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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE AVALIAÇÃO DE

IMPACTO AMBIENTAL E SOCIAL


PO-03/2013

Unidade Responsável: Gestão de Programas

OBJETIVO:
Descrever a metodologia e as ferramentas para a implementação da Política de
Salvaguardas Ambientais e Sociais.

ESCOPO ORGANIZACIONAL:
Estes procedimentos aplicam-se a projetos financiados pelo GEF.
PO-03/2013

VALIDAÇÃO
Versão atual Ação Data
Aprovação 26 Mai 2014
3 Início da vigência 26 Mai 2014
Próxima revisão Abr 2016

CONTROLE DE VERSÃO
Versão Data Responsável Situação
0.1 30 Nov 2013 Fernanda F. C. Marques Minuta
1 06 Dez 2013 Conselho Deliberativo Aprovado
1.1 28 Mar 2014 Fernanda F. C. Marques Revisado
2 14 Abr 2014 Rosa Lemos Aprovado
2.1 23 Mai 2014 Fernanda F. C. Marques com Revisado
a consultora de Juliana
Medeiros Paiva
3 26 Mai 2014 Rosa Lemos Aprovado

DOCUMENTOS RELACIONADOS:
• P-21 Política de Análise (appraisal) e Seleção de Projetos;
• P-24 Política de Salvaguardas Ambientais e Sociais;
• PO-02 Procedimentos Operacionais para Povos Indígenas;
• PO-04 Procedimentos Operacionais para Proteção de Habitats Naturais;
• PO-05 Procedimentos Operacionais para Recursos Culturais Físicos;
• PO-06 Procedimentos Operacionais de Reassentamento Involuntário;
• PO-07 Procedimentos Operacionais para Manejo de Pragas;
• PO-08 Procedimentos Operacionais para Sistema de Denúncias e
Responsabilização.

Privacidade:
Esse documento é público e está disponível no website do Funbio. Não deve ser
editado ou alterado sem consentimento prévio.

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PO-03/2013

SUMÁRIO
I. Introdução ................................................................................................................ 4
II. Declaração de Princípios .......................................................................................... 4
III. estruturas Institucionais ........................................................................................... 5
IV. Elaboração e Implementação do Projeto ................................................................. 5
IV.1 Definições........................................................................................................... 5
IV.2 Seleção ............................................................................................................... 6
IV.3 Consulta ............................................................................................................. 8
IV.4 Divulgação .......................................................................................................... 8
IV.5 Monitoramento e Avaliação .............................................................................. 8
Anexo I – Conteúdo do Relatório de Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS) ... 9
Anexo II – Plano de Gestão Ambiental e Social Annex II ................................................ 11

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PO-03/2013

I. INTRODUÇÃO
1. O Funbio reconhece a importância de políticas e práticas de salvaguardas
ambientais e sociais internas claras e estabelecidas como uma parte essencial dos
esforços para a promoção do desenvolvimento sustentável. Embora o Funbio, por
natureza, não apoie projetos que impliquem riscos ambientais significativos, é
importante identificar os potenciais impactos adversos dos projetos, da maneira
mais clara possível, a fim de evitar ou minimizar quaisquer impactos ambientais ou
sociais provenientes de atividades financiadas e minimizar os riscos operacionais e
reputacionais.
2. O Funbio estabeleceu uma Política de Salvaguardas Ambientais e Sociais, a qual
abrange (a) um conjunto de princípios para orientar o seu trabalho, por meio da
Avaliação de Impactos Ambientais e Sociais; (b) estruturas internas para seleção,
classificação, consulta e avaliação de projetos; e (c) normas para o desenho,
implantação, monitoramento e avaliação de projetos.
3. Os Procedimentos Operacionais de Avaliação de Impactos Ambientais e Sociais
fornecem a metodologia e as ferramentas para abordar os Padrões Mínimos da P-
24 Política de Salvaguardas Ambientais e Sociais e para avaliar a solidez e
sustentabilidade ambiental e social dos projetos, como uma forma de prevenir,
minimizar e gerir impactos adversos na implementação dos mesmos.

II. DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS


4. O Funbio empregará uma abordagem preventiva e ecossistêmica ao avaliar os
riscos ambientais e sociais dos projetos, tanto no desenho como na implantação,
exigindo que o proponente pondere os benefícios esperados do projeto versus os
potencias custos ambientais e sociais do mesmo.
5. A Análise Ambiental e Social Inicial é o processo de análise prévia utilizada pelo
Funbio para analisar impactos potencias das ações de projetos em recursos
culturais físicos, socioeconômicos, biológicos e físicos, bem como impactos
potenciais para a saúde e segurança humana.
6. Todas as atividades do projeto devem estar de acordo com as normas existentes
nas legislações das áreas ambiental, saúde, social, reassentamento e trabalhista
brasileiras e devem estar enquadradas no âmbito de acordos internacionais
aplicáveis, os quais abrangem direitos humanos e ambientais.
7. A Análise Ambiental e Social Inicial é a ferramenta de desenho utilizada para
determinar a viabilidade do projeto e ponderar as alternativas do mesmo,
documentando custos eventuais para minimização, mitigação, compensação e

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monitoramento de potenciais impactos adversos, incluindo análise dos custos de


capacitações institucionais e monitoramento dos requisitos garantidores da
sustentabilidade ambiental e social dos investimentos.
8. As partes interessadas, comunidades afetadas e organizações da sociedade civil
devem ser envolvidas, o mais cedo possível, no desenho do projeto buscando
recomendações e obtenção de consentimento. Ao longo do ciclo de implantação
do projeto estes atores continuarão a serem incluídos, conforme necessário, no
monitoramento do projeto.
9. Quando outras Avaliações Ambientais e Sociais são exigidas, consultores
independentes podem ser contratados. Painéis consultivos independentes são
exigidos durante a elaboração e implantação de projetos de alto risco.

III. ESTRUTURAS INSTITUCIONAIS


10. O Funbio designou um membro da equipe como o Ponto Focal institucional de
Salvaguardas Ambientais e um Segundo membro da equipe como o Ponto Focal
institucional de Salvaguardas Sociais. Esses membros da equipe são responsáveis
pela coordenação, implantação e supervisão da Política de Salvaguardas
Ambientais e Sociais.
11. O Funbio manterá um grupo de especialistas ad hoc nas áreas de biologia, ecologia,
engenharia florestal, agronomia, gestão ambiental, antropologia, sociologia,
arqueologia e disciplinas relacionadas, o qual será acionado, quando necessário,
para exercer funções específicas na implementação da Política de Salvaguardas
Ambientais e Sociais.

IV. ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

IV.1 DEFINIÇÕES1
12. Avaliação Ambiental e Social (AAS): É um processo cuja amplitude, profundidade e
tipologia de análise dependem da natureza, escala e potenciais impactos
ambientais e sociais da proposta. A AAS avalia os potenciais riscos ambientais e
sociais e os impactos decorrentes em sua área de influência, incluindo a
representação de gênero; examina o processo de seleção e seu aprimoramento;
identifica as alternativas da proposta, localização, planejamento, desenho e
implantação por meio da prevenção, minimização, mitigação ou compensação dos

1
Definitions taken from PO-04.01 – Environmental Assessment, revised April 2013, and PO-04.01 –
Environmental Assessment, Annex A – Definitions, revised February 2011, both available from
www.worldbank.org.

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impactos ambientais e sociais adversos, também ampliando os impactos positivos.


