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GUIA SOBRE

A EVOLUÇÃO
DA EXPORTAÇÃO
BRASILEIRA
E INCENTIVOS
FISCAIS ATUAIS
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................................................................3
1888 - 2020...........................................................................................................................................................................................4
QUAIS OS PRINCIPAIS INCENTIVOS FISCAIS PARA A EXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS?...................25
COMO SUA EMPRESA PODE APROVEITAR OS INCENTIVOS FICAIS NA EXPORTAÇÃO .........................43
CONCLUSÃO........................................................................................................................................................................................44
SOBRE A TRADEWAYS ACE .......................................................................................................................................................45
INTRODUÇÃO
O Comércio Exterior passou por diversas mudanças desde o
seu início no dia 28 de janeiro de 1808 e um dos fatores que
contribuíram muito para a ascensão do país foram as
exportações.

A Tradeways ACE, que acompanha todas essas evoluções


desde 1994, preparou um e-book especial apresentando uma
linha do tempo dos maiores acontecimentos das exportações
até os dias atuais, além da importância dos incentivos fiscais
para a sua empresa.

Vamos embarcar nessa viagem juntos?

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1808 - 2020 1827
1808 No dia 17 de agosto, é celebrado o Tratado de Amizade,
Navegação e Comércio entre o Brasil e a Inglaterra.

No dia 28 de janeiro, teve início o Ano Zero do Comércio


Exterior do Brasil. D. João, Príncipe Regente de Portugal, em
escala da viagem com destino ao Rio de Janeiro, assina, em
PRINCIPAIS PRODUTOS DE
Salvador, Bahia, no dia 28 de janeiro de 1808, a Carta de
Abertura dos Portos às nações amigas. Esse episódio quebra o
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
monopólio comercial, rompe o pacto colonial e inaugura a
autonomia econômica e comercial brasileira.

1818
As exportações de algodão brasileiro atingem seu auge. O
Brasil exporta 73.730 sacas de algodão, quase 3 vezes mais do
que em 1800. Porém, a partir de 1818, a concorrência
norte-americana dificulta cada vez mais o desempenho da
exportação brasileira desse produto.

1822
No dia 07 de setembro, às margens do rio Ipiranga, Dom
Pedro I proclama a independência política do Brasil.

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1832 1840
No ano de 1832, o café se destaca na pauta das exportações. A produção do café aumenta 206%, em relação ao ano 1820,
causando um aumento exponencial da produção do café.

1839 Foram produzidas 3.178.000 sacas de café de 1820 a 1831 e


9.744.000 sacas de 1831 a 1840, atendendo plenamente a
Neste ano, houve o aumento na demanda pela borracha. demanda do produto no mercado mundial.
Charles Goodyear desenvolve o processo de vulcanização da
borracha e a região amazônica é favorecida. PRINCIPAIS PRODUTOS DE
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA

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1849 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
O principal destaque desta década é, novamente, a
exportação de café. De 1841 a 1850, o Brasil exporta mais de
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
dezesseis milhões de sacas de café.

1853
Neste período, as exportações para os Estados Unidos
atingem um total de 2.649.817 libras esterlinas,
correspondentes a 32,4% das exportações brasileiras.
Tornando os Estados Unidos um grande importador de
produtos brasileiros.

1855
A Grã-Bretanha torna-se o principal comprador dos produtos
brasileiros, seguida dos Estados Unidos em segundo lugar e a
França em terceiro.

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1853 E exporta o equivalente a 11,8% do PIB. Inglaterra 12%,
Estados Unidos 2,5%, Alemanha 9,5%, França 4,9% Argentina
9,4% e Japão 0,2% do PIB.
Neste ano, a queda das exportações de café, devido a fatores

PRINCIPAIS PRODUTOS DE
climáticos, agrava a crise financeira já existente.

1866 EXPORTAÇÃO DA DÉCADA


É instalada a linha de navegação entre Belém e Liverpool, que
ganha importância conforme intensifica-se a exportação de
borracha.

1870
De 1861 a 1870, o Brasil exportou 28.977 mil de sacas de 60
kg de café, a um preço médio de 2,35 libras por saca, gerando
uma receita de exportação de 149.471 mil libras esterlinas
para a época.
Ainda no ano de 1870, o Brasil exporta o equivalente a uma
média de 7,8 dólares per capita, ficando atrás de países como
Reino Unido (31 dólares per capita), França (14 dólares per
capita), Estados Unidos (13 dólares per capita) e a Alemanha
(11 dólares per capita).

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1873 PRINCIPAIS PRODUTOS
No período entre 1871 e 1873, o algodão representa 16,6% DE EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
das exportações do Brasil.

1877
Neste período, as exportações de algodão começam a
declinar. A partir de meados da década, o estado do Ceará
passa a sofrer mais com a seca, o que prejudica muito a
lavoura de algodão. Além disso, os Estados Unidos voltam a
concorrer com o Brasil no mercado externo de algodão e, por
terem condições mais competitivas, deslocam o produto
brasileiro.

1880
Para atender à crescente demanda do mercado, a exploração
de borracha na Amazônia se intensifica e esse produto
torna-se cada vez maior nas exportações brasileiras.
Nas exportações, são vendidas ao exterior 6.341.000 sacas de
café a um preço médio de 3,10 libras esterlinas por saca.

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1882 libras esterlinas, em 1850, passa a ser de 166 milhões de libras,
em 1890, quase quatro vezes maior. A principal contribuição
No dia 28 de Dezembro, é fundada, às margens do Rio Acre, é das exportações, que consistem no setor mais dinâmico da
por seringueiros, a cidade de Rio Branco. Com isso, a economia durante todo o período.
exportação de borracha é considerada um destaque no país.

