Você está na página 1de 23

TEA - Como trabalhar com autistas.

Página 1

As crianças especiais, assim como as aves, são diferentes em seus vôos. Todas, no entanto,
são iguais em seu direito de voar.”
Jesica Del Carmen Perez

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 2


Esse E-book serve para mim?

Nosso e-book é voltado para todos que têm interesse no tema.

Sim, esse e-book serve para você que é professor de instituições de ensino, seja ela da
rede pública ou privada.
Esse e-book também serve para você que é profissional da
saúde mental, cuidador, prestadores de serviço, familiares e
extende-se à toda a sociedade.
O objetivo desse e-book é introduzir o leitor à compreensão
dos mecanismos que envolvem o portador de transtorno do
espectro autista, e auxiliar no atendimento inclusivo.
Esperamos que você tenha uma excelente leitura e
adquira o conhecimento esperado.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 3


GUIA INICIAL PARA COMPREENDER O AUTISMO 2. A busca - A pesquisa conceitual
(TEA) É preciso capacitar os professores e a equipe ges-
PARTE I tora para compreender os mecanismos que envolvem
as crianças com autismo e mais importante possibilitar
1. Cenário o atendimento e a inclusão desses alunos nas turmas
Escola, com circulação normal, crianças que vem e da escola.
que vão... Professores em suas salas de aula.
A aula começando, conversas, barulho, agitação,
início das atividades. No canto esquerdo da sala um
garoto alheio a tudo, sem interação social e com inter-
esses estereotipados.
O professor procura solução para o problema, o
coordenador e o diretor procuram o “ Serviço Especial-
izado”... Entre outras medidas. Um arsenal de pessoas
tenta definir e conceituar o que é o autismo, mas esse
distúrbio do neurodesenvolvimento é heterogêneo, o
que dificulta a identificação de sua origem em cada pes-
soa.
O professor volta para a sala de aula e continua
sem saber muito bem os caminhos que deve seguir.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 4


Descobertas Descoberta 1

3. Introdução Causa desconhecida, os distúrbios aparecem na

Na maioria das crianças, a causa é desconhecida, infância geralmente antes da idade escolar, afetam o

embora em alguns casos existam evidências de um desenvolvimento em todas as áreas, prejudicando a

comportamento genético. aprendizagem, a socialização a convivência... é impor-

O diagnóstico é baseado na história sobre o de- tante agir para promover a melhora da criança o quan-

senvolvimento e observação. O embasamento consiste to antes.

no controle do comportamento e às vezes recorre-se ao


tratamento medicamentoso. Descoberta 2

Os distúrbios do neurodesenvolvimento são Outros transtornos de déficit de atenção hipera-

condições neurológicas que aparecem precocemente tividade, transtornos de aprendizagem dislexia, e defi-

na infância, geralmente antes da idade escolar e afetam ciência intelectual. O diagnóstico possui uma heteroge-

o desenvolvimento do funcionamento, pessoal, social, neidade de sintomas com infinitas características

acadêmico e ou profissional.

Descoberta 3
O autismo é cerca de 4 vezes mais frequente entre me-
ninos. E a precocidade do diagnóstico é fundamental
para ajudar o prognóstico e melhoria dos casos

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 5


Descoberta 4 Ele não responde às interações sociais ou conver-
sas, não compartilha emoções. Tem dificuldades em in-
Alguns casos ocorrem com doenças anteriores terpretar a linguagem corporal, gestos e expressões das
como síndrome da rubéola congênita, doenças de in- outras pessoas, redução nas expressões faciais e gestos
clusão citomegálica, Fenilcetonúria, complexo esclerose e ou contato visual, eles não mantem relacionamentos,
ou síndrome de X frágil. amizades não ajusta o comportamento a situações dife-
Há fontes evidenciais que vacinas não causam au- rentes.
tismo. Esses termos médicos nos deixam preocupados
tanto quanto o transtorno em si. Descoberta 6
Diante dos “colegas” da classe, o garoto tem padrões
Descoberta 5 repetitivos restritos de comportamento e ou atividades
Dentre outras características principais definem o como:
espectro do autismo: - Falar ou movimentos estereotipados ou repetitivos
- Déficits persistentes na comunicação e interação soci- Exemplo: Agitar a mãos, estralar os dedos repetidam-
ais; ente, repetir frases idiossincráticas ou ecolalia, alinhar
- Padrões repetitivos restritos de comportamento, inter- brinquedos;
esse e / ou atividades. - Sentir aflição extrema em pequenas mudanças nas re-
Lembra daquela classe na escola e do garoto al- feições ou roupas, nas falas nos rituais. Ter rituais este-
heio sentado ao fundo da sala? reotipados, eles apresentam interesses muitos restritos
Ele é real, e existe! e às vezes estranhos;

