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INTRODUÇÃO
2) Apesar de ser o menor, contém muitos detalhes e informações que lhe são peculiares.
3) Acredita-se atualmente que foi o primeiro a ser escrito e que Mateus e Lucas o usaram
como uma das fontes para suas próprias obras.
I – AUTORIA
2) A autoria de Marcos é afirmada por Pais da Igreja do século II, como Papias, Justino
Mártir, Ireneu e Clemente de Alexandria.
3) Papias, que era discípulo do apóstolo João, ouviu o “presbítero” João (provavelmente
o apóstolo) dizer o seguinte: (conf. Eusébio, séc. IV)
4) Alguns estudiosos consideram o episódio do jovem que seguia Jesus quando da sua
prisão (14:51-52), coberto com um lençol, como sendo uma referência velada de
Marcos a si mesmo, naquela ocasião.
1. Sua mãe Maria tinha uma casa em Jerusalém, que era um ponto de reunião
para cristãos (cf. At 2.12). Alguns acreditam que foi no andar de cima desta
casa que Jesus celebrou sua última Páscoa (Mc 14:13-15; cf. At 1:13).
2. Pedro se refere a Marcos como “meu filho” (1Pe 5:13). Alguns acham que esta
referência pode significar que foi Pedro quem levou Marcos à Cristo, em
Jerusalém.
5. Isto desagradou a Paulo, o qual teve séria desavença com Barnabé na segunda
viagem. Barnabé queria ainda levar seu primo, mas, aparentemente, Paulo
achava que o abandono de Marcos tinha sido injustificado (At 15.36-41).
6. Mais de uma década após o conflito entre Paulo e Barnabé sobre sua pessoa,
Marcos passou a fazer parte da equipe de Paulo, e estava com ele durante sua
prisão em Roma (Cl 4:10; Filemon 24; 2 Tm 4:11).
III – Data
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2) Ele deve ter escrito depois da morte de Pedro, que ocorreu entre 64-65 A.D., durante
a perseguição de Nero.
3) Os estudiosos liberais, que não acreditam em profecia, datam Marcos após a queda
de Jerusalém, por acharem impossível Jesus tê-la predito, conforme Marcos registra
no “sermão escatológico” (Mc 13.1-2). A predição da destruição do templo teria sido
vaticinia ex evento (profecia após o evento).
IV – Lugar
1) Segundo a tradição dos Pais da Igreja, Marcos escreveu de Roma. Fora essa
indicação, não temos outras que nos assegurem o local de onde foi escrito.
3) Embora nenhuma delas seja conclusiva, a hipótese que Marcos escreveu de Roma
continua a mais aceita.
1) Embora não possamos afirmar com certeza, acredita-se em geral que Marcos
escreveu seu Evangelho de Roma para cristãos gentios que moravam em Roma.
2) Mais uma vez, isso é afirmado pela tradição da Igreja antiga. Se o Evangelho de
Marcos foi enviado primeiramente à Roma, isto explicaria como este Evangelho foi
tão rapidamente aceito e disseminado e rapidamente serviu de base para a
composição dos demais.
b. Ele traduz palavras hebraicas, cf. 3:17; 5:41; 15:22, o que significa que seus
leitores não as compreenderiam, de outra forma.
4) Marcos declara no início que seu propósito é narrar as “boas-novas” acerca de Jesus
Cristo, o Filho de Deus, e ele se propõe a dar somente o “princípio” (1:1), o restante
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5) Isto explica por que o livro não é uma biografia. Marcos escreve para pessoas que já
sabiam os fatos básicos sobre Jesus.
b. Ele omite fatos como seu nascimento virginal, narrativas da infância, bem
como outros fatos sobre Jesus.
7) Isto tem levado autores como R. Gundry a defender que o Evangelho de Marcos é
uma apologia da cruz de Cristo, escrito com propósitos evangelísticos, para pessoas
que tinham receio de crer, num mundo onde a fraqueza era desprezada, e o poder
estimado (Roma).
8) Podemos supor que Marcos escreveu seu Evangelho para ser usado na tarefa
missionária da Igreja, para prover material para os evangelistas e missionários da
Igreja de Roma.
VI – Características Principais
1) Simplicidade e brevidade
b. Contém, porém, certos detalhes que são omitidos pelos outros, cf. 2:4; 4:37-
38; 6:39; 7:33; 8:23-25; 14:54.
2) Vividez
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a. Mesmo sendo o mais sucinto, Marcos faz uma descrição vívida do ministério
de Jesus, enfatizando mais o que Jesus fez do que o que Jesus disse.
3) Franqueza
iii. Que Jesus não pode realizar milagres em Nazaré por causa da
incredulidade do povo (6:5,6).
1) Marcos apresenta Jesus como O Filho de Deus, cf. 1:1; 3:11; 5:7; 15:39.
2) Ao mesmo tempo, Marcos apresenta Jesus como o Filho do Homem, o título pelo
qual Jesus mais frequentemente se referia a si próprio.
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a. O sentido deste título tem sido debatido, mas independente do seu exato
significado, ele certamente traz uma referência à humanidade de Jesus.
Uma das perguntas que se faz sobre o esboço de Marcos – que é a mesma que que se faz
sobre o esboço de Mateus e Lucas – é qual o critério que ele utilizou para compor a estrutura
do seu Evangelho. É evidente que existe uma diferença na sequência dos eventos em
Mateus, Marcos e Lucas. Existem várias soluções propostas, o que prova que o assunto não
é fácil. O assunto é abordado numa disciplina chamada o Problema Sinóptico ou Harmonia
dos Evangelhos.
7:24-30 – Na Fenícia.
7:31-8:10 - Em Decápolis.
A. Os fatos
“E tudo que foi comandado aos que estavam com Pedro foi prontamente anunciado
em todo lugar. E depois disto, o próprio Jesus, do nascente até o poente, anunciou
através deles a mensagem sagrada e imortal, a salvação eterna. Amém.”
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b) Os maiúsculos A C D W
b) É mais fácil acreditar que Marcos escreveu 16:9-20 e que, na transmissão, alguns
copistas omitiram esta passagem, do que acreditar nas hipóteses mencionadas
acima, e que tentam explicar por quê o original acabava em 16:8.
O problema se torna especialmente aguçado em nossos dias pelo fato de que Marcos
16:17-18 é talvez o principal texto usado pelos promotores do movimento
neopentecostal, e do movimento de “sinais e prodígios,” para defender toda sorte de
experiência estranha como sendo cumprimento da promessa “estes sinais haverão
de acompanhar os que crêem...” Em reação, estudiosos mais cépticos poderão ser
levados a tirar Marcos 16:9-20 da cena, negando a sua autenticidade. A verdade é
que, mesmo que a passagem seja original, ela não está ensinando que todos os dons
sempre haveriam de acompanhar a todos os que cressem.
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9 CURSO ONLINE: PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO – AUGUSTUS NICODEMUS
a) É possível que Marcos escreveu 16:9-20, mas não podemos ter absoluta certeza.
É também possível (e até provável) que Marcos não escreveu 16:9-20. As razões
para o original acabar no v.8 continuam envoltas em mistério. De qualquer forma,
nada nos impediria de aceitar que Deus pudesse ter inspirado uma outra pessoa,
quem sabe, até ligada a Marcos (um discípulo?) para adicionar um final adequado
ao Evangelho. O “final maior” não contém nada que conflite com o Evangelho de
Marcos, e os demais Evangelhos.
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