1888 PRINCIPAIS PRODUTOS DE


Neste período, acontecem dois momentos muito EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
importantes para o Brasil, a assinatura da Lei Áurea pela
Princesa Isabel, no dia 13 de maio, concedendo a liberdade
aos escravos e a expansão das ferrovias, que contribuiu para as
regiões cafeeiras e o surgimento de novas cidades com trilhos
ferroviários.

1889
Há outro acontecimento histórico nesta década: na manhã de
15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca proclamou
a república.

1890
Neste período, houve a evolução da economia brasileira. A
renda nacional, que era de, aproximadamente, 44 milhões de

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1891 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
A década de 1891 tem início com o ciclo da borracha. O Brasil
tem um rápido e intenso período de extração e
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
comercialização do produto na região amazônica, sendo o
único produtor de borracha até então.

1894
Nos ano de 1894, houve uma forte expansão da produção de
café. Os produtores brasileiros, impulsionados por seguidas
desvalorizações, aumentam sua produção cafeeira.

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1903 1920
A década tem início com a expansão do Comércio Exterior e Mais um fato afetou a economia brasileira negativamente
o auge do ciclo da borracha. Neste período, o Brasil respondia neste período. A previsão de grande safra e a redução do
por 97% da produção mundial do produto. volume dos negócios nos Estados Unidos da América
provocam nova crise do café, decorrente da redução do
1909 volume exportado.

E também houve o recorde de exportação de café pelo porto


de Santos em 1909. A movimentação de cargas é 12 vezes
PRINCIPAIS PRODUTOS DE
maior que a de 1892, impulsionada pelo recorde de maior
exportação de café, com mais de 13 milhões de sacas.
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
1916
Os Estados Unidos tornam-se o maior parceiro comercial do
Brasil, decorrente da conjuntura de guerra.

1917
No dia 30 de março de 1917, a Grã-Bretanha declara o café
como produto supérfluo. No contexto da Primeira Guerra
Mundial, a Grã-Bretanha proíbe a importação de café por
considerá-lo produto não essencial. Essa medida afeta a
economia brasileira.

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1929 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
No dia 24 de outubro, acontece o início de uma das maiores
crises econômicas mundiais, a chamada ‘’quinta-feira negra’’.
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
No dia 29 de outubro, a crise na bolsa de valores de Nova York
se espalha pelo mundo e sua duração se prolonga até 1933.
Essa crise gera a ‘’Grande Depressão’’, a maior do século XX,
com repercussão em todos os setores, inclusive nas
exportações.

Com isso, existe uma super oferta de café por um lado e por
outro a diminuição da procura e contração do comércio
internacional. A queda das exportações gera recessão.

1930
Apesar da redução do volume e da receita das exportações do
principal produto, o café, houve o crescimento do algodão na
pauta de exportação.

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1931 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
Nesta década, houve o início da Segunda Grande Guerra e,
com isso, a redução das importações. As compras externas são
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
reduzidas em decorrência da escassez de cambiais, devido à
retração das exportações face à crise econômica internacional
e da implementação do controle cambial.

1936
As exportações do algodão brasileiro para a Alemanha
aumentam consideravelmente, tornando-se, nos anos 30, o
segundo produto da pauta de exportações do Brasil.

Esse aumento é motivado pelo algodão ser um produto


considerado estratégico pelas potências do Eixo no contexto
da corrida armamentista. Ele era utilizado na fabricação de
granadas como amortecedor do explosivo, na fabricação de
isolante térmico e nas confecções de fardamento.

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1941 Exportação e Importação (Cexim), do Banco do Brasil (Lei
A década se inicia com a diminuição das importações, devido
262).
à redução da oferta de produtos para exportação no mercado

1950
externo, já que as indústrias voltam sua produção para a
guerra. Porém, há o aumento das exportações, beneficiando o
mercado brasileiro com as relações de troca, já que o país
abastece as economias estrangeiras em guerra. As exportações de cacau e madeira foram as que mais
É criada pelo Banco do Brasil uma agência reguladora do geraram divisas para as importações de bens duráveis,
Comércio Exterior, a Carteira de Exportação e Importação principalmente automóveis e geladeiras.
(Cexim).
Produtos como quartzo e diamante industrial são os novos
produtos na pauta de exportações brasileiras.
PRINCIPAIS PRODUTOS DE
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
1946
As exportações brasileiras têm o aumento em mais de 50%,
em comparação ao ano anterior.

1948
No dia 23 de fevereiro, são criadas as Licenças Prévias de
Importação. Licenças prévias para importar de acordo com as
necessidades governamentais. Restrições administrativas,
responsáveis e legalizadas de acordo com a Carteira de

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1951 licenças de importação, o estabelecimento de sobretaxas de
câmbio e a promoção de exportações.
No dia 15 de março, acontecem as restrições às exportações
de minerais radioativos.

1952
Com a crise das indústrias têxteis mundiais, houve a
paralisação das vendas do algodão, o segundo maior produto
na pauta das exportações brasileiras. Entretanto, o café
registra mais de 70% da pauta de exportação brasileira.

1953
É criada a Lei do Mercado Livre, com essa lei houve uma
ampla liberdade de movimento para o capital estrangeiro no
Brasil a fim de atrair, no setor externo privado, financiamento
e suprir a ausência dos financiamentos do Eximbank e do
BIRD.
A taxa de câmbio fixa oficial só é aplicada para exportações
que o Governo quer estimular: café, cacau e algodão. Para o
restante das exportações são aplicadas três taxas flutuantes.
(Lei nº 1.807).
No mesmo ano, surge a Carteira de Comércio Exterior (Cacex)
que tem como atribuições, dentre outras, a emissão de

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1954 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
O Governo Brasileiro decreta alto preço mínimo para
maximizar a receita cambial, devido à campanha anti
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
consumo de café nos EUA e à redução das exportações
brasileiras.

