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DESENHO
TÉCNICO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
DESENHO
TÉCNICO
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos de colorimetria / Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília :
SENAI/DN, 2012.
63 p. il. (Série Automotiva).
ISBN
CDU: 629.3.02
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
Referências............................................................................................................................................................................65
Minicurrículo da Autora...................................................................................................................................................67
Índice......................................................................................................................................................................................69
Introdução
Olá!
Nesta unidade curricular serão desenvolvidas habilidades para interpretação do desenho
técnico arquitetônico, que consiste no documento físico utilizado pelo profissional para com-
preender as características do trabalho a ser desenvolvido e executado.
Além disso, você aprenderá a interpretar as normas técnicas oficiais. Esse conhecimento
ajudará você a realizar seu trabalho com qualidade e padrão.
A capacidade para leitura e interpretação de um projeto amplia o raciocínio lógico e es-
pacial do profissional. Desenvolvendo habilidade para leitura do desenho técnico, normas e
textos, o profissional exerce sua capacidade de interação com toda equipe e estabelece um
relacionamento profissional mais dinâmico e colaborativo, conferindo-lhe também melhores
resultados e satisfação profissional.
A Unidade Desenho Técnico compõe o módulo básico comum a dois cursos de qualificação
da área de telecomunicações oferecidos pelo SENAI. São eles: Instalador de Cabos e Equipa-
mentos de redes Telefônicas e Instalador de Linhas e aparelhos de Telecomunicações.
O quadro a seguir apresenta o módulo básico dos cursos relacionados acima e a distribui-
ção de sua carga horária:
CARGA
UNIDADES CARGA
MÓDULOS DENOMINAÇÃO HORÁRIA DO
CURRICULARES HORÁRIA
MÓDULO
• Fundamentos de Documentação Técnica 60h
Fonte: SENAI DN
Bons estudos!
Materiais Básicos de Desenho Técnico
Você já deve ter desenhado muito à mão livre, certo? Desenhos técnicos também podem
ser feitos à mão livre. Mas para isso são utilizados vários materiais. São réguas, mesas e outros
produtos que permitem ao projetista, desenhista ou outro auxiliar interagir com o desenho de
forma dinâmica e prática em qualquer lugar, independentemente do uso do computador. Ao
final do estudo deste capítulo, você terá:
a) conhecido os instrumentos para elaboração do desenho arquitetônico à mão livre;
b) colaborado mais ativamente com a equipe de trabalho.
Vamos conhecer a seguir quais são e para que servem os materiais básicos de desenho téc-
nico. Leia com atenção.
DESENHO TÉCNICO
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São utilizadas para desenho à mão livre, para serem apoiadas e fixadas numa
prancheta, respectivamente. São usadas para traçar linhas paralelas horizontais e
para apoio dos esquadros.
Dreamstime (2012)
Figura 1 - Régua “T”.
2.2 PRANCHETA
2.3. ESCALÍMETRO
2.4. ESQUADROS
CASOS E RELATOS
2.5. COMPASSO
Instrumento utilizado para desenhar círculos ou curvas com raio definido. Pos-
sui uma ponta seca e uma com grafite. Sua abertura define o raio da circunferência.
Dreamstime (2012)
2.6. GABARITOS
2.7. TRANSFERIDOR
Régua utilizada para medir ou desenhar duas ou mais linhas retas que estabe-
leçam um ângulo entre si.
Dreamstime (2012)
Figura 3 - Materiais para desenho técnico.
Quadro 2 - Formatos e dimensões das folhas mais utilizadas para desenho técnico
2 MATERIAIS BÁSICOS DE DESENHO TÉCNICO
19
RECAPITULANDO
A ABNT normatiza os traçados por meio das NBR 8403 e NBR 6492.
3.2.1 TRAÇADOS
Tracejada larga
Contornos e arestas não visíveis
Tracejada estreita
Linhas de centro para eixos de simetria
Traço e ponto estreita
Trajetórias
3.2.2 HACHURAS
Vamos conhecer agora um pouco mais sobre diâmetro, raio, marcação e ângu-
los. Avance com atenção.
3.4.1 DIÂMETRO
3.4.2 RAIO
Eixo é o centro exato de uma figura. Em desenho técnico, para se cotar a dis-
tância entre duas circunferências, ou para situá-la no espaço, utiliza-se o centro
de cada uma delas como referência. Também se utiliza o eixo de símbolos de to-
madas, pontos de luz, pontos de telefonia, aparelhos sanitários e outros elemen-
tos do projeto que precisam ser localizados pelo seu centro dentro do projeto.
3.4.4 ÂNGULOS
São definidos por duas linhas retas, sendo o ângulo a medida interna entre
essas duas linhas que têm um vértice em comum. O ângulo é medido em graus
(exemplo 45º). A simbologia para indicação de ângulo é feita por um segmento
de círculo (uma corda) e à sua frente indica-se o valor do ângulo.
Nicolli Muller (2012)
Figura 17 - Prancha de desenho técnico e a localização das áreas reservadas para o selo e textos.
