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A ENTREGA LEGAL

PARA A ADOÇÃO
PROMOVENDO
OS DIREITOS DAS
MULHERES E DAS
CRIANÇAS
OLÁ,

A presente cartilha que você tem em mãos busca auxiliar


mulheres que desejam entregar seu recém-nascido para
adoção por meio da chamada "Entrega Legal". Ao contrário
do que muitas pessoas imaginam, a entrega legal de bebê
para adoção não é um crime, pelo contrário: é um direito da
mulher e também protege a criança.
Nosso objetivo é ajudá-la a responder as dúvidas mais
comuns que cercam o tema. Esperamos que as informações
sejam úteis para você, e aproveitamos para convidá-la a
compartilhar esta cartilha com as mulheres de seu convívio.
POR QUE O TEMA DA ENTREGA LEGAL DEVE SER
TRABALHADO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA DE
GÊNERO?

Devido às desigualdades históricas entre homens e mu-


lheres existentes em nossa sociedade, as mulheres sempre
foram associadas e limitadas ao espaço privado (doméstico),
e a elas foi imposta a maior parte ou a totalidade do cuidado
com as crianças.
E não só isso: a responsabilidade pela reprodução recai
exclusivamente sobre as mulheres, ou seja, cabe a elas bus-
car meios de evitar uma gravidez ou de planejar o número de
filhos, enquanto tal responsabilidade não é demandada do
seu parceiro.
Ao mesmo tempo, as mulheres também sofreram dife-
rentes formas de controle sobre seu corpo e sobre sua sexu-
alidade, as quais ainda persistem socialmente por meio da
criminalização do aborto, da violência obstétrica, do estu-
pro, do feminicídio e outras formas de violações de direitos
que atingem exclusiva ou majoritariamente os corpos femi-
ninos.
Se levarmos em consideração não apenas as desigual-
dades de gênero, mas também as de classe e raça (e inúme-
ras outras), o cenário se torna ainda mais preocupante, uma
vez que grande parte das mulheres enfrenta dificuldades
de acesso a políticas de educação sexual, a procedimentos
e métodos contraceptivos e ao próprio sistema público de
saúde para efetivar o direito ao planejamento familiar e à
autonomia corporal.
Assim, para reverter e erradicar tais desigualdades estru-
turais, muitas das quais são reproduzidas pelas instituições,
é preciso formular políticas públicas e propor e aprovar le-
gislações com perspectiva de gênero.
Em 2017, a Lei n.º 13.507 alterou o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) para tratar do tema da adoção e previu
igualmente o direito da mulher de realizar a entrega legal do
recém-nascido sem qualquer constrangimento, garantin-
do-se o direito ao sigilo do nascimento, cf. art. 19-A, §9º do
ECA. O objetivo da legislação foi garantir à gestante a possi-
bilidade de fazer essa entrega respeitando-se a sua decisão
de não maternar, ao mesmo tempo em que permite à crian-
ça entrar no Cadastro Nacional de Adoção e ser encaminha-
da para uma família que tenha condições de recebê-la.
A lei, em que pesem alguns aprimoramentos que devem
ser feitos para tornar o fluxo mais compreensível e seguro,
buscou oferecer suporte legal, psicológico e social para a
gestante que opta por essa decisão, sem discriminação. As-
sim, busca evitar a imposição da maternidade a uma mulher
que não pode ou não deseja exercê-la, e também evita que a
criança seja colocada em situação de irregularidade (aban-
dono, maus-tratos, adoção ilegal etc.).
A Defensoria Pública, por meio do Núcleo de Promoção e
Defesa dos Direitos da Mulher, busca contribuir para que as
mulheres tenham o seu acesso à justiça garantido, sem pas-
sar por qualquer forma de constrangimento, com o fim de
evitar e erradicar a violência institucional que muitas ainda
sofrem quando optam por caminhos distintos daqueles que
historicamente lhes foram impostos.
1. O QUE É A ENTREGA LEGAL?

