimônias praticadas ali,
obrigando aos seus adoradores a ir ao templo para suas práticas religiosas. Se
compararmos os templos de hoje com os templos antigos, veremos que nos nossos
dias não temos os utensílios sagrados que Deus ordenara a Moisés que construísse.
Hoje nossos templos tem desde os mais simples objetos, até aos mais sofisticados
móveis de decoração. Mas em nenhum caso, reflete a santidade contida nos objetos
originais nos templos de Jerusalém. Enquanto só existia um templo em Jerusalém
para adoração, em nossos dias, existem milhares de templos para adorar, no
entanto todos vazios dos ornamentos sagrados originais. Isso não significa, que ao
consagrarmos nossos objetos que utilizamos em nossos templos, eles não estejam
abençoados. Abençoados sim, mas só isso, Deus não depende deles para nenhuma
manifestação do seu amor, ou poder, sobre nossas vidas. E também não
precisamos de ir ao templo para alcançarmos o perdão por nossos pecados, ou para
adorarmos a Deus, ou para ofertarmos nossa gratidão a ele em espécie. Na
verdade, a verdade sobre irmos ao templo em nossos dias, não tem sido claramente
ensinada. Em nossos dias, as massas afloram para os templos com seus desejos, e
objetivos ligados aos seus interesses pessoais. Mesmo que seja o crescimento
espiritual que é muito necessário. Mas seria de suma importância, os líderes
deixarem bem claro que o importante de ser igreja, é que os irmãos saibam que eles
podem congregar em qualquer lugar, em templos ou fora deles. E quando digo isso,
me refiro literalmente onde estiver, Casa, Templos, ruas, lojas, garagens dentre
outros, pois Deus é espírito, e importa que seus adoradores o adorem em espírito e
em verdade (Jo-4:24). Jesus disse que que a hora vem, em que, nem neste monte,
nem em Jerusalém adorareis o Pai.

(João 4:21). Vê a frase “e nem em Jerusalém”, é onde, é o lugar do


verdadeiro templo, o próprio Jesus disse, que nem lá, seria o lugar de adorar a
Deus. Entende que não existe, essa obrigatoriedade de ir em templos para encontrar
com Deus, ou para ter comunhão com Ele. Por mais que alguém queira que você vá
congregar em uma igreja local, e você não vai, mas escolhe congregar, ou reunir-se
com um grupo de cristãos sem as práticas de frequentarem templos, isso de forma
alguma limita um cristão de estar plenamente na presença de Deus. É verdade
também, que nós, precisamos estar sob autoridade, de lideranças que estão sob a
31
autoridade de Deus. Para assim nos ensinar os princípios, aperfeiçoamento,
treinamento na fé, e para atendermos mais plenamente ao chamado de Deus para
nossas vidas, em alcançar os perdidos nesse mundo. Reunir, em templos nos
nossos dias, é uma forma clara de termos um lugar neutro onde podemos nos
encontrar sem incomodar uns aos outros em seus lares. Você já imaginou se toda
semana, duas ou três vezes, a congregação se reunisse em sua casa. Seria muito
desgastante para a família, estar recebendo os irmãos, gerando gastos diversos
com água, luz, lanches etc... sim entendemos a importância dos templos em nossos
dias, mas sem nenhum dos motivos que levou a existência dos templos antigos da
época dos cristãos antigos.

5. O VERDADEIRO TEMPLO DE DEUS EM NOSSOS DIAS

Deus escolheu, um templo não feito por mãos de homens, para habitar
(At-7:48). Mas que templo seria esse? No jardim do Éden Deus encontrava com o
homem na virada do diaGn-3:8), e isso era o bastante para Ele ter comunhão com
sua criação. No tabernáculo, ele habitava no meio do povo, por meio da arca da
aliança (Ex-25:22), que mandara Moisés construir. E em nossos dias Ele derramou
seu Espírito Santo, que é a manifestação de uma das três pessoas da sua divindade
para morar dentro do homem (Jl-2:28), chamando o homem assim de templo do
Espírito Santo (Icor-3:16). Então, eu e você somos os templos construídos para
moradia de Deus, na verdade, todos os homens, uma vez que entregam plenamente
suas vidas a Cristo, o recebendo como salvador, se tornam casa de Deus. Então
uma vez que Deus habita nesse templo, feito por suas próprias mãos (Jó-33:4),
estaremos com Ele constantemente. Não tem como dizer, vamos ao templo (pedra),
encontrarmos com Deus. Ele agora habita em nós, e somos seu legítimo lugar de
habitação. Quando você não está no templo, Deus não está lá, embora Ele seja
onipresente. Isso é para entender que nesse período em que vivemos, Deus dá
muito mais importância para o templo do seu corpo físico, do que para o templo
onde nós nos reunimos. E todas as práticas que existiam no tabernáculo, Ele quer
que, vivemos literalmente com Ele (Hb-8:1-5). Como o altar do holocausto, que
significa sacrificar a vida, para que Cristo viva em nós, e vivamos para Ele (Ex-30:1-