Fonte: Adaptado de Centro de Artes e Design (2010).
Ao final, obtém-se como resultado a planta baixa que é representada com to-
dos seus elementos: cotas, símbolos, hachuras, traçados, entre outros, conforme
pode ser visto a seguir.
Paredes à meia altura (que não vão até o teto) mesmo que de material diferen-
te (por exemplo, parede de tijolos e parede de gesso acartonado) são representa-
das com interrupção no desenho.
Nicolli Muller (2012)
Figura 21 - Traçado para parede à meia altura (em vista) e parede que passa sobre o plano de corte em planta baixa.
Fonte: Adaptado de Centro de Artes e Design (2010).
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO
33
Tipos de portas:
Quadro 4 - Tipos de escadas representadas em planta baixa com vista frontal e/ou lateral.
Fonte: Adaptado de Centro de Artes e Design (2010).
VAZIO VAZIO
PISO TÉRREO
3.6.2 CORTE
Figura 38 - Volume cortado verticalmente, como visto em corte, de acordo com as normas do desenho técnico.
Fonte: Adaptado de Centro de Artes e Design (2010).
DESENHO TÉCNICO
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ELEMENTOS DO CORTE
Figura 40 - Detalhe em corte, representando laje, viga, forro, contrapiso, hachura e parede.
Fonte: Adaptado de Centro de Artes e Design.
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO
43
e) Elementos gráficos do corte – são utilizados para trazer mais clareza às in-
formações do corte: indicação de nível, cotas, hachuras, legendas, títulos,
escalas.
Indicação de nível – representado por uma seta apontando para o plano do
piso que quer indicar, com o numeral que representa a altura.
Nicolli Muller (2012)
Figura 44 - Fachada com representação de telhado, materiais de revestimento, janelas, vãos, acessos e vegetação externa.
Fonte: Adaptado de Arq. Fabiane Pelegrini Roratto.
lizados dentro do lote, de acordo com o Código de Obras do Município e, por isso,
precisam estar devidamente localizados na planta de implantação.
CASOS E RELATOS
mas Paulo não as consultou. Foi realizando o serviço sem estudar o am-
biente primeiro. Como consequência, Paulo teve de furar paredes inúme-
ras vezes, rompeu vários cabos dentro das tubulações envelhecidas e abar-
rotadas de cabos antigos. O projeto mostrava claramente que em poucos
anos as tubulações seriam insuficientes e precisariam ser refeitas ou am-
pliadas. Se Paulo tivesse estudado as plantas antes, poderia ter apontado a
deficiência das instalações físicas existentes. A interpretação adequada do
projeto teria evitado vários transtornos para o cliente e Paulo teria a chance
de destacar-se profissionalmente.
RECAPITULANDO
Neste capítulo vimos que o desenho técnico precisa obedecer a uma série
de regras para que se torne compreensível a qualquer pessoa, em qualquer
lugar do país. Isso colabora para que seja feita a leitura correta das plantas
e, consequentemente, o trabalho seja planejado e desenvolvido correta-
mente, independentemente de onde o profissional esteja. Isso também
evita a consulta ao autor do projeto o tempo todo, uma vez que as infor-
mações padronizadas podem ser bem compreendidas. O desenho técnico
é uma ferramenta preciosa que precisa ser bem explorada e utilizada, caso
contrário não cumprirá todo potencial de benefícios que oferece. Podería-
mos dizer até que uma planta “fala”, pois por meio de seus símbolos e ele-
3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO
49
Figuras geométricas podem ser encontradas em todo tipo de expressão gráfica, não é mes-
mo? Se você observar, um desenho técnico é expresso, dentre outros elementos, por figuras
geométricas. O formato de um ambiente pode ser representado por uma figura geométrica e
assim possibilita ao profissional realizar o cálculo de sua área mais facilmente.
A realização de um desenho em perspectiva isométrica pode facilitar a compreensão de
detalhes construtivos ocultos ou de difícil compreensão no desenho técnico.
Esse é o assunto que trataremos neste capítulo e ao final deste estudo você estará apto a:
a) reconhecer as principais figuras geométricas;
b) compreender as bases do desenho em perspectiva, por meio do conhecimento do dese-
nho em perspectiva isométrica;
c) expressar-se através do desenho em perspectiva isométrica.
Vamos conhecer as representações geométricas? Adiante.
DESENHO TÉCNICO
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São formas planas ou não planas. Polígono é toda figura geométrica formada
por uma linha poligonal fechada mais a sua região interna. Prismas e cilindros são
figuras geométricas espaciais chamadas sólidos geométricos.