Trata-se de um direito previsto em lei a todas as mulheres


que desejem entregar seu recém-nascido legalmente para
adoção, por meio do procedimento previsto no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) e de fluxos estabelecidos por
cada estado ou comarca.
Esse direito de optar pela entrega legal da criança está
previsto no artigo 19-A do ECA.
Artigo 19-A: As gestantes ou mães que manifestem inte-
resse em entregar seus filhos para adoção serão obrigato-
riamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da
Infância e da Juventude.
§ 1.º: A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interpro-
fissional da Justiça da Infância e da Juventude, que apresen-
tará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive
os eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal.
Desde logo, observamos que a mulher deve ser obriga-
toriamente encaminhada à Vara da Infância e Juventude da
Comarca para a formalização do processo. Não é possível
formalizar um ato de adoção sem intervenção do Poder Ju-
diciário, seja de forma verbal ou por escrito - caso ele seja
feito de maneira informal, as pessoas envolvidas podem ser
processadas criminalmente. Mesmo que a adoção seja re-
gistrada em cartório, por instrumento particular ou escritu-
ra pública, e que não envolva formas de cobrança, ela ainda
é irregular.
Também observamos que a mulher que opta pela entrega
legal não poderá sofrer qualquer forma de constrangimento,
por meio de julgamentos que a tratem como irresponsável,
criminosa, incapaz ou, ainda, que julguem negativamente a
sua capacidade de ser mãe quando ela já possui outros filhos.
Ainda, ela não pode ser convencida a ficar com a criança,
ou mesmo a entregá-la a terceiros, nem induzida a entregá-
-la a membros de sua família extensa, e nem deve ser julgada
pelos motivos que eventualmente apresentar para a entrega.
Ela deve ser ouvida com atenção e respeito e orientada sobre
os próximos passos, a respeito dos quais falaremos adiante.
Antes, devemos tratar da comunicação, por parte da ges-
tante, de seu desejo de realizar a Entrega Legal.
2. QUEM A MULHER DEVE PROCURAR PARA COMUNICAR
SEU INTERESSE DE REALIZAR A ENTREGA LEGAL?

A mulher pode comunicar o seu interesse a qualquer ór-


gão (público, particular ou filantrópico) da Rede de Proteção,
tais como:
• Hospitais
• Maternidades
• Unidades Básicas de Saúde
• Centros de Referência da Assistência Social (CRAS)
• Centros de Referência Especializados de Assistência So-
cial (CREAS)
• Conselhos Tutelares
• Programas de Saúde da Família
• Órgãos de defesa e proteção dos direitos da mulher
• Grupos de Apoio à Adoção
A mulher também pode procurar diretamente o Poder
Judiciário, assim como o Ministério Público e a Defensoria
Pública.
Cada comarca pode estabelecer o seu fluxo. É importante
checar junto ao Poder Judiciário quais são os outros órgãos
parceiros treinados e capacitados para realizar o encami-
nhamento da mulher à Vara da Infância e Juventude.
Importante: a comunicação a um desses órgãos não bas-
ta para formalizar a entrega legal. Ainda que o desejo da en-
trega legal exista desde a gestação, a entrega em si só pode
ocorrer após o nascimento da criança (veja o tópico 7).
Ainda, o não encaminhamento da mulher ao Poder Judi-
ciário ou a omissão nesse encaminhamento constituem in-
fração administrativa.
Artigo 258-B: “Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente
de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efe-
tuar imediato encaminhamento à autoridade judiciária de
caso de que tenha conhecimento de mãe ou gestante inte-
ressada em entregar seu filho para adoção:
Pena: multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
mil reais).
Parágrafo único: Incorre na mesma pena o funcionário de
programa oficial ou comunitário destinado à garantia do di-
reito à convivência familiar que deixa de efetuar a comuni-
cação referida no caput deste artigo.
3. QUANDO DEVE OCORRER O ENCAMINHAMENTO DA
MULHER AO PODER JUDICIÁRIO?

O ECA não estabelece um prazo para o encaminhamento


da mulher ao Poder Judiciário assim que ela comunica, ain-
da durante a gestação, o seu interesse de realizar a Entrega
Legal a algum órgão da Rede de Proteção.
No entanto, é importante que esse encaminhamento
ocorra o mais rápido possível, já que o Poder Judiciário, por
meio de uma equipe técnica composta por profissionais de
Psicologia e Serviço Social, realizará o acolhimento prioritá-
rio da gestante, cf. art. 19-A, § 1º do ECA.
Após o acolhimento, essa equipe deverá elaborar um re-
latório, o qual será encaminhado ao Juízo, para a tomada das
devidas providências, tais como encaminhamento da mu-
lher para serviços e programas que garantam os direitos
dela e do bebê.
4. POR QUE E COMO É REALIZADO O ATENDIMENTO POR
EQUIPE TÉCNICA DO PJ?

