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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade

Uma breve introdução ao problema de obstáculo


References

Avanços recentes em teoria de regularidade


elı́ptica - Parte II

João Vitor da Silva

Universidade Estadual de Campinas (jdasilva@unicamp.br)


.
V Colóquio de Matemática da Região Nordeste
.
Universidade Federal de João Pessoa - UFPB - 07 a 11 de novembro de 2022

08 de Novembro, 2022

João Vitor da Silva Avanços recentes em teoria de regularidade elı́ptica - Parte II


Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Outline

1 Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade

2 Uma breve introdução ao problema de obstáculo

3 References

João Vitor da Silva Avanços recentes em teoria de regularidade elı́ptica - Parte II


Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Equações elı́pticas e suas teorias de


regularidade

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Regularidade Elı́ptica - Estado da Arte

Inicialmente, façamos um breve passeio sobre a literatura relacionada às EDPs Elı́pticas.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Regularidade Elı́ptica - Estado da Arte

Inicialmente, façamos um breve passeio sobre a literatura relacionada às EDPs Elı́pticas.

Consideremos, u : B1 ⊂ RN → R satisfazendo (em um sentido apropriado)

 −div(A(x)∇u) = f (x) em B1 Forma Divergente




N
L[u] =
 − ∑ aij (x)∂ij u = f (x) em B1 Forma Não-Divergente

i,j=1

Abordagem Variacional Vs Abordagem Não-Variacional

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Regularidade Elı́ptica - Estado da Arte

Permita-nos considerar o caso variacional, i.e. u ∈ H1 (B1 ) solução fraca de

L[u] = −div(A(x)∇u) = f (x) em B1

onde A ∈ Sym(N ) matriz uniformemente elı́ptica e mensurável, i.e.

λ|ξ |2 ≤ hA(x)ξ, ξ i ≤ Λ|ξ |2 ∀ ξ ∈ RN e x ∈ B1

N
e f ∈ Lp (B1 ) para p > 2 e constantes de elipticidade

0<λ≤Λ<∞

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Uma breve apresentação

O que seria uma Solução Fraca?

Para Ω ⊂ RN um domı́nio regular, diremos que u ∈ H1 (Ω) é dita uma solução fraca de

− div(A(x)∇u(x)) = f (x) em Ω (1.1)

se
ˆ ˆ
A(x)∇u · ∇φdx = f φdx ∀ φ ∈ C0∞ (Ω).
Ω Ω

Definition
Definimos o espaço de Sobolev (Hilbert) H1 (Ω) = W 1,2 (Ω) dado por
 
∂u
H1 (Ω) = u : Ω → R; u, ∈ L2 ( Ω ) , ∀ 1 ≤ i ≤ N
∂xi

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Referências
L.C. Evans, Partial Differential Equations. Second edition. Graduate Studies in
Mathematics, 19. American Mathematical Society, Providence, RI, 2010. xxii+749
pp. ISBN: 978-0-8218-4974-3.

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Espaçõs de Hölder

ESPAÇOS DE HÖLDER

Definition

Sejam k ∈ N e α ∈ (0, 1). Dizemos que u ∈ Ck,α (Ω) se u ∈ Ck (Ω) e

|Dβ u(x) − Dβ u(y)|


[u]Ck,α (Ω) := sup < ∞.
x,y∈Ω,x6=y |x − y| α
| β|=k

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Espaçõs de Hölder

ESPAÇOS DE HÖLDER

Definition

Sejam k ∈ N e α ∈ (0, 1). Dizemos que u ∈ Ck,α (Ω) se u ∈ Ck (Ω) e

|Dβ u(x) − Dβ u(y)|


[u]Ck,α (Ω) := sup < ∞.
x,y∈Ω,x6=y |x − y| α
| β|=k

Além disso, definimos a norma

k
kukCk,α (Ω) := ∑ kDj ukL∞ (Ω) + [u]Ck,α (Ω) .
j=0

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Módulos de continuidade

MÓDULO DE CONTINUIDADE

Definition
Uma função contı́nua e crescente ω : [0, ∞) → [0, ∞) com ω (0) = 0 é chamada de módulo
de continuidade.