A AAS também analisa o processo de mitigação e gestão de impactos ambientais e
sociais adversos ao longo da implementação do projeto.
13. Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS): É um instrumento para
identificação e avaliação dos potenciais impactos ambientais e sociais de um
projeto proposto, incluindo papéis de gênero, para o exame de alternativas e para
o desenho de medidas de mitigação, gestão e monitoramento apropriadas. Ver
Anexo I.
14. Plano de Gestão Ambiental e Social (PMAS): Instrumento que detalha (a) as
medidas a serem tomadas durante a implantação e operação de um projeto para
eliminar ou compensar impactos ambientais e sociais adversos, incluindo aqueles
que afetam homens e mulheres de formas distintas, ou para reduzi-lo a níveis
aceitáveis; e (b) as ações necessárias para implementar essas medidas. Ver Anexo
II.

IV.2 SELEÇÃO
15. A fim de abordar de maneira adequada potenciais questões ambientais e sociais
relativas ao seu quadro institucional, a equipe técnica do Funbio responsável pela
avaliação do projeto necessita apresentar uma Análise Ambiental e Social Inicial
como a primeira revisão interna para avaliação dos efeitos razoavelmente
previsíveis das ações propostas em relação ao Meio Ambiente e às populações
locais.
16. Os potenciais impactos das ações propostas devem ser identificados e o projeto
classificado seguindo os Padrões Mínimos detalhados na P-24 Política de
Salvaguardas Ambientais e Sociais. Ao projeto proposto será tentativamente
atribuída uma das três categorias de salvaguardas abaixo2:
1) Sem Impacto: ações pré-determinadas as quais não implicam em qualquer
impacto no Meio Ambiente;
2) Baixo Impacto: ações com impacto menor, abordadas como medidas de
mitigação apropriadas. Essas consistem em impactos os quais são
específicos do local, poucos deles são irreversíveis, e na maioria dos casos,
medidas de mitigação, identificadas na Avaliação Ambiental e Social,

2
As definições operacionais das categorias de salvaguarda foram baseadas na classificação de projetos
do Banco Mundial. Veja Política Operacional PO-4.01 - Avaliação Ambiental, revisado em abril de 2013 e
disponível em www.worldbank.org.

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podem ser desenhadas mais prontamente do que para projetos de


Impactos Significativos; e
3) Impactos Significativos: Impactos ambientais significativos os quais
requerem uma Avaliação de Impacto Ambiental e Social e o redesenho do
projeto. Estes consistem em impactos ambientais adversos, os quais são
irreversíveis, diversos ou sem precedentes. Tais impactos podem afetar
uma área maior do que os locais ou instalações sujeitas a obras.
17. A avaliação do projeto considera e contempla os requisitos mínimos dos Padrões
Mínimos aplicáveis, documentando e justificando a classificação do projeto em
uma decisão ambiental por escrito.
18. Caso a Análise Ambiental e Social Inicial classifique o projeto como Sem Impacto,
não se faz necessária quaisquer outras ações. Exemplos de ações consideradas
como pertencentes à categoria de Sem Impacto são:
• Programas educacionais, de assistência técnica ou treinamento;
• Experimentação controlada restrita a pequenas áreas e cautelosamente
monitoradas;
• Análises, estudos, workshops acadêmicos ou de pesquisa e reuniões;
• Documentação e transferência de informação;
• Doações/bolsas para capacitação institucional;
• Programas envolvendo nutrição e assistência médica;
19. Projetos classificados como de Impacto Baixo exigem uma Avaliação Ambiental e
Social (AAS) para verificar os potenciais impactos ambientais e sociais dos mesmos,
e a elaboração de um Plano de Gestão Ambiental e Social (ver Anexo II) para
classificar tais riscos e propor medidas de prevenção, mitigação e compensação
durante a implantação.
20. Projetos classificados como de Impacto Significativo exigem uma Avaliação de
Impacto Ambiental e Social (AIAS) completa para analisar os impactos ambientais e
sociais do projeto, propor medidas de mitigação e compensação e monitorar os
impactos e a efetividade das ações de mitigação propostas (ver Anexo I). O Plano
de Gestão Ambiental e Social (ver Anexo II) fornece o quadro para a mitigação,
monitoramento e avaliação dos impactos ambientais e sociais durante a
implementação do projeto.

