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para Gestores da
Alfabetização
Módulo
Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa
Equipe
Maria Virgínia Morais Garcia (Conteudista, 2020)
Thaís de Oliveira Alcantara (Coordenador, 2020)
Paula Alves Tavares (Planejador Educacional, 2021)
Andréia Santiago de Oliveira (Designer Instrucional, 2021)
Marcos Inácio S. de Almeida (Revisão de texto, 2021)
Danielle Alves de Oliveira Tabosa (Implementação Moodle, 2021)
João Paulo Albuquerque Cavalcante (Diagramação e produção gráfica, 2021)
Enap, 2021
Olá!
Neste módulo abordaremos sobre a criança na educação infantil nos dois primeiros anos do
Ensino Fundamental, ele possui:
O não saber ler traz muitos outros prejuízos para a criança, tais como reprovação, distorção
idade/série, abandono e evasão. E se não bastasse só isso, também há números expressivos de
analfabetos funcionais, condição das pessoas que possuem habilidades limitadas de leitura e
compreensão de texto.
Segundo o caderno da PNA, países que melhoraram a alfabetização nas últimas décadas
fundamentaram suas políticas públicas nas evidências mais atuais das ciências cognitivas, em
especial, da ciência cognitiva da leitura.
A seguir, serão apresentados vários conceitos, de diferentes autores, que buscam definir os
motivos para este termo ser tão importante.
Ler com precisão e fluência e escrever palavras dentro e fora de textos é apenas o começo de um
caminho que deve ser consolidado por meio de atividades que estimulem a leitura e a escrita
de textos cada vez mais complexos. O objetivo é que o indivíduo se torne capaz de usar essas
habilidades com independência e proficiência para aprender, transmitir e até produzir novos
conhecimentos.
Os primeiros estudos sobre literacia ocorreram em meados de 1980 (na década de 1970 já existia
uma preocupação com os níveis de alfabetização em alguns países europeus e nos Estados
Unidos), quando o International Adult Literacy Survey (1994) procurava descrever e comparar os
níveis de literacia em diferentes países.
De acordo com D’Ambrósio (2005), as estratégias de ensino estão centradas nos conceitos de
Literacia, Materacia e Tecnoracia, cujas definições são:
Segundo o Caderno da PNA, desde 1980, muitos países têm adotado a perspectiva da educação
baseada em evidências científicas com o propósito de melhorar os indicadores educacionais e
garantir a qualidade de educação para todos.
Basear a alfabetização em evidências de pesquisas não é impor um método, mas propor que
programas, orientações curriculares e práticas de alfabetização sempre tenham em conta os
achados mais robustos das pesquisas científicas.
A ciência cognitiva da leitura afirma que, ao contrário do que supõem certas teorias, a
aprendizagem da leitura e da escrita não é natural, nem espontânea. Não se aprende a ler como
se aprende a falar. A leitura e a escrita precisam ser ensinadas de modo explícito e sistemático,
evidência que afeta diretamente a pessoa que ensina (DEHAENE, 2011). Por isso, os professores
também estão entre os principais beneficiados desse ramo da ciência.
No início do processo de alfabetização, a criança acredita que a escrita é uma forma diferente
de desenhar as coisas. A criança associa a escrita à imagem que conhece e ao tamanho. Se você
colocar duas palavras juntas, uma grande que represente algo pequeno e uma palavra pequena
que represente algo grande, com certeza ela irá trocar. A palavra pequena representará o que for
pequeno e a palavra grande representará o que for grande. A criança ainda não entende que a
escrita representa a fala, o som, e não o objeto.
BRASIL. Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos Arts. 29, 30, 32 e 87 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula
obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11274.htm> Acesso em: 09 out. 2020.
BRASIL. Lei nº 13.005 de 25 de junho 2014. (PNE). Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l13005.htm> Acesso em: 09 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Alfabetização (PNA). Brasília: MEC, SEALF,
2019. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_pna_final.pdf>.
Acesso em: 09 out. 2020.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional
pela Alfabetização na Idade Certa. Interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização. Caderno de
Apresentação / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à
Gestão Educacional. Brasília, 2015.
GLOSSÁRIO CEALE. Termos de Alfabetização, Leitura e Escrita para educadores. Livro didático de
alfabetização. Disponível em: <https://bit.ly/2IiDFNU> Acesso em: 09 out. 2020.
ODY, Magnus Cesar; VIALI, Lori. Alfabetização, letramento e literacia: da aquisição e das
habilidades de leitura, de escrita e de cálculo, à utilização de suas competências na estatística e
na probabilidade. Trabalho apresentado VII CIBEM, 2013, [Montevideo]. Disponível em: < http://
repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/11853> Acesso em: 09 out. 2020.