1957
Acordo de Contenção entre Brasil e Colômbia, com a
finalidade de reduzir as exportações de café e definir um
preço mínimo para a exportação. No mesmo ano, acontece a
ampliação e instalação, no ABC paulista, de fábricas
estrangeiras da indústria automobilística.

1959
As exportações de manufaturados são liberadas para o
mercado de câmbio livre. Todas as operações de exportações,
exceto as de café, cacau, óleo mineral cru e mamona em
bagas, passam a ser feitas através do mercado de câmbio livre
(Instrução nº 167 da SUMOC).

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1964 abatimentos no IPI. Caso haja excedente, poderá abater
outros impostos federais, conhecido como crédito-IPI.
Em novembro, é criado o Programa de Ação Econômica do
Governo (PEAG), que tem como objetivo conter a inflação,
normalizar o crédito e retomar o crescimento econômico.
PRINCIPAIS PRODUTOS DE
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
1966
Em junho, é criado o Conselho Nacional de Comércio Exterior
(Concex), através da Lei 5.025. Compete ao Concex formular
políticas de Comércio Exterior e procedimentos referentes à
exportação e à importação.

E, ainda neste ano, através da mesma Lei da criação da


Concex, a Cacex passa a emitir licenças prévias de importação
e exportação, financiar a exportação de produtos
industrializados, colaborar na aplicação do regime do
“Drawback”, entre outras funções.

1969
Surgem, no dia 05 de março, através da Lei nº. 491, os
incentivos fiscais para exportação de manufaturados.
Doutrinando que as vendas para o exterior das empresas
produtoras, intermediárias e vendedoras desfrutem de

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1972 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
No dia 15 de maio de 1972 é criada, através do decreto-lei nº
1.219, a Comissão para Concessão de Benefícios Fiscais e
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
Programas Especiais de Exportação (BEFIEX), com o objetivo
de conceder isenção do imposto de importação e do imposto
sobre produtos industrializados na importação a empresas
que tivessem seus programas de exportação aprovados pelo
Ministério da Fazenda.

1974
Neste ano, passa a ser aplicado sobre a exportação de alguns
produtos básicos, como algodão, soja e couro, o imposto de
exportação, a fim de estimular a exportação de derivados com
maior valor agregado.

1979
.O país gera US$ 988,4 milhões nas exportações de cacau. O
sul da Bahia é responsável por 78% da produção brasileira de
cacau.

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1984 1990
Em 1984, houve o aumento excepcional das exportações, que É criado o Mercosul. Em julho, Brasil e Argentina assinam a
saltaram de 21,9 bilhões de dólares para 27 bilhões de Ata de Buenos Aires e, no dia 31 de dezembro de 1994, tem
dólares. início o funcionamento do Mercosul.

PRINCIPAIS PRODUTOS DE
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA

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1991 1996
É criado o programa de Financiamento às Exportações Até 1996, as operações de liberação de mercadorias ocorriam
(PROEX), com o objetivo de promover condições de por meio de registros em papel. Com o novo programa, que
competitividade às exportações brasileiras de bens de capital. viria no ano seguinte, os registros para liberação das
mercadorias passam a ser chamados de LIs (Licenças de
Importação).
1994 PRINCIPAIS PRODUTOS DE
O Real, vinculado ao dólar, gera uma grande valorização da
moeda nacional. Ajuda a derrubar a inflação e a aumentar o
poder de compra dos importadores brasileiros. Por outro
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
lado, gera desequilíbrio da balança comercial, devido à
intensificação das importações e ao baixo crescimento das
exportações. Os exportadores, em geral, são penalizados, pois
os produtos nacionais encontram-se sem atratividade
externa, devido aos seus elevados preços.

1995
Surge a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) com o
objetivo de classificar os itens de acordo com regulamentos
do Mercosul. A nomenclatura também é adotada na
Argentina, Paraguai e Uruguai.

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1997 2002
Surge o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), Foi disponibilizado, em 21 de agosto de 2002, para todas as
um programa de computador que torna eletrônicas as Unidades Aduaneiras da SRF, o acesso ao sistema Ambiente
operações de liberação de mercadorias nas alfândegas em de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes
todo o país. Aduaneiros (RADAR). A concepção geral do sistema objetiva
disponibilizar, em tempo real, informações de natureza

2001
aduaneira, contábil e fiscal que permitam à fiscalização
identificar o comportamento e inferir o perfil de risco dos
diversos agentes relacionados ao Comércio Exterior,
No início da década, é lançado o Portal do Exportador pelo tornando-se uma ferramenta fundamental no combate às
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior fraudes.
(MDIC). O portal surge como uma fonte importante de
informações sobre Comércio Exterior, com assuntos
disponibilizados por temas e de fácil consulta. 2004
Neste ano, o Brasil bate dois recordes, na produção de
No mesmo ano, o número de empresas exportadoras cresce automóveis e nas exportações. Na indústria automobilística,
em 6,2% em relação aos anos 2000, passando de 16.246 para são produzidos 2,2 milhões de veículos e o Brasil atinge
17.267, de acordo com dados da Secretaria de Comércio recorde de exportações, alcançando a cifra de,
Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e aproximadamente, 100 bilhões de dólares.
Comércio Exterior.

O destaque é para a exportação no setor agrícola, que passou


de 14 bilhões de dólares, em 2000, para cerca de 18 bilhões,
em 2001.

