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Programa Dignidade Menstrual deve alcançar 24 milhões de pessoas que têm idade entre 10 e 49 anos e
não possui acesso a itens básicos de higiene
No próximo dia 15, uma conquista histórica marcará o início da distribuição gratuita e contínua de
absorventes higiênicos em todo o Brasil pelo Governo Federal. Este marco representa o pontapé inicial do
Programa Dignidade Menstrual, uma iniciativa que visa promover saúde, equidade de gênero e, acima de
tudo, proporcionar oportunidades e direitos a todos, eliminando as barreiras impostas pela pobreza
menstrual.
O benefício será distribuído principalmente através do Programa Farmácia Popular e é destinado a pessoas
que vivem abaixo da linha da pobreza, matriculadas em escolas públicas, em situação de rua ou em
vulnerabilidade extrema, incluindo grupos em cumprimento de medidas socioeducativas ou recolhidos em
unidades do sistema prisional. Essa ação conjunta envolve diversos ministérios, como Saúde, Direitos
Humanos, Justiça, Desenvolvimento Social, Família, Combate à Fome, Mulheres e Educação.
Estudantes matriculados em instituições públicas de ensino podem usufruir desse benefício, desde que sua
renda familiar não ultrapasse meio salário mínimo. Para aqueles que não têm vínculo com a rede pública, a
renda segue os critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa Família, limitada a até R$ 218 por pessoa. É
importante destacar que pessoas em situação de rua não enfrentam qualquer restrição de renda.
O Programa Farmácia Popular surge como uma peça-chave na implementação eficiente deste projeto,
assegurando que a distribuição alcance diversos estratos da sociedade, promovendo, assim, a igualdade de
acesso a produtos essenciais. Para isso, basta ir a uma Farmácia Popular, apresentar um documento de
identificação oficial com foto, o número do CPF e a "Autorização do Programa Dignidade Menstrual", em
formato digital ou impresso, gerada via Conecte SUS, aplicativo ou site, com validade de 180 dias. Para
menores de 16 anos, a aquisição deve ser feita pelo responsável legal.
Esta iniciativa não é apenas uma distribuição de produtos; é um gesto em direção à dignidade menstrual,
um avanço na promoção da saúde e igualdade de oportunidades. O Programa Farmácia Popular está
desempenhando um papel crucial nesse compromisso do Governo Federal. Juntos, estamos construindo
um futuro mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas.
A partir da próxima segunda-feira, 15, pela primeira vez, o Governo Federal vai iniciar a distribuição
gratuita e continuada de absorventes higiênicos para grupos socialmente vulneráveis em todo o território
brasileiro. A iniciativa faz parte do Programa Dignidade Menstrual, cujo objetivo é promover a saúde e
equidade de gênero, incentivando o acesso igualitário a diferentes espaços, oportunidades e direitos, sem
as restrições e desigualdades causadas pela pobreza menstrual.
A oferta é direcionada às pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculadas em escolas
públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. Grupos em cumprimento de medida
socioeducativas ou recolhidos em unidades do sistema prisional também serão contemplados. Esta é uma
iniciativa interministerial, com atuação conjunta entre as pastas da Saúde; Direitos Humanos e Cidadania;
Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Mulheres e
Educação.
Para retirar o material, basta se dirigir a uma Farmácia Popular, apresentar um documento de identificação
oficial com foto e o número do CPF e a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual”, em formato
digital ou impresso, que deve ser gerado via Conecte SUS, aplicativo ou site, com validade de 180 dias. A
aquisição para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal.
Caso a participante tenha dificuldade para acessar o Conecte SUS ou para emitir a autorização, pode
solicitar ajuda para uma pessoa próxima ou se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde agentes
podem apoiar o processo de emissão da autorização. Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza uma
cartilha com informações sobre o programa e recomendações de cuidado à saúde menstrual, que pode ser
acessada aqui, e um canal exclusivo sobre o assunto no Disque Saúde 136.
No caso das pessoas que estão recolhidas em unidades do sistema penal ou em cumprimento de medida
socioeducativa, a entrega será integralmente coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública, com distribuição realizada diretamente nas instituições.
Por que promover um programa sobre dignidade menstrual
A menstruação é um processo natural, que ocorre em todo o mundo com, pelo menos, metade da
população. Ainda assim, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a pobreza
menstrual, associada aos tabus que ainda cercam essa condição, podem gerar a evasão escolar e
desemprego. No Brasil, uma a cada quatro meninas falta a escola durante o seu período menstrual e cerca
de 4 milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar (acesso a absorventes, banheiros e
sabonetes). Além disso, 713 mil meninas também vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu
domicílio e apenas 20% das alunas entrevistadas relatou se sentir bem informada durante a menarca.
O resultado dessas condições precárias, associados aos tabus, mitos e desinformações, gera um cenário de
exclusão social que tende a aprofundar as desigualdades, especialmente das pessoas que vivem abaixo da
linha da pobreza. No mundo todo, a ONU estima que 500 milhões de pessoas não dispõem das condições
adequadas para ter uma higiene menstrual adequada. No caso dos jovens entre 14 e 24 anos, um terço
(32%) declarou que, ao menos uma vez, vivenciaram um ciclo menstrual sem condições financeiras para
adquirir um absorvente, o que tende a afetar a jornada de trabalho e estudo destas pessoas.
Mulheres brasileiras que estão entre os 5% mais pobres da população precisam trabalhar até quatro anos
só para custear os absorventes usados ao longo da vida. Garantir o acesso aos absorventes é também
promover o direito a educação e a carreira profissional, além da vida sexual e reprodutiva saudável.
Para retirar o material, basta se dirigir a uma Farmácia Popular, apresentar um documento de identificação
oficial com foto e o número do CPF e a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual”, em formato
digital ou impresso, que deve ser gerado via Conecte SUS, aplicativo ou site, com validade de 180 dias. A
aquisição para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal.
Caso a participante tenha dificuldade para acessar o Conecte SUS ou para emitir a autorização, pode
solicitar ajuda para uma pessoa próxima ou se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde agentes
podem apoiar o processo de emissão da autorização. Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza uma
cartilha com informações sobre o programa e recomendações de cuidado à saúde menstrual, que pode ser
acessada aqui, e um canal exclusivo sobre o assunto no Disque Saúde 136.
No caso das pessoas que estão recolhidas em unidades do sistema penal ou em cumprimento de medida
socioeducativa, a entrega será integralmente coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública, com distribuição realizada diretamente nas instituições.
Educação e capacitação como ferramentas de combate à desinformação
Além da oferta de insumos para higiene menstrual, uma das linhas de atuação do programa é a formação e
educação menstrual para agentes públicos. Essa estratégia tem sido desenvolvida desde o ano passado,
quando o Ministério da Saúde firmou um acordo de cooperação técnica com o Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA). Com isso, a ideia é fortalecer as discussões e construir pontes de diálogo com
organismos internacionais e a sociedade civil organizada.
Em 2023, também foram desenvolvidas oficinas sobre o tema para públicos diversos, durante a Marcha
das Margaridas, o Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, o Seminário Nacional
Catadoras na Resistência, o 6º Encontro da Rede Nacional de Consultórios na Rua (CR) e de Rua e o 29º
Módulo de Acolhimento e Avaliação do Programa Mais Médicos.