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IV.3 CONSULTA
21. Para projetos de Baixo Impacto e de Impacto Significativo, a consulta aos grupos
afetados pelo projeto e Organizações Não-Governamentais locais (ONGs) deve ser
conduzida antes da avaliação do projeto, e suas visões/pareceres considerados na
elaboração do projeto. Esboços de Avaliações Ambientais e Sociais, Relatórios de
Avaliação Ambiental e Social e todos os demais planos de mitigação exigidos,
igualmente devem ser submetidos ao processo de consulta. Além disso, consultas
com tais grupos devem ser conduzidas conforme necessário, ao longo da
implantação do projeto, a fim de abordar questões relacionadas à avaliação
ambiental e social, as quais os afetam de alguma forma.
22. Métodos de consulta específicos podem variar dependendo da natureza e do
escopo do projeto proposto. As metodologias devem ter por objetivo identificar e
avaliar as principais partes interessadas em um projeto; planejar a sua
participação; consultar e colaborar com os atores a nível local; e monitorar e
avaliar os resultados do projeto.

IV.4 DIVULGAÇÃO
23. O relatório completo de Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS), o
conteúdo necessário/exigido dos planos de mitigação, bem como os requisitos de
gestão legal (plano de manejo de florestas, por exemplo), junto com a
documentação do processo de consulta, devem estar prontamente acessíveis nas
formas e nos idiomas apropriados e em tempo hábil para todos os envolvidos e
grupos afetados, diretamente e indiretamente, antes da avaliação do projeto. Os
meios para essa divulgação devem incluir a publicação do material no website do
Funbio e do proponente, bem como em formato impresso (em papel) na localidade
onde o projeto do GEF será implementado. Métodos de divulgação adicional
podem incluir reuniões com comunidades de grupos afetados, workshops
regionais, anúncios em radio, folhetos e demais documentos escritos e mídia
eletrônica.

IV.5 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO


24. O Monitoramento e Avaliação serão conduzidos segundo acordado no Plano de
Gestão Ambiental e Social aprovado e/ou em outros planos de manejo específicos.

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ANEXO I – CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO


AMBIENTAL E SOCIAL (AIAS)3
O relatório de Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS) deve incluir os seguintes
itens:

(a) Sumário Executivo. Discute de maneira concisa os resultados significativos e as


ações recomendadas.
(b) Quadro politico, legal e administrativo. Discute o quadro politico legal e
administrativo dentro do qual a AIAS é realizada. Explica os requisitos ambientais e
sociais de quaisquer co-financiadores. Identifica acordos ambientais e sociais
internacionais relevantes dos quais o país faz parte.
(c) Descrição do Projeto. Descreve de maneira concisa o projeto proposto e seu
contexto geográfico, ecológico, temporal e social, incluindo papéis de gênero e
investimentos paralelos que possam ser necessários (p.e. gasodutos, vias de
acesso, instalações de geração de energia, abastecimento de água, habitação,
matéria prima e instalações para armazenamento de produtos). Indica a
necessidade de planos de reassentamento ou para povos indígenas (ver também
subparágrafo (h) (v) abaixo). Normalmente inclui um mapa mostrando o local do
projeto e sua area de influência.
(d) Base de Referência. Avalia as dimensões da área e descreve as condições físicas,
biológicas e socioeconômicas relevantes, utilizando estatísticas
desagregadas/discriminadas por sexo e incluindo quaisquer mudanças previstas
antes que o projeto tenha início. Também considera atividades de
desenvolvimento presentes e propostas dentro da área do projeto, mas não
diretamente ligados ao projeto. A informação deve ser relevante para as decisões
referentes à localização do projeto, desenho, operação ou medidas mitigatórias. A
seção indica a precisão, confiabilidade e fontes da informação.
(e) Impactos Ambientais e Sociais. Prevê e avalia os prováveis impactos positivos e
negativos, em termos quantitativos na medida do possível e utilizando estatísticas
desagregadas/discriminadas por sexo. Identifica medidas de mitigação, incluindo
mudanças no desenho do projeto, e quaisquer impactos negativos restantes que
não podem ser mitigados. Explora oportunidades para aprimoramento ambiental
e social. Identifica e estima o alcance e a qualidade da informação disponível, a
lacuna de dados relevantes, e incertezas associadas a previsões, e define tópicos
os quais não necessitam de maior atenção.