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2005 brasileiras. Já as exportações de couro têm crescimento de
24%.
De acordo com o levantamento do BNDES, a Indústria
brasileira já exporta um quarto da produção, 24,8% da A ISO 9001 completa 20 anos. Ela é uma norma para
produção industrial do país foi destinada ao mercado externo empresas que desejam aplicar os programas de qualidade e,
em 2004. hoje em dia, é uma das mais conhecidas no país pelo público

2006
em geral. Embora possa integrar um sistema de qualidade
muito maior, cada vez mais, tem sido implantada nas
indústrias, o que geralmente é estampado em sites,
No dia 26 de outubro, o Brasil e a União Europeia fecham um embalagens e peças publicitárias.
acordo para carne de frango, o país terá cota de 336 mil
toneladas para suas exportações de carnes de frango e peru
industrializado para a União Européia. PRINCIPAIS PRODUTOS DE
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA
2007
No mês de julho, o Etanol impulsiona exportações do setor.
Além disso, segue em alta a demanda internacional por
milho e soja brasileiros. A principal razão é a utilização desses
grãos na produção de biocombustíveis nos Estados Unidos.

Os destaques deste ano vão para as exportações de frango e


couro. Os embarques de carne de frango têm aumento de
22,5%, mantendo um bom ritmo de crescimento e
conseguindo atingir a 5ª posição na pauta das exportações
Informações retiradas do arquivo ‘’200 anos do comércio exterior brasileiro: 1808 a 2007’’
desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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2012 2017
Foi criado o Siscoserv (Sistema Integrado de Comércio No dia 21 de março de 2017, através da Instrução Normativa
Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que RFB Nº 1702, surge o novo modelo de Exportação,
Produzam Variações no Patrimônio), uma obrigação que denominado Declaração Única de Exportação (DU-E), cujo
começou a vigorar em 2012. Um sistema informatizado, principal objetivo é minimizar redundâncias de dados e
desenvolvido para o aprimoramento das ações de estímulo, simplificar as operações, trazendo agilidade ao processo e
formulação, acompanhamento e aferição das políticas diminuição nos custos.
públicas relacionadas a serviços e intangíveis, bem como para
a orientação de estratégias empresariais de Comércio Exterior
de serviços e intangíveis.
2018
2014
Foi implementada, no 1º de outubro de 2018, a DUIMP, a
nova declaração de importação, no Portal Único de Comércio
Exterior, sendo um novo documento eletrônico do processo
É criado o Programa Portal Único de Comércio Exterior – de importação, que possui informações de natureza
Portal Siscomex , uma iniciativa do Governo Federal que tem aduaneira, administrativa, comercial, financeira, fiscal e
como objetivo reduzir a burocracia, o tempo e os custos nas logística que caracterizam a operação de importação. A nova
exportações e importações brasileiras, atendendo com mais declaração trará às importações brasileiras ganhos de
eficiência às demandas do comércio exterior brasileiro. segurança, simplificação e eficiência.

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2019 2020
Em setembro de 2019, o Ministério da Economia lançou o De acordo com o Ministério da Economia, em decorrência da
novo site SISCOMEX. A mudança teve como objetivo facilitar a pandemia do novo Coronavírus no mundo todo, os resultados
busca por informações e serviços públicos de Comércio foram impactados pela queda nas exportações de 33,9% de
Exterior, em um ambiente com visual moderno e navegação semimanufaturados, pelo recuo de 21,5% nos embarques de
intuitiva. petróleo e derivados, soja, minério de cobre e milho. A
exportação de manufaturados caiu 11,6%, na comparação
entre as duas semanas, impactados pela venda de aviões,
automóveis, ferro, aço e motores.

PRINCIPAIS PRODUTOS DE
EXPORTAÇÃO DA DÉCADA

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Quais os principais incentivos fiscais
para a exportação de mercadorias?
Depois de fazer essa viagem no tempo, chegou a hora de
falarmos dos incentivos fiscais para a exportação de
mercadorias. De maneira geral, o governo incentiva as
exportadoras a partir da isenção ou do ressarcimento de
tributos da cadeia de insumos pagos para a produção das
mercadorias.

Inclusive, as exportações são transações essenciais para a


comunicação e construção de relação entre os países. Todas
as empresas devem analisar se seu porte é o correto para dar
início a essa atividade, já que ela é uma das que mais garante
um crescimento do seu negócio.

Para isso, existem diferentes formas de benefícios, que devem


ser aproveitados pelas empresas, a fim de reduzir o custo de
produção. Em busca de fazer uso de todos os incentivos
fiscais, é preciso entender como cada um funciona e em que
situações eles podem ser aplicados, pois diversas empresas
não os utilizam apenas pelo motivo de não conhecerem ou
não entenderem seu funcionamento.

25
FINANCIAMENTO moeda nacional (R$) ao exportador. Ocorre após o embarque
da mercadoria para o exterior, mediante a transferência dos

À EXPORTAÇÃO direitos sobre a venda a prazo ao banco escolhido. Destina-se


a empresas exportadoras ou produtores rurais com negócios
no exterior que necessitam de capital de giro e/ou recursos
para financiar a fase de comercialização. O fechamento do
Existem disponíveis, também, as linhas de crédito para ACE pode ser feito até 210 dias posteriores ao embarque da
aquisição de insumos nacionais, importados e serviços, tais mercadoria ao exterior.
como:
As garantias para a contratação das modalidades acima são
Proex definidas de acordo com a análise de crédito do cliente.

O Programa de Financiamento às Exportações é um Ambas as modalidades podem ser realizados em uma


instrumento do Governo Federal de financiamento às mesma operação, mediante a transformação de um
exportações brasileiras de bens e serviços, voltado, adiantamento de pré para pós-embarque.
principalmente, ao apoio das exportações de micro e
pequenas empresas. O Banco do Brasil é o responsável
pelo programa.

Além disso, os empresários contam com dois tipos de linhas


de financiamento para a exportação de produtos: o primeiro
é o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC), que
ocorre na fase pré-embarque para financiar a produção. A
contratação do ACC pode ser feita até 360 dias antes do
embarque. O segundo é o Adiantamento sobre Cambiais
Entregues (ACE), que é uma antecipação de recursos em

26
EX-TARIFÁRIO É normal que a burocracia brasileira resulte em lentidão para
o desenrolar do processo ou em atrasos da concessão do
O objetivo do Ex-Tarifário é diminuir as despesas da indústria benefício. Essa condição reforça a necessidade de um agente
para aquisição de ferramentas e maquinário oriundos do experiente para coordenar o processo de encaminhamento
estrangeiro. A produção de mercadorias das empresas que do Ex-Tarifário.
aproveitam esse incentivo não precisa ser necessariamente
para exportação. A condição para a concessão do benefício é
de que não exista, no Brasil, a fabricação do item importado.

Dessa forma, o Ex-Tarifário possibilita que as empresas


reduzam significativamente os custos de investimento,
tornem seus parques fabris mais modernos e, assim, tenham
produtos cada vez mais competitivos para disputar mercados
em outros países.

A vantagem proporcionada pelo Ex-Tarifário não é imediata.


A empresa interessada em aproveitar a isenção precisa
encaminhar uma solicitação de enquadramento de redução
do Imposto de Importação.

Em seguida, a demanda deve receber parecer favorável do


Caex (Comitê de Análise de Ex-Tarifários), órgão responsável
por realizar consultas públicas para saber se existe a produção
interna do objeto em questão.

27
Como conseguir Julgamento do GECEX (Comitê Executivo de Gestão);
Publicação pela CAMEX (Câmara de Comércio Exterior).

esse benefício? O tempo médio do processo de avaliação até a decisão final é


de 90 a 120 dias. Depois disso, sua vigência é de, geralmente,
Para pleitear o Ex-Tarifário, a empresa deve preencher um dois anos. Entretanto, a empresa pode solicitar a renovação
formulário, justificar seu pedido e encaminhar os dados para do benefício previamente.
a Secretaria do Desenvolvimento e Competitividade Industrial
(SDCI). Entre as informações que precisam ser incluídas, Além da inexistência de produção nacional da mercadoria
alguns exemplos são: que a sua empresa pretenda importar, há outros fatores que
são observados pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio
Informações sobre a instituição requerente;
Exterior e Serviços) para aprovar um pedido, como:
Dados técnicos sobre o produto;
Número de itens que serão importados; A empresa solicitante possui alguma política ou faz
Valor pago pelos artigos; parte de algum programa para o desenvolvimento da
Justificativa pela qual não existe uma produção produção do setor;
equivalente dessas mercadorias no Brasil. O produto em questão também contribui para o
desenvolvimento da produção do segmento;
O fluxo para a aprovação desse requerimento inclui, de modo
O item representa a absorção de novas tecnologias e
geral, os seguintes passos:
colabora para o aperfeiçoamento da infraestrutura da
Avaliação dos documentos; corporação;
Análise da Secretaria da Receita Federal — que observa Tem algum projeto ou plano de negócios voltado para
a descrição e classificação do produto; exportação.
Consulta pública;
Análise do SDCI (Secretaria do Desenvolvimento e Além disso, também são analisados, no exame do Pleito,
Competitividade Indústria); pontos relevantes como a complexidade do produto e se a
Parecer do CAEx (Comitê de Análise de Ex-tarifários); empresa utiliza-se de equipamentos nacionais em outras
fases de seus projetos.

28
Vantagens
Os bens de capital têm redução de imposto de 14%
para 0% e os bens de informática e telecomunicação, de
16% para 0%;
As empresas podem utilizar-se dessa vantagem fiscal e
oferecer seus produtos acabados a preços menores,
tornando-se mais competitiva em razão da sensível
economia auferida com os custos da importação ao
amparo do Ex-Tarifário;
Renovação do parque fabril, moderniza a produção,
viabilizando ganhar competitividade e ampliação do
mercado.

Benefícios
Redução de Custos;
Competitividade;
Produtividade;
Inovação.

29
Reintegra
O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários
para Empresas Importadoras — o Reintegra — é uma
vantagem fiscal que devolve total ou parcialmente o valor
gasto em tributos ao longo da cadeia de produção. A
devolução é de 2% do montante total da exportação (decreto
Nº9.148/2017).

Apesar de atraente, o incentivo ainda é pouco utilizado pelas


exportadoras. Em 2017, apenas 50% dos R$ 19 bilhões
disponíveis para reembolso foram requisitados. Para ter
acesso ao Reintegra, a produção precisa cumprir os seguintes
quesitos:
Ser produzido no Brasil;
Constar na Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados (TIPI), atualizada pelo Decreto
Nº 8.950/2016;
Ter o custo total de insumos vindos do exterior igual ou
inferior ao limite percentual do preço de exportação.
Esse número varia conforme a característica da
mercadoria.

30
Como solicitar Como resgatar o valor
o Reintegra? do Reintegra?
O ressarcimento pode ser solicitado junto à Receita Federal Após ter comprovado o direito ao Reintegra, a exportadora
até cinco anos após a data de exportação. O valor, contudo, pode solicitar o ressarcimento ou a restituição depois de
não sofre correção monetária. Por esse motivo, não é concluído o trimestre em que a transação foi realizada. O
vantajoso deixar o saldo acumular, mas sim solicitá-lo tão logo pedido deve ser encaminhado pelo programa PER/DCOMP.
for possível.
O benefício pode ser recebido em espécie ou aplicado para
Para isso, a empresa precisa possuir os registros de debitar saldos relativos a tributos com a Receita Federal.
exportação de acordo com os valores das notas fiscais
eletrônicas do período em questão. Os documentos devem
estar em conformidade com a Nomenclatura Comum do
Mercosul (Código NCM).

