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As funções executivas são as 

habilidades cognitivas que nos permitem controlar e


regular nossos pensamentos, nossas emoções e nossas ações diante dos conflitos ou
das distrações.

Quais são as regras da torre?


Torre. A torre se move em linha reta horizontalmente e verticalmente pelo
número de casas não ocupadas, até atingir o final do tabuleiro ou ser
bloqueado por outra peça. Ele não pode pular outras peças. A torre captura no
mesmo caminho em que se move, ocupando a casa onde se encontra a peça
adversária.

Quais são as 28 funções cognitivas?

Quais são as funções cognitivas mais importantes?


● Orientação. O que é a orientação? ...
● Gnosias. O Que são as gnosias? ...
● Atenção. O que é a atenção? ...
● Funções executivas. O que são as funções executivas? ...
● Praxias. O que são as praxias? ...
● Memória. O que é a memória? ...
● Linguagem. O que é a linguagem?


o 4 de jan. de 2021
o
o 8 min para ler

FUNÇÕES EXECUTIVAS – O
que são?
As funções executivas envolvem diversas áreas e habilidades que atuam em
conjunto em prol da realização de objetivos.

Diamond (2013) divide essas funções em duas categorias: funções executivas


complexas, ou superiores, e funções executivas principais, que podem ser
visualizadas na figura:
Fonte: Diamond (2013, p. 152), traduzido por Léon (2015)

Essas categorias são compostas por seis construtos: memória de trabalho,


flexibilidade cognitiva, controle inibitório, planejamento, resolução de problemas
e raciocínio. As três primeiras habilidades compõem as funções executivas
principais e as três últimas, as complexas. (…) A memória de trabalho faz parte
das funções executivas principais (básicas) e é uma habilidade cognitiva que
permite a realização de operações mentais com informações armazenadas ou
aprendidas anteriormente, permitindo que elas possam ser manipuladas,
utilizadas e processadas, integrando estímulos ambientais e conhecimentos
prévios. Baddeley e Hitch (1974) e, posteriormente, Baddeley (2000)
estruturaram um modelo de memória de trabalho, dividido em quatro
componentes: central executivo, alça fonológica, esboço visuoespacial e buffer
episódico. O central executivo, que se relaciona às funções executivas,
funciona como o centro de controle e comando das interações entre a memória
de longo prazo e a alça fonológica e o esboço visuoespacial, coordenando os
processos da memória de trabalho e controlando suas ações. A alça fonológica
possui relação com a informação auditiva; constitui uma memória sonora,
utilizada na informação que é codificada acusticamente, ou seja, é um
armazenamento de curto prazo acústico, que processa os sons de entrada. O
esboço visuoespacial é responsável pelo armazenamento da informação visual
e códigos visuoespaciais. Já o buffer episódico é um sistema de
armazenamento temporário com capacidade limitada, responsável por fazer a
integração da informação provinda de fontes diferenciadas em uma
representação unitária episódica.

A inibição, o segundo construto do esquema de Diamond (2013), refere-se ao


controle dos impulsos, também conhecido como controle inibitório, e pode ser
definida como a habilidade de inibir comportamentos não adequados ou
impulsivos/habituais e realizar uma ação mais adequada e contextualizada.
Está relacionada, por exemplo, à disciplina para permanecer em uma tarefa
mesmo quando a vontade é de fazer outra coisa, e envolve a consideração de
uma gratificação posterior, ou seja, é a persistência visando a objetivos
maiores. Malloy-Diniz et al. (2008) descrevem-na como a capacidade que o
sujeito possui de inibir respostas que ele tem uma forte tendência de realizar,
assim como evitar comportamentos não adaptados impulsionados por
influências internas ou até mesmo de preferências, permitindo agir de outra
forma. É o controle de atenção, comportamento, pensamentos e emoções que
são motivados por uma forte predisposição interna ou influência externa. A
inibição é necessária quando existe a vontade ou o impulso de fazer algo,
porém o indivíduo sabe que não pode ou não deve porque, naquele contexto
ou para um grupo social específico, essa resposta não será adequada ou bem-
vista. Portanto, o comportamento é inibido e substituído por um mais adequado
e contextualizado. Gil (2010) caracteriza esse controle como a capacidade de
inibir as respostas não adaptadas, ou seja, ele permite ao sujeito agir
adequadamente, controlando comportamentos que não seriam corretos ou até
prejudiciais naquele momento. Diamond (2013) afirma que sem essa
capacidade o ser humano estaria abandonado à mercê de seus impulsos e
velhos hábitos, como se não existisse a possibilidade de mudança ou de agir
de modo diferente, como se o comportamento da pessoa fosse totalmente
ditado pelo meio em que vive ou pelas situações que o ambiente determina.