A temática da entrega legal de bebê para adoção é com-


plexa e exige um olhar humanizado, reflexivo e com pers-
pectiva de gênero.
A mulher pode tomar essa decisão devido a inúmeros fa-
tores. Sua decisão deve ser sempre respeitada, e o objetivo
desse atendimento é apenas garantir que a tomada de deci-
são ocorreu de maneira livre, esclarecida e informada.
A equipe ajudará a mulher a refletir e compreender os
motivos de sua decisão, seja por permanecer com o bebê,
seja por levar adiante a entrega, assim garantindo que ela
não ocorreu, por exemplo, porque a gestante até deseja ficar
com a criança, mas não possui condições financeiras de cri-
á-la, ou então porque está sendo coagida a entregá-la.
O que deve ser levado em consideração é o desejo da mu-
lher. Ela pode, inclusive, não possuir condições financeiras
de criar a criança e, mesmo informada de que pode rece-
ber um benefício social e ser encaminhada para uma vaga
de trabalho, manter sua decisão pela entrega, e essa posição
deve ser respeitada.
5. QUAIS SÃO AS ALTERNATIVAS À ENTREGA LEGAL,
CASO A MULHER MUDE DE OPINIÃO?

No momento da entrega legal, como dito no tópico ante-


rior, o mais importante é levar em consideração o interesse
da mulher. Caso ela expresse para a equipe técnica que, na
verdade, gostaria de conhecer alternativas à entrega legal,
deve ser informada das possibilidades e encaminhada aos
serviços correspondentes.
Independentemente de sua escolha, a mulher pode soli-
citar acolhimento por parte da rede de proteção, como afir-
ma o ECA:
Artigo 19-A, § 2.º: De posse do relatório, a autoridade judi-
ciária poderá determinar o encaminhamento da gestante ou
mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de
saúde e assistência social para atendimento especializado.
6. O RESPEITO AO SIGILO DO NASCIMENTO

O ECA também garante à mulher o direito ao sigilo do


nascimento. Isso significa que ela pode dar à luz em sigilo e
logo entregar o bebê legalmente para adoção, sem que sua
família ou mesmo o pai da criança sejam comunicados. Ne-
nhum órgão da rede de proteção pode violar o sigilo das in-
formações do processo.
Caso a mulher tenha o seu direito violado, ela pode procu-
rar a Defensoria Pública para o ajuizamento de ação de inde-
nização por danos morais e/ou materiais.
Artigo 19-A, § 9.º: É garantido à mãe o direito ao sigilo so-
bre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei.

O que determina o artigo 48 do ECA?


É importante dizer que, no Brasil, existe parto sigiloso,
mas não o parto anônimo. Isso significa que a mulher pode
dar à luz em sigilo e também realizar o procedimento da en-
trega legal de forma sigilosa.
No entanto, o nome da mulher constará na certidão de
nascimento da criança até que ela seja adotada e o nome da
genitora seja substituído pelo nome da(s) pessoa(s) que ado-
tarem o bebê.
Quando a criança completar 18 anos, poderá ter acesso à
informação sobre a sua origem biológica sem necessidade
de autorização judicial. Antes disso, também poderá solici-
tar ao Poder Judiciário o acesso ao seu processo de adoção.
Diz o artigo 48 do ECA:
Artigo 48: O adotado tem direito de conhecer sua origem
biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo
no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes,
após completar 18 (dezoito) anos.
Parágrafo único: O acesso ao processo de adoção poderá
ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos,
a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica.
7. A MULHER TEM OBRIGAÇÃO LEGAL DE INFORMAR
QUEM É O GENITOR DA CRIANÇA?

Não, a mulher não é obrigada, por lei, a indicar quem é o


genitor da criança quando ela opta por exercer o seu direito
de sigilo do nascimento.
Há situações em que a mulher opta por não ficar com a
criança, mas não se opõe à possibilidade de que o genitor fi-
que com ela. Neste caso, ela pode indicar quem é o genitor
para que ele também seja ouvido na audiência prevista no
artigo 19-A, § 5.º (veja o próximo tópico).
Porém, se o seu desejo é de que ninguém - seja o genitor,
sejam os familiares - tome conhecimento do nascimento,
ela tem o direito de não indicar quem é o genitor da criança.
8. QUANDO DEVE OCORRER A ENTREGA LEGAL?

Caso a mulher, após atendimento pela equipe técnica do


PJ, mantenha sua decisão de realizar a entrega legal, ela só
poderá ocorrer após o nascimento da criança.
Deverá ser realizada uma audiência judicial com a pre-
sença de juiz(a), promotor(a) e defensor(a) público(a) ou ad-
vogado(a), na qual a mulher comunicará a sua decisão, após
ser informada de todos os seus direitos e também sobre os
direitos da criança.
Artigo 19-A, § 5.º: Após o nascimento da criança, a vonta-
de da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral
ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se
refere o § 1.º o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a
entrega.

