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Ministério da Saúde inicia distribuição gratuita de absorventes para população vulnerável

Programa Dignidade Menstrual deve alcançar 24 milhões de pessoas que têm idade entre 10 e 49 anos e
não possui acesso a itens básicos de higiene

No próximo dia 15, uma conquista histórica marcará o início da distribuição gratuita e contínua de
absorventes higiênicos em todo o Brasil pelo Governo Federal. Este marco representa o pontapé inicial do
Programa Dignidade Menstrual, uma iniciativa que visa promover saúde, equidade de gênero e, acima de
tudo, proporcionar oportunidades e direitos a todos, eliminando as barreiras impostas pela pobreza
menstrual.

O benefício será distribuído principalmente através do Programa Farmácia Popular e é destinado a pessoas
que vivem abaixo da linha da pobreza, matriculadas em escolas públicas, em situação de rua ou em
vulnerabilidade extrema, incluindo grupos em cumprimento de medidas socioeducativas ou recolhidos em
unidades do sistema prisional. Essa ação conjunta envolve diversos ministérios, como Saúde, Direitos
Humanos, Justiça, Desenvolvimento Social, Família, Combate à Fome, Mulheres e Educação.

Além da distribuição, o Programa Dignidade Menstrual também inclui estratégias abrangentes de


conscientização e capacitação. Desde o ano passado, o Ministério da Saúde tem desenvolvido abordagens
práticas sobre temas essenciais, como menarca, prevenção de infecções, doenças e combate aos estigmas
associados a essa condição.

Como Acessar o Benefício


Os insumos serão disponibilizados por meio do Programa Farmácia Popular (PFPB), em uma iniciativa que
se estende por mais de 4,6 mil municípios brasileiros, contando com a participação de mais de 31 mil
farmácias credenciadas. Este programa vai desempenhar um papel crucial ao possibilitar o acesso aos
absorventes de uso externo em unidades credenciadas, beneficiando pessoas brasileiras ou estrangeiras
que residem no Brasil, com idades entre 10 e 49 anos e que estejam inscritas no Cadastro Único
(CadÚnico).

Estudantes matriculados em instituições públicas de ensino podem usufruir desse benefício, desde que sua
renda familiar não ultrapasse meio salário mínimo. Para aqueles que não têm vínculo com a rede pública, a
renda segue os critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa Família, limitada a até R$ 218 por pessoa. É
importante destacar que pessoas em situação de rua não enfrentam qualquer restrição de renda.

O Programa Farmácia Popular surge como uma peça-chave na implementação eficiente deste projeto,
assegurando que a distribuição alcance diversos estratos da sociedade, promovendo, assim, a igualdade de
acesso a produtos essenciais. Para isso, basta ir a uma Farmácia Popular, apresentar um documento de
identificação oficial com foto, o número do CPF e a "Autorização do Programa Dignidade Menstrual", em
formato digital ou impresso, gerada via Conecte SUS, aplicativo ou site, com validade de 180 dias. Para
menores de 16 anos, a aquisição deve ser feita pelo responsável legal.

Esta iniciativa não é apenas uma distribuição de produtos; é um gesto em direção à dignidade menstrual,
um avanço na promoção da saúde e igualdade de oportunidades. O Programa Farmácia Popular está
desempenhando um papel crucial nesse compromisso do Governo Federal. Juntos, estamos construindo
um futuro mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas.
A partir da próxima segunda-feira, 15, pela primeira vez, o Governo Federal vai iniciar a distribuição
gratuita e continuada de absorventes higiênicos para grupos socialmente vulneráveis em todo o território
brasileiro. A iniciativa faz parte do Programa Dignidade Menstrual, cujo objetivo é promover a saúde e
equidade de gênero, incentivando o acesso igualitário a diferentes espaços, oportunidades e direitos, sem
as restrições e desigualdades causadas pela pobreza menstrual.

A oferta é direcionada às pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculadas em escolas
públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. Grupos em cumprimento de medida
socioeducativas ou recolhidos em unidades do sistema prisional também serão contemplados. Esta é uma
iniciativa interministerial, com atuação conjunta entre as pastas da Saúde; Direitos Humanos e Cidadania;
Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Mulheres e
Educação.

O programa também prevê estratégias para conscientização da população e capacitação de agentes


públicos, que têm sido desenvolvidas pelo Ministério da Saúde desde o ano passado, com abordagem
prática de temas como menarca (primeira menstruação), prevenção de infecções, doenças e combate aos
estigmas que envolvem esta condição. Neste ano, também será lançada uma linha de cuidado centrada na
saúde menstrual no contexto da Atenção Básica à Saúde, um curso auto instrucional, um seminário
nacional e um observatório para fomento à pesquisa sobre o tema.
Como acessar o benefício
Os absorventes de uso externo serão distribuídos principalmente por meio do Programa Farmácia Popular,
(PFPB), presente em mais de 4,6 mil municípios brasileiros, com mais de 31 mil farmácias credenciadas.
Podem receber os insumos nas unidades credenciadas, pessoas brasileiras ou estrangeiras que vivem no
Brasil, que tenham entre 10 e 49 anos de idade e estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Estudantes
das instituições públicas de ensino devem ter renda familiar de até meio salário mínimo para participar.
Para quem não é matriculado na rede pública, a renda segue o limite para participação do Programa Bolsa
Família, de até R$ 218 por pessoa. Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda.

Para retirar o material, basta se dirigir a uma Farmácia Popular, apresentar um documento de identificação
oficial com foto e o número do CPF e a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual”, em formato
digital ou impresso, que deve ser gerado via Conecte SUS, aplicativo ou site, com validade de 180 dias. A
aquisição para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal.