O controle inibitório faz parte da rotina escolar. Por exemplo, a simples decisão
de não sair da aula ou não dizer que gostaria de estar em casa porque está
cansado, até uma decisão mais complexa de não aceitar um convite para o
almoço porque tem um trabalho a entregar no dia seguinte, reflete uma ação
não motivada pelo impulso, pois, mesmo querendo, a pessoa é capaz de
refletir sobre as consequências de sua escolha e não fazer o que gostaria a
princípio. Reflete a racionalidade, a possibilidade de mudar, de escolher o
comportamento. Logo, responder a primeira ideia que vem à mente, tirar
conclusões precipitadas, não conseguir esperar e não analisar todos os fatos
sugerem um controle inibitório inadequado. Em conjunto com o controle
inibitório atuam os processos de atenção.

Entre os processamentos cognitivos envolvidos estão os elementos de


filtragem, e um deles é a atenção, mecanismo cerebral-cognitivo que possibilita
o processamento de certas informações, ações e pensamentos. Enquanto o
processamento é realizado, os elementos irrelevantes ou que possam causar
distração são ignorados pelo sistema. A todo instante recebe-se um
bombardeio de informações do meio ambiente; assim, a atenção processa
fontes diferenciadas de informações ao mesmo tempo, selecionando aquelas
preferenciais.

A flexibilidade cognitiva, último construto das funções executivas principais, é a


capacidade do indivíduo de mudar ou alternar de objetivos durante a realização
de uma tarefa, e é necessária principalmente diante de imprevistos do meio
que inviabilizam o cumprimento do objetivo como estava determinado
inicialmente, ou quando a tarefa possui dois objetivos diferentes. Diamond
(2013) descreve a flexibilidade cognitiva como a mudança de perspectiva, isto
é, pensar sobre algo de forma diferente. Por exemplo, se a forma de resolução
de um problema não funciona num determinado contexto, pode ser que uma
nova concepção deva ser considerada, ou seja, deve ocorrer a flexibilização do
pensamento.

Gil (2010, p. 165) afirma que “a flexibilidade mental designa, então, uma
capacidade de adaptar as escolhas às contingências”, ou seja, o indivíduo é
capaz de alterar seu comportamento para se adaptar ao que o meio lhe
oferece. A flexibilidade cognitiva envolve, portanto, ser flexível o suficiente para
se ajustar a diferentes demandas ou prioridades, além de ser capaz de
perceber a mudança ou o erro e tirar vantagens de oportunidades e situações
inesperadas. Por exemplo, se o indivíduo está organizado para realizar a tarefa
X, porém o ambiente torna-se propício para a realização da tarefa Y, a
flexibilidade revela-se no momento em que o sujeito percebe que fazer Y seria
melhor do que fazer X. Diamond (2013) apresenta um exemplo de flexibilidade
por parte do professor. Cada professor estabelece seu jeito de ministrar as
aulas e de organizar o conteúdo, porém alguns alunos podem não conseguir
aprender. O professor pode pensar que o seu modo de ensinar funciona, ou
pode refletir sobre uma maneira diferente de apresentar o conteúdo para
aqueles alunos. Nesse último caso, ele está flexibilizando sua maneira de
ministrar o conteúdo.

Esses três construtos compõem as funções executivas principais e dão a base


para o desenvolvimento do raciocínio, da resolução de problemas e do
planejamento. A memória de trabalho, a inibição e a flexibilidade cognitiva
atuam em conjunto pois, para conseguir relacionar diversas ideias e responder
adequadamente, a pessoa precisa ser capaz de resistir aos estímulos
distratores e focar em algo; precisa controlar os pensamentos e manter a
persistência na tarefa e, se necessário, monitorar e alterar seu plano de ação,
requerendo todos esses mecanismos em conjunto.

Apesar de funcionarem de forma integrada, cada uma das diferentes


habilidades principais de funções executivas possui um momento em que
começa a ser desenvolvida, e esse desenvolvimento será descrito a seguir. As
funções executivas possuem um curso longo de desenvolvimento. Huizinga et
al. (2006) e Miller e Cohen (2001) afirmam que conforme as funções executivas
se desenvolvem há um melhor controle dos pensamentos e das ações. Por
serem constituídas por diversos construtos, as habilidades envolvidas nas
funções executivas não possuem fases e momentos fixos e precisos de
desenvolvimento, pois cada elemento possui características desenvolvimentais
próprias que ocorrem em momentos distintos, ou seja, a atenção e a memória,
por exemplo, poderão se desenvolver em momentos diferentes. No entanto, de
modo geral, esse desenvolvimento começa a ocorrer por volta dos 12 meses,
aumentando gradativamente conforme a progressão da idade, e tende a se
estabilizar na vida adulta e declinar na velhice.

