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CIÊNCIA DOS MATERIAIS

•  Classificação dos Fluidos

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Reologia
Ciência do Fluxo: 3

Estuda a Deformação e o Escoamento de corpos sólidos ou fluidos


(gases ou líquidos) submetido a esforços externos.

Caracteriza o comportamento do fluido sob uma variedade de


condições, incluindo os efeitos da temperatura, pressão e taxa de
deformação.
IMPORTÂNCIA:
•  Dimensionamento de bombas e tubulações, agitadores, trocadores de
calor, homogeneizadores...
•  No controle de qualidade do produto (intermediário e final) e na
verificação do prazo de validade
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REOLOGIA
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¡ Formas de avaliação da reologia


¡  consiste em desenvolver expressões matemáticas,
que possam descrever os fenômenos reológicos sem
fazer maiores referências as suas causas;
¡  consiste em correlacionar o comportamento
mecânico observado, com a estrutura interna
detalhada do material em questão.

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REOLOGIA
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¡ exerce influência fundamental na determinação dos


critérios de controle dos processos das indústrias das
várias classes de materiais de engenharia.

ü  Metais
ü  Cerâmicas
ü  Polímeros
- ETAPAS DO PROCESSO
ü  Compósitos Conformação dos Componentes
ü  Vidros

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REOLOGIA
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¡  Descreve a deformação de um corpo (sólidos,


líquidos ou gases) sob a influência de tensões.

Sólidos Ideais se deformam elasticamente. A energia requerida para a


deformação é completamente recuperada quando a tensão é removida;

Fluidos Ideais, tais como líquidos e gases, deformam-se irreversivelmente,


eles fluem. A energia requerida para a deformação é dissipada sob a forma de
calor e não pode ser recuperada pela remoção da tensão.

Os materiais de engenharia não são nem sólidos ideais e nem fluidos ideais
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REOLOGIA
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¡ Os Corpos Reais não são nem sólidos ideais e nem


fluidos ideais.

•  Os sólidos reais também podem se deformar


irreversivelmente quando sob a influência de forças de
magnitude suficiente – eles fluem.

•  A grande maioria dos líquidos apresentam um


comportamento reológico que os classifica em uma região
entre os líquidos e os sólidos – eles são elásticos e viscosos
e, por isso podem ser chamados de viscoelásticos.
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DEFORMAÇÃO X TEMPO
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¡  Ao avaliar o comportamento, deve se


considerar o tempo para que as deformações
(ou fluxos) ocorram
¡  SÓLIDOS ELÁSTICOS IDEAIS – infinito

¡  FLUIDOS (água) – quase zero

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9
CONCEITO DE VISCOSIDADE

A viscosidade, que pode ser definida como a quantidade


de atrito ou resistência que existe para que uma
determinada substância flua.

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CONCEITO DE VISCOSIDADE
10

Nos fluidos as deformações envolvem escoamentos,


normalmente irreversíveis
•  exceção – viscoelásticos

ü  deformação mais usual: cisalhamento simples

MOVIMENTO RELATIVO DAS CAMADAS OU


MOLÉCULAS DEVIDO À FORÇA EXTERNA
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CONCEITO DE VISCOSIDADE
11

•  MODELO DE PLACAS PARALELAS

Placa - Movimento
com área de cisalhamento A em contato
com o líquido

Líquido Cisalhado

Placa Estacionária (fixa)


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CONCEITO DE VISCOSIDADE
12

•  MODELO DE PLACAS PARALELAS

v
GRADIENTE DE VELOCIDADE
H
y
tanto maior quanto maior
a força externa

p/ mesma
dv/dy = V/H viscosidade
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TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM 13

SÓLIDOS IDEAIS

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TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM 14

SÓLIDOS IDEAIS

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TENSÃO DE CISALHAMENTO 15

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TAXA DE CISALHAMENTO 16

¡  A tensão de
cisalhamento conduz o
fluido para o perfil de
fluxo.
¡  A velocidade máxima
se encontra na
camada superior (vmáx)
¡  O gradiente de
velocidade (taxa de
cisalhamento) é
definido como um
diferencial (velocidade
pela distância y)
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PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM A
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VISCOSIDADE

¡  S – natureza físico-química da substância


(suspensão, óleo, pasta, polímero fundido, etc.)

¡  T – temperatura (diminui com a temp.)


¡  P – pressão (aumenta a viscosidade)
¡  ᵞ - taxa de cisalhamento

¡  t – tempo
¡  E – campo elétrico (fluídos eletroviscosos)

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Fluidos
Classificação dos
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19

Esquema de classificação dos fluidos segundo


comportamento reológico
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FLUIDO NEWTONIANO
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Isaac Newton estabeleceu a existência de uma relação


linear entre a força aplicada sobre um fluido e a
resposta dele a esta força.