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 6


- Reação exagerada ou falta de reação a estímulos sen-
soriais, exemplo aversão extrema a cheiro, aromas ou Estamos diante de casos
texturas específicas. de difícil diagnósticos.
- Indiferença aparente a dor ou a temperaturas.
- Algumas crianças se agridem, tendo perdas da habi- Descoberta 8
lidades adquiridas anteriormente. Todas as crianças O sucesso terapêutico começa com um bom trab-
com o transtorno do aspecto autista têm problemas, alho de informação e orientação aos pais.
entretanto a gravidade deles pode variar significativa-
mente O aluno, o cenário, a escola, os pais, as
descobertas nos levam a quais caminhos?
Descoberta 7
Hoje em dia uma das teorias mais defendidas é a Inicialmente podemos citar a lei Nº 12.764 de
“Cegueira Mental”, ou seja a inabilidade de imaginar o 27/12/2012, que instituiu a Política nacional de proteção
que a outra pessoa possa estar pensando, devido a es- dos direitos da pessoa com transtornos do espectro
sas interações anômalas, a linguagem pode se desen- autista, e altera o parágrafo 3º do artigo 98 da lei 8112,
volver de forma anormal. de dezembro de 1990. Esta lei resguarda os direitos
Continuando, vejamos a deficiência intelectual e dos portadores do transtorno dos espectro autista, de
distúrbio de aprendizagem, que incluem caminhar inco- matrícula e permanência em escolas do ensino regu-
ordenado e movimentos motores estereotipados. lar.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 7


Porque estamos citando tal legislação? de ser considerada uma doença do espectro autista
dada a sua natureza específica. Precisamos conhecer as
Sabemos que a inclusão não se faz somente integ- diferenças entre o autismo típico e o transtorno de As-
rando o aluno deficiente, em uma escola sem qualquer perge.
preparo!
É importante que haja conscientização de alunos e pro- Espec tro é aquilo que admite diversos
fissionais que fazem parte da “Escola” inclusiva, para graus de gravidade.
que haja acolhimento, aprendizagem e compressão
para que a trajetória do aluno autista seja a mais A síndrome de Asperge representa a manifestação mais
proveitosa possível... leve do transtorno autista e caracteriza-se por inferên-
De acordo com a nova classificação do manual de diag- cias nas:
nóstico e estatística dos transtornos mentais, que antes
englobava o Autismo Clássico, o transtorno de Asperg- • Habilidades de comunicação
er; síndrome de
• Na habilidade de interação social
Rett agora passam a representar o TEA, transtorno do
• Na presença de comportamentos, interesses e
espectro autista, que precisa ser estudado em suas
atividades estereotipadas
várias formas de manifestações.
A síndrome de Asperge e os quadros de autismo apre- • Asperge, é o autismo de alto desempenho
sentam os mesmo requisitos variando a intensidade de
manifestação de sintomas, a síndrome de Rett deixa

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 8


TEA - Como trabalhar com autistas. Página 9
Síndrome de Rett 4 – Evitar estímulos desnecessários, para não desviar a
• Ocorre em meninas (99% dos casos) atenção

• Desordem no desenvolvimento neurológico


5 – Planejar, manter e comunicar a rotina de trabalho
• Mutações genéticas diário (Quando possível)
• Regressão do sistema motor
6 – Recursos visuais – São importantes
• Perda da linguagem expressiva