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Módulos de continuidade

MÓDULO DE CONTINUIDADE

Definition
Uma função contı́nua e crescente ω : [0, ∞) → [0, ∞) com ω (0) = 0 é chamada de módulo
de continuidade.

Definition
Um módulo de continuidade ωf é chamado de módulo de continuidade para a função
f : Ω → R se tivermos
|f (x) − f (y)| ≤ ωf (|x − y|) x, y ∈ Ω.

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Módulos de continuidade

MÓDULO DE CONTINUIDADE

Definition
Uma função contı́nua e crescente ω : [0, ∞) → [0, ∞) com ω (0) = 0 é chamada de módulo
de continuidade.

Definition
Um módulo de continuidade ωf é chamado de módulo de continuidade para a função
f : Ω → R se tivermos
|f (x) − f (y)| ≤ ωf (|x − y|) x, y ∈ Ω.

Exemplos de módulos de continuidade são:


X ω (t) = L.tα para α ∈ (0, 1) (Hölder);
X ω (t) = L.t (Lipschitz);
X ω (t) = L.t| ln(t−1 )| (Log-Lipschitz).

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Teoria de De Giorgi-Moser

Theorem (De Giorgi-Moser)


Seja u ∈ H1 (B1 ) solução fraca de −div(A(x)∇u) = 0 em B1 , onde A(x) é uma matriz
uniformemente elı́ptica e mensurável. Então, u ∈ C0,α
loc (B1 ) para uma constante
α = α(N, λ, Λ) ∈ (0, 1). Além disso,

kuk   ≤ C(N, λ, kAkL∞ (B1 ) )kukL2 (B1 ) .


C0,α B 1
2

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Minimizantes de funcionais convexos

O teorema de De Giorgi-Moser foi usado originalmente para resolver o 19◦ Problema de


Hilbert: se os minimizantes das integrais de Dirichlet
ˆ
J (u) = F(∇u)dx

são sempre suaves se F é suave e estritamente convexaa .


a

De Giorgi, Ennio (1957), “Sulla differenziabilità e l’analiticità delle estremali degli integrali multipli regolari”,
Memorie della Accademia delle Scienze di Torino. Classe di Scienze Fisiche, Matematicahe e Naturali. (3)
3: 25-43.

Moser, Jürgen (1960), “A new proof of De Giorgi’s theorem concerning the regularity problem for elliptic
differential equations”, Communications on Pure and Applied Mathematics 13: 457-468.

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Teoria de De Giorgi-Moser

Theorem (Regularidade Hölder)


Seja u ∈ H1 (B1 ) solução fraca de

−div(A(x)∇u) = f em B1 ,

onde A(x) é uma matriz uniformemente elı́ptica e mensurável e f ∈ Lp (B1 ) com p > N
2.
Então, u ∈ C0,α0 (B1 ) para uma constante α0 = α0 (N, λ, Λ, p) ∈ (0, 1). Além disso,
 
kuk   ≤ C(N, λ, kAkL∞ (B1 ) , p) kukL2 (B1 ) + kf kLp (B1 ) .
C0,α B 1
2

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Estimativa Gradiente

Por outro lado, se o meio é mais regular temos:

Theorem (Estimativa Gradiente)


Seja u ∈ H1 (B1 ) solução fraca de

−div(A(x)∇u) = f em B1 ,

onde A(x) é uma matriz uniformemente elı́ptica, mensurável e A ∈ C0,γ (B1 ) e f ∈ Lp (B1 )
com p > N. Então, u ∈ C1,α̂ (B1 ) para uma constante α̂ = α̂(N, λ, Λ, γ, p) ∈ (0, 1). Além
disso,  
kuk   ≤ C(N, λ, γ, kAkL∞ (B1 ) , p) kukL∞ (B1 ) + kf kLp (B1 ) .
C1,α̂ B 1
2

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Estimativa Exata

Concluimos que a regularidade do meio/integrabilidade da fonte influencia na


regularidade de soluções.