Confirmada em audiência a vontade de entregar o bebê


para adoção, o(a) juiz(a) profere uma sentença de extinção
do poder familiar da genitora em relação à criança, isto é, ex-
tingue os direitos e deveres da mulher em relação ao recém-
-nascido.
9. É PRECISO CONTRATAR UM(A) ADVOGADO(A) PARA
REALIZAR A ENTREGA LEGAL?

Para comunicar o seu desejo de realizar a entrega legal e


ser encaminhada à Vara da Infância e Juventude, a mulher
não precisa estar acompanhada de defensor(a) público(a) ou
advogado(a).
No entanto, a mulher tem direito a ser acompanhada por
defensor(a) público(a) ou advogado(a) durante a audiência
designada para o ato da entrega legal, momento em que será
informada de todas as consequências de seus atos.
Artigo 19-A, § 5.º: Após o nascimento da criança, a vonta-
de da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral
ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se
refere o § 1.º do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a
entrega
Artigo 166: Se os pais forem falecidos, tiverem sido desti-
tuídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido
expressamente ao pedido de colocação em família substitu-
ta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em
petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a
assistência de advogado
§1.º: Na hipótese de concordância dos pais, o juiz:
I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes, de-
vidamente assistidas por advogado ou por defensor público,
para verificar sua concordância com a adoção, no prazo má-
ximo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo da peti-
ção ou da entrega da criança em juízo, tomando por termo as
declarações; e
II - declarará a extinção do poder familiar.
10. A MULHER PODE SE ARREPENDER DA DECISÃO APÓS
A AUDIÊNCIA DE ENTREGA LEGAL?

Sim, a mulher pode exercer o seu direito ao arrependi-


mento, porém, é preciso ficar atenta aos prazos.
Antes da audiência tratada no tópico anterior, a mulher
pode comunicar sua desistência em qualquer momento, in-
formando a equipe técnica da Vara da Infância e Juventude.
Pode, inclusive, manifestar sua desistência na própria audi-
ência em que ocorreria a entrega.
Nesse caso, a criança será restituída à genitora, e ambas
serão acompanhadas pela Vara da Infância e da Juventude
por 180 dias, de acordo com o que prevê o ECA:
Artigo 19-A, § 8.º: Na hipótese de desistência pelos geni-
tores - manifestada em audiência ou perante a equipe in-
terprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a
criança será mantida com os genitores, e será determinado
pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento
familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.
Depois que a audiência de confirmação da entrega acon-
tece, o prazo muda: é possível desistir da entrega em até 10
dias após ser proferida a sentença pelo(a) juiz(a), o que cos-
tuma ocorrer ao final da própria audiência na qual a genitora
deve dar a sua anuência para a entrega legal.
Após esse tempo, não é mais possível se retratar da deci-
são, e não há mais possibilidade de a genitora exigir a resti-
tuição da criança.
Art. 166, §5.º: O consentimento é retratável até a data da
realização da audiência especificada no § 1.º deste artigo,
e os pais podem exercer o arrependimento no prazo de 10
(dez) dias, contado da data de prolação da sentença de extin-
ção do poder familiar
11. SE A MULHER OPTAR PELO SIGILO NO NASCIMENTO,
A FAMÍLIA EXTENSA DEVE SER ACIONADA?

Não. Essa é uma dúvida muito comum, uma vez que, em


regra, quando uma criança não pode permanecer sob o po-
der familiar de um ou de ambos os pais, a sua família extensa
deve ser procurada para que se analise a sua inserção junto a
alguém com quem a criança já possui laços biológicos e afe-
tivos.
No entanto, se a mulher optou pelo parto sigiloso, a famí-
lia não deve ser acionada para que não se viole o direito dela
ao sigilo do nascimento previsto no artigo 19-A, § 9.º
REALIZAÇÃO:

Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher -


NUDEM

Núcleo da Infância e Juventude - NUDIJ

Lívia Martins Salomão Brodbeck e Silva - Defensora Pública


e coordenadora do NUDEM

Bruno Müller Silva - Coordenador do NUDIJ

Vanessa Fogaça Prateano - Assessora Jurídica do NUDEM

Lizz Ester Segala - Estagiária de Graduação em Direito do


NUDEM

Maria Luiza Giglio Muller - Estagiária Voluntária de Gradua-


ção em Direito do NUDEM

Amanda Pereira Barros - Estagiária de Graduação em


Design do NUDEM

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