• Regressão na habilidade para o uso das mãos 7 – Regras – claras e estabelecer rotinas e mais rotinas

Para o atendimento pedagógico o professor precisa: 8 – Ensinar a criança a se relacionar fazer parceria com
a família em reuniões programadas, ou agendadas...
1 – Ter uma estrutura bem preparada desde o ambiente
físico à equipe pedagógica

2 – Melhorar os níveis de atenção. (Focalizar o olhar e


chamar atenção para atividade)

3 – Ensinar as crianças a imitar, e ou utilizar modelos Ex:


ficar em pé todas devem ficar em pé

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 10


Alguns conselhos para os pais, e temas de re- Ao falarmos
uniões com a família: da síndrome de Asperge e
de Rett, estamos confirmando
- Observar se o filho possui facilidade para determinada os sintomas e alertando para que a observação dos sin-
tarefa, porque alguns autista possuem aptidão para tomas seja facilitada, mas tudo é importante, quando
matemática, música, desenho ou informática, por ex- falamos do TEA.
emplo
É preciso saber o que é o Autismo e o que fazer
- Respeitar as rotinas, pois os autistas não toleram bem com ele. A equipe multidisciplinar será bem-vinda, a
as mudanças. família, os terapeutas e professores precisam na aux-
iliar. Precisamos afastar propostas mirabolantes para
- Evitar ter móveis e objetos desnecessários em casa
“tratar” crianças com autismo, justamente por ser um
para protegê-los de acidentes
espectro, as características apresentadas pelo TEA vari-

- Desenvolver bons hábitos de sono, respeitando o am muito.

horário de dormir com luzes menos intensas


Este guia simples de como entender o “Autismo”
- Refeições devem ser leves antes de ir para cama. terá uma linguagem acessível, trará as últimas desco-
bertas, novidades e experiências clínicas, explicações da
- Evitar locais como lanchonetes supermercados, pois
neurociência para a compreensão do “Autismo”
existem muitos estímulos, como luzes e muito barulho
o que pode causar desconforto na criança.
TEA - Como trabalhar com autistas. Página 11
O que é TEA?

Precisamos saber mais:

TEA ou simplesmente “Autismo” é um transtorno


da neurodesenvolvimento. Isto significa que algumas
funções neurológicas não se desenvolvem como deveri-
am nas respectivas áreas cerebrais das pessoas. É uma
condição complexa...

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 12


GUIA INICIAL PARA COMPREENDER O AUTISMO
(TEA)
PARTE II

Cenário

Pais confusos com o comportamento “estranho” de 2- O bebê compartilha a atenção da mãe ou do pai, se-

seus filhos pequenos. guindo o olhar deles;

-Quais são os marcos do desenvolvimento para que se


perceba as diferenças e desvios de padrões? Alerta
Tende a não olhar para os chamados do meio ambiente, não
olha quando chamam o seu nome.
-Vejamos alguns tópicos do comportamento esperado
nas idades e fases de desenvolvimento:
3- O bebê sorri de volta, faz gracinhas, olha quando é

1- Com o bebê de aproximadamente seis meses, chamado ou acompanha objetos e pessoas de um lado

começa a necessidade de interações, virando a cabeça para o outro;

na direção que o chamam;


Alerta
Alerta É passivo ou agitado demais, leva tudo à boca, não sorri e não
Recusa de muito estímulo para olhar e atender aos chamados gosta de toques, tem poucas expressões faciais para as difer-
da mãe e do meio ambiente. entes situações.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 13


Precisamos nos preocupar com os bebês, que,
até seis meses nos apresentam “alertas” impor-
tantes para o autismo.

“O diagnóstico e os estímulos precoces nos ajudam a 2- A criança sabe quem cuida dela, sorri imita ex-

provocar melhora nesse quadro inicial de autismo” pressões simples, faz sons com a boca, pisca forte, man-
da “tchau”, manda beijinhos etc;

Alerta
Vejamos o comportamento de crianças
Mostra-se impassível, não demonstra sentimentos, não reage a
pequenas com 12 meses de idade: quase nenhum estímulo exterior.

3- 3- Fala palavras simples e soltas para se comunicar.


1- Compartilha o olhar, olha para objetos diferentes,
Localiza sons e chamados, virando-se em direção à eles,
reage a sons fortes e diferenciados;
mostra coisas com os dedos, entende comandos como
Alerta “não”; “pára”. A criança faz imitações de gestos conven-
Não reage à presença de seus cuidadores, não interessa à cri-
cionais, como telefonar, comer etc.
ança se sentir segura.

Alerta
Não se comunica através de palavras, não reage à estímulos
como sons e chamados, não tem interação social, permanece
apático com tudo que se dá ao seu redor.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 14


Comportamento de crianças a partir de 24 3- Junta palavras, fala frases completas, salva e usa o

meses de idade: nome das pessoas, amigos ou parentes. Participa de jo-


gos com colegas, imita coreografias, identifica emoções:
triste, feliz; Corta, cola e dobra papéis; Usa garfo e col-
1- Ouve histórias infantis, aponta para imagens, inter-
her sozinho.
cala os olhares olhando para o livro e para o adulto;

Alerta
Alerta
Observar se a criança apresenta um desenvolvimento saudável
Não se interessa em ouvir as histórias infantis nem em ilus-
e dentro do esperado, caso contrário consulte um especialista,
trações, não identifica cenas e objetos presentes nos livros de
para análise dos sintomas de autismo e compreender que só o
histórias. Mostra-se desmotivado e longe daqueles lugares, figu-
diagnóstico não é suficiente para tratarmos o autismo.
ras coloridas do livro.

Observação:
2- Identifica objetos quando lhes é perguntado, segue
Quanto mais cedo os sintomas são identificados e
comandos diversos, responde perguntas, imita sons,
começarmos a tratar, mais chances teremos de obter
imita animais;
êxito com essas crianças, para que as mesmas tenham
Alerta um bom futuro e melhoras na qualidade de vida.
Não entende comandos e dificilmente responde perguntas sim-
ples. Não se localiza no tempo e espaço.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 15


- Mudanças nos critérios
Diagnóstico de autismo
diagnósticos: anteriormente
os critérios utilizados para
- Normalmente é usado o D.S.M (Manual de Diagnósti- que se estabelecesse o Transtorno
co e Estatístico de Transtornos Mentais), material que Mental Autístico envolviam sintomas mais graves;
padroniza o conhecimento atualizado dos diagnósticos
psiquiátricos, voltado para os profissionais da saúde. - A sociedade teve maior conscientização e melhor
Facilita o diagnóstico e torna-o mais fidedigno, e ainda reconhecimento das diferentes fases do Espectro Autis-
orienta com o diagnóstico os profissionais da área da ta;
educação. A partir de 2013, na quinta edição do D.S.M,
o manual reuniu todos os `` Transtornos Invasivos do - Houve maior interesse por assuntos relacionados ao
Desenvolvimento`` em uma única classificação diag- TEA, o que favoreceu maiores discussões e pesquisas
nóstica possível: o TEA (Transtorno do Espectro Autista). sobre o assunto.
-Desde 1980 vêm ocorrendo um aumento da quanti-
Testes e escalas para o autismo
dade de crianças diagnosticadas com TEA, na ordem de
1 a cada 59 atualmente, quando anteriormente era de 1 Existem alguns instrumentos validados no Brasil
a cada 10.000. que podem auxiliar a identificar sintomas ou comporta-
mentos do TEA em crianças.
Podemos atribuir esse aumento a: As escalas: “Modified Checklist for Autism in Tod-
dlers” e “A Childhood Autism Rating Scale” também aux

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 16


iliam a identificar e distinguir os casos de autismo em: óbvios para outras pessoas. Essas crianças não gostam
Leve, Moderado e Grave, além de diferenciar as crianças de ser interrompidas nas suas rotinas e ficam
autistas das que possuem Deficiência Intelectual. alteradas quando isso ocorre.

Nível 3
Níveis de gravidade do Espectro Autista
Crianças que necessitam de tratamento e inter-
De acordo com a nova versão do D.S.N-V, o TEA é venção especializada. O diagnóstico é baseado em ob-
dividido em três níveis, sendo: servação comportamental realizada por um médico es-
pecialista. Professores e outros profissionais necessitam
Nível 1 de um diagnóstico precoce pois quanto mais cedo a
Crianças que precisam de pouco auxílio, pouca intervenção, mais efetiva ela será. No Brasil, as famílias
intervenção terapêutica para realizar atividades cotidi- que apresentam esse nível de Autismo podem receber
anas. Geralmente essas crianças falam, porém possuem descontos na compra de carros, isenção de rodízio e
dificuldade em iniciar e manter uma interação com out- outros auxílios do Estado. Crianças autistas também
ras pessoas. têm direito de ter um auxiliar especialista em sala de
aula.
Nível 2
Crianças que precisam de mais apoio e inter-
venção terapêutica. Observe que os comportamentos
apresentados são restritos e repetitivos além de serem

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 17


TEA e Família
TEA: Fatores causadores
As dificuldades na aceitação

“Gabriela aos cinco anos foi diagnosticada por um Inúmeras evidências já comprovaram que mui-
psiquiatra com TEA. A primeira a perceber foi a mãe, tas vezes o desenvolvimento do TEA está relacionado
que levou a menina ao psiquiatra que onde ocorreu o à fatores genéticos, e que são os genes os principais
diagnóstico. A família hesitou para aceitar que a garota causadores dos sintomas. É importante para as famílias
era diferente e muitos não aceitaram...” que já apresentaram TEA se atentarem no nascimento
de irmãos não gemelares, ou seja, não gêmeos, após o
Os pais nunca estão preparados para a notícia de nascimento do primeiro, as chances do próximo irmão
que seus filhos apresentam traços de espectro do autis- apresentar TEA são de 10 a 20%. Na população, as
mo. A imprevisibilidade do futuro e a perda do controle chances de se ter um filho com TEA são de 1 a 2%.
dos planos feitos para a criança são alguns dos motivos
que levam o cérebro a pensar automaticamente em re- Em alguns casos as alterações genéticas não são
cusar a possibilidade da criança apresentar o TEA. Out- herdadas do pai nem da mãe e acontecem somente no
ros sentimentos apresentados pelos pais e familiares indivíduo afetado, podendo ocorrer em um óvulo ou
são: raiva, culpa e posteriormente a aceitação e a resil- espermatozoide ou ao longo do desenvolvimento em-
iência. brionário. As possibilidades desses casos ocorrerem
variam de 5 a 10%.

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 18


Outros fatores que estão sendo pesquisados e dade de interpretar os próprios sentimentos e de ex-
se correlacionam com o desenvolvimento do TEA são: pressá-los.
idades materna e paterna avançadas; infecções que a
mãe apresente durante a gravidez e que causa forte - Portadores de TEA apresentam prejuízo das funções
reação imunológica no organismo; diabetes gestacional; executivas e em todas as habilidades que precisam
sangramento materno; exposição à toxinas; exposição à dela, o que também pode gerar déficits em aprender
medicamentos; depressão materna e consequente uso por meio de Feedback e a falta de inibição de respostas
de antidepressivos etc. irrelevantes e ineficientes.

Relações sociais e TEA - Teorias que explicam a relação entre cérebro social e
autismo são: A Teoria da Mente, A Flexibilidade Mental,
Existem pessoas com TEA que gostam de se co- Teoria dos Neurônios-Espelho e a Teoria da Coerência
municar e interagir, porém fazem isso de maneira “in- Central.
adequada”, possuem maiores dificuldades e falhas nas
sutilezas que regem uma interação social.