Pergunta de 1 Milhão de Dólares


Qual a mı́nima organização (regularidade do meio) exigida para A e integrabilidade de f
de sorte que ∇u seja contı́nuo?

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Estimativa Exata

Para s ∈ (0, ∞) e t ∈ (0, ∞], recordemos a definição dos Espaços de Lorentz


ˆ ∞

f ∈ L(s, t) ⇔ (τ s |{x ∈ B1 : |f (x)| > τ }|)t/s <∞
0 τ

Então, neste contexto temos o seguinte resultado:

Theorem (Stein - Ann. Math. 1981)

−∆u ∈ L(N, 1) ⇒ ∇u é contı́nuo.

Inclusão
Suponha que 1 ≤ s < ∞ e 1 ≤ t ≤ r ≤ ∞. Então

kf kL(s,r) ≤ c(s, t, r)kf kL(s,t) .

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Estimativas de Schauder

Recordemos da Teoria Clássica do Potencial que

−∆u = f ∈ C∞ (B1 ) ⇒ u ∈ C ∞ ( B1 )

Pergunta de 1 Milhão de Dólares - Bis


Sob que hipóteses mı́nima nos dados podemos assegurar estimativas de regularidade
clássica para soluções de problema de Poisson?

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Estimativas de Schauder

Theorem (Schauder’30)
Sejam f ∈ C0,α (B1 ) para α ∈ (0, 1) e u solução fraca de

−∆u = f em B1 .

Então, u ∈ C2,α
loc (B1 ). Além disso,

 
kukC2,α (B1 ) ≤ C(N, α) kukL∞ (B1 ) + kf kC0,α (B1 ) .

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Estimativas de Schauder

ESTRATÉGIAS PARA PROVAR AS ESTIMATIVAS DE SCHAUDER


X Via Potencial Newtoniano (Análise Harmônico);

u(x) = H(x) + Γ ∗ f (x)

X Via Princı́pio do Máximo;

∆h

= 0 em B1
h = u sobre ∂B1

implica
1
k u − h k L ∞ ( B1 ) ≤ k f k L ∞ ( B1 ) .
2n
X Via Método de Compacidade - Estimativas de Energia.
ˆ ˆ ˆ
ψ2 |∇u|2 dx ≤ ψ2 f 2 dx + (4|∇ψ|2 + ψ2 )u2 dx ∀ ψ ∈ C0∞ (B1 .)
B1 B1 B1

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Estimativas de Schauder - Via Princı́pio do Máximo

DEFINIÇÕES EQUIVALENTES DE ESPAÇOS DE HÖLDER

Seja ρ0 ∈ (0, 1). Assuma que para todo x ∈ B 1 existe uma sequência de polinômios
2
quadráticos (Pk )k tal que

k (2+ α )
k u − Pk k L ∞ ( B (x)) ≤ C0 ρ 0 ∀ k ∈ N.
ρk0

Então, u ∈ C2,α (B 1 ) e
2
[D2 u]C0,α (B 1 ) ≤ C(N, α, ρ0 ).C0 .
2

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Estimativas de Schauder - Via Princı́pio do Máximo

DESIGUALDADE DE INTERPOLAÇÃO EM ESPAÇOS DE HÖLDER

Para todo 0 ≤ γ < α < β ≤ 1 e ∀ ε̂ > 0

kukC0,α (Ω) ≤ Cε̂ kukC0,γ (Ω) + ε̂kukC0,β (Ω) .

Mais geralmente,
kukC2 (Ω) ≤ Cε̂ kukL∞ (Ω) + ε̂[D2 u]C0,α (Ω) .

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Referências
D. Gilbarg & N. S. Trudinger, Elliptic Partial Differential Equations of Second
Order. Reprint of the 1998 edition. Classics in Mathematics. Springer-Verlag, Berlin,
2001. xiv+517 pp. ISBN: 3-540-41160-7.