Caso a participante tenha dificuldade para acessar o Conecte SUS ou para emitir a autorização, pode
solicitar ajuda para uma pessoa próxima ou se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde agentes
podem apoiar o processo de emissão da autorização. Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza uma
cartilha com informações sobre o programa e recomendações de cuidado à saúde menstrual, que pode ser
acessada aqui, e um canal exclusivo sobre o assunto no Disque Saúde 136.

No caso das pessoas que estão recolhidas em unidades do sistema penal ou em cumprimento de medida
socioeducativa, a entrega será integralmente coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública, com distribuição realizada diretamente nas instituições.
Por que promover um programa sobre dignidade menstrual
A menstruação é um processo natural, que ocorre em todo o mundo com, pelo menos, metade da
população. Ainda assim, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a pobreza
menstrual, associada aos tabus que ainda cercam essa condição, podem gerar a evasão escolar e
desemprego. No Brasil, uma a cada quatro meninas falta a escola durante o seu período menstrual e cerca
de 4 milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar (acesso a absorventes, banheiros e
sabonetes). Além disso, 713 mil meninas também vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu
domicílio e apenas 20% das alunas entrevistadas relatou se sentir bem informada durante a menarca.

O resultado dessas condições precárias, associados aos tabus, mitos e desinformações, gera um cenário de
exclusão social que tende a aprofundar as desigualdades, especialmente das pessoas que vivem abaixo da
linha da pobreza. No mundo todo, a ONU estima que 500 milhões de pessoas não dispõem das condições
adequadas para ter uma higiene menstrual adequada. No caso dos jovens entre 14 e 24 anos, um terço
(32%) declarou que, ao menos uma vez, vivenciaram um ciclo menstrual sem condições financeiras para
adquirir um absorvente, o que tende a afetar a jornada de trabalho e estudo destas pessoas.

Mulheres brasileiras que estão entre os 5% mais pobres da população precisam trabalhar até quatro anos
só para custear os absorventes usados ao longo da vida. Garantir o acesso aos absorventes é também
promover o direito a educação e a carreira profissional, além da vida sexual e reprodutiva saudável.

Como acessar o benefício


Os absorventes de uso externo serão distribuídos principalmente por meio do Programa Farmácia Popular,
(PFPB), presente em mais de 4,6 mil municípios brasileiros, com mais de 31 mil farmácias credenciadas.
Podem receber os insumos nas unidades credenciadas, pessoas brasileiras ou estrangeiras que vivem no
Brasil, que tenham entre 10 e 49 anos de idade e estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Estudantes
das instituições públicas de ensino devem ter renda familiar de até meio salário mínimo para participar.
Para quem não é matriculado na rede pública, a renda segue o limite para participação do Programa Bolsa
Família, de até R$ 218 por pessoa. Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda.

Para retirar o material, basta se dirigir a uma Farmácia Popular, apresentar um documento de identificação
oficial com foto e o número do CPF e a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual”, em formato
digital ou impresso, que deve ser gerado via Conecte SUS, aplicativo ou site, com validade de 180 dias. A
aquisição para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal.

Caso a participante tenha dificuldade para acessar o Conecte SUS ou para emitir a autorização, pode
solicitar ajuda para uma pessoa próxima ou se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde agentes
podem apoiar o processo de emissão da autorização. Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza uma
cartilha com informações sobre o programa e recomendações de cuidado à saúde menstrual, que pode ser
acessada aqui, e um canal exclusivo sobre o assunto no Disque Saúde 136.

No caso das pessoas que estão recolhidas em unidades do sistema penal ou em cumprimento de medida
socioeducativa, a entrega será integralmente coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública, com distribuição realizada diretamente nas instituições.
Educação e capacitação como ferramentas de combate à desinformação
Além da oferta de insumos para higiene menstrual, uma das linhas de atuação do programa é a formação e
educação menstrual para agentes públicos. Essa estratégia tem sido desenvolvida desde o ano passado,
quando o Ministério da Saúde firmou um acordo de cooperação técnica com o Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA). Com isso, a ideia é fortalecer as discussões e construir pontes de diálogo com
organismos internacionais e a sociedade civil organizada.

Em 2023, também foram desenvolvidas oficinas sobre o tema para públicos diversos, durante a Marcha
das Margaridas, o Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, o Seminário Nacional
Catadoras na Resistência, o 6º Encontro da Rede Nacional de Consultórios na Rua (CR) e de Rua e o 29º
Módulo de Acolhimento e Avaliação do Programa Mais Médicos.

Curso auto instrucional sobre Dignidade Menstrual


Nos dias 28 a 30 de maio, o Ministério da Saúde vai realizar o Seminário Nacional da Dignidade Menstrual,
onde será lançado o Curso de Qualificação em Proteção e Promoção da Dignidade Menstrual. Ele será
disponibilizado na Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (SUS) em formato auto instrucional, à
distância, gratuito e aberto para todos os interessados.

Linha de cuidado da dignidade menstrual


Neste ano, a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS/MS) conclui a linha de cuidado da dignidade
menstrual, desenvolvida a partir de uma trilha que, além da saúde-doença, também considera aspectos
sociais e econômicos, pautada na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM).

Observatório da Dignidade Menstrual na Fundação Getúlio Vargas


O Ministério da Saúde também prevê a criação do Observatório da Dignidade Menstrual na Fundação
Getúlio Vargas (FGV/SP), para fomentar e monitorar a pesquisa acadêmica sobre o tema. No âmbito do
Programa Mais Médicos, em março, será promovida uma oficina sobre dignidade menstrual, durante o 30º
ciclo de Módulo de Acolhimento e Avaliação do Programa Mais Médicos.

Nádja Alves dos Reis


Ministério da Saúde

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