Cienmat - Aula 06 - Enc Unb - 2022 - 2

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Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

e-mail: claudiopereira@unb.br
ENC0268 – UnB
CIÊNCIA DOS MATERIAIS
•  Defeitos e Imperfeições
Prof. Dr. Cláudio Henrique Pereira e-mail: claudiopereira@unb.br

Defeitos e Imperfeições 3
Por quê estudar Imperfeições nos Sólidos?

•  As propriedades de alguns materiais são
profundamente influenciadas pela presença de
imperfeições.
Interferem significativamente em seus comportamentos globais!
CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Todos materiais contêm
imperfeições nos seus
arranjos atômicos.
“Sólido Ideal Não Existe”
e-mail: claudiopereira@unb.br
Material Didático de uso exclusivo dos alunos matriculados na disciplina de Ciência dos Materiais (ENC/UnB)
Estruturas Cristalinas 4
Reticulado Cristalino
¡  Representação esquemática da ligação iônica para

o cloreto de sódio (NaCl)
e-mail: claudiopereira@unb.br CIÊNCIA DOS MATERIAIS_ENC0268 – UnB
5
Imperfeições Estruturais nos Cristais
DEFEITO É UMA INPERFEIÇÃO OU UM

“ERRO” NO ARRAMJO PERIÓDICO
REGULAR DOS ÁTOMOS/ÍONS EM
UM CRISTAL
•  Todos os cristais reais apresentam inúmeros defeitos

(imperfeições na sua estrutura).
Imperfeições Estruturais nos Cristais 6
¡  A quantidade e o tipo de imperfeições depende da forma

que o cristal foi formado.
¡  Os defeitos modificam o comportamento, ou seja, as
propriedades do material.
¡  Portanto, através da introdução de defeitos, controlando o
número e o arranjo destes, é possível desenvolver novos
materiais com as características desejadas.
Tipo e o número de defeitos dependem:

ü  Do material
ü  Das técnicas de processamento do material
ü  Do meio ambiente
Imperfeições nos Cristais

7
¡  Tipos de imperfeições:
¡  Defeitos pontuais;
¡  Defeitos de linha ou discordâncias; e
¡  Defeitos de superfícies ou planares.

Imperfeições no Cristais
8
¡  Defeitos Pontuais (dimensão “zero”)

¡  Caracterizados por descontinuidades localizadas que
se formam no reticulado cristalino envolvendo uma ou
duas/várias posições atômicas;
¡  Decorrentes do movimento atômico

¡  Aquecimento do cristal;
¡  Impurezas;
¡  Criados intencionalmente através de ligas.

Imperfeições no Cristais 9
- Defeitos Pontuais
¡  Vazios (vacância ou lacunas)
¡  Falta de um ou mais átomos do reticulado;
vazio ou
lacuna
vazio ou
lacuna
•  SÃO ESSENCIAIS EM PROCESSOS DE DIFUSÃO

•  QUANTIDADE AUMENTA COM A TEMPERATURA
Imperfeições no Cristais 10
- Defeitos Pontuais
¡  Impurezas Intersticiais (átomo intersticial)
¡  Átomos de soluto inseridos nos interstícios entre os átomos dos solventes
•  SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTÍCIAIS

11
- Defeitos Pontuais
¡  Impureza Substutucional (átomo substitucional)
¡  Átomos de soluto substitui átomos de solvente do reticulado
•  SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS

12
- Defeitos Pontuais

13
- Defeitos Pontuais
¡  Defeito de Frenkel
¡  Íon se desloca de sua posição original no reticulado para ocupar um
interstício no cristal, deixando vazia a sua posição original.
•  OCORRE EM SÓLIDOS IÔNICOS

14
- Defeitos Pontuais
¡  Defeito de Schottky
¡  Vazio gerado não pela saída de um átomo, mas sim pela ausência de um
par de íons de cargas elétricas opostas. Envolve a falta de um ânion e/ou
um cátion
•  PRESENTE EM COMPOSTOS QUE TEM QUE MANTER O BALANÇO DAS CARGAS

15
- Defeitos Pontuais
¡  A neutralidade elétrica tende a ser respeitada
¡  Defeitos de Schottky: Lacuna aniônica + lacuna catiônica
¡  Defeito de Frenkel: Cátion intersticial + lacuna catiônica

16
¡ Defeitos Lineares – Discordâncias
¡ Defeitos lineares ou unidimensional em torno do

qual alguns átomos estão desalinhados;
¡ Tipos principais de discordâncias:

¡  Discordância em Cunha ou Aresta;
¡  Discordância Helicoidal ou Em Espiral.