Muitas vezes pessoas que apresentam TEA são


consideradas mais “frias” ou não afetivas por não ex-
pressarem os seus sentimentos da maneira esperada
pelas outras pessoas. Pessoas com TEA tem dificul-

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 19


adaptação de
A criança e o ambiente escolar
materiais didáticos.
A escola é o ambiente rico em estímulos pedagógi-
cos e sensoriais que permitem o desenvolvimento mais Tenha atitudes como: nomear a criança para aju-
harmônico das crianças com TEA. dante do dia, dê elogios, ofereça recursos visuais para
melhorar o aprendizado.
As intervenções pedagógicas que permitem a
aprendizagem, às vezes não são simples, necessitando É importante que o educador conheça o PEI (Pro-
de um educador que tenha uma formação continuada, grama de Educação Individualizada) para a adaptação
competências e habilidades para atuar e potencializar a curricular quando necessário.
aprendizagem dessas crianças com TEA.
O AT (Acompanhante Terapêutico) é geralmente
Uma equipe multidisciplinar pode indicar que cri- um profissional ou estudante de pedagogia ou psicólo-
anças com TEA estudem em escolas regulares, normais, ga que auxilia o professor em sala de aula no tratamen-
dependendo do nível dentro do espectro, sendo que to de alunos com TEA.
quando o caso for grave, é recomendado a adoção de
uma escola especial. Quadro de rotina
O quadro de rotina ajuda a organizar a criança e diminuir com-
portamentos como “birra” e ansiedade.
A inclusão será bem vinda para a socialização,
aprendizagem e interação dessas crianças; O uso e

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 20


Sabemos que o TEA, o autismo em especial, ne- Curso Livre de TEA, com a mesma qualidade e ob-
cessita de estudos que nos levem à compreensão da jetivo da Pós-Graduação.
temática” E o futuro? Autismo tem cura? Quais os direit-
os das pessoas com TEA? Para mais informações, entre em contato com seu
consultor ou acesse iteqescolas.com.br.
Os Portadores de TEA conquistaram seus direitos Agradecemos a todos que iniciaram esse caminho
que são assegurados pela Lei Federal nº 12.764/2012, conosco.
que institui a política nacional de Proteção dos Direitos
da Pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Não se esqueça de deixar em nossas redes sociais
o seu comentário nos contando oque achou do nosso
A Faculdade ITEQ Escolas, caminha junto aos pro- e-book.
fessores e pais no sentido de dar às pessoas com TEA,
melhor qualidade de vida. Até breve.

Estamos formando a primeira turma de


Pós-Graduação em TEA, com as mais recentes
pesquisas sobre o assunto.

Para interessados no assunto que ainda não
têm formação universitária, disponibilizamos o

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 21


Sabemos que o TEA, o autismo em especial, ne- Curso Livre de TEA, com a mesma qualidade e ob-
cessita de estudos que nos levem à compreensão da jetivo da Pós-Graduação.
temática” E o futuro? Autismo tem cura? Quais os direit-
os das pessoas com TEA? Para mais informações, entre em contato com seu
consultor ou acesse iteqescolas.com.br.
Os Portadores de TEA conquistaram seus direitos Agradecemos a todos que iniciaram esse caminho
que são assegurados pela Lei Federal nº 12.764/2012, conosco.
que institui a política nacional de Proteção dos Direitos
da Pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Não se esqueça de deixar em nossas redes sociais
o seu comentário nos contando oque achou do nosso
A Faculdade ITEQ Escolas, caminha junto aos pro- e-book.
fessores e pais no sentido de dar às pessoas com TEA,
melhor qualidade de vida. Até breve.

Estamos formando a primeira turma de


Pós-Graduação em TEA, com as mais recentes
pesquisas sobre o assunto.

Para interessados no assunto que ainda não
têm formação universitária, disponibilizamos o

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 22


Agora que você já leu o nosso E-book, não perca a oportunidade de
assistir o Webinário Evolução Docente, que preparamos especialmente
para o mês dos professores.

Webinário
Evolução Docente
17 a 22 de outubro

Serão 6 dias de evento online gratuito


abordando diversos temas relacionados
à educação

acesse a página para


saber mais e cadastrar-se
Clique aqui

TEA - Como trabalhar com autistas. Página 23

Você também pode gostar