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Estimativas de Schauder - Via estimativas de energia

DEFINIÇÕES EQUIVALENTES DE ESPAÇOS DE HÖLDER

Fixado α ∈ (0, 1) existem ρ0 ∈ (0, 1) e uma sequência de polinômios quadráticos


Pk (x) = 12 XT · Ak · X + Bk · X + Ck tal que

k (2+ α )
|u − Pk |2 dx ≤ ρ0 ∀ k ∈ N.
B k
ρ 0

com
k k (2+ α )
ρ2k
0 kAk+1 − Ak k + ρ0 kBk+1 − Bk k + |Ck+1 − Ck | ≤ C0 ρ0 .
Então,
|u − P∞ |2 dx ≤ C(universal)r2+α ∀ r ∈ (0, 1/2).
Br

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Estimativas de Schauder - Via estimativas de energia

ESPAÇOS DE DINI-CAMPANATO

Seja 1 ≤ q ≤ ∞ e Ω ⊂ RN aberto suave. Para um módulo de continuidade Dini ω, i.e.


ˆ 1
ω (t)
dt < ∞ e u ∈ Lq (Ω) definimos a semi-norma:
0 t

 ˆ 1/q
0 1
[u]q,k,ω,Ω := sup inf |u − P|q dx
x0 ∈ Ω rkq+N ω (r)q P∈Pk Ωr
0<r<diam(Ω)

onde Ωr = Br (x0 ) ∩ Ω e Pk denota o espaço dos polinômios de grau menor ou igual a k.


Então definimos o espaço de Dini-Campanato:
0
Mqk,ω (Ω) := {u ∈ Lq (Ω) : [u]q,k,ω,Ω < ∞}

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Estimativas de Schauder - Via estimativas de energia


ESPAÇOS DE DINI-CAMPANATO
Além disso, u ∈ Ck,ψ (Ω) se u ∈ Ck (Ω) e

|Dβ u(x) − Dβ u(y)|


[u]k,ψ,Ω := sup < ∞.
x,y∈Ω,x6=y ψ(|x − y|)
| β|=k

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ESPAÇOS DE DINI-CAMPANATO
Além disso, u ∈ Ck,ψ (Ω) se u ∈ Ck (Ω) e

|Dβ u(x) − Dβ u(y)|


[u]k,ψ,Ω := sup < ∞.
x,y∈Ω,x6=y ψ(|x − y|)
| β|=k

Theorem (Mergulho de Dini-Campanato)


ˆ t
ω (s)
Seja 1 ≤ q ≤ ∞. Se u ∈ Mk,ω
q ( Ω ), então u ∈ C ( Ω ), onde ψ (t) =
k,ψ ds. Além dissoa ,
0 s

|Dβ u(x) − Dβ u(y)| ≤ C(N, k, q, Ω)ψ(|x − y|) ∀ x, y ∈ Ω, | β| = k.


a

Kovats, Jay. Dini-Campanato spaces and applications to nonlinear elliptic equations. Electron. J. Differential
Equations 1999, No. 37, 20 pp.

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Equações elı́pticas totalmente


não-lineares

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Uma breve apresentação

Definition
Uma função contı́nua
F : Ω × R × R × Sim(N ) → R

é dita ser PRÓPRIA se satisfaz

F(x, s, p, A) ≤ F(x, r, p, B) sempre que A ≤ B e s ≤ r.

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Uma breve apresentação

Soluções no sentido da viscosidade: o que seriam?

Diz-se que u ∈ C0 (Ω) é uma sub-solução (resp. super-solução) no sentido da viscosidade de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = f (x) em Ω

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Uma breve apresentação

Soluções no sentido da viscosidade: o que seriam?