ü  Fluido puramente viscoso

Gases e todos os sistemas homogêneos e monofásicos formados por


substâncias de baixo peso molecular (ou de misturas dessas substâncias)
Exemplos:, água, leite, soluções de sacarose, óleos vegetais, etc.
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FLUIDO NEWTONIANO
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É um fluido em que cada componente da velocidade é


proporcional ao gradiente de velocidade na direção normal a essa
componente.
ü  A constante de proporcionalidade é a viscosidade.
O comportamento newtoniano indica que a viscosidade do
fluido é independente da taxa de deformação a que ele está submetido.
Possui um único valor de viscosidade, em uma dada temperatura.
τ
dv
τ = µγ = µ
η dy

γ!
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FLUIDO NÃO NEWTONIANO


22

Não apresentam taxa de deformação diretamente


proporcional à tensão de cisalhamento aplicada sob uma
determinada área.

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FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

São aqueles cujas propriedades reológicas independem do tempo


de aplicação da tensão de cisalhamento.
São ainda divididos em:

A)  Sem tensão inicial


B)  Com tensão inicial
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

A) Sem tensão inicial – são aqueles que não necessitam de uma tensão
de cisalhamento inicial para começarem a escoar. Compreendem a
maior parte dos fluidos não newtonianos.
Dentro desta classe destacam-se:

•  Pseudoplásticos

•  Dilatentes
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

A)  Sem tensão inicial

Pseudoplásticos
São substâncias que, em repouso, apresentam suas moléculas
em um estado desordenado, e quando submetidas a uma tensão de
cisalhamento, suas moléculas tendem a se orientar na direção da força
aplicada. E quanto maior esta força, maior será a ordenação e,
consequentemente, menor será a viscosidade aparente.

Ex.: polpa de frutas, caldos de fermentação, melaço de cana.


FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

A)  Sem tensão inicial

Dilatantes
São substâncias que apresentam um aumento de viscosidade
aparente com a tensão de cisalhamento. No caso de suspensões, à
medida que se aumenta a tensão de cisalhamento, o líquido intersticial
que lubrifica a fricção entre as partículas é incapaz de preencher os
espaços devido a um aumento de volume que frequentemente
acompanha o fenômeno. Ocorre, então, o contato direto entre as
partículas sólidas e, consequentemente, um aumento da viscosidade
aparente.

Exemplos: suspensões de amido, soluções de farinha de milho e


açúcar, silicato de potássio e areia.
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

B) Com tensão inicial – são os que necessitam de uma tensão de


cisalhamentos inicial para começarem a escoar.
Dentre os fluidos desta classe se encontram:

•  Plásticos de Bingham
•  Herschel-Bulkley
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

B) Com tensão inicial

Plásticos de Bingham
Este tipo de fluido apresenta uma relação linear entre a tensão
de cisalhamento e a taxa de deformação, a partir do momento
em que se atinge uma tensão de cisalhamento inicial.

Exemplos: fluidos de perfuração de poços de petróleo, algumas


suspensões de sólidos granulares.
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
INDEPENDENTES DO TEMPO

B) Com tensão inicial

Herschel-Bulkley
Também chamado de Bingham generalizado.
Este tipo de fluido também necessita de uma tensão inicial para
começar a escoar.
Entretanto, a relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de
deformação não é linear.
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
DEPENDENTES DO TEMPO
Os fluidos que possuem este tipo de comportamento apresentam
propriedades que variam, além da tensão de cisalhamento, com o tempo
de aplicação desta tensão, para uma velocidade de cisalhamento
constante.
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
DEPENDENTES DO TEMPO
A) Tixotrópicos
Esta classe de fluidos tem sua viscosidade diminuída com o
tempo de aplicação da tensão de cisalhamento, voltando a ficar mais
viscosos com quando esta cessa.

Ex.: suspensões concentradas, emulsões, soluções protéicas,


petróleo cru, tintas, ketchup.

Apresentam um decréscimo reversível no tempo da força tangencial necessária


para manter uma taxa de deformação constante, a uma temperatura constante.
FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
DEPENDENTES DO TEMPO

B) Reopéticos
Já este tipo de fluido apresenta um comportamento inverso ao dos
tixotrópicos.
Desta forma, a viscosidade destes fluidos aumenta com o tempo de
aplicação da tensão, retornando à viscosidade inicial
quando esta força cessa.

