Você está na página 1de 8

Tema; mito da politica

Ocorre que o mundo tem sido e continua a ser um emaranhado de tradições, (e na política A
tradição determina o conteúdo das ordens e os limites do poder da
autoridade política. Mas, em geral, deixa espaço para o arbítrio do senhor e
permite que ele tome decisões de acordo com sua vontade pessoal. ) outro
ponto dos mitos são as superstições, magias e religiões, (ora todos sabemos que as religiões no caso
a igreja sempre esteve presente ao lado do governo ou qualquer meio imperialista) e ao lado deles
assim impregnando amplamente os modos de ser, pensar, sentir, agir, imaginar,

São encantamentos que frequentemente irrompem na

filosofia, ciências e artes, impregnando inclusive as formas de sociabilidade, os modos de

organizar o trabalho e a produção, as relações, os processos e as estruturas de dominação

política e apropriação econômica, as formas de alienação e as condições de emancipação.

São muitas as modalidades de encantamento, presentes e ativas, ou hibernando e latentes,

nas atividades de uns e outros, indivíduos e coletividades, em todo o mundo.

E Quando falamos de democracia, se exalta um governo como


participativo e livre, onde o povo faz as escolhas. Entretanto nunca
houve tal governo. Sempre que há governo (Estado, propriamente
dito), o poder é centralizado em uma classe, representada por
burocratas. Mas a esquerda proletária, não conseguiu se desvencilhar
da ideologia democrático burguesa.
O mito da democracia surgiu em meio à propagação da ideologia
liberal e toma forma na Revolução Francesa, baseado no iluminismo,
que intitula a Idade Média como Idade das Trevas e busca na
antiguidade clássica suas ideias.

Em Atenas, a democracia não era para todos. A maior parte da


população (mulheres, escravos, estrangeiros e jovens) estava excluída
da participação política. Logo, a exclusão já fazia parte do sistema.
Então já vemos que isso já vem de muito tempo atrás,

Além disso, a simples participação nas assembleias não garantia que o


governo trabalhasse em prol da maioria, pois a educação era restrita e
as massas eram direcionadas por demagogos (esse trecho, “a educação
era restrita” mostra bem o porquê de estarmos numa situação onde o
povo se tornou uma massa oprimida), Platão já anunciava a
degeneração demagógica, que favorecia os proprietários e sofistas.

O voto censitário foi substituído pelo voto universal, mas a massa


radicalizada apenas elegia deputados jacobinos, (Os da esquerda eram
chamados de jacobinos (liderados por Robespierre) e "cordeliers"
(liderados por Dantone Marat).) que com sua ladainha liberal só os
levaram ao Termidor, mais repressão e manutenção da
superexploração.

Mesmo assim, a ilusão democrática figurou nos programas dos partidos


proletários e socialistas recém-formados..... Marx critica veemente o
Programa do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) por cair no
engodo de defesa democrática, que não o diferenciava dos partidos
liberais burgueses. Assim, o Programa de Gotha (de unificação do SPD)
não ultrapassa a ideologia dominante, segundo Marx (1999):

Suas reivindicações políticas não vão além da velha e surrada ladainha


democrática: sufrágio universal,legislação direta, direito popular,
milícia do povo, etc. São um simples eco do Partido Popular burguês, da
Liga pela Paz e a Liberdade, São, todas elas, reivindicações que, quando
não são exageradas a ponto de ver-se convertidas em ideais
fantásticas, já estão realizadas. Apenas o Estado que as pôs em prática
não está dentro das fronteiras do Império Alemão, mas na Suíça, nos
Estados Unidos, etc. Esta espécie de “Estado do futuro” já é o Estado
atual, se bem que situado fora “do marco” do Império Alemão.

Bíblia da Esquerda Reformista pós-ditadura

A ditadura foi eficaz em destruir a esquerda combativa. O retorno do


movimento operário, com o novo sindicalismo no final do anos 1970,
mostrou despolitização e uma busca por resultados imediatos — a
perspectiva revolucionária não fazia parte do ideário das novas
lideranças sindicais.

A formação do Partido dos Trabalhadores demonstra a vitória da


perspectiva reformista sobre a revolucionária. Um partido de frentes,
reunindo um número pequeno de militante de organizações
revolucionárias que lutaram nos sindicatos durante a ditadura e uma
grande maioria de operários forjados pelo reformismo, pelo populismo
e pela Igreja Católica. Sem esquecer das pequenas organizações
trotskistas que buscavam se construir através da tática do “entrismo” e
permaneceram no PT até hoje, ou formaram novos partidos como o
PCO, PSTU e PSOL.

A trajetória de degeneração do PT se assemelha a História do Partido


Social-democrata Alemão. Com o crescimento eleitoral, há o
fortalecimento das lideranças burocráticas e o afastamento das bases
proletárias. A dita “democracia partidária” é substituída pelo
intervencionismo da direção nacional. O petismo é substituído pelo
lulismo. A perspectiva classista se torna conciliatória. O partido dos
trabalhadores se torna um partido burguês.

A vitória de Lula foi a derrota definitiva do partido como possível meio


de mobilização e avanço da consciência de classe do proletariado
brasileiro. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST
(Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) são cooptados e
desmobilizados, de uma forma que os anos de neoliberalismo e
repressão de Fernando Henrique Cardoso não puderam fazer.

A Era PT foi um paraíso para a Burguesia, principalmente para


banqueiros e empreiteiros. Mas teve um grande apoio popular,
sustentado em um populismo ameno, cujo carro-chefe foram os
programas de erradicação da miséria (o Fome Zero e o Bolsa Família),
além de avanços na educação (REUNI e PROUNI, respectivamente
aumento de vagas nas Universidades públicas e criação de bolsas para
alunos carentes em Universidades privadas).
A política conciliatória do lulismo.

Baseado em um reformismo rudimentar, o PT pretendia criar um nova


“classe média”, aumento a escolaridade e o consumo. E criou. Estes
proletários consumistas que se identificavam com a pequena burguesia
reacionária foram às ruas para derrubar a herdeira de Lula, Dilma
Rousseff, que já não conseguia manter as altas taxas de lucro dos
banqueiros e empreiteiros.

Em oposição ao PT se mantinha a velha direita neoliberal (PSDB e


DEM), uma Esquerda pós-moderna (PSOL) e uma nova direita
extremista

(PSL, NOVO, e outros que se diziam diferentes ao trazer os


preconceitos e o ódio aos pobres emergentes à tona, com toques de
neopentencostalismo).
E com a ascensão do fascismo ao poder, a esquerda continua a repetir
a ladainha democrática da formação do SPD, mantendo assim o ciclo
de autodestruição do movimento operário pela ideologia dominante.

Como não há movimentos, espera-se pacientemente pelas novas


eleições. Assim a esquerda, continua apostando as vidas e as almas de
milhões de trabalhadores no jogo democrático, onde a burguesia
distribui as cartas, faz as regras do jogo e vira a mesa quando o jogo se
torna desfavorável à banca.
Jan e reb

Você também pode gostar