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CLC5
CLC5
Formando: Classificação:
Es cala de Avaliação a utiliz ar: 0 a 9 valores (Ins uficiente); 10 a 13 valores (Suficiente); 14 a 16
valores (Bom); 17 a 20 valores (Muito bom)
TELECOMANDA-TE
Eu fui o primeiro telecomando da minha casa. Um comando com pernas, braços e agilidade nos
dedos, que nem precisava de pilhas. Como era o mais novo, os meus irmãos ordenavam: "Muda para o 2".
E eu levantava-me e carregava no botão. Os televisores chegavam a ter 12 botões, mas só dois serviam
para alguma coisa. Um dia, em casa do meu avô, usei a minha condição de telecomando para fazer zapping
(embora na altura a palavra ainda não existisse, aliás usavam-se menos palavras inglesas, apesar de se
dizer offside em vez de fora-de-jogo). O que eu fiz foi, com alguma genica na ponta dos dedos, alternar
rapidamente entre o primeiro e o segundo canal. O meu avô zangou-se comigo, com razão, dizendo que
aquilo estragava o televisor. Mas ainda assim eu não resisti e carreguei nos dois botões ao mesmo tempo
só para ver o que acontecia. O ecrã não ficou dividido como no Dallas, fixou apenas a RTP1.
Quando as televisões passaram a ter telecomando com pilhas e tudo, o número de canais já tinha
aumentado. A posse do comando tornou-se uma demonstração de poder, ostentada, normalmente, pelo
chefe de família. O zapping, um frenesim, como se as pessoas ficassem permanentemente em stress por,
ao optarem por ver um programa, perderem todos os outros. A filosofia do zapping compulsivo era: "Não é
possível ver todos os canais ao mesmo tempo, mas há que tentar". E com o treino, alguns zappers mais
empenhados, conseguiam fixar o essencial de vários, aproveitando a previsibilidade da própria televisão:
pouco ou nada se perde em ver a telenovela e o concurso aos soluços.
O zapping tornou ver televisão um ato mais individualista, porque é impossível ver o que quer que
seja ao lado de alguém que tenha esse tique nervoso no dedo. E talvez seja essa questão do poder, a
disputa pelo telecomando que tenha levado, ou pelo menos ajudado, à proliferação de televisores pela casa
na média e alta burguesia: uma televisão na sala, outra na cozinha, outra no quarto do miúdo. Deu-se um
progressivo isolamento de uma atividade que, na sua origem, era tendencialmente coletiva.
Com aparecimento de 99 novos canais, o zapping perdeu fulgor. E a maioria das pessoas anda
sempre à volta dos mesmos cinco. Os miúdos é que já não estão ali na sala. A televisão interessa-lhes
pouco. Estão a navegar na internet, a palrar no facebook, a ver vídeos do youtube e a fazer downloads
ilegais.
Manuel Halpern, Jornal de Letras, de 19 de outubro a 1 de novembro de 2011
1. Ao longo do texto, o autor tece comentários acerca dos avanços tecnológicos e da consequente
alteração da forma como se vê televisão.
1.1 Sintetize as ideias centrais de cada parágrafo, considerando estes dois aspetos.
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2. Todas as frases que se seguem contêm, pelo menos, um erro. Reescreva-as, corretamente.
a) Acerca de 100 canais na televisão, mas ve-mos sempre os mesmos.
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k) As televisões mais antigas eram mais pesadas, pesavam muitas gramas mais.
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3. Baseando-se no texto de Manuel Halpern, reflita sobre a presença da televisão ao longo do seu
percurso de vida, descrevendo episódios em que foi “telecomandado”.
Exs.: - Acontecimentos marcantes da história da sociedade e do mundo que acompanhou
pela televisão;
- Programas e anúncios que ficaram na sua memória;
- Presença da televisão nas suas rotinas e momentos em família;
- Conhecimentos que lhe foram e são proporcionados pela televisão;
- Papel que atualmente a televisão desempenha, a par das novas tecnologias de
informação e comunicação;
- …
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PARTE II
1. Observe o cartoon:
1. Observe as imagens.
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Observe as imagens:
1. 2.
3.
in http://www.bocc.ubi.pt/pag/silva-andreia-regulacao-cult ural.pdf
(acedido em 02-07-2013)
COMPREENSÃO
Critério de evidência: Atuar nas práticas culturais reconhecendo a importância dos media para
os processos de dif usão e receção dos bens culturais e artísticos. (Cultura)