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Antes da pandemia por covid-19 eclodir em março desse ano, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) estimou que 64,4% da população brasileira, cerca de
133.308.000 de pessoas, não tinham nenhum tipo de plano de saúde privado entre
2017 e 2018. A informação consta da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018:
Perfil das despesas no Brasil, anunciada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A média mensal de despesa com saúde per capita das famílias entre 2017 e 2018
ficou em R$ 133,23, no período, acrescentou o IBGE. Nessa parcela, R$ 90,91 era
de origem monetária; e R$ 42,32 não monetária. O conceito “não monetário” leva
em conta acesso a bem ou serviço por parte do beneficiário sem uso de
pagamento, ou seja, gratuito ou por doação.
Outro aspecto investigado pelo instituto foi a maior dependência da população
preta e parda no país, em serviços de saúde de origem não monetária. Entre
pretos e pardos, essa categoria tem fatia de 38,5% no total das despesas com
saúde - caindo para 27,3% entre brancos.
Os mais pobres também contam com maior parcela de acesso a despesas com
saúde sem pagamento. Entre os 10% mais pobres, 34,3% das aquisições de bens e
serviços em saúde eram de origem não monetária — sendo que, entre os 10%
mais ricos, era de 20,3%