31
O QUE É RECOF Melhoria no desempenho financeiro da empresa por
meio da desoneração das obrigações tributárias;
De acordo com a Receita Federal do Brasil (RFB), o RECOF —
Diminuição dos custos logísticos;
Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob
Flexibilidade;
Controle Aduaneiro Informatizado — é o que permite que
Ganhos no fluxo de caixa no processo de vendas para o
empresas habilitadas possam importar ou adquirir produtos
mercado local;
do mercado interno destinados ao processo de
Facilidade no desembaraço;
industrialização para a exportação ou distribuição para o
Redução de inventário.
próprio mercado interno com suspensão do pagamento de
tributos.

Esse regime também permite que parte dos produtos


admitidos nesse processo, no estado em que foi importado
ou depois de submetido a processo de industrialização, seja
expedido para consumo. Os itens, no estado em que foram
importados, também poderão ser exportados, reexportados
ou destruídos.

O RECOF é fundamentado, atualmente, pela Instrução


Normativa RFB nº 1291/2012 e entre seus principais
benefícios podemos citar:

32
O que é RECOF-SPED?
O Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial, sob que são utilizados formulários digitais ao invés de
Controle Informatizado do Sistema Público de Escrituração documentos impressos.
Digital (RECOF-SPED), foi desenvolvido com a finalidade de
simplificar e facilitar a adesão de empresas ao regime. O uso de formulários digitais garante ganhos expressivos de
eficiência nesses procedimentos, o que facilita o seu uso de
Para facilitar essa adesão, o RECOF-SPED diminuiu o volume forma integrada com o Portal Único do Comércio Exterior.
mínimo anual de exportações e eliminou as exigências de Com isso, é esperado que mais empresas se motivem a
patrimônio líquido mínimo, como condições de ingresso no habilitar ao regime e maior celeridade nas análises realizadas
regime, antes exigidos pelo RECOF. Além do mais, o controle pela RFB.
é realizado por meio dos livros contábeis digitais — Sistema
Público de Escrituração Digital (SPED) — sendo esse um dos Para que as empresas interessadas se tornem beneficiárias do
requisitos para participar do regime. RECOF-SPED, é necessário atender aos requisitos
estabelecidos na Instrução Normativa RFB nº 1.612/2016 e na
Assim como no regime tradicional, essa modalidade também Portaria Coana nº 47/2016, além de passar por prévia
permite que as empresas beneficiárias possam importar ou habilitação pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
adquirir do mercado interno, com suspensão do pagamento
de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de
industrialização de produtos, partes ou peças destinadas à
exportação ou ao mercado interno.

Como vantagens, o regime apresenta agilidade e facilidade


no processo administrativo para adesão ao regime, uma vez

33
Quais são as condições Ser pessoa jurídica habilitada a operar no Comércio

para habilitação e
Exterior, de acordo com a Instrução Normativa RFB nº
1.603/2015, com exceção para as submodalidades

manutenção no regime?
limitada e expressa;
Ser optante do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), nos
termos da Instrução Normativa SRF nº 664/2006.
Somente a empresa habilitada na submodalidade ilimitada
do Siscomex poderá pleitear a habilitação do RECOF-SPED. A
habilitação será concedida em caráter precário, por meio de
Ato Declaratório Executivo (ADE) expedido pela unidade da
RFB responsável pela análise do pedido.

Os requisitos para que a empresa habilitada possa usufruir


dos benefícios fiscais do RECOF-SPED são os seguintes:

Ser fiscalmente regular perante a Fazenda;


Estar quite com as obrigações de entrega da
Escrituração Fiscal Digital (EFD);
Portar a autorização para o exercício da atividade
remetida pela autoridade Aeronáutica competente, se
for o caso;
Não ter se submetido ao regime especial de fiscalização
de que trata o art. 33 da Lei nº 9.43/1996, nos últimos 3
(três) anos;

34
Ser fiscalmente regular perante a Fazenda;
Estar quite com as obrigações de entrega da
Quais são as condições Escrituração Fiscal Digital (EFD);

para habilitação e
Portar a autorização para o exercício da atividade
remetida pela autoridade Aeronáutica competente, se

manutenção no regime?
for o caso;
Não ter se submetido ao regime especial de fiscalização
de que trata o art. 33 da Lei nº 9.43/1996, nos últimos 3
Somente a empresa habilitada na submodalidade ilimitada (três) anos;
do Siscomex poderá pleitear a habilitação do RECOF-SPED. A Ser fiscalmente regular perante a Fazenda;
habilitação será concedida em caráter precário, por meio de Estar quite com as obrigações de entrega da
Ato Declaratório Executivo (ADE) expedido pela unidade da Escrituração Fiscal Digital (EFD);
RFB responsável pela análise do pedido. Portar a autorização para o exercício da atividade
remetida pela autoridade Aeronáutica competente, se
Somente a empresa habilitada na submodalidade ilimitada for o caso;
do Siscomex poderá pleitear a habilitação do RECOF-SPED. A Não ter se submetido ao regime especial de fiscalização
habilitação será concedida em caráter precário, por meio de de que trata o art. 33 da Lei nº 9.43/1996, nos últimos 3
Ato Declaratório Executivo (ADE) expedido pela unidade da (três) anos;
RFB responsável pela análise do pedido. Ser pessoa jurídica habilitada a operar no Comércio
Exterior, de acordo com a Instrução Normativa RFB nº
Os requisitos para que a empresa habilitada possa usufruir 1.603/2015, com exceção para as submodalidades
dos benefícios fiscais do RECOF-SPED são os seguintes: limitada e expressa;
Ser optante do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), nos
termos da Instrução Normativa SRF nº 664/2006.

35
Já, para se manterem habilitadas no regime, as empresas
estarão condicionadas a seguirem as seguintes obrigações:

Exportar produtos industrializados obtidos pelos


processos de industrialização no valor mínimo, por ano,
de 80% do valor total dos produtos importados ao
amparo do regime, no mesmo período, e não abaixo de
US$ 5.000.000,00;
Aplicar, anualmente, pelo menos 80% dos itens
estrangeiros admitidos no regime na produção dos
bens que industrializar, ;
Entregar rotineiramente a Escrituração Fiscal Digital
(EFD);
Preservar de forma separada a escrituração fiscal das
operações desenvolvidas pelas companhias autorizadas
a operar o regime;
Lavrar o Livro de Registro de Controle da Produção e do
Estoque integrante da EFD.

36
Drawback
A função do Drawback é simples: suspender ou eliminar
impostos que incidem sobre insumos utilizados por
exportadoras para fabricar suas mercadorias. A desoneração
de materiais usados na produção reduz o custo final da
mercadoria e, consequentemente, a deixa mais competitiva.
Existem duas categorias oferecidas pelo governo às empresas
brasileiras: isenção e suspensão.

Drawback Isenção
Como o nome sugere, no Drawback Isenção é realizada a desoneração
de produtos para a compra de insumos (importados ou nacionais) na
mesma quantidade ao utilizado no produto exportado.

Ou seja, nesta modalidade, a exportadora já realizou a produção e a


venda do produto ao estrangeiro e utilizará a isenção para reposição do
estoque. Não há necessidade de nova exportação com novas
matérias-primas adquiridas.

Esse sistema é considerado bastante complexo, pois requer que a


exportadora junte os documentos corretos para comprovar a
compra da matéria-prima e a consequente venda ao exterior.

37
Drawback Suspensão Drawback integrado suspensão
O Drawback Suspensão acontece antes da comercialização Aqui, o regime é aplicado para obtenção de produtos no
do produto com o estrangeiro. Ele é menos complicado e mercado interno ou na importação, podendo combiná-los ou
mais popular entre as exportadoras. A isenção é calculada por não, para utilização no processo de industrialização de
meio de uma previsão da quantidade que será vendida ao produtos a serem exportados, com a suspensão dos tributos
exterior. Por isso, a modalidade é indicada para exportadoras requeridos. Também se aplica em reparos, criação e cultivo de
que têm fases mais estáveis de vendas. produtos a serem exportados;

Outra vertente do Drawback é o Drawback Integrado, que


apresenta algumas especificidades: Drawback integrado isenção
Nesta modalidade, o regime é aplicado para obtenção de
Drawback integrado mercadorias equivalentes às utilizadas para industrialização,
Nesta modalidade, o prazo de vigência é contado no seja no mercado interno ou na importação, podendo
momento da autorização, não importando a data da primeira combiná-los ou não, para utilização no processo de
importação. Portanto, para os casos de drawback no módulo industrialização de produtos a serem exportados, tratando-se,
integrado, recomenda-se que seja prorrogado depois de portanto, de uma espécie de reposição de estoque,
obtido o primeiro deferimento. O pedido pode ser feito levando-se em conta a quantidade adquirida com
diretamente pelo sistema e a concessão é automática; pagamento de tributos.

38
Vantagens do Drawback:
Baixo custo de aquisição de matéria-prima importada
para fabricar produtos de exportação;
Acesso facilitado a produtos, muitas vezes, não
encontrados no mercado local;
Conseguir produzir mercadorias de alta qualidade, de
acordo com os padrões internacionais;
Manter-se competitivo frente ao mercado internacional;
Desenvolver o mercado local, pois muitas
matérias-primas e mão de obra local também são
empregadas.

39
ICMS
Imposto sobre produtos industrializados (IPI);
O ICMS é um imposto, de competência estadual, cobrado em Imposto sobre operações de câmbio (IOF);
todo o Brasil. A sigla é referente ao termo “Imposto sobre PIS;
Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Cofins;
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Taxa Siscomex;
Intermunicipal e de Comunicação”. Por ser um imposto de Marinha Mercante, no embarque marítimo;
caráter estadual, cada estado do país possui um número de Despesas aduaneiras;
alíquota característico, com adaptações, geralmente, anuais. Outras taxas e cobranças que forem aplicadas a cada
estado.
Toda mercadoria importada que chega ao país está
enquadrada no ICMS, ou seja, vai passar pela cobrança desse Considerando todos esses valores, de forma hipotética,
imposto, que, nesse caso, é justificado pelo desembaraço suponhamos que a soma final do fato gerador tenha
aduaneiro do produto, que é o fato gerador. A cobrança é feita resultado em R$ 1.000. Após isso, deve ser encontrada a base
para qualquer um, seja pessoa física ou jurídica, contribuinte de cálculo, que considera sempre a taxa ICMS do estado em
do ICMS habitualmente ou não. questão. Supondo que nesse exemplo a alíquota do estado
seja de 20%, deverá ser feito, primeiramente, o cálculo padrão,
Como é feito o cálculo? sempre utilizando o fator e a alíquota correspondente:

Uma das dúvidas mais recorrentes sobre o ICMS na 1.000 / (1 – 20) = 1.000 / (0,80) = R$ 1.250
importação é em relação ao cálculo necessário para se obter Somente após essa conta inicial deve ser aplicado o cálculo
o valor do imposto a ser pago. É considerado o estado do direto com a alíquota em questão (20%):
destinatário e não onde o desembaraço aduaneiro foi feito. O
cálculo do ICMS leva em consideração:
R$ 1.250,00 x 20 % = R$ 250,00
Valor declarado do produto no documento de
Sendo assim, nesse caso o valor do ICMS sobre importação
importação;
será de R$ 250,00.
Valor dos impostos de importação;

40
Imposto de importação IPI
É um imposto federal, que também é pago nos casos de
O imposto tem como objetivo regular o comércio
importação (além dos produtos que são produzidos aqui no
internacional dentro dos países. Como o próprio nome
Brasil). Ele apresenta incidência em todos os produtos, sejam
sugere, é um imposto exclusivo para importação, que pode
eles nacionais ou estrangeiros.
recair sobre mercadorias e, também, sobre a bagagem de um
viajante. A alíquota vai de zero até 35%, dependendo do NCM
O percentual cobrado segue as regras da tabela do IPI e
do produto que está sendo importado. A alíquota desse
depende do NCM da mercadoria que está sendo importada.
imposto é determinada tendo como base principal a Tarifa
Externa Comum (TEC) do Mercosul.
Produtos destinados, especifamente, à exportação possuem
imunidade quanto ao IPI.
Imposto de exportação
De acordo com a Constituição Federal, o Imposto de PIS
Exportação é de responsabilidade da União. É cobrado a É uma contribuição federal voltada para fins sociais dentro do
partir do momento em que há a saída de produto nacional ou Brasil. Em relação à importação, a alíquota é de cerca de 2%.
nacionalizado do território do país.

Mesmo havendo diversos incentivos para a exportação, esse


imposto de exportação apresenta teor obrigatório. A base
COFINS
desse cálculo é o valor da mercadoria que está sendo A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
exportada. (Cofins) também é um tributo voltado para fins sociais. A
alíquota cobrada é de, em média, 9% e não varia muito entre
O órgão responsável por decidir o valor da alíquota do os produtos importados.
imposto é a Câmara de Comércio Exterior.

41
Acordos bilaterais
É importante lembrar que, para usufruir dos acordos citados,
As empresas que praticam atividades de importação ou
é necessário que todos os documentos estejam alinhados
exportação devem verificar com o importador todas as
entre os países.
exigências que constam nas leis do país no qual a empresa
importadora está localizada. O Brasil possui alguns acordos
bilaterais com outros países, que podem trazer benefícios no
momento da exportação. São eles:
Preferência Tarifária Regional entre países da ALADI;
Acordo de Sementes entre países da ALADI;
Acordo de Bens Culturais entre países da ALADI;
Brasil – Uruguai;
Brasil – Argentina;
Mercosul;
Mercosul – Chile;
Mercosul – Bolívia;
Brasil – México;
Mercosul – México;
Automotivo Mercosul – México;
Mercosul – Peru;
Mercosul – Colômbia, Equador e Venezuela;
Brasil/Guiana/São Cristóvão e Névis;
Brasil – Suriname;
Brasil – Venezuela;
Mercosul – Colômbia;
Mercosul – Cuba;
Mercosul/ Índia;
Mercosul/ Israel;
Mercosul/ SACU;
Mercosul/Egito.

42
Como sua empresa Com a aplicação dessas vantagens, a empresa exportadora
consegue reduzir o custo de produção e, consequentemente,

pode aproveitar
torna-se mais competitiva ao oferecer uma mercadoria com
preço mais atrativo para o mercado externo.

os incentivos fiscais
na exportação?
Por desconhecimento das regras, subaproveitamento dos
incentivos ou por receio de exposição fiscal, muitas empresas
não aproveitam as vantagens dos incentivos fiscais
concedidas pelo Governo Federal.

A primeira ação a ser feita para usufruir dos benefícios fiscais


para exportação é conhecer detalhadamente a legislação
brasileira.

Além de contar com uma equipe interna capacitada, a


exportadora deve contratar o apoio de consultorias
especializadas em gestão tributária e em Comércio Exterior.

43
Conclusão
Os processos logísticos passaram de diversas documentações
até chegar na tela do seu computador para serem feitos com
apenas um clique. E isso é apenas o começo da
modernização aduaneira.

Para manter as suas mercadorias competitivas no exterior,


acompanhando todos esses desenvolvimentos, a utilização de
incentivo fiscal para exportação é uma alternativa viável para
empresas que desejam reduzir despesas de produção. A alta
burocracia que envolve tais operações, contudo, exige o apoio
de parceiros especializados na gestão de tributos e em
Comércio Exterior.

Por isso, conte com a assessoria da Tradeways ACE para ter o


melhor diagnóstico em tornar exequível seu projeto de
operação de Comércio Exterior com viabilidade econômica e
operacional e, com o apoio do nosso time de expertise,
conseguirá planejar suas ações conhecendo cada etapa da
cadeia logística com segurança e precisão.

44
SOBRE A
TRADEWAYS ACE
A Tradeways ACE desenvolve soluções integradas em comércio e
logística internacionais, assessorias e consultorias especializadas em
projetos de inteligência door to door como suporte ao supply chain
de empresas e de indústrias sob processos de importação,
exportação e nacionalização aduaneira interfaces no exterior. Nossa
missão é transcender a função de facilitador de serviços na área de
comércio internacional, ao estreitar as relações com os nossos
clientes, agregar valor aos seus negócios e objetivar a satisfação de
suas expectativas.
Rua Barão de Paranapanema ,146 Bloco A -9ºa cj.93/94
Bosque, Campinas - SP, 13026-900

Telefone: (19) 3255-0655

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