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  CURSO ONLINE: PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO – AUGUSTUS NICODEMUS 

Aula 22: Apocalipse

INTRODUÇÃO 

1) Esta é a nossa última aula do curso de Panorama do Novo Testamento e hoje


veremos o último livro do cânon, Apocalipse.
2) Com certeza ele é considerado por muitos o livro de mais difícil interpretação de toda
a Bíblia.
3) Nosso objetivo nessa aula é tentar esclarecer alguns pontos introdutórios para ajudar
os nossos alunos a entender melhor esse livro maravilhoso.

I – GÊNERO LITERÁRIO

1) É importante entendermos o que é o livro de Apocalipse para que possamos


interpretá-lo corretamente. Ele é chamado de “Apocalipse” porque começa com a
palavra “revelação” que em grego é apokalypsis. Portanto, trata-se do registro
inspirado de uma revelação dada por Deus ao autor do livro.
2) O autor considera que aquilo que ele escreveu é uma profecia, conforme lemos em
1.3, “bem-aventurados aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as
coisas nela escritas, pois o tempo está próximo”. Portanto, ele tem plena consciência
de que está escrevendo, por inspiração divina, acerca de fatos presentes e futuros.
3) A linguagem simbólica, as figuras e as metáforas usadas pelo autor são semelhantes
às encontradas no livro do profeta Daniel (a visão da árvore, da estátua, do animal),
nas parábolas de Jesus e em livros escritos por autores judeus desconhecidos entre
200 AC e 100 a.C. Essas obras apócrifas imitam o estilo das visões do livro de Daniel,
contendo pretensas revelações recebidas de Deus através de visões e trazendo
soluções para o problema do mal e o futuro do reino de Israel e de seus inimigos.
4) O propósito dessa literatura apócrifa, de modo geral, era revelar, por meio de visões
e audições registradas em linguagem simbólica certos mistérios sobre o céu e a terra,
a humanidade e Deus, anjos e demônios, a vida do mundo hoje, e o mundo por vir.
Um de seus temas característicos era que Deus haveria de vindicar Israel contra os
gentios no fim dos tempos.
5) A linguagem desses livros é cheia de anjos, demônios, animais fantásticos,
acontecimentos cataclísmicos e descrições extraordinárias do universo, que leva por
si mesma à conclusão de que essas coisas devem ser entendidas figuradamente.
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6) Posteriormente, por causa da influência do Apocalipse de João, esses livros vieram


a ser chamados de apocalipses, formando um gênero literário chamado de
apocalíptica. Os apocalipses judeus mais importantes são 1 Enoque, o Testamento
de Moisés (também chamado de A Ascensão de Moisés), 4 Esdras (ou 2 Esdras), 2
Baruque, o Apocalipse de Abraão. Nenhuma dessas obras foi considerada canônica
pelos judeus, que no geral rejeitaram esse tipo de literatura.
7) João usou o estilo apocalíptico para registrar essa revelação profética que recebeu
de Deus. É o único livro do Novo Testamento que tem esse formato, seguindo de
perto o estilo do livro de Daniel. A regra geral de interpretação de Apocalipse é
“interprete simbolicamente a menos que seja forçado a interpretar literalmente”.
8) Ao mesmo tempo, o livro é também uma carta, uma epístola de tom apostólico.
Começa com o nome do autor, seguindo da indicação dos destinatários e do voto
(1.1, 4-5), terminando com a bênção.

II – AUTORIA E DATAÇÃO

1) O autor se apresenta como “João”, que se considera servo de Cristo (1.1,4) e


companheiro dos seus leitores nas tribulações pelo Evangelho, pelo qual estava
exilado na ilha de Patmos (1.9). No final do livro, ele se apresenta mais uma vez,
como aquele que viu e ouviu as coisas que escreveu (22.8).
2) Tradicionalmente, a igreja cristã tem entendido que se trata do apóstolo João, o
mesmo autor do Evangelho e das três cartas que trazem o seu nome. Logo cedo, pais
da Igreja como Justino e Irineu reconheceram a autoria joanina do Apocalipse,
embora esse entendimento não tenha sido unânime.
3) Quanto à data, existem duas posições principais entre os estudiosos. Primeira, uma
data ao final do reino de Nero (54-68 d.C.), durante a perseguição que o imperador
moveu contra os cristãos acusados do incêndio de Roma.
4) Segunda, uma data mais tardia, quando João escreveu o Apocalipse pelo final de sua
vida, quando a perseguição oficial do Império Romano contra os cristãos estava no
auge, movida pelo imperador Domiciano (81-96 d.C.), o que nos dá uma data na
década de 90.
5) A maioria dos estudiosos prefere essa data mais tarde, que é a posição que adotamos
aqui.

III – DESTINATÁRIOS E OCASIÃO

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1) O autor identifica os destinatários como as “sete igrejas que estão na província da


Ásia” (1.4), a saber, Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia
(1.11), por determinação do Senhor Jesus.
2) Entretanto, como havia muito mais que sete igrejas na província da Ásia, região que
João pastoreou durante seus últimos anos, e considerando ainda que os tópicos
abordados em cada uma das cartas individuais são gerais e relevantes para toda a
cristandade, e ainda levando em consideração que o número “sete” em Apocalipse
indica plenitude, inteireza – devemos entender que João pretendia que sua obra fosse
lida em toda a Cristandade, e não somente nessas sete igrejas.
3) O que deu ocasião ao apóstolo para escrever essa obra foram as perseguições
severas e constantes que os cristãos estavam sofrendo do Império Romano na
segunda metade do séc. I. Muitos haviam sido presos, torturados e mortos por sua fé
em Cristo. Os cristãos precisavam de esperança, conforto, ânimo e coragem para
perseverar na fé em Cristo, para não negar a Cristo e abandonar o Evangelho.
4) João, que estava preso e exilado como prisioneiro do Império na ilha de Patmos,
recebeu no seu cativeiro uma revelação de Deus, uma profecia a ser enviada ao povo
de Deus em sofrimento. O emprego do gênero apocalíptico para transmitir essa
mensagem era bem adequado por suas características literárias e seu apelo
poderoso para a imaginação, sentimentos e fé.

IV – PROPÓSITOS

1) João escreveu seu Apocalipse por orientação direta de Deus, com o propósito de
revelar às sete igrejas da Ásia as coisas que em breve haveriam de acontecer.
2) O objetivo principal do livro é mostrar o domínio absoluto de Deus sobre o mundo e
seus habitantes, e que ao final seu Cristo haverá de triunfar contra todos os seus
inimigos. Ao dar esta visão escatológica triunfante, João estaria confortando e
animando os cristãos que estavam passando por grandes sofrimentos por causa da
sua fé em Jesus Cristo.
3) A mensagem do Apocalipse, porém, não era apenas para aquelas sete igrejas do
início da era cristã, mas se aplicam a todas as gerações de crentes até a volta de
Jesus.

V – DIVISÕES

Iremos seguir aqui a excelente divisão feita pela NVI Study Bible. 

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I. Introdução (1:1‐8) 

A. Prólogo (1:1‐3) 

B. Saudações e Doxologia (1:4‐8) 

II. Corpo do Livro (1:9‐22:5) 

A. Cristo no meio dos candelabros (1:9—3:22) 

1. A Visão de Cristo dada a João (1:9–20) 

2. Mensagens Proféticas para as Sete Igrejas (2:1—3:22) 

a. À Igreja em Éfeso (2:1‐7) 

b. À Igreja em Esmirna (2:8–11) 

c. À Igreja em Pérgamo (2:12–17) 

d. À Igreja em Tiatira (2:18–29) 

e. À Igreja em Sardes (3:1–6) 

f. À Igreja em Filadélfia (3:7–13) 

g. À Igreja em Laodicéia (3:14–22) 

B. A Sala do Trono Celestial e os Selos (4:1—8:5) 

1. O trono no céu (4:1–11) 

2. O Pergaminho e o Cordeiro (5:1‐14) 

3. Os Selos (6:1–17) 

4. 144.000 Selados (7:1–8) 

5. A Grande Multidão em Vestes Brancas (7:9‐17) 

6. O Sétimo Selo e o Incensário Dourado (8:1–5) 

C. As Sete Trombetas (8:6—11:19) 

1. As trombetas (8:6‐9:21) 

2. O Anjo e o Pequeno Pergaminho (10:1–11) 

3. As Duas Testemunhas (11:1–14) 

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4. A Sétima Trombeta (11:15‐19) 

