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Alquimia da Cor – Produções Digitais, Lda.

PROPOSTA DE TRABALHO / TESTE

Curso: Técnico/a Restaurante Bar Ação Nº: 687

UFCD/Módulo: CLC5 Data:

Formador: Vera Mónica Ferreira de Jesus Rúbrica:

Formando: Classificação:
Es cala de Avaliação a utiliz ar: 0 a 9 valores (Ins uficiente); 10 a 13 valores (Suficiente); 14 a 16
valores (Bom); 17 a 20 valores (Muito bom)

FICHA DE AVALIAÇÃO SUMATIVA

TELECOMANDA-TE

Eu fui o primeiro telecomando da minha casa. Um comando com pernas, braços e agilidade nos
dedos, que nem precisava de pilhas. Como era o mais novo, os meus irmãos ordenavam: "Muda para o 2".
E eu levantava-me e carregava no botão. Os televisores chegavam a ter 12 botões, mas só dois serviam
para alguma coisa. Um dia, em casa do meu avô, usei a minha condição de telecomando para fazer zapping
(embora na altura a palavra ainda não existisse, aliás usavam-se menos palavras inglesas, apesar de se
dizer offside em vez de fora-de-jogo). O que eu fiz foi, com alguma genica na ponta dos dedos, alternar
rapidamente entre o primeiro e o segundo canal. O meu avô zangou-se comigo, com razão, dizendo que
aquilo estragava o televisor. Mas ainda assim eu não resisti e carreguei nos dois botões ao mesmo tempo
só para ver o que acontecia. O ecrã não ficou dividido como no Dallas, fixou apenas a RTP1.
Quando as televisões passaram a ter telecomando com pilhas e tudo, o número de canais já tinha
aumentado. A posse do comando tornou-se uma demonstração de poder, ostentada, normalmente, pelo
chefe de família. O zapping, um frenesim, como se as pessoas ficassem permanentemente em stress por,
ao optarem por ver um programa, perderem todos os outros. A filosofia do zapping compulsivo era: "Não é
possível ver todos os canais ao mesmo tempo, mas há que tentar". E com o treino, alguns zappers mais
empenhados, conseguiam fixar o essencial de vários, aproveitando a previsibilidade da própria televisão:
pouco ou nada se perde em ver a telenovela e o concurso aos soluços.
O zapping tornou ver televisão um ato mais individualista, porque é impossível ver o que quer que
seja ao lado de alguém que tenha esse tique nervoso no dedo. E talvez seja essa questão do poder, a
disputa pelo telecomando que tenha levado, ou pelo menos ajudado, à proliferação de televisores pela casa
na média e alta burguesia: uma televisão na sala, outra na cozinha, outra no quarto do miúdo. Deu-se um
progressivo isolamento de uma atividade que, na sua origem, era tendencialmente coletiva.
Com aparecimento de 99 novos canais, o zapping perdeu fulgor. E a maioria das pessoas anda
sempre à volta dos mesmos cinco. Os miúdos é que já não estão ali na sala. A televisão interessa-lhes

Formadora: Vera Jesus


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pouco. Estão a navegar na internet, a palrar no facebook, a ver vídeos do youtube e a fazer downloads
ilegais.
Manuel Halpern, Jornal de Letras, de 19 de outubro a 1 de novembro de 2011

1.Manuel Halpern é um jornalista e crítico de música e cinema.

1. Ao longo do texto, o autor tece comentários acerca dos avanços tecnológicos e da consequente
alteração da forma como se vê televisão.
1.1 Sintetize as ideias centrais de cada parágrafo, considerando estes dois aspetos.
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2. Todas as frases que se seguem contêm, pelo menos, um erro. Reescreva-as, corretamente.
a) Acerca de 100 canais na televisão, mas ve-mos sempre os mesmos.
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b) Esta situação tem haver com a disputa do comando.


c) __________________________________________________________

d) Tu há-des concordar com o texto.

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e) O autor vem de encontro à minha opinião: concordo com ele.


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f) Navegasse muito na Internet atualmente.


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g) À trinta anos a palavra zapping não existia.


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h) Nas casas, assistesse à proliferação de televisores.


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i) Derrepente, o zapping tornou ver televisão uma atividade stressante.


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j) Ao ver televisão, os irmãos interviam para que o autor muda-se de canal.


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k) As televisões mais antigas eram mais pesadas, pesavam muitas gramas mais.

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3. Baseando-se no texto de Manuel Halpern, reflita sobre a presença da televisão ao longo do seu
percurso de vida, descrevendo episódios em que foi “telecomandado”.
Exs.: - Acontecimentos marcantes da história da sociedade e do mundo que acompanhou
pela televisão;
- Programas e anúncios que ficaram na sua memória;
- Presença da televisão nas suas rotinas e momentos em família;
- Conhecimentos que lhe foram e são proporcionados pela televisão;
- Papel que atualmente a televisão desempenha, a par das novas tecnologias de
informação e comunicação;
- …

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PARTE II
1. Observe o cartoon:

1.1. Diga em que reside o humor da situação apresentada.


1.2. Na sua opinião, o uso do telemóvel tem mais vantagens ou desvantagens?
1.3. Considera que o uso do telemóvel é um recurso adequado para a
transmissão da mensagem? Porquê?
1.4. Enumere as diversas situações em que usa o telemóvel.

