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seu roteiro excelente, elenco incrível, uma ótima cinematografia e um perfeito protagonista
para essa história, Benoit Blanc. Glass Onion consegue carregar a mesma qualidade que seu
antecessor, mas seu principal mérito é como consegue subverter suas próprias regras.
Rian Johnson retorna à cadeira de diretor e roteirista com seu novo filme Glass Onion,
sequência do filme, Entre Facas e Segredos. Ambientado em uma ilha particular de um
bilionário, Benoit Blanc (Daniel Craig) começa a investigar um possível assassinato que
acontecerá e no caminho era desenrolar uma teia de segredos e conspirações.
O primeiro filme já foi uma excelente subversão das histórias de detetives, como as de
Agatha Christie. O que Glass Onion corria o risco, era de acabar caindo em uma fórmula e
que suas revelações não tivessem o mesmo impacto. Como Rian Johnson entendeu essa
possibilidade, ele consegue novamente dar um novo ar para a história e ainda inovar sob ela.
Os Disruptores
Essa faceta do personagens, assim como o cenário, estão amarrados no título do filme Glass
Onion (Cebola de Vidro). Apesar de uma cebola de vidro ter várias e várias camadas
cobrindo-a, seu interior ainda é facilmente visto por fora, o que também vale para aquelas
figuras no longa. Mesmo eles se cobrindo de várias camadas, no fim, quem aquelas pessoas
são é facilmente vista por fora, são narcisistas.
A edição no filme segue perfeita com o retorno do Bob Ducsay, que também foi encarregado
dela no primeiro Entre Facas e Segredos. Temos a volta daquelas cenas que se repetem, mas
sob perspectivas diferentes, porém, em Glass Onion ela acaba sendo usada um pouco a mais
do que o necessário.
E o roteiro?
Glass Onion pode não chegar ao mesmo patamar de roteiro que o primeiro, mas consegue
entregar uma excelente história. O filme não busca repetir a mesma história e piadas, mas sim
trazer um roteiro que é bem convidativo para quem não assistiu o primeiro filme, mas
recompensador para quem já viu o anterior.