Trapézio
Quadrilátero que só possui duas arestas opostas paralelas, com com-
primentos distintos, denominados base maior e base menor
Paralelogramo
Possui quatro arestas, sendo as duas opostas paralelas. Possui dois
ângulos agudos e dois ângulos obtusos
Retângulo
Possui quatro arestas, sendo as duas opostas paralelas. Possui quatro
ângulos retos
Quadrado
Possui quatro arestas iguais e paralelas
Losango
Possui quatro arestas paralelas e ângulos internos agudos e obtusos
Pentágono
Possui cinco arestas
Hexágono
Possui seis arestas
Triângulo
Possui três arestas. Aqui temos o equilátero (três arestas de mesma
dimensão) e o retângulo (triângulo retângulo possui um ângulo reto
interno)
Círculo
Elipse
CASOS E RELATOS
Perda de tempo
Sandro era um profissional de instalação e manutenção de cabos e redes
telefônicas com bastante experiência. Certa vez recebeu a incumbência de
tirar as medidas do local de um trabalho em outra cidade, bastante longe, a
fim de colaborar nos cálculos quantitativos de material que seria gasto. Ao
chegar ao escritório após o trabalho de medição realizado, Sandro obser-
vou que havia informações faltando. Eram algumas medidas em diagonal
do ambiente. Sem consultar outra pessoa para tirar dúvidas, e sem buscar
conhecimentos a mais, Sandro teve de retornar ao local para medir especi-
ficamente o que faltava. Isso gerou para a companhia mais custos e perda
de tempo. Se Sandro tivesse procurado saber mais sobre as propriedades
matemáticas das formas geométricas, teria encontrado a solução.
Prisma quadrangular
Prisma triangular
Prisma pentagonal
Prisma hexagonal
Cilindro
linha auxiliar
b) Traçar uma reta vertical que representa a aresta principal, a que está voltada
para o observador. Nesta reta marcar a altura do cubo (por exemplo, 3 cm).
altura do cubo
profundidade profundidade
30º 30º
DESENHO TÉCNICO
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d) Para finalizar o desenho, completar o cubo com as arestas que estão faltan-
do (as verticais e as inclinadas para a esquerda e para a direita). Estas arestas
são paralelas às traçadas anteriormente.
c b
b c
RECAPITULANDO
Anotações:
Profissionalismo, Trabalho em Equipe
e Ferramentas de Qualidade
Fabbri (2012) afirma que o check list ajuda o gerente a coordenar a reunião de
FTR (Revisões Técnicas Formais) e auxilia cada revisor a focar nas características
importantes. Os check lists devem ser aplicados a documentos de análise, proje-
to e teste, focando os aspectos e defeitos comuns da fase correspondente. Por
exemplo, as questões no check list para a fase de requisitos de um software devem
apontar os problemas e defeitos que podem aparecer nos documentos de espe-
cificação de requisitos e correlatos.
DESENHO TÉCNICO
62
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
Maria Pilar Martins Diez Arantes é graduada em Arquitetura e Urbanismo (Universidade Metodis-
ta Bennet/1992), pós-graduada em Urbanismo e História da Cidade (Universidade Federal de San-
ta Catarina/1999), é empresária fundadora do Centro de Artes e Design, onde também é diretora
e atua como um dos docentes.
Foi responsável pela criação do primeiro curso técnico em design de interiores da Grande Floria-
nópolis/SC em 1999, tendo elaborado todo plano de curso, bem como de diversos cursos livres
e de qualificação profissional da instituição. Tem experiência prática em projetos e obras de ar-
quitetura e design de interiores, e já realizou vários trabalhos para particulares, escritórios e lojas.
Trabalhou como consultora analista de projetos para um grande Shopping Center de São José/
SC, tendo avaliado mais de 200 projetos em dois anos de colaboração. Atua como palestrante em
temas ligados à estética, à história da arte, à tecnologia dos materiais e às técnicas construtivas.
Tem experiência em elaboração de planos de curso para cursos à distância (EaD) e desenvolvi-
mento de material didático e avaliativo para eles, já tendo lançado, até março de 2012, dois cursos
EaD pelo Centro de Artes e Design.
ÍNDICE
A
Ângulo 16, 18, 27, 28, 52, 54, 55
C
Corte 23, 24, 30, 32, 35, 37, 38, 39, 41, 42, 43
Cota 23, 25, 31, 32, 35, 43, 47
D
Diâmetro 27
E
Eixo 24, 27, 28, 54
Escada 36, 37, 38
Escala 16, 17, 18, 22, 23, 25, 32, 43, 54, 55
F
Fachada 30, 35, 39, 44
H
Hachura 23, 24, 31, 32, 43, 44
J
Janela 32, 34, 38, 43
L
Leiaute 18, 21
Linhas 16, 18, 23, 24, 26, 28, 30
N
Nível 30, 35, 37, 43, 60
P
Perspectiva 29, 41, 51, 54, 55, 56
Planejamento 21, 47, 59, 60, 62
Planta baixa 17, 30, 31, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 41
Porta 32, 33, 34, 43
Prancha 18, 23, 24, 25, 29
Projeto 18, 21, 26, 28, 29, 30, 31, 35, 36, 42, 47, 48, 61
T
Traçado 23, 31, 55
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento
Vicente D’ Onofrio
Revisão Técnica
Luciana Effting
CRB14/937
Ficha Catalográfica
FABRICO
Design Educacional
Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa
Ilustrações
Tratamento de Imagens
Normalização
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico