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Alice no País das Maravilhas e o que o Surrealismo encontroupor lá

Thaís Meirelles Parelli*, Suzi F. Sperber

Resumo
O presente trabalho teve como objetivos um estudo aprofundado dos livros de Lewis Carroll, Alice’s Adventures in
Wonderland e Through the looking-glass, investigando suas possíveis relações com o Surrealismo.

Palavras-chave:
Lewis Carroll, Surrealismo, nonsense

Introdução Conclusões
A pesquisa se propôs estudar as duas grandes Através do corpus estudado, detectamos uma
obras de Lewis Carroll - Alice’s Adventures in nítida relação, como já esperado, entre as “Alices” de
Wonderland e Through the looking-glass - investigando Carroll e o Surrealismo. Evidente que encontramos
suas possíveis relações com o Surrealismo, um dos grandes diferenças, pois o nonsense e o surrealismo não
mais radicais movimentos de vanguarda do século XX, possuem o mesmo estilo artístico de construção, porém
que criou uma nova maneira de se fazer arte através da as temáticas e as imagens que pudemos definir
recusa do “bom senso” e da busca incessante pelo real possuem forte aproximação. Além disso, percebemos
funcionamento da realidade. que muitos artistas surrealistas se inspiraram na obra de
Carroll para desenvolverem sua arte, assim como
Magritte, e outros que vislumbrados pelo mundo
Resultados e Discussão maravilhoso de Alice, também fizeram ilustrações do
• Na presente pesquisa, analisamos as possíveis País das Maravilhas, como Salvador Dalí e Max Ernest.
influências da obra de Carroll nesse movimento de
vanguarda e como alguns dos princípios surrealistas se
apresentam em Alice, uma vez que ambos se utilizam Agradecimentos
do insólito e do lúdico aliados com a temática da Meus agradecimentos à Fundação de Amparo à
infância, o maravilhoso do cotidiano, a femme enfant e a pesquisa, FAPESP, agência financiadora da pesquisa.
confusão entre sonho e realidade.
• Tomamos por base as ilustrações de John Tenniel e do
próprio Carroll, além das imagens suspensas na
narrativa, especialmente as geradas pelas palavras-
valise e o jogo de palavras nonsense, grande
responsável pela composição imagética insólita nas
“Alices” . Além disso, imagens e leituras propriamente
surrealistas foram mencionadas e empregadas como
ferramentas de comparação e estudo.
• Como aprofundamento para o estudo sobre linguagem
e imagem, tomamos como base algumas obras de René
Magritte, cujo imaginário e método de construção se
aproxima ao de Lewis Carroll; além de analisar a
maneira como Alice foi representada pelos surrealistas
já que Lewis Carroll foi um autor inspirador para o
movimento, tomando por base as ilustrações feitas por
Salvador Dalí;

DOI: 10.19146/pibic-2016-50619 XXIV Congresso de Iniciação Científica da UNICAMP


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