Graça e Verdade

Por Fernando Sabóia   

Muitas vezes, mudamos de mente (arrependimento), mudamos de comportamento

(obediência), mudamos mesmo de sentimento (atitude) em relação a situações ou
aspectos da vida. Contudo, sabemos e sentimos que isso não basta.

Irmãos queridos,

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade...”

Muitas vezes, mudamos de mente (arrependimento), mudamos de comportamento

(obediência), mudamos mesmo de sentimento (atitude) em relação a situações ou
aspectos da vida. Contudo, sabemos e sentimos que isso não basta. Precisamos sofrer
uma transformação mais profunda, que atinja nosso ser em essência, nossa própria
natureza.

Tal transformação chama-se santidade. Nascemos para sermos santos, separados do

pecado e separados para Deus. Não importa a que o mundo ou a carne nos tentem
induzir. Nosso anseio mais profundo é por santidade e comunhão com Deus. Aliás, está
escrito: “busquemos ... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

Muitas vezes buscamos a santidade de forma mística, orando , jejuando, dedicando-

nos a exercícios espirituais radicais, e corremos o risco de nos esquecermos que
precisamos ser santos no mundo. Outros perseguirão a santidade assumindo um padrão
rígido de comportamento e talvez confundam o comportamento com o caráter, o que
se é com o que se faz.

Tenho pensado e visto em muitas vidas que a santidade é o resultado da ação conjunta
da graça com a verdade no caráter do homem. Graça e verdade forjam a santidade.
A graça sozinha pode produzir tanto religiosos liberais quanto crentes permissivos. A
verdade sem a graça facilmente produz fariseus e cristãos soberbos (pode isso
existir??!!!).

Verdade e graça juntas moldam o caráter do homem e o fazem mais parecido com
Jesus.

Quanto mais nos aprofundamos na verdade, mais descobrimos o quanto dependemos da

graça para viver essa verdade; quanto mais graça recebemos, mais temos revelação da
verdade.

A graça ilumina e vivifica a verdade; a verdade encarna a graça e a torna concreta.

Quando a verdade nos ordena “perdoe”, a graça nos diz “eu te perdoei primeiro”. Por
outro lado, quando a graça nos diz “você foi perdoado”, a verdade completa “não
peques mais, para que não te suceda coisa pior”.

A graça e a verdade se combinam perfeitamente no caráter de Jesus: “a graça e a

verdade vieram por meio de Jesus Cristo”, o dom perfeito do Pai. Sendo
completamente santo, Jesus ministrou com equilíbrio e perfeição graça e verdade.

Queridos, no trato com os irmãos e no nosso próprio relacionamento com Deus, jamais
percamos de vista que temos que ter e ministrar graça e verdade, para que o Senhor
produza em nós e nos outros a santidade.

Em Jesus,

Fernando Sabóia