O desenvolvimento da habilidade de memória pode ser percebido já em bebês


de 9 a 12 meses durante a realização de tarefas simples de diferenciação de
objetos e de cartões com quantidades diferentes. Os bebês apresentam sinais
de memória ao perceber que um objeto é diferente de outro, fixando menos
tempo o olhar naqueles previamente conhecidos. O início do desenvolvimento
da memória de curto prazo ocorre em idades precoces; crianças bem novas já
se mostram capazes de lidar com uma ou duas informações por um
determinado tempo. Desenvolve-se durante a infância, a adolescência e a vida
adulta e declina na velhice, devido à diminuição da velocidade de
processamento da informação.

A flexibilidade cognitiva começa a surgir nas crianças na primeira infância e


possibilita a melhora na capacidade de planejar ações mais abstratas. Ela
continua a se desenvolver conforme a progressão da idade. Portanto, apesar
de ser percebida em crianças, ainda não está plenamente desenvolvida,
podendo se tornar mais eficaz e refinada de acordo com as influências do
ambiente, as interações e as intervenções. Começa a se desenvolver em
crianças por volta dos 2 anos e meio de forma mais simples, como em
atividades de reversão, apertar um lado da tela quando aparece um estímulo,
depois apertar o outro lado, conforme o estímulo muda. Por volta dos 4 ou 5
anos, torna-se mais refinada e, assim como outras habilidades, declina na
velhice.

A inibição começa a se desenvolver por volta de um ano e prossegue até a


adolescência; exerce grande influência na vida adulta. Um bom controle
inibitório na infância atua de forma preditiva na capacidade de, por exemplo,
esperar a sua vez e distrair-se com facilidade. Pessoas com mais inibição
conseguem evitar fazer escolhas arriscadas, como fumar, usar drogas, tornar-
se obeso e infringir a lei. A inibição atinge seu ápice na vida adulta e declina na
velhice. Já a capacidade de tomar decisões de forma adequada começa a se
manifestar em crianças por volta dos 4 anos, assim como a habilidade de
planejamento de resposta e de monitoramento. Pesquisas sobre as funções
executivas e o desenvolvimento de seus construtos em crianças têm sido
conduzidas e há indicações de que estão relacionadas à idade e ao ano
escolar; também há indícios de que as diferentes medidas de funções
executivas se relacionam entre si.

FONTE: Pazeto, T. C. B.; Seabra, A. G.. O que prediz leitura, escrita e


matemática?: análise de habilidades na educação infantil. São Paulo: Editora
Mackenzie, 2020.

Nome: ______________________________________________
Idade: _____Data da aplicação: ___/___/___
Problema 1:
Movimentos requeridos: 2 Resposta Correta: VM-1 ; V-2 Resposta do
Participante: Pontuação :OBS:
Problema 2:
Movimentos requeridos: 2Resposta correta: A-1 ; VM-2Resposta do
Participante:

Pontuação:OBS:

Problema 3:

Movimentos requeridos: 3Resposta correta: A-1 ; VM-2 ; A-3 ou VM-1 ; A-3 ; VM-
2Resposta do Participante:Pontuação:OBS:

Problema 4:

Movimentos requeridos: 3Resposta correta: A-1 ; VM-2 ; A-2Resposta do


Participante:Pontuação:OBS:

Problema 5:
Movimentos requeridos: 4Resposta correta: VM-2 ; V-1 ; VM-3 ; V-3 ou VM-1 ; V-2 ;
VM-3 ; V-3Resposta do Participante:Pontuação:OBS:

Problema 6:

Movimentos requeridos: 4Resposta correta: A-1 ; VM-2 ; V-2; A-3

Resposta do Participante:Pontuação:OBS:

Problema 7:

Movimentos requeridos: 4Resposta correta: VM-2 ; V-1 ; VM-3 ; A-3Resposta do


Participante:Pontuação:OBS:

Problema 8:

Movimentos requeridos: 4Resposta correta: A-1 ; VM-2 ; A-2; V-1Resposta do


Participante:Pontuação:OBS:

Problema 9:

Movimentos requeridos: 5Resposta correta: VM-1 ; V-2 ; VM-3 ; V-3 ; A-3 ou VM-2 ; A-
2 ; VM-3 ; V-3; A-3Resposta do Participante:Pontuação:OBS:

Problema 10:

Movimentos requeridos: 5Resposta correta: VM-2 ; V-1 ; VM-3 ; A-3 ; V-3Resposta do


Participante:Pontuação:OBS:

Problema 11:

Movimentos requeridos: 5Resposta correta: A-1 ; VM-2 ; V-2 ; A-3; V-3Resposta do


Participante:Pontuação:OBS:

Problema 12:

Movimentos requeridos: 5Resposta correta: A-1 ; VM-2 ; V-2 ; A-3 ; V-1 ou A-1 ; VM-2 ;
A-2 ; V-1 ; A-3Resposta do Participante: Pontuação: OBS:

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