Diz-se que u ∈ C0 (Ω) é uma sub-solução (resp. super-solução) no sentido da viscosidade de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = f (x) em Ω

se sempre que x0 ∈ Ω e ϕ ∈ C2 (Ω) tal que

u(x0 ) = ϕ(x0 ) e u(x) < ϕ (x) (resp u(x) > ϕ(x)) ∀ x 6= x0

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Uma breve apresentação

Soluções no sentido da viscosidade: o que seriam?

Diz-se que u ∈ C0 (Ω) é uma sub-solução (resp. super-solução) no sentido da viscosidade de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = f (x) em Ω

se sempre que x0 ∈ Ω e ϕ ∈ C2 (Ω) tal que

u(x0 ) = ϕ(x0 ) e u(x) < ϕ (x) (resp u(x) > ϕ(x)) ∀ x 6= x0

então

F(x0 , ϕ(x0 ), Dϕ(x0 ), D2 ϕ(x0 )) ≤ f (x0 ) (resp. F(x0 , ϕ(x0 ), Dϕ(x0 ), D2 ϕ(x0 )) ≥ f (x0 ))

Sub-solução + Super-solução ⇒ Solução de viscosidade.

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Uma breve apresentação


Representação Geométrica da Noção de Viscosidade

Aqui temos que


F(D2 u, Du, u, x) = −∆u(x) − f (x).

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Referências

Nikos Katzourakis, An Introduction to Viscosity Solutions for Fully Nonlinear PDE


with Applications to Calculus of Variations in L∞ . Springer - Edition 2015, pp. 123.

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Uma breve apresentação

Example
Temos os seguintes exemplos de operadores totalmente não-lineares próprios

−Tr(A(x)D2 u(x)) + B(x) · Du(x) + c(x)u(x)




inf {−Tr(Aκ (x)D2 u(x)) + Bκ (x) · Du(x) + cκ (x)u(x)} Operadores de Bellman





 κ ∈A
 inf sup{−Tr(Aκ,τ (x)D2 u(x)) + Bκ,τ (x) · Du(x) + cκ,τ (x)u(x)} Oper. de Isaac

F[u(x)] = κ ∈A τ ∈B
det (A(x)D2 u) Operador de Monge-Ampère




 −hD2 uDu, Dui = −∆ u Operador Infinito-Laplaciano


 ∞
− |Du|p−2 ∆u + (p − 2)|Du|p−4 ∆∞ u
  
Operador p-Laplaciano, p > 1.

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Uma breve apresentação

Proposition
Seja F própria e u ∈ C2 (Ω). Então, u é solução de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = 0 em Ω (1.2)

se e somente se é solução no sentido da viscosidade.

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Uma breve apresentação

Proposition
Seja F própria e u ∈ C2 (Ω). Então, u é solução de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = 0 em Ω (1.2)

se e somente se é solução no sentido da viscosidade.

Questão de 1 Milhão de Dólares


Quão regulares podem ser soluções de (1.3)?

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References

Uma breve apresentação

Proposition
Seja F própria e u ∈ C2 (Ω). Então, u é solução de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = 0 em Ω (1.2)

se e somente se é solução no sentido da viscosidade.

Questão de 1 Milhão de Dólares


Quão regulares podem ser soluções de (1.3)?
Sejam N = 1, Ω = (−1, 1) e F(x, r, p, A) = p2 − 1.

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Uma breve apresentação

Proposition
Seja F própria e u ∈ C2 (Ω). Então, u é solução de

F(x, u(x), Du(x), D2 u(x)) = 0 em Ω (1.2)

se e somente se é solução no sentido da viscosidade.

Questão de 1 Milhão de Dólares


Quão regulares podem ser soluções de (1.3)?
Sejam N = 1, Ω = (−1, 1) e F(x, r, p, A) = p2 − 1.Então, F é própria. Além disso, u(x) = |x|
é solução de viscosidade de

F(x, u(x), u0 (x), u00 (x)) = 0 em Ω.

Não obstante, u não é C2 (Ω). De fato, u é Lipschitz contı́nua.