3
Conteúdo extraído do documento PO-4.01 Avaliação Ambiental, Anexo B, Janeiro de 1999, disponível
em www.worldbank.org.

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(f) Análise de Alternativas. Sistematicamente compara alternativas viáveis para a


localização, tecnologia, desenho e operação propostas para o projeto – incluindo o
status “sem projeto” – em termos de seus potenciais impactos ambientais e
sociais; a viabilidade de mitigação desses impactos; o seu capital e custos
recorrentes; sua adequação às condições locais; e seus requisitos institucionais, de
treinamento e monitoramento. Para cada uma das alternativas, quantifica os
impactos ambientais e sociais na medida do possível, e atribui valores econômicos
quando viável. Afirma a base para a seleção de determinado desenho de projeto
proposto e justifica níveis de emissão recomendados e abordagens para a
prevenção e redução da poluição.
(g) Plano de Gestão Ambiental e Social (PMAS). Abrange medidas de mitigação,
monitoramento e fortalecimento institucional; ver Anexo II.
(h) Apêndices
(i) Lista de elaboradores de relatórios de Avaliação de Impacto Ambiental e
Social – indivíduos e organizações.
(ii) Referências – materiais escritos tanto publicados como não publicados,
utilizados na elaboração do estudo.
(iii) Registro de reuniões interinstitucionais e de consulta, incluindo consultas
para a obtenção de pareceres informados relativos às comunidades
afetadas e Organizações Não-Governamentais (ONGs) locais. O registro
especifica quaisquer meios que não consultas (p.e.levantamentos) os
quais foram aplicados para a obtenção dos pareceres de ambos os
grupos.
(iv) Tabelas/Quadros apresentando informações importantes referentes ao
texto principal ou resumidas no mesmo.
(v) Lista de relatórios associados (p.e. Plano de reassentamento ou de povos
indígenas).

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ANEXO II – PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL ANNEX II4

1. O Plano de Gestão Ambiental e Social (PMAS) de um projeto consiste em um


conjunto de medidas de mitigação, monitoramento e adequação institucionais a
serem tomadas durante a implementação e operação para eliminar impactos
ambientais e sociais adversos, compensá-los ou reduzi-los a níveis aceitáveis. O
plano também inclui as ações necessárias para a implantação dessas medidas.
2. Para a elaboração de um plano de gestão, o proponente do projeto (a) identifica o
conjunto de respostas para impactos ambientais e sociais potencialmente
adversos; (b) determina requisitos para garantir que tais respostas sejam
elaboradas de maneira eficaz e em tempo hábil; e (c) descreve os meios para
atender os requisitos.
3. De forma mais específica, o PMAS inclui os seguintes componentes:

Mitigação

4. O PMAS identifica medidas viáveis e rentáveis que podem reduzir impactos


ambientais e sociais adversos potencialmente significativos para níveis razoáveis. O
plano inclui medidas compensatórias, caso as de caráter mitigatório não forem
viáveis, rentáveis or suficientes. Especificamente, o PMAS:
(a) identifica e resume todos os impactos ambientais e sociais adversos
previstos (incluindo aqueles envolvendo povos indígenas ou reassentamento
involuntário);
(b) descreve, com detalhes técnicos, cada medida de mitigação, incluindo o tipo
de impacto com o qual a mesma está relacionada e as condições nas quais
são requeridas (p.e., continuamente ou na ocorrência de contingências),
junto com o desenho, a descrição dos equipamentos, e procedimentos
operacionais, conforme apropriado;
(c) estima/avalia quaisquer potenciais impactos ambientais e sociais dessas
medidas;
(d) apresenta relação com outros planos de mitigação (p.e., para gestão de
pragas, reassentamento involuntário, povos indígenas, ou propriedade
cultural) exigidos para o projeto.