Ilustração esquemática 17
de um reticulado cristalino:

18
¡ Discordância em Cunha ou Aresta;
¡  Ocorrência de um meio-plano extra de átomos inserido

entre planos de átomos em um cristal;
¡  Originada quando há uma pequena diferença de

orientação de partes adjacentes do cristal em
crescimento, podendo um plano extra ser introduzido
ou eliminado;

Ilustração de Discordância em Arestas 19
(cunha)‫‏‬

20

¡ Discordância Helicoidal ou Espiral
¡  Átomos e células unitárias são acrescidas de modo

que, ao se observar o cristal em seu plano
cristalográfico e ao proceder a um movimento circular
sobre a superfície de topo, o ponto final deste
movimento circular completo estaria a um nível acima
ou abaixo em relação ao ponto de partida;
¡  O movimento circular na superfície de topo do cristal é,

na realidade um movimento helicoidal ou em espiral.
Ilustração das Discordância

21
Helicoidal ou em Espiral

22
Discordâncias
¡ Forte relação com as deformações plásticas
(permanentes) em sólidos cristalinos
¡  Discordâncias em Arestas
¡  Zonas de compressão e tração acompanhando o defeito.
¡  Discordâncias Helicoidais
¡  Tensões de cisalhamento acompanhando o defeito.
¡ Movimento das discordâncias explica o

escorregamento dos cristais que por sua vez, esclarece
o escoamento e a ductilidade dos materiais metálicos.
23

¡ Defeitos de Superfícies ou Planares
¡  Relacionados com limites ou fronteiras dos materiais, os
quais separam regiões planares do material em partes
distintas quanto à orientação dos cristais, muito
embora seja resguardada a mesma estrutura cristalina
em todo o sólido.
¡  Defeitos de superfície
¡ Superfície do Material;
¡ Contorno dos Grãos.
24

¡ Superfície do Material
¡  Região do material onde o reticulado cristalino termina

abruptamente.
¡  Átomos não tem coordenação atômica adequada:

¡  Ligação atômica incompleta
¡  Vizinhos apenas de um lado.
¡  Superfície externa dos materiais é mais reativa do que sua

parte interna.

25
Átomos Superficiais

26
¡ Estruturas monocristalinas e policristalinas
¡ Sólido Cristalino
¡  Arranjo periódico e repetido dos átomos e perfeito ou se estende
ao longo da totalidade da amostra
¡  Estrutura Monocristalina.
¡ Maioria dos Sólidos Cristalinos

¡  Composta por um conjunto de muitos cristais pequenos ou grãos;
¡  Estrutura Policristalina.
27

¡ Grãos
¡ Partes da superfície do material em que existe

homogeneidade quanto à orientação dos cristais
¡  Dentro de um grão o arranjo atômico é sempre o mesmo.
¡ Entre essas várias partes homogêneas da

superfície do material, há um tênue região de
fronteira que representa a transição entre grãos
¡  Contorno de grão.

Diagramas esquemáticos dos vários
28
estágios de solidificação de um
material policristalino

29
Contorno dos Grãos
¡ Empacotamento atômico desses átomos é menos

eficiente do que o dos átomos do interior do grão.
ü Átomos com maior energia e mais reativos.
¡ Quando essa superfície é atacada, esses átomos do

contorno são dissolvidos mais rapidamente:
¡  Artifício usado nas avaliações metalográficas;
¡  Favorecimento da difusão atômica nessa região.