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References

Regularidade Elı́ptica - Estado da Arte

Permita-nos agora considerar o caso não-variacional: u ∈ C0 (B1 ) solução no sentido da


viscosidade de
N
L[u] = − ∑ aij (x)∂ij u = f (x) em B1
i,j=1

onde A ∈ Sym(N ) matriz uniformemente elı́ptica e mensurável, i.e.

λ|ξ |2 ≤ hA(x)ξ, ξ i ≤ Λ|ξ |2 ∀ ξ ∈ RN e x ∈ B1

N
e f ∈ Lp (B1 ) para p > 2 e constantes de elipticidade

0<λ≤Λ<∞

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References

Teoria de Krylov-Safonov

Theorem (Krylov-Safonov)
N
Seja u ∈ C0 (B1 ) solução no sentido da viscosidade de L[u] = − ∑ aij (x)∂ij u = f em B1 ,
i,j=1
onde A(x) éuma matriz uniformemente elı́ptica e mensurável e f ∈ Lp (B1 ) com p > N
2.
Então, u ∈ C0,α
loc (B1 ) para uma constante α = α (N, λ, Λ, p) ∈ (0, 1). Além disso,

 
kuk   ≤ C(N, λ, Λ, p) kukL∞ (B1 ) + kf kLp (B1 ) .
C0,α B1
2

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Teoria de Krylov-Safonov

As estimativas devidas à Krylov-Safonov são a contraparte não-variacional da Teoria de


De Giorgi-Moser para equações na forma divergentea .
a

Safonov, M. V.; Krylov, N. V. (1979), “An estimate for the probability of a diffusion process hitting a set of
positive measure”, Doklady Akademii Nauk SSSR 245 (1): 18-20,

Safonov, M. V.; Krylov, N. V. (1980), “A property of the solutions of parabolic equations with measurable
coefficients”, Izvestiya Akademii Nauk SSSR. Seriya Matematicheskaya 44 (1): 161-175.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

Definition (Elipticidade Uniforme)


Dizemos que uma função F : RN×N → R é uniformemente elı́ptica se existirem constantes
Λ ≥ λ > 0 tal que para qualquer matriz positiva definida A ≥ 0 e qualquer X ∈ RN×N ,
temos as desigualdades

λTr(A) ≤ F(X + A) − F(X) ≤ ΛTr(A).

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

Definition (Elipticidade Uniforme)


Dizemos que uma função F : RN×N → R é uniformemente elı́ptica se existirem constantes
Λ ≥ λ > 0 tal que para qualquer matriz positiva definida A ≥ 0 e qualquer X ∈ RN×N ,
temos as desigualdades

λTr(A) ≤ F(X + A) − F(X) ≤ ΛTr(A).

Quando a função F é diferenciável, a definição acima é equivalente às desigualdades

∂F
λIdN ≤ ≤ ΛIdN
∂Xij

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

Agora, concentramo-nos em equações da forma

F(D2 u) = 0 em B1 . (1.3)

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

Agora, concentramo-nos em equações da forma

F(D2 u) = 0 em B1 . (1.3)

As estimativas Hölder descritas no Teorema de Krylov-Safonov podem ser usadas para


obter estimativas de regularidade C1,α para soluções de equações uniformemente elı́pticas
totalmente não lineares (1.3).
Formalmente podemos derivar a equação para obter:

∂F(D2 u)
∂ij uν = ∂ν F(D2 u) = 0 em B1
∂Xij

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

A hipótese de elipticidade uniforme em F significa que

∂F(D2 u)
aij (x) :=
∂Xij

cumpre as hipóteses da estimativa Hölder do Teorema de Krylov-Safonov.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

A hipótese de elipticidade uniforme em F significa que

∂F(D2 u)
aij (x) :=
∂Xij

cumpre as hipóteses da estimativa Hölder do Teorema de Krylov-Safonov.

