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DIREITOS DAGESTANTE:

CONHECER PARA EXIGIR


Direitos Sociais: São todos aqueles que garantem à gestante: atendimento em caixas
especiais, prioridades na fila de bancos, supermercados, acesso à porta da frente de lotações
e assento preferencial.
Direitos Trabalhistas: Os direitos trabalhistas das gestantes regulamentam sua relação com
o patrão ou com a empresa na qual ela está empregada, garantindo a proteção do emprego.
Enquanto estiver grávida, é assegurada à mulher estabilidade no emprego, o que significa
que ela não pode ser mandada embora do trabalho (art. 391 da CLT - Consolidação das Leis
do Trabalho aprovada pelo Decreto - Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943).

A gestante tem o direito de ser dispensada do horário de trabalho para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Ela também tem o
direito de mudar de função ou setor no seu trabalho. (Lei nº 9.799 de 26 de maio de 1999,
incluída na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho).
A gestante, também tem o direito à licença– maternidade de 120 dias com o pagamento do
salário integral e benefícios legais a partir do oitavo mês de gestação (LEI nº 10.421 de 15
de abril de 2002, art. 392 da CLT).
A mulher tem o direito de ser dispensada do trabalho duas vezes ao dia por pelo menos 30
minutos para amamentar, até o bebê completar seis meses (Art. 396 da Consolidação das
Leis do Trabalho).

A gestante pode negociar esse tempo com o patrão, por exemplo, juntando os dois períodos
em um só, de uma hora.
O companheiro tem direito a licença-paternidade de cinco dias, logo após o nascimento do
bebê (Art. 7º da Constituição Federal)
Direitos no Pré-natal O acompanhamento de pré-natal deve ser assegurado de forma
gratuita pela Secretaria Municipal de Saúde.
Toda gestante tem o direito de fazer pelo menos seis consultas durante toda a gravidez. O
pré-natal oferece segurança, uma gestação saudável e um parto seguro.

Toda gestante tem o direito de levar um acompanhante nas consultas (companheiro, mãe,
amiga ou outra pessoa). O cartão da gestante informa tudo o que acontece na gravidez, os
resultados dos exames realizados e todas as anotações sobre o estado de saúde da mulher.
Deve ser levado em todas as consultas, verificando se ele está sendo preenchido. Para tirar
qualquer dúvida sobre o cartão, a gestante deve conversar com os profissionais de saúde
para que tudo fique bem explicado.
Direitos no Parto Na hora do parto a gestante tem o direito de ser escutada em suas
queixas e reclamações, de expressar os seus sentimentos e suas reações livremente, isso
tudo apoiada por uma equipe preparada e atenciosa.

Direitos após o parto Agora que a criança nasceu, mãe e filho têm o direito de ficar juntos
no mesmo quarto.
Planejamento Familiar As pessoas têm o direito de decidir livremente se querem ter ou
não ter filhos. Os serviços de saúde oferecem recursos, tanto para auxiliar a ter filhos,
quanto para prevenir uma gravidez indesejada. Por isso, a mulher e seu companheiro devem
conversar sobre quando e quantos filhos os dois querem ter.
Direito à laqueadura/vasectomia: MUDANÇA DE LEI
Violência obstétrica
você sabe oque é isso?
■ Negação: Negar o tratamento durante o parto, humilhações verbais, desconsideração das necessidades e dores
da mulher, práticas invasivas, violência física, uso desnecessário de medicamentos, intervenções médicas
forçadas e coagidas, detenção em instalações por falta de pagamento, desumanização ou tratamento rude.
■ Discriminação: A violência também pode se manifestar por discriminação baseada em raça, origem étnica ou
econômica, idade, status de HIV, não-conformidade de gênero entre outros.
■ Violência de gênero: Além de ser um tipo de violência que só afeta mulheres pelo simples fato de que apenas
as mesmas passam pela experiência da gestação e do parto, atitudes desrespeitosas podem estar relacionadas a
estereótipos ligados ao feminino. Profissionais de saúde podem se sentir na posição de ultrapassarem a
normalidade aceitável de como uma gestante deve se comportar.
■ Negligência: Impossibilidade de prover mãe e bebê com o atendimento necessário para garantir a sua saúde
de ambos.
uso de ocitocina: Esse é um hormônio utilizado para acelerar o processo de contrações
uterinas e, dessa forma, agilizar o trabalho de parto. Quando ela é utilizada de forma
incorreta gera um aumento de dor durante as contrações e podem ocasionar sérias
complicações para a mulher e o bebê.
Prática da episiotomia: A episiotomia é um procedimento cirúrgico. É utilizada para
aumentar a abertura do canal vaginal. Consiste em um corte realizado no períneo (entre a
vagina e o ânus) com uma tesoura ou bisturi. Essa prática também pode gerar complicações
como infecções e problemas de cicatrização.
Manobra de Kristeller: É utilizada para acelerar a saída do bebê. Durante as contrações, o
bebê é empurrado com a utilização de força em direção à pelve da mulher para auxiliar sua
saída. Muitas vezes são usados os braços e até mesmo o joelho para imprimir mais força.
Essa prática pode ocasionar lesão dos órgãos internos, hemorragias, fratura de costelas.
Além de ser considerada também uma forma de violência psicológica.
Falta de informação
Muitas vezes por não saber ou não entender determinada prática a mulher pode abrir mão
de sua autonomia de escolha. No entanto, é dever do médico explicar toda a situação para
que ela saiba tomar uma decisão com base no que julga ser melhor para si e para seu filho.
O descaso nesse sentido pode se configurar um tipo de violência obstétrica.
Como evitar a violência obstétrica?
A melhor forma de evitar essa condição é entender o que é violência obstétrica. Quando a
mulher se empodera com informação ela consegue lutar pelos seus direitos. Para isso, é
possível buscar informações sobre o assunto, conversar com outras gestantes e ler livros.
No entanto, sabemos que esse é um período muito delicado em sua vida. Dessa forma, ela
pode também pedir ajuda de outras pessoas, para acompanhá-la, por exemplo, nas consultas
e durante o parto.

MAS, SE AINDA ASSIM, FOR VÍTIMA DE VIOLÊNCIA


OBSTÉTRICA, COMO PROCEDER?
Primeiro, denuncie!
Disque 180 (violência contra a mulher)
Disque 136 (Disque Saúde)
Reclamação na ouvidoria do hospital – lembrando sempre de exigir o número do protocolo;
Denunciar na ANS (se for pelo Plano);
Denunciar no Ministério da Saúde;
Denunciar o Hospital junto ao Ministério Público;
Pode procurar o CRAS para auxiliar na orientação e encaminhamentos.

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