1. Observe as imagens.

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1.1. Identifique as imagens.


1.2. Diga em que circunstâncias podem ser utilizadas.
1.3. No seu quotidiano faz uso delas? Em que contexto?
1.4. Identifique o tipo de linguagem.
1.5. Refira outros tipos de linguagem que conheça.
1.6. Faça a legenda para cada uma das figuras.

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Observe as imagens:
1. 2.

3.

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1.1. Identifique e relacione as imagens.


LEITURA

Qual o poder dos “Media” na transmissão de cultura?

Falar de Meios de Comunicação Social (MCS) enquanto elementos de regulação


cultural é abarcar num só desígnio uma série de dimensões tão díspares quanto
semelhantes da sociedade. É pelos MCS que se sabe o que se passa no mundo, que
se conhecem e visualizam outras culturas, que se sabe o que existe, o que se publica
ou que se faz. É também através dos MCS que fruímos cultura, ou pelo menos alguma,
independentemente da sua qualidade. Na realidade, cultura e comunicação são dois
termos que se interpenetram desde o surgimento dos primeiros meios de comunicação
social. Apesar da existência de outros agentes mediadores e transmissores de cultura,
como a Educação ou a Família, é inegável o poder que os media exercem sobre um
número elevado de indivíduos.
Para Breton, os media “passaram a ser o único lugar onde estão as informações
que hão de permitir descodificar os diferentes universos em que evoluímos” (1994),
transferindo para os MCS o poder de orientação dos indivíduos na sociedade.
Tal como refere Rodrigues “a comunicação não é um produto, mas um processo
de troca simbólica generalizada, processo de que se alimenta a sociabilidade, que gera
os laços sociais que estabelecemos com os outros” (1999). Na realidade é da interação
comunicacional “mediatizada por símbolos concebidos, elaborados e legados por
gerações sucessivas” (Rodrigues, 1999) que se estabelecem e estreitam os laços
sociais. Ainda mais quando promovidas pelos meios de comunicação que, pela sua
rapidez e alcance contribuem “para o alargamento da nossa experiência do mundo
muito para além do espaço delimitado pelas fronteiras territoriais que nos rodeiam”
(Rodrigues, 1999). Apesar disso, este autor alerta para o facto de que a
homogeneização “não acarreta necessariamente uma desterritorialização generalizada,
não faz com que toda a humanidade passe a ter as mesmas representações da
realidade e a fazer parte de uma mesma área cultural” (1999:25), numa clara alusão e
rejeição de que todos os indivíduos sejam atingidos ou venham a reagir do mesmo modo
aos conteúdos emanados dos MCS.
Castells esclarece: “a noção de meios de comunicação de massa faz referência a
um sistema tecnológico, não a uma forma de cultura, a cultura de massa” (2002),
distinguindo claramente que MCS se referem aos meios tecnológicos e que os
conteúdos editados ou emitidos por esses meios é que podem ser enquadrados numa
cultura de massas, uma vez que “a maior parte dos nossos estímulos simbólicos vem
dos meios de comunicação” 2002:442). Para Castells a existência de mensagens fora
dos media limita-se às redes interpessoais e, no caso do efeito televisivo (“não
representa apenas dinheiro ou poder. É aceitar ser misturado num texto
multi-semântico, cuja sintaxe é extremamente imprecisa. Assim, informação e
entretenimento, educação e propaganda, relaxamento e hipnose, tudo se mistura”).
Para Edgar Morin a cultura de massa é produzida de acordo com as normas
massivas de fabricação industrial, difundida por técnicas de difusão maciça e que se
dirigem a uma massa social alargada.

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De acordo com a conceção marxista de cultura esta é determinada pelas relações


de produção, fazendo parte da superestrutura social. Desta forma, condicionalismos
sociais e económicos estão na origem da cultura, “originada” pelo capital, o produtor de
ideologias que funciona como elemento legitimador do poder instituído. Deste modo, a
classe dominante, que monopoliza o capital e os meios de produção, controla, através
de mecanismos de carácter económico e político, os meios de produção intelectual.
É destes pressupostos que surgiu no início do século XX a teoria crítica dos pensadores
da Escola de Frankfurt segundo a qual o que existe é uma indústria cultural, numa clara
referência aos processos de criação e produção de mensagens e bens culturais de uma
forma industrial e maciça.

in http://www.bocc.ubi.pt/pag/silva-andreia-regulacao-cult ural.pdf
(acedido em 02-07-2013)

COMPREENSÃO

Critério de evidência: Atuar nas práticas culturais reconhecendo a importância dos media para
os processos de dif usão e receção dos bens culturais e artísticos. (Cultura)

1. Reconheça e identifique a importância dos media no acesso à cultura.

2. Explore o impacto da divulgação de bens culturais e artísticos na procura e adesão dos


públicos, analisando, por exemplo uma campanha publicitária em torno do lançamento de
um livro ou de um filme e a intervenção que têm nela intermediários culturais, como
técnicos de marketing, críticos e jornalistas.

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