Ex.: argila bentonita.

Os ciclos de histereses destas substâncias dependem da velocidade de mudança


da taxa de deformação.
Viscoelásticos
  Exibem muitas características de sólidos;
  São substâncias que apresentam propriedades viscosas e
elásticas acopladas.
  Quando cessa a tensão de cisalhamento ocorre uma certa
recuperação da deformação.
§  Exemplos: massas de farinha de trigo, gelatinas, queijos, etc.

•  memória elástica
•  comportamento governado por fortíssimas
interações intermoleculares que se movem ao longo
da molécula sob deformação
•  redes temporárias flexíveis e elásticas
Viscoelásticos

São fluidos que possuem características de líquidos viscosos com


propriedades elásticas (Modelo de Maxwell) e de sólidos com propriedades
viscosas (Modelo de Kelvin-Voigt), ou seja, possuem propriedades elásticas
e viscosas acopladas. Estas substâncias quando submetidas à tensão de
cisalhamento sofrem uma deformação e quando esta cessa, ocorre uma
certa recuperação da deformação sofrida (comportamento elástico).

  Exibem muitas características de sólidos;


  São substâncias que apresentam propriedades viscosas e elásticas
acopladas.
  Quando cessa a tensão de cisalhamento ocorre uma certa recuperação
da deformação.

§  Exemplos: massas de farinha de trigo, gelatinas, queijos, etc.


FASES E 36

TRANSFORMAÇÕES DE
FASE

_____________________________ C i ê n c i a dos Materiais

UnB | P Ó S G R A D U A Ç Ã O E M E S T R U T U R A S E C O S T R U Ç Ã O C I V I L | P r o f. C l a u d i o H e n r i q u e P e r e i r a

Aula 08

CIÊNCIA DOS MATERIAIS


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Estados Físicos ou
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37

Estados da Matéria

¡  Os estados físicos são a forma como a


matéria se apresenta na natureza.
¡  Normalmente são considerados cinco
estados da matéria: sólido, líquido, gasoso,
plasma e condensado de Bose-Einstein.

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Estados da Matéria
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38

¡  Sólidos: microscopicamente os átomos apresentam posição


relativamente fixa (velocidade baixa ou nula das partículas), o que
resulta em forma e volume definidos macroscopicamente.

¡  Líquido: microscopicamente os átomos têm certa liberdade de


movimentação, o que permite que macroscopicamente ele tenha
volume definido, mas forma variável.

¡  Gasoso: aqui a matéria tem alta movimentação (microscopicamente),


porém, porém não apresentam forma ou volume definidos.

¡  Plasma: ocorre quando a temperatura de um gás é tão alta que supera


a energia de ligação entre os átomos da matéria.

¡  Condensado de Bose-Einstein: ocorre quando um gás, com baixa


densidade, é resfriado até quase o zero absoluto.

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Transformações de Estados Físicos


39

¡  Os estados da matéria constantemente sofrem


transformações (também chamadas de transição de
fase ou de mudança do estado físico) ocorridas devido
a alteração de pressão, temperatura ou os dois.
São elas:

Fusão: transformação do sólido para o líquido.


Solidificação: transformação do líquido para o sólido.
Vaporização: transformação do líquido para o gasoso.
Condensação ou liquefação: transformação do gasoso
para o líquido.
Sublimação: transformação do sólido para o gasoso.
Ressublimação: transformação do gasoso para o sólido.
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40

Transformação de Fase

¡  Transformação de fase é a alteração no


número de fases e/ou na natureza da fase
que envolve alguma alteração na micro
estrutura.

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Tipos de Transformações de Fase
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41

¡  Aquelas que dependem de difusão, onde não há


alteração no número nem na composição das
fases presentes.
(solidificação, transformações alotrópicas,
recristalização e crescimento de grão)
¡  Aquelas que dependem de difusão, envolvendo,
entretanto, alguma alteração na composição da
fase e, frequentemente, no número de fases
também.
¡  Aquelas que não dependem da ocorrência de
difusão, resultando numa fase metaestável.

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Diagrama de Fases
O diagrama de fases é um gráfico que
representa as transformações entre os
estados da matéria.
¡  O gráfico contém simultaneamente as curvas da
variação das temperaturas de ebulição,
solidificação e de sublimação de determinada
substância química em função da pressão de
vapor.
Toda substância possui seu
diagrama de fases, com seu
ponto triplo (T) e suas curvas.
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Diagrama de Fases 43

¡  Permite visualizar como a temperatura e a pressão estão relacionadas


(diretamente) com as mudanças dos estados físicos

Região Líquido: mostra quais


condições de temperatura e pressão
para que o estado líquido seja o mais
estável e, consequentemente,
predominante.