4
Conteúdo extraído do documento PO-4.01 Plano de Manejo Ambiental, Anexo C, Janeiro 1999,
disponível em www.worldbank.org.

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Monitoramento

5. O monitoramento ambiental e social durante a implementação do projeto fornece


informação a respeito de aspectos ambientais e sociais do mesmo, especialmente
os impactos ambientais e sociais do projeto e a eficácia de medidas de mitigação.
Tais informações permitem que o mutuário e o Funbio avaliem o sucesso da
mitigação como parte da supervisão do projeto, e autoriza que ações corretivas
sejam empreendidas quando necessárias. Portanto, a PMAS identifica objetivos de
monitamento e especifica o seu tipo, com relação com os impactos avaliados no
relatório de Avaliação Ambiental e as medidas de mitigação descritas no PMAS. De
forma específica, a seção de monitoramento do PMAS fornece (a) uma descrição
específica e os detalhes técnicos das medidas de monitoramento, incluindo os
parâmetros a serem mensurados, os métodos a serem utilizados, os locais de
amostragem, a frequência das medições, os limites de detecção (onde
apropriados), e a definição de limiares que sinalizarão a necessidade de medidas
corretivas; e (b) procedimentos de monitoramento e informação para (i) assegurar
a detecção prévia das condições as quais necessitam medidas de mitigação
específicas, e (ii) fornecer informações sobre o andamento e os resultados da
mitigação.

Desenvolvimento de Capacidades e Treinamento

6. Para apoiar a implantação eficaz e em tempo hábil dos componentes ambientais e


sociais do projeto e das medidas de mitigação, o PMAS se inspira na análise da
Avaliação Ambiental relativa à existência, papel e capacidades das unidades
ambientais e sociais no local ou no nível da agência e ministério. Caso necessário, o
PMAS recomenda o estabelecimento ou expansão de tais unidades, e o
treinamento da equipe, a fim de permitir a implantação das recomendações da
Avaliação Ambiental. Especificamente, o PMAS fornece uma descrição particular
dos arranjos institucionais – quem é responsável por executar as medidas
mitigatórias e de monitoramento (p.e., para operação, supervisão, aplicação,
monitoramento da implantação, ações corretivas, financiamento, prestação de
contas e treinamento de equipe). A fim de fortalecer as capacidades de gestão
ambiental e social nas agências responsáveis pela implantação, a maioria dos
PMAS abrange um ou mais dos seguintes tópicos: (a) programas de assistência
técnica, (b) aquisição de equipamentos e suprimentos, e (c) mudanças
institucionais.

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Cronograma de implementação e Estimativas

7. Para todos os três aspectos (mitigação, monitoramento e desenvolvimento de


capacidades), o PMAS fornece (a) o cronograma de implantação para as medidas
que devem ser executadas como parte do projeto, define as fases e sua
coordenação com os planos de implantação total do projeto; e (b) o capital e as
estimativas de custos recorrentes e fontes de financiamento para a implantação do
PMAS. Tais números são também integrados nas tabelas de custos totais do
projeto.

Integração do PMAS com o Projeto

8. Espera-se que o PMAS seja executado de maneira efetiva. Consequentemente,


também se espera que o plano seja específico na sua descrição das medidas de
mitigação individual e monitoramento e na sua avaliação das responsabilidades
institucionais, e este deve ser integrado no planejamento , desenho, orçamento e
implementação gerais do projeto. Tal integração é atingida por meio do
estabelecimento do PMAS dentro do projeto, a fim de que o plano receba
financiamento e supervisão juntamente com os demais componentes.

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