30
Contornos dos Grãos

31
Contornos dos Grãos

CONTORNOS DOS GRÃOS:
32
Efeito na resistência dos materiais

Quando uma discordância encontra um
contorno de grão ela tem que mudar de
direção já que o sistema de
escorregamento também muda. Além
disso, a região do contorno, de 2 a 10 Å,
é conturbada onde os átomos não tem
uma organização definida.
Assim quanto menores os tamanhos de
grãos mais contorno estarão no caminho
da discordâncias, necessitando de mais
força de cisalhamento sobre os planos
para realizar a deformação plástica.
O material fica mais resistente.

OBRIGADO!
CIEMNAT (ENC/FT – UnB) – V.1/2022


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Por quê estudar Imperfeições nos Sólidos?

Interferem significativamente em seus comportamentos globais!

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¡ Representação esquemática da ligação iônica para

DEFEITO É UMA INPERFEIÇÃO OU UM

• Todos os cristais reais apresentam inúmeros defeitos

Imperfeições Estruturais nos Cristais 6

¡ A quantidade e o tipo de imperfeições depende da forma

Tipo e o número de defeitos dependem:

Imperfeições nos Cristais

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

¡ Defeitos Pontuais (dimensão “zero”)

¡ Decorrentes do movimento atômico

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

• SÃO ESSENCIAIS EM PROCESSOS DE DIFUSÃO

• SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTÍCIAIS

• SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

• OCORRE EM SÓLIDOS IÔNICOS

• PRESENTE EM COMPOSTOS QUE TEM QUE MANTER O BALANÇO DAS CARGAS

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Imperfeições nos Cristais

¡ Defeitos Lineares – Discordâncias

¡ Defeitos lineares ou unidimensional em torno do

¡ Tipos principais de discordâncias:

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Imperfeições nos Cristais

¡ Discordância em Cunha ou Aresta;

¡ Ocorrência de um meio-plano extra de átomos inserido

¡ Originada quando há uma pequena diferença de

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Ilustração de Discordância em Arestas 19

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Imperfeições nos Cristais

¡ Átomos e células unitárias são acrescidas de modo

¡ O movimento circular na superfície de topo do cristal é,

Ilustração das Discordância

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

¡ Movimento das discordâncias explica o

Imperfeições nos Cristais

Imperfeições nos Cristais

¡ Região do material onde o reticulado cristalino termina

¡ Átomos não tem coordenação atômica adequada:

¡ Superfície externa dos materiais é mais reativa do que sua

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Imperfeições nos Cristais

¡ Estruturas monocristalinas e policristalinas

¡ Maioria dos Sólidos Cristalinos

Imperfeições nos Cristais

¡ Partes da superfície do material em que existe

¡ Entre essas várias partes homogêneas da

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Prof. Dr. Claudio Henrique de A. F. Pereira

Contorno dos Grãos

¡ Empacotamento atômico desses átomos é menos

¡ Quando essa superfície é atacada, esses átomos do

•  O conteúdo aqui publicado é uma versão preliminar das exposições de aula.

¡  Representação esquemática da ligação iônica para

•  Todos os cristais reais apresentam inúmeros defeitos

¡  A quantidade e o tipo de imperfeições depende da forma

¡  Defeitos Pontuais (dimensão “zero”)

¡  Decorrentes do movimento atômico

•  SÃO ESSENCIAIS EM PROCESSOS DE DIFUSÃO

•  SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTÍCIAIS

•  SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS

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¡ Defeitos Lineares – Discordâncias

¡ Defeitos lineares ou unidimensional em torno do

¡ Tipos principais de discordâncias:

¡ Discordância em Cunha ou Aresta;

¡  Ocorrência de um meio-plano extra de átomos inserido

¡  Originada quando há uma pequena diferença de

¡  Átomos e células unitárias são acrescidas de modo

¡  O movimento circular na superfície de topo do cristal é,

¡ Movimento das discordâncias explica o

¡  Região do material onde o reticulado cristalino termina

¡  Átomos não tem coordenação atômica adequada:

¡  Superfície externa dos materiais é mais reativa do que sua

¡ Estruturas monocristalinas e policristalinas

¡ Maioria dos Sólidos Cristalinos

¡ Partes da superfície do material em que existe

¡ Entre essas várias partes homogêneas da

¡ Empacotamento atômico desses átomos é menos

¡ Quando essa superfície é atacada, esses átomos do