Portanto, a derivada direcional uν deve ser C0,α para qualquer vetor ν.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares

Precisamente, temos o seguinte resultado

Theorem (Caffarelli - Ann. Math. 1989 e Trudinger - Proc. Roy. Soc. Edinburgh 1988)

Seja u ∈ C0 (B1 ) uma solução de viscosidade limitada para (1.3). Então, u ∈ C1,α
loc (B1 ). Além
disso,  
kuk   ≤ C(N, λ, Λ) kukL∞ (B1 ) + |F(O)| .
C1,α B 1
2

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Equações totalmente não-lineares


O seguinte resultado diz que soluções para equações uniformemente elı́pticas em 2D
são sempre clássicas:

Theorem (Nirenberg - 1953)


Suponha que F seja uniformemente elı́ptica. As soluções da equação

F ( D2 u ) = 0 em B1 ⊂ R2

são C2,α (B1 ). Além disso,


 
kuk   ≤ C(λ, Λ) kukL∞ (B1 ) + |F(O)| .
C2,α B 1
2

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Estimativas de Schauder - Cenário não variacional


Soluções para equações uniformemente elı́pticas são clássicas obtidas sob hipóteses de
convexidade no operador:

Theorem (Evans e Krylov - Caffarelli - 1982)


Suponha que F seja uniformemente elı́ptica e convexa. As soluções da equação

F(D2 u) = f ∈ C0,α (B1 )

são C2,α (B1 ). Além disso,


 
kuk   ≤ C(λ, Λ) kukL∞ (B1 ) + |F(O)| + kf kC0,α (B1 ) .
C2,α B 1
2

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Referências

Luis A. Caffarelli & Xavier Cabré, Fully Nonlinear Elliptic Equations. American
Mathematical Society Colloquium Publications, 43. American Mathematical Society,
Providence, RI, 1995. vi+104 pp. ISBN: 0-8218-0437-5.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Referências
N. V. Krylov, Lectures on Elliptic and Parabolic Equations in Hölder Spaces.
Graduate Studies in Mathematics, 12. American Mathematical Society, Providence,
RI, 1996. xii+164 pp. ISBN: 0-8218-0569-X.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma breve apresentação


Recordemos mais uma vez que o Laplaciano possui duas naturezas como operador:

Forma Divergente Forma Não-Divergente


∆u(x) div(∇u(x)) Tr(D2 u(x))
Tipo de solução Clássica/Fraca Clássica/Viscosa

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma breve apresentação


Recordemos mais uma vez que o Laplaciano possui duas naturezas como operador:

Forma Divergente Forma Não-Divergente


∆u(x) div(∇u(x)) Tr(D2 u(x))
Tipo de solução Clássica/Fraca Clássica/Viscosa


Variacional: Recordemos que se F = (F1 , · · · , FN ) (campo vetorial) então


→ −→ ∂ ∂
div( F ) = ∇ · F = F1 + · · · + FN .
∂x1 ∂xN

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma breve apresentação


Recordemos mais uma vez que o Laplaciano possui duas naturezas como operador:

Forma Divergente Forma Não-Divergente


∆u(x) div(∇u(x)) Tr(D2 u(x))
Tipo de solução Clássica/Fraca Clássica/Viscosa


Variacional: Recordemos que se F = (F1 , · · · , FN ) (campo vetorial) então


→ −→ ∂ ∂
div( F ) = ∇ · F = F1 + · · · + FN .
∂x1 ∂xN

Não-Variacional: Se A(x) = (aij (x))N


i,j=1 (matriz quadrada) então

N
Tr(A(x)) = a11 + · · · aNN = ∑ aii (x).
i=1

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma breve apresentação


Recordemos mais uma vez que o Laplaciano possui duas naturezas como operador:

Forma Divergente Forma Não-Divergente


∆u(x) div(∇u(x)) Tr(D2 u(x))
Tipo de solução Clássica/Fraca Clássica/Viscosa


Variacional: Recordemos que se F = (F1 , · · · , FN ) (campo vetorial) então


→ −→ ∂ ∂
div( F ) = ∇ · F = F1 + · · · + FN .
∂x1 ∂xN

Não-Variacional: Se A(x) = (aij (x))N


i,j=1 (matriz quadrada) então

N
Tr(A(x)) = a11 + · · · aNN = ∑ aii (x).
i=1

Portanto
∂2 u ∂2 u
div(∇u(x)) = 2
(x) + · · · + 2 (x) = Tr(D2 u(x))
∂x1 ∂xN
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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma breve apresentação

Equação de Poisson: Distintas noções de soluções

Portanto, podemos estabelecer a seguinte sequência de equivalências para soluções dea

−∆u(x) = f ∈ Lp em Ω (Domı́nio Regular)

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma breve apresentação

Equação de Poisson: Distintas noções de soluções

Portanto, podemos estabelecer a seguinte sequência de equivalências para soluções dea

−∆u(x) = f ∈ Lp em Ω (Domı́nio Regular)

Solução Fraca ⇔ Solução de Viscosidade.


a

P. Juutinen, P. Lindqvist & J.J Manfredi, On the equivalence of viscosity solutions and weak solutions for
a quasilinear equation. SIAM J. Math. Anal. 33 (2001), no. 3, 699-717.

M. Medina & P. Ochoa, On viscosity and weak solutions for non-homogeneous p-Laplace equations. Adv.
Nonlinear Anal. 8 (2019), no. 1, 468-481.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação


Teoria de Regularidade Elı́pticaa

Seja u : Ω → R uma sulução fraca de −∆u(x) = f (x) em Ω


2,q
1 Teoria de Calderón-Zygmund: f ∈ Lq (Ω), N
2 <q<∞ ⇒ u ∈ Wloc (Ω). Além disso,
 
kukW2,q (Ω0 ) ≤ C(Ω, q, N ) kukLq (Ω) + kf kLq (Ω)

Pelo mergulho de Sobolev:

1,1− N
W 2,q ,→ C q para N < q < ∞.

0,2− N N
W 2,q ,→ C q para < q < ∞.
2
a

D. Gilbarg & N.S. Trudinger, Elliptic partial differential equations of second order. Reprint of the 1998
edition. Classics in Mathematics. Springer-Verlag, Berlin, 2001. xiv+517 pp. ISBN: 3-540-41160-7 35-02.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Some Motivations

Uma questão central em EDP lineares/não-lineares é inferir qual a regularidade esperada para suas solucções.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Some Motivations

Uma questão central em EDP lineares/não-lineares é inferir qual a regularidade esperada para suas solucções.

A tı́tulo de motivação, permita-nos visitar a teoria uniformemente elı́ptica: Seja u uma solução para:

 
G[u] := Tr A(x)D2 u = f (x) em B1 . (1.4)

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Some Motivations

Uma questão central em EDP lineares/não-lineares é inferir qual a regularidade esperada para suas solucções.

A tı́tulo de motivação, permita-nos visitar a teoria uniformemente elı́ptica: Seja u uma solução para:

 
G[u] := Tr A(x)D2 u = f (x) em B1 . (1.4)

Existem dois as pectos importantes os quais devemos considerar:

Estimativas a priori para a EDP Hom. Integrabilidade do


&
com coeff. “constantes” termo fonte

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Some Motivations

Uma questão central em EDP lineares/não-lineares é inferir qual a regularidade esperada para suas solucções.

A tı́tulo de motivação, permita-nos visitar a teoria uniformemente elı́ptica: Seja u uma solução para:

 
G[u] := Tr A(x)D2 u = f (x) em B1 . (1.4)

Existem dois as pectos importantes os quais devemos considerar:

Estimativas a priori para a EDP Hom. Integrabilidade do


&
com coeff. “constantes” termo fonte

u(ρx)
De fato, v(x) := ρκ
, para κ ∈ (0, 2] verifica:

  N
Gρ [v] = Tr Aρ (x)D2 v = ρ2−κ f (ρx) := fρ (x) ⇒ kfρ kLr (B ) ≤ ρ2−κ − r k f k Lