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02/07/13 A figura da mulher na antiguidade | Quem foi a primeira mulher do antigo testamento?

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Publicado em 1 de julho de 2013 | por Thiago Ribeiro 4


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| Quem foi a primeira mulher do


antigo testamento?
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crime hediondo. Fim da luta? Pelo
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contrário!
influência das religiões abraâmicas (basicamente Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, mas a lista é
2 de julho | por Caio Oleskovicz
maior). O casal primordial, feitos por Yahweh (explicarei esse nome mais à frente) para habitarem um
Paraíso, mas que são expulsos após se alimentarem de um fruto que lhes havia sido proibido. Essa Avatar e a Antropologia
2 de julho | por Ricardo Lima
história gera debates e apropriações até os dias de hoje, sem contar o grande número de que acreditam
se tratar de uma história verdadeira.

Os acontecimentos que podem ou não estar relacionados a esse episódio do surgimento da O enredo de um Mito: da
humanidade talvez sejam os maiores causadores de discussões e interesse. O mais significativo deles, deterioração da palavra ao
acredito, é o envolvimento de Lilith na história. É justamente sobre ela que pretendo tratar nesse texto, misticismo da mídia
2 de julho | por Clayton Marinho
abordando algumas aparições e menções e enfatizando sua relação com a história do Gênesis. Devo
dizer que usei muito como base o texto “Mulher e Religião: o mito de Lilith”, da Profª. Jane Bichmacher
17 MILHÕES de pessoas vão às ruas
de Glasman. Dou os devidos créditos a ela e a referência completa do texto encontra-se no final. no Egito e surpreendem o mundo;
1 de julho | por Gustavo Magnani

Lilith é uma figura mítica que podemos chamar de demônio (salvo as diferenças culturais que passamos
por cima ao usar essa palavra com sentido tão direto), uma criatura feminina, humanoide ou semi-
A figura da mulher na antiguidade |
humanoide, diversas vezes descrita como noturna e alada, além de ligada a questões libidinosas. Ela se
Quem foi a primeira mulher do antigo
encontra presente na História há mais de quatro mil anos, surgindo aqui e ali nas histórias e mitos de
testamento?
diversos povos. 1 de julho | por Thiago Ribeiro

Suas principais aparições ocorreram na antiga Mesopotâmia, onde Lilith já assume os contornos de Arte, Ciência e Sociologia
30 de junho | por Ricardo Lima
criatura voadora maléfica capaz de atacar crianças e grávidas. Muitos amuletos e Encantamentos foram
feitos como forma das pessoas se protegerem dela. A primeira referência escrita a Lilith ocorre em um
poema sumério (mais de dois mil anos AEC – ou a.C.) chamado Gilgamesh e a árvore Hulupu. Neste
poema, a deusa Inanna estava cuidando zelosamente da árvore Hulupu, até que esta foi tomada por Transtornos mentais e o DSM-5: a
uma serpente, um pássaro (um pássaro mitológico chamado Anzu) e por Lilith. Gilgamesh, rei da cidade psiquiatria é realmente a “indústria
de Uruk, ajuda a deusa a se livrar da indesejada tríade: ele mata a serpente, o que causa a fuga do da morte”?
29 de junho | por Renato O. Rossi
pássaro e de Lilith. Também é desse período da Mesopotâmia que conhecemos o que é provavelmente

causasperdidas.literatortura.com/2013/07/01/a-figura-da-mulher-na-antiguidade-quem-foi-a-primeira-mulher-do-antigo-testamento/ 1/6
02/07/13 A figura da mulher na antiguidade | Quem foi a primeira mulher do antigo testamento? - Causas Perdidas
a imagem mais antiga de Lilith. Nessa imagem, vê-se uma mulher com asas
rodeada por alguns animais. Como os objetos que ela segura e as
vestimentas que utiliza são caracteristicamente elementos de deuses,
muitos pesquisadores afirmam que a mulher da imagem não é Lilith, mas
provavelmente alguma deusa (como Inanna). Outros, como a professora Policial Militar e Violência: Uma
Jane Glasman, afirmam que a imagem é originalmente de um período em Análise Sociológica
que Lilith ainda era cultuada como uma divindade; seu processo de 29 de junho | por Causas Perdidas

transformação em uma criatura sombria e malévola aconteceu no processo


de conquista de povos estrangeiros, quando muitas divindades de um povo
A ciência brasileira e a prática do
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julho 2013

junho 2013
De qualquer forma, a descrição de Lilith como ser maléfico aparece em outras culturas, dentre elas a
judaica. Podemos encontrá-la em alguns trechos dos Manuscritos do Mar Morto, textos cabalísticos,
talmúdicos e até em objetos de cerâmica encontrados numa colônia judaica na região da Babilônia, já na
Era Comum (ou d.C). Em geral, em todas essas fontes Lilith é mencionada como noturna e elada, contra Categorias
a qual as pessoas necessitam de proteção. Algumas também enfatizam um aspecto que se tornará forte
em Lilith: bastante lasciva, ela ataca homens solteiros e casados para ter com eles relações sexuais e Selecionar categoria

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02/07/13 A figura da mulher na antiguidade | Quem foi a primeira mulher do antigo testamento? - Causas Perdidas
assim gerar seres demoníacos. Mas sua representação judaica que mais reverberou foi provavelmente a
que integra o Alfabeto de Ben Sira, bastante popular na segunda metade do I milênio EC.

Divididos em 22 episódios que correspondem às 22 letras do alfabeto hebraico, o Alfabeto é um texto


apócrifo grego originado a partir de um original hebraico. Algumas denominações cristãs a integram no
compêndio bíblico, mas sua fama foi maior nas populações judaicas do período já mencionado. A
narrativa do Alfabeto reside em um conto ambientado na corte do rei babilônico Nabucodonosor: após
o adoecimento do filho do rei, este ordena que Ben Sira, um cortesão, o cure. Bem Sira grava o nome de
três anjos curadores (Snvi, Snsvi e Smnglof) em um amuleto e conta como eles vagaram pelo mundo
perseguindo seres malignos. Um desses seres foi Lilith.

No Alfabeto, Lilith é descrita como a primeira mulher de Adão, criada a partir da terra assim como ele. O
casal brigava constantemente, pois enquanto Adão exigia exercer sua autoridade de marido, Lilith
recusava a se subjulgar, dizendo que eles eram iguais por terem tido a mesma origem. A irredutibilidade
da Adão frustra Lilith, que comete um ato altamente audacioso: dizer o Tetragrama.

O Tetragrama são quatro letras em hebraico antigo que, aos transliterarmos para o nosso alfabeto,
correspondem a YHWH, podendo alternar o Y para I e o W para V. Trata-se do nome especial de Deus,
revelado a Moisés no Monte Sinais. Apesar de ser considerado como uma forma de ocultação do nome
verdadeiro, o Tetragrama foi tão sacralizado que proferi-lo tornou-se um grande tabu religioso. Debates
e tentativas de análise do Tetragrama são muitos e perduram a séculos, e desses esforços resultaram
nomes variantes como Yahweh (nome que sou mais acostumado a utilizar), Javé ou Jeová.

Ao dizê-lo em voz alta, então, Lilith cometeu um pecado gravíssimo. Como o ato também lhe concedeu
certos poderes, Lilith sai voando do paraíso em direção ao Mar Vermelho. Yahweh diz que, caso ela não
retorne, 100 de seus filhos morrerão diariamente. O trio de anjos já mencionados vai ao seu encontro,
mas ela se recusa a retornar, alegando que foi feita para ferir crianças (aparentemente, uma forma de
retaliação ao tratamento de Adão e à decisão divina de morte diária de seus filhos). Ela concorda, porém,
em não atacar as crianças que utilizem um amuleto contendo seu nome, o que impede que os anjos a
afoguem no mar.

Esse texto mescla antigas características de erotismo (ela é uma grande reprodutora aqui, já que perderá
cem filhos por dias), ser alado e infanticida, mas além de dar explicação para a origem de alguns desses
aspectos a situa em um papel destacável na criação da humanidade. Um texto cabalístico posterior, do
século XIII EC, mostra uma história de Lilith similar, também apresentada como primeira consorte de
Adão. Mas faz um interessante acréscimo: após sair do Paraíso, Lilith une-se a Samael, um anjo caído
membro da ordem de Satã que também é considerado um demônio de altíssima patente no Inferno.

Temos, então, uma Lilith que foi a primeira mulher criada, que se revoltou contra o julgo do marido
(estou me esforçando para não fazer piadinhas com o feminismo), saiu do Paraíso e uniu-se ao grupo de
Lúcifer. Foi exatamente essa a descrição que encontrei na primeira vez em que ouvi o nome de Lilith e
resolvi pesquisar sobre. A essa altura alguns leitores podem estar dizendo que, apesar da historinha
toda, a Bíblia não possui embasamento nem menção a Lilith. Porém, há ambos no texto bíblico,
bastante singelos e efêmeros.

Lilith é mencionada diretamente no Antigo Testamento apenas uma vez, em Isaías 34:14. Mas,
dependendo da tradução do texto, seu nome pode aparecer ou não. Vejamos, primeiramente, o trecho
na Bíblia de Jerusalém:

“Os gatos selvagens conviverão aí com as hienas,


os sátiros chamarão seus companheiros.
Ali descansará Lilit,
e achará um pouco para si.”

Há uma nota de rodapé que contém apenas uma frase sobre Lilith: “Lilit é demônio feminino que
frequenta as ruínas”. (Notem que eu tenho o hábito pessoal de colocar um “h” no final do nome). O
trecho é diferente na edição da Tanakh (“Bíblia Hebraica”) publicada pela editora Sêfer:

“E os cães selvagens se juntarão aos chacais,


e o bode chamará sua companheira;
os monstros da noite ali descansarão,
pois ali encontrarão um local de descanso.”

Uma outra menção é feita na Edição Pastoral-Catequética da Editora Ave Maria (ou como gosto de
chamá-la, “Bíblia Velha da Minha Mãe”):

“Nela se encontrarão cães e gatos selvagens,


e os sátiros chamarão uns pelos outros;
o espectro noturno frequentará esses lugares
e neles encontrará o seu repouso.”

Como na versão da Bíblia de Jerusalém, há uma pequena nota de rodapé, dessa vez informando sobre o
espectro noturno: “Lilit, demônio feminino noturno, malfazejo e sempre agitado”.

O capítulo 34 de Isaías relata a destruição que Yahweh lançará sobre um lugar chamado Edom, que logo
se tornará desolado e habitado por criaturas maléficas e/ou noturnas, dentre elas Lilith, podendo ser
seu nome substituído por expressões que expressem seu caráter de ser associado à noite. Isso mostra
que o conhecimento sobre Lilith pelos judeus é antigo. Não é essa menção em Isaías, contudo, que mais
fomenta o debate sobre Lilith, mas sim uma leve discrepância nos primeiros capítulos do Gênesis.

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02/07/13 A figura da mulher na antiguidade | Quem foi a primeira mulher do antigo testamento? - Causas Perdidas
No 1º capítulo, é relatado que Yahweh, ao sexto dia, criou plantas e animais para então criar o homem
em 1:26. A criação do homem é mais especificada no versículo 27, com a menção da criação simultânea
do homem e da mulher na última linha. Já o capítulo seguinte conta que a criação do homem se deu
antes da criação de animais e plantas, e apenas depois foi feita a mulher. Nosso idioma dificulta a
vermos um detalhe do jogo de palavras, então acessei uma edição online da Vulgata (já que não sei
hebraico, vou de latim mesmo) para me ajudar nisso.

O versículo 26 do primeiro capítulo utiliza a forma acusativa (equivalente ao nosso objeto direto) da
palavra homo, palavra que, apesar de poder ser traduzida por homem, tem um sentido muito forte de
humanidade. (“et ait faciamus hominem ad imaginem et similitudinem nostram et praesit piscibus mari et
volatibus caeli et bestiis universaeque terrae omnique reptili quod movetur in terra”). O versículo 27
apresenta novamente essa declinação da palavra homo ao início, mas apresenta duas outras palavras
latinas ao final, também no acusativo: masculus e femina (“et creavit Deus hominem ad imaginem suam ad
imaginem Dei creavit illum masculum et feminam creavit eos”). Estas duas já possuem uma forte
conotação de gênero, algo que podemos entender pela semelhança às palavras macho e fêmea.
Ademais, a frase pode ser entendida não apenas como a criação da humanidade mencionando o casal
homem e mulher, mas também como ambos sendo criados juntos.

O capítulo seguinte também apresenta a palavra “homo” até o versículo 18; após, a palavra é trocada por
Adam. Isso se dá justamente quando Yahweh cria os animais para fazer companhia a Adão, sendo feita a
mulher logo depois. Podemos entender, então, que há a menção genérica a homem até o momento em
que Yahweh decide que deve dar uma companhia a Adão, o que resulta na criação de Eva.

Isso tudo pode não significar nada para muitos dos que acreditam (ou não) na veracidade do texto do
Gênesis, mas trata-se de um ponto que levanta indagações e comentários há séculos, seja de exegetas
religiosos ou analistas acadêmicos. A dupla menção à criação da humanidade, junto da alternância da
ordem de quando ela foi feita em relação aos demais seres vivos, parecem indicar que há elementos no
texto que foram alterados e/ou omitidos. Este é praticamente o ponto principal levantado por aqueles
que defendem a presença de Lilith na história, já que ela, aparentemente, é a femina criada junto do
masculum no primeiro capítulo.

As reutilizações de Lilit nas artes e literatura foram


muitas: ela foi usada, por exemplo, por
Michelangelo (Tentação e Queda, localizada na
Capela Sistina. Lilith aparece como um ser metade
mulher e metade serpente.), Goethe (no Fausto, o
personagem principal dança com Lilith no episódio
da Noite de Walpurgis) e até por Lewis (No conto O
Sobrinho do Mago, que trata do surgimento de
Nárnia, a Feiticeira Branca se diz uma descendente
de Lilith). Atualmente, podemos encontrar Lilith em
muitos filmes, seriados, jogos eletrônicos diversos e
etc., quase sempre como um demônio ou monstro
com formato feminino que é um inimigo muitas
vezes a ser derrotado. Seja mesmo a primeira
mulher de Adão ou não, o fato é que Lilith é um dos
mais antigos personagens que ainda utilizamos. Tentação e Queda – Michelangelo.

Referência: DE GLASMAN, Jane Bichmacher. Mulher e Religião: o mito de Lilith. In: CANDIDO, Maria Regina
(org.). Mulheres na Antiguidade: Novas Perspectivas e Abordagens. Rio de Janeiro: UERJ/NEA; Gráfica e
Editora DG ltda, 2012. P. 175-189.

Para ver o quadro “Tentação e Queda” em tamanho real, clique aqui

Site para acesso da Vulgata

Revisado por Felipe Rocha

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Tags: biblía, demonios, eva, historia, Religião, Sagrado

Sobre o autor

Thiago Ribeiro "Thiago Ribeiro" para fins legais, "Tio Chico" para amigos e alguns
familiares há mais de dez anos. Mora na cidade que Machado de Assis usou para
ambientar "O Alienista", está nos últimos semestres de História na UFRRJ (graduação
que ajudou a desenvolver um vício em café), gosta das áreas de História Antiga e
Medieval e pretende cursar Arqueologia no Mestrado enquanto foge de ser professor
do Ensino Básico. Lê mais livros do que vê filmes (não que faça ambos com frequência), mais animes do
que seriados e não sabe por que ainda está escrevendo isto.

