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O autor
comenta que somente em alguns países desenvolvidos do Ocidente é que essa pauta era
mais amplamente
comentada, principalmente pela classe média.
A classe média nas sociedades mais ricas,
após vinte anos de crescimento ininterrupto, durante os quais haviam
sido supridas as suas necessidades básicas nas áreas de saúde,
habitação, educação e alimentação, estava pronta a alterar suas
prioridades para abraçar novas idéias e comportamentos que alterassem
diretamente seu modo de vida (p.28)
As opiniões
entre os países em desenvolvimento variavam da premissa de que
os problemas relacionados ao meio ambiente eram preocupação
apenas para as nações altamente desenvolvidas [...] até a certeza
de que os países desenvolvidos estavam usando previsões
catastróficas como instrumento racista, para manter o terceiro
mundo não-branco em nível relativamente baixo de
desenvolvimento. As preocupações com o meio ambiente seriam
ótima desculpa para as nações industrializadas puxarem o tapete (p.34)
A maioria dos
autores considera que as principais conquistas da Conferência de
Estocolmo – independentemente dos êxitos ou derrotas de países
específicos ou de grupos negociadores – teriam sido as seguintes: a
entrada definitiva do tema ambiental na agenda multilateral e a
determinação das prioridades das futuras negociações sobre meio
ambiente; a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente – PNUMA (UNEP, pelas iniciais em inglês); o estímulo à
criação de órgãos nacionais dedicados à questão de meio ambiente
em dezenas de países que ainda não os tinham; o fortalecimento das
organizações não-governamentais e a maior participação da sociedade
civil nas questões ambientais. (p.48)
A necessidade de acompanhamento das questões ambientais
pelos próprios países e a perspectiva de canalização de recursos para
estudos e projetos ligados a problemas ambientais levaram grande
número de países a criar instituições adequadas e a estabelecer, ou
aperfeiçoar, programas nacionais de defesa do meio ambiente. No caso
brasileiro, logo após a Conferência, foi criada a Secretaria Especial de
Meio Ambiente, a SEMA, no âmbito do Ministério do Interior. (p.49)