O documento relata um atendimento médico a uma paciente gestante com suspeita de infecção urinária. O médico realizou o exame sem a presença de outra profissional e fez perguntas e exames desnecessários, deixando a paciente desconfortável. Ele reconhece no final que expôs a si mesmo e a paciente a riscos desnecessários.
O documento relata um atendimento médico a uma paciente gestante com suspeita de infecção urinária. O médico realizou o exame sem a presença de outra profissional e fez perguntas e exames desnecessários, deixando a paciente desconfortável. Ele reconhece no final que expôs a si mesmo e a paciente a riscos desnecessários.
O documento relata um atendimento médico a uma paciente gestante com suspeita de infecção urinária. O médico realizou o exame sem a presença de outra profissional e fez perguntas e exames desnecessários, deixando a paciente desconfortável. Ele reconhece no final que expôs a si mesmo e a paciente a riscos desnecessários.
Antes do atendimento, pedi para uma tecnica de enfermagem do
plantao ( nao me recordo quem ) me acompanha-se no exame mas todas
estavam muito atarefadas e alegaram que nao estavam disponiveis para o meu atendimento naquele momento. Decidi, entao, examinar a paciente sozinho. Nao havia na sala e nem no colchao qualquer lençol para a paciente e ela nao reclamou disso. A porta foi mantida aberta mas uma cortina azul foi estendida para dar privacidade ao exame. A porta foi mantida aberta como ocorre em todos os exames. Perguntei o que havia com a paciente e ela relatou febre, dor em baixo ventre, dor no corpo e negou sintomas gripais. Pedi pra paciente retirar a roupa da cintura para baixo e assim foi feito ( nao percebi que a paciente se encontrava desconfortavel sem lençol ). Realizei um toque vaginal e tive dificuldade de tocar o colo pois este estava bem posterior, o que tornou o exame um pouco incomodo ( as vezes isso ocorre ). Apos a asculta cardiofetal, perguntei onde a paciente sentia mais dores. A resposta foi bem vaga e pouco produtiva para a minha anamnese. Comecei a direcionar mais a queixa, perguntando se a paciente sentia dor nas costas, na cabeça e nas mamas, o que a paciente confirmou as 3 perguntas. Ao examinar a regiao sacral e lombar procurando por sinais de pielonefrite, pedi pra paciente se deitar de lado, o que foi feito e verificado sinal de Giordano negativo bilateralmente. Expliquei que a dor sacral era provavelmente dor de prodromos de trabalho de parto.
Pedi pra paciente se sentar no leito para o exame das mamas (
mastite? ). Ela levantou a blusa e o sutiã, deixando as mamas expostas. Durante o exame, não constatei mastite e expliquei que a dor mamaria era devido a lactaçao natural do fim da gestaçao e mamas cheias de leite. Fiz a expressao leve dos mamilos para demonstrar a lactaçao fisiologica e justificar a dor nas mamas que a paciente referia.
Pedi para paciente se vestir enquanto retirava as minhas luvas e as
jogavas no lixo, dizendo a paciente que ia solicitar uns exames. Minha suspeita foi infecçao urinaria. Solicitei EAS, PCR e Hemograma, que foi interpretado pelo meu colega de plantao.
E´ realmente surreal que eu, um medico obeso, hipertenso e
cardiopata, atendendo uma paciente com febre e suspeita de COVID, fique me expondo a um virus mortal pra me aproveitar sexualmente de uma paciente gestante.