D. O Conflito Cósmico entre o Dragão e o Cordeiro (12:1—14:20) 

1. A Mulher e o Dragão (12:1–17) 

2. A Besta do Mar (13:1–10) 

3. A Besta da Terra (13:11‐18) 

4. O Cordeiro e os 144.000 (14:1–5) 

5. Os Três Anjos (14:6‐13) 

6. Colhendo a Terra e Pisando o Lagar (14:14‐20) 

E. As Sete Taças (15:1‐16:21) 

1. Sete Anjos com Sete Pragas (15:1–8) 

2. As Sete Taças da Ira de Deus (16:1–21) 

F. Destruição de Babilônia, a Prostituta (17:1—19:10) 

1. Babilônia, a prostituta montada na besta (17:1–18) 

2. Lamento pela Babilônia Caída (18:1–3) 

3. Aviso para escapar do julgamento de Babilônia (18:4‐8) 

4. Ai Tríplice da Queda da Babilônia (18:9–20) 

5. A Finalidade da Perdição de Babilônia (18:21–24) 

6. Aleluia tríplice sobre a queda da Babilônia (19:1‐10) 

G. A Vitória Final, Julgamento e Restauração (19:11‐21:8) 

1. O Guerreiro Celestial Derrota a Besta (19:11–21) 

2. Os Mil Anos (20:1‐6) 

3. O Julgamento de Satanás (20:7–10) 

4. O Julgamento dos Mortos (20:11‐15) 

5. Um Novo Céu e uma Nova Terra (21:1–8) 

H. A Nova Jerusalém e a Gloriosa Presença de Deus (21:9—22:5) 

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1. A Nova Jerusalém, a Noiva do Cordeiro (21:9–27) 

2. Éden Restaurado (22:1–5) 

III. Conclusão (22:6‐21) 

A. João e o Anjo (22:6–11) 

B. Epílogo: Convite e Advertência (22:12‐21) 

VI – TEMAS MAIS IMPORTANTES 

1) A igreja de Deus está no mundo e sempre será perseguida por ele, pelo diabo e pelos
homens ímpios. As perseguições sempre farão parte da vida do povo de Deus até a
vitória final do Cordeiro.
2) Deus julgará o mundo pela perseguição promovida contra seus servos, no presente
através de juízos temporais que incluem calamidades, guerras, testes, fomes e morte.
E no final dos tempos, no juízo final, na vinda de Cristo.
3) Durante o tempo presente, o Senhor Jesus Cristo está assentado no trono do universo
administrando o Reino de Deus, chamando o seu povo, julgando os seus inimigos e
preparando todas as coisas para a consumação, que se dará na sua vinda.
4) Deus haverá de triunfar no final e o seu Cristo haverá de reinar sobre todo o universo.
A morte, o pecado, satanás e os ímpios serão julgados e condenados eternamente e
não haverá mais pecado ou mal do mundo novo que Deus haverá de criar.
5) Deus haverá de restaurar a sua criação ao estado de glória superior ao inicial. Os
seus eleitos haverão de habitar com ele para todo o sempre, eternidade afora.
6) Os cristãos que sofrem perseguição devem ser encorajados com essa visão
escatológica e a certeza do triunfo final de Deus, e dessa maneira encontrar ânimo e
forças para permanecerem firmes em suas tribulações, sem abandonar o Evangelho
de Cristo.

VIII – PASSAGENS DIFÍCEIS DE INTERPRETAR

 O livro todo é reconhecidamente difícil de interpretar. Entretanto, a passagem clássica


mais difícil é aquela que fala do milênio, conforme segue:
“Então vi descer do céu um anjo que tinha na mão a chave do abismo e uma
grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo,
Satanás, e o prendeu por mil anos. Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo

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sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil
anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada
autoridade para julgar. Vi ainda as almas dos que foram decapitados por terem
dado testemunho de Jesus e proclamado a palavra de Deus. Estes são os que
não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam a sua marca na
testa e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes
dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a
primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na
primeira ressurreição. Sobre esses a segunda morte não tem poder; pelo
contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”
(Ap 20.1-6)
1) Existem três linhas escatológicas distintas a partir da interpretação dos “mil anos”.
a. Prémilenistas entendem que Jesus voltará antes do milênio, que consistirá em
mil anos literais aqui nesse mundo. Cristo reinará fisicamente nesse período
sobre a terra. Satanás ficará preso e o povo de Deus ressurreto viverá aqui
com o Senhor, reinando sobre o restante da humanidade. Ao final dos mil anos,
Satanás será solto para perturbar as nações, quando será então vencido pelo
Senhor Jesus, dando início ao novo céu e à nova terra.
b. Pósmilenistas entendem que Jesus voltará depois do milênio, o qual consiste
em um longo período de paz e prosperidade aqui nesse mundo liderado pela
igreja. Nesse período, sob a influência do Evangelho as nações viveram em
paz e Deus será adorado e glorificado. Essa posição entende que a igreja
haverá de crescer e alcançar todo o mundo antes da vinda do Senhor Jesus
Cristo. Pouco antes disto, Satanás será solto, mas finalmente jugado e
derrotado pelo Senhor em sua vinda.
c. Amilenistas entendem que Cristo já reina e que o milênio não é de mil anos
literais aqui na terra, mas compreende o período entre a sua primeira e
segunda vinda, a era da igreja. Os crentes que já morreram reinam com Cristo
no céu. Satanás já foi amarrado (limitado) na morte e ressurreição de Cristo e
não pode impedir o avanço do Evangelho, embora ainda esteja ativo e atuante
no mundo. Ao final dessa era, Satanás receberá permissão para outra vez
enganar as nações, mas então será destruído e condenado pelo Senhor Jesus
em sua vinda.
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2) Não é fácil tomar uma posição. Essas perspectivas escatológicas têm sido defendidas
por homens de Deus preparados e piedosos. Atualmente, prevalece entre os
reformados a visão amilenista. Uma das razões é o reconhecimento que a escatologia
de Paulo é realizada, isso é, ele considera que os últimos tempos já chegaram, que
Cristo já reina e nós com ele e que o evento que falta é somente a parousia
introduzindo a nova criação.

IX – COMO LER ESSE LIVRO 

 Aqui nessa parte da nossa aula vamos nos concentrar nas principais linhas de
interpretação do livro de Apocalipse e tentar defender aquela que consideramos a
mais adequada.
1) Preterista
a) Os preteristas (da palavra pretérito, que significa passado) entendem que os
eventos descritos no apocalipse já aconteceram e estão todos no passado. O
autor teria escrito após os eventos terem acontecido.
b) Os preteristas evangélicos admitem que resta ainda o comprimento futuro da
segunda vinda, a ressurreição dos mortos e os novos céus e nova terra.
2) Futurista
a) Os futuristas, ao contrário, entendem que todos os acontecimentos descritos entre
os capítulos 4—22 se referem a eventos históricos no futuro, que iriam acontecer
muito tempo depois que João escreveu esse livro, a saber, a vinda de Cristo, a
ressurreição dos mortos, o juízo final e os novos céus e a nova terra.
b) Entre os futuristas encontram-se os dispensacionalistas, que interpretam os caps.
6-19 como a profecia de uma tribulação literal de sete anos após o arrebatamento
da igreja. Após a tribulação, Deus cumprirá suas promessas de abençoar Israel
durante um período de mil anos literais do reinado de Cristo sobre a terra.
c) Outra modalidade de futurismo é o pré-milenismo histórico, que acha que a igreja
passará pela tribulação final e compartilhará o futuro governo terreno de Cristo
durante o milênio.
3) Idealista

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a) A interpretação idealista acha que os eventos descritos nesse livro não se referem
a nenhum acontecimento histórico.
b) Eles são usados de maneira figurada para expressar o conflito contínuo entre
Deus e Satanás ao longo da história da igreja.
4) Eclética
a) Essa abordagem interpretativa procura combinar o que está correto nas visões
anteriores.
b) Assim, considera que o livro trata de situações históricas vividas pelos leitores de
João no primeiro século, ao mesmo tempo que afirmam que o tratamento delas
envolve princípios que se aplicam para todas as igrejas em todas as épocas, como
os idealistas dizem.
c) Destacam, como os futuristas, que ainda há muita coisa para acontecer
relacionada com a consumação do Reino de Deus, como a vinda de Cristo. Muitos
amilenistas adotam essa abordagem eclética de Apocalipse.
5) Historicista
a) Essa perspectiva entende que o livro segue a sequência temporal da história,
começando com os acontecimentos da época de João até a segunda vinda de
Cristo.
b) Uma variante dessa perspectiva é o paralelismo histórico, que defende que João
conta a mesma história sete vezes, cada uma delas aumentando os detalhes e
enfocando diferentes atores da mesma história. Ou seja, João narra sete vezes os
acontecimentos entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Cada vez inclui a
perseguição da igreja seguida do juízo dos ímpios e o triunfo de Cristo. Essa é a
posição que consideramos mais coerente com o livro e que é seguida por muitos
amilenistas.
d) Em que pesem as diferenças, todas essas abordagens concordam que o tema
central do Apocalipse é o governo soberano de Deus sobre a história, o triunfo
final de Cristo sobre as hostes do mal, e a salvação de seu povo pelo qual Ele
morreu e ressuscitou.

Até a próxima aula!

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