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Ronald Amaral Barreto · Top Commenter · IST - Instituto Superior de Tecnologia


Muito bom, Xicão! :)
Parabéns mesmo! Gostei do texto! Só que tem um erro:
Hão duas versões the criação the humanidade, pois, existem duas fontes de tradição, que você pode não
saber ou esqueceu de mencionar. As fontes são: Elohísta (E) e Jawista (J).
Dá pra perceber a diferença quando se utilizam o nome de Deus. Isso percebe-se na Bíblia de Jerusalém e
na escrita original do hebraico. No capítulo 1, se utiliza o nome Elohim. No 2 é o tetragrama. A fonte mais
antiga é o do capítulo 2, pois se trata do reino de Judá. Já do capítulo 1 é do reino do norte. Se percebe
isso, pois a tradição Jawista é do século X AC e o Elohista é do século VIII AC. Tudo se mistura com vinda
the Suméria no Reino de Israel e esse povo desce para o Reino de Judá.
Aí se criam as fontes Jeohvistas (JE).
Gênesis e todo o pentateuco é baseado por meio de tradições escritas e orais, que se formam composições,
complementos, fragmentos e textos finais. :)
Por isso que se tem dois tipos de criação do homem.
Uma dica para se saber a diferença entre Elohim e Jahweh, nos escritos Almeida, por exemplo, só ver:
Elohim eles escrevem Deus. Já o Jahweh, eles escrevem SENHOR (sim, tudo maiúsculo).
Bom, espero tê-lo ajudado a entender isso e parabéns pelo texto. :)
Reply · 2 · Like · Follow Post · Yesterday at 11:19am

Ronald Amaral Barreto · Top Commenter · IST - Instituto Superior de Tecnologia


Aí, Tio Chico, cheguei a até botar esse comentário no blog. :)
Reply · Like · Yesterday at 11:21am

Tio Chico · Follow · Top Commenter · Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) de
História pela UFRRJ at PET-Historia
Pois é, confesso que sei pouco sobre essa questão das fontes de tradição. Li um comentário
aqui e acolá sobre, mas preferi não tentar mencionar isso no texto por que eu com certeza iria
me embolar com alguma coisa.

Obrigado pela complementação, cara =D


Reply · 1 · Like · Yesterday at 11:29am

Ronald Amaral Barreto · Top Commenter · IST - Instituto Superior de Tecnologia


De nada! :)
Reply · Like · Yesterday at 11:33am

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Ana Paula · Escola Evangélica Gênesis


Um vez em certo link li sobre essa história e resolvi pesquisar. Li tudo que encontrava com os olhos brilhando
(assim como li esse texto) e acho que é um dos assuntos mais interessantes que eu já vi na minha vida (não
importa se é a 10° vez que estou lendo algo assim. Leio com a mesma emoção que li na primeira vez).
Só acho uma pena contar isso para alguém e ver a pessoa fazer careta e falar ''Ah mimimi e mimimi na Bíblia
existe tal tal tal'' ou ''Isso é mentira mimimi'' sem ao menos me deixar terminar de falar (nem tento mais
perguntar o porquê disso. É só uma história que estou contando para fulano ou ciclano, mas ele entende
como ... Aliais nem eu sei o que fulano ou ciclano entende pra ficar tão frustrado e irritado na hora que
conto).
Adorei o texto ♥
Reply · 1 · Like · Follow Post · 23 hours ago

Thamires De Andrade Soares · Follow · UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Tão lindo reconhecer o estilo do autor nas primeiras linhas =D Gostei do texto (preguiça de fazer uma
análise mais profunda) =p
Reply · 1 · Like · Follow Post · 22 hours ago

Tio Chico · Follow · Top Commenter · Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) de
História pela UFRRJ at PET-Historia
Nunca havia notado que eu tenho um modo específico de começar meus textos /rs
Reply · Like · 17 hours ago

Natanael Silva · Follow · Top Commenter · UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE
JANEIRO
O autor é bem humorado. Gostei desse menino.
Reply · 1 · Like · Follow Post · Yesterday at 10:46am

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