32
10), ou a mesa com os pães (Ex-25:23-30), uma clara representação de comunhão
e intimidade com o Pai. Manter o candelabro acesso (Ex-25:23-30), fala do Espírito
Santo sendo a luz de Deus em nossas vidas, e Ele está no centro de todas as
nossas vontades, nos guiando em toda verdade. A água limpa da bacia (Ex-27:1-8),
que serve para lavar as mãos do sacerdote, significando pureza e justificação dos
atos sacerdotais que glorificam a Deus, e também o santo dos santos (Êxodo 26:33),
o lugar mais importante, onde todo cristão deveria entrar no mínimo uma vez ao dia.
Esse lugar é onde o nosso espírito se encontra com o Espírito de Deus, em uma
entrega de comunhão tão plena, que conseguimos ouvir a voz de Deus, e seus
direcionamento para nossas vidas. Pois assim como Deus se manifestava entre os
querubins no tabernáculo, Ele também fala conosco por intermédio de seu Santo
Espírito quando somos lavados e remidos pelo poder do sangue de Jesus Cristo,
que nos dá livre acesso ao Pai Hb-10:19).

6. CONCLUSÃO

Olhando para a Bíblia sagrada, no período em que a igreja se iniciou,


vemos que ela se reunia de várias maneiras, como igreja local, fora do templo, ou
das sinagogas, simplesmente reuniam como igreja (At-15:41; Rm-16:4,16; Icor-
7:17), pois nenhum desses textos se referem a igreja no templo, ou em sinagogas. E
quando Jesus Cristo se refere a sua igreja, não diz como falando a muitos povos ou
congregações, Ele se refere ao seu corpo como sendo apenas um “...e sobre esta
rocha edificarei a minha Igreja (Mt-16:18). É apenas uma questão de atentarmos
para o acorrido na história, Deus no pentecoste em Atos 2, derrama seu Espírito
Santo nos seus discípulos dentro do cenáculo, para a partir dali a igreja se espalhar
por todo o mundo. Não importando agora por ritos e abluções externos com
aparências que em nada moldam ao ofertante no que se trata da aproximação
verdadeira de Deus. Para os sacerdotes naquela época o povo até poderia andar
aparente cumprindo os sacrifícios e mandamentos, porém sem nenhuma
aproximação ou arrependimento verdadeiro, apenas cumprindo mandamentos.
Chega um ponto em que, o próprio Deus proibiu que o povo trouxesse sacrifícios e
ofertas (Is-1:11-13). Não é assim nos nossos dias, para haver verdadeira adoração
ao nosso Deus, o adorador precisa tomar atitude interna sincera para agradar ao
33
Senhor, caso contrário será apenas perda de tempo, pois os homens podem até
pensar que a adoração está chegando a Deus, mas é claramente percebido se
houve aceitação de Deus, através de sua manifestação ao receber uma oferta
sincera. Bom, e para concluir, creio ser um tempo em que precisamos nos voltar
para a verdadeira vontade de Deus em como ele espera que vivamos como Igreja, e
não ser igreja que se compromete as frequências restritas, onde temos homens com
os mais mirabolantes projetos, para atraírem e concentrarem as multidões em suas
congregações, tornando assim as pessoas, praticantes de ritos desnecessários
quanto aos planos divinos para essa que creio, ser a última geração antes do
arrebatamento. Apenas creiamos que o propósito de Deus, vai muito além das
quatro paredes, e que ele permanece contínuo e pleno em nossas vidas, por onde
quer que andemos, sejas em tabernáculos, templos, ou congregando em qualquer
lugar em que nos reunirmos.

Um forte abraço!

7. BIBLIOGRAFIA

OBRAS CITADAS
Almeida, A. (s.d.). O Tabernáculo e a Igreja.
Bíblias: Almeida Revisada e Corrigida, Almeida Revisada e Atualizada. (s.d.).
cpaj.mackenzie. (2000). Google.com. Fonte: https://cpaj.mackenzie.br/:
https://cpaj.mackenzie.br/historia-da-igreja/igreja-antiga-e-medieval/vos-sois-corpo-de-
cristo-reflexoes-historico-teologicas-sobre-a-igreja-crista/
Google.com. (s.d.). Fonte: gospelprime.com.br: https://www.gospelprime.com.br

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Bairro: Cabana: Belo Horizonte CEP: 30512-660 E-mail: comprefree@gmail.com

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