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AMBIENTAL – TURMA A – TRABALHO 3

Rafael Müller Eberhardt – 00315340

Notícia: https://www.brasildefato.com.br/2022/06/05/ha-30-anos-eco-92-no-rio-
de-janeiro-colocou-mudanca-climatica-na-pauta-global

1) RESUMO DA NOTÍCIA

No dia 03 de junho de 2022 completou 30 anos da Conferência das


Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO-92), sediada
no Rio de Janeiro, que reuniu representantes de 178 nações para discussões
acerca do efeito estufa, desmatamento, camada de ozônio, entre outros temas
de relevância ambiental.

A ECO-92 foi de extrema importância para dar luz não só ao grande


público, mas também para empresas, organizações e até governos, de diversos
temas ambientais que eram muito pouco comentados, ou restritos a comunidade
científica, sendo responsável por consagrar o conceito de Desenvolvimento
Sustentável.

Foi a primeira vez que houve tantos líderes mundiais reunidos para
discussão de temas ambientais e o resultado foi o pacto de diversos acordos,
entre eles a famosa convenções-quadro da ONU: para o clima, para a
conservação da biodiversidade, e de combate à desertificação. A partir desse
encontro, o tema climático passou a ser tratado pelos agentes com muito mais
relevância e seriedade.

A ECO-92 foi resultado da conferência de Estocolmo, ocorrida 20 anos


antes, em 1972, que foi o primeiro grande evento do mundo dedicado ao meio
ambiente. Contudo, a ECO-92 foi um dos maiores marcos políticos para temas
ambientais, envolvendo tanto governos quanto a sociedade, conseguindo pensar
coletivamente na construção de um futuro melhor.
2) TEMA ATUAL E RELEVANTE

A ECO-92 é considerada até os dias atuais uma das principais


conferências ambientais realizadas em nível global, não apenas pela relevante
participação de países, mas pela celebração de diversos acordos de grande
relevância cujos efeitos permanecem até os dias de hoje, mais de 30 anos após
a realização da ECO-92.

A ECO-92 elevou a questão ambiental à protagonista em diversos


debates, sendo responsável pela elaboração do conceito de desenvolvimento
sustentável, tão falado nos dias de hoje, especialmente com a crescente onda
de empresas ESG (Environmental, Social and Governance - sustentabilidade
ambiental, social e de governança corporativa).

Assim, não apenas pela relevância política e por elevar o debate


ambiental, também foram celebrados diversos documentos e acordos que ainda
repercutem e influenciam o dia a dia e o direito ambiental, como, por exemplo, a
Carta da Terra, a Agenda 21, a convenção quadro do clima, que deu origem ao
Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris, de 2015.

O ambientalista Marcio Astrini: “Ali foi dado o passo decisivo para todos
os debates que até hoje acontecem sobre clima”.

3) RELAÇÃO DO TEMA COM A DISCIPLINA

A ECO-92 não apenas ampliou o debate sobre o meio ambiente, que pode
se dizer que começou de maneira tímida a partir da Conferência de Estocolmo,
como deu origem a diversos documentos e acordos que são base para a
legislação e políticas ambientais da grande maioria dos países do mundo, sendo
de extrema relevância para o estudo, entendimento e desenvolvimento do Direito
Ambiental nacional e internacional.

4) ANÁLISE CRÍTICA

O grande mérito da ECO-92 foi trazer ao debate público temas ambientais


que antes não eram conhecidos ou debatidos.
No entanto, a maior crítica que pode ser feita é acerca da superficialidade
e talvez falta de aplicação de acordos que foram realizados ou foram
desdobrados da ECO-92.

Isso porque ao longo do tempo foi se acordando que cada país


estabeleceria suas próprias metas e não haveria um efetivo controle e rigidez de
seu cumprimento. Assim, a ideia inicial de que os países ricos iniciariam a
redução de suas emissões, dando início as transições ecológicas, enquanto
permitiria e daria apoio ao desenvolvimento dos países mais pobres que na
sequência fariam o mesmo caminho, não ocorreu, ou ao menos não da maneira
desejada pela qual maiores mudanças seriam permitidas e sentidas por todos.

Assim, apesar da máxima boa intenção, esses acordos não podem ser
executados em caso de descumprimento e dependem sempre das atitudes dos
governos, empresas, indivíduos e demais agentes internacionais que são
movidos por privilégios, poder, ganância e individualismo, de modo que a pauta
coletiva, em especial a do meio ambiente, vai ficando de lado.

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