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Diagrama de Fases 44

¡  Permite visualizar como a temperatura e a pressão estão relacionadas


(diretamente) com as mudanças dos estados físicos

Região Vapor: mostra quais condições


de temperatura e pressão para que o
estado gasoso seja o mais estável
(predominante).

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Diagrama de Fases 45

¡  Permite visualizar como a temperatura e a pressão estão relacionadas


(diretamente) com as mudanças dos estados físicos

Região Sólido: mostra quais condições


de temperatura e pressão para que o
estado sólido seja o predominante,
mais estável.

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Diagrama de Fases 46

¡  Permite visualizar como a temperatura e a pressão estão relacionadas


(diretamente) com as mudanças dos estados físicos

Região Sólido: mostra quais condições


de temperatura e pressão para que o
estado sólido seja o predominante,
mais estável.

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Diagrama de Fases 47

¡  Permite visualizar como a temperatura e a pressão estão relacionadas


(diretamente) com as mudanças dos estados físicos

Ponto triplo. Nele teremos as condições


necessárias de temperatura e pressão
para que os estados líquido, sólido e
gasoso existam ao mesmo tempo.
Ponto crítico, e é nele onde limitamos o
estado gasoso, ou seja, a partir dele as
substâncias se transformam em gás.

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48

Diagrama de Fases
Em um diagrama de fases
podemos verificar que:
¡ no ponto triplo coexistem
as três fases do equilíbrio;
¡ na curva de solidificação
coexistem a fase sólida e
a fase líquida;
¡ na curva de sublimação
coexistem a fase sólida e
a fase vapor;
¡ na curva de ebulição
coexistem a fase líquida
e a fase vapor.
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49

Diagrama de Fases
Ainda em relação ao
diagrama de fases:
¡  toda região à esquerda das
curvas de solidificação e de
sublimação existe somente na
fase sólida;
¡  toda região entre as curvas de
solidificação e de ebulição
existe somente na fase líquida;
¡  toda região à direita das
curvas de ebulição e de
sublimação existe somente na
fase de vapor.

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50

Diagrama de Fases
¡ Substâncias simples que sofrem fenômenos como
a alotropia também possuem seu diagrama de
fases. É o caso do carbono, que possui os
alótropos com diferentes formas geométricas, o
carbono grafite e o carbono diamante.
Sabe-se que é possível transformar grafite em
diamante de acordo com estudos realizados sobre
o diagrama de fases do carbono.
O grafite pode ser transformado em diamante catalisado por crômio a uma
temperatura de 2000°C e pressão de 100mil atm (equivalente à pressão no
subsolo a uma profundidade de 33Km). Este processo pode ser feito em
laboratórios especializados e leva cerca de 5 minutos.
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Sistema Cristalino - Alotropia
¡  Alotropia ou Polimorfismo
¡  Diferentes formas cristalinas que um sólido cristalino
51
pode assumir, mantendo a mesma composição química
¡  Função da temperatura e pressão
¡  Interesse no contexto tecnológico
¡  Propriedades podem alterar dependendo da forma
alotrópica vigente.
¡  Exemplo:
¡  Grafita e Diamante
¡  Polimorfos do carbono.

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Sistema Cristalino - Alotropia
52

¡  Geralmente as transformações polimórficas são acompanhadas de


mudanças na densidade e mudanças de outras propriedades físicas
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53

Ponto de Congelamento
¡ Para que uma substância passe da fase
líquida para a sólida, as suas moléculas
precisam perder energia cinética (energia do
movimento).
¡  Então, deve haver a diminuição da
temperatura.
Lembre-se que a temperatura está ligada ao
agitamento das moléculas.
Entre as substâncias com mesmo tipo de ligação intermolecular, o ponto
de solidificação será mais baixo naquela que possuir menor massa molar.
Isto porque quanto menor a massa molar da substância, maior é a
mobilidade das suas moléculas (energia cinética).
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54

Ponto de Congelamento
Entre as substâncias com mesmo tipo de
ligação intermolecular, o ponto de
solidificação será mais baixo naquela que
possuir menor massa molar. Isto porque
quanto menor a massa molar da
substância, maior é a mobilidade das suas
moléculas (energia cinética).
¡ Em moléculas de diferentes ligações intermoleculares,
o ponto de solidificação será mais baixo nas
substâncias que tiverem a ligação mais fraca.
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OBRIGADO!

CIEMNAT (ENC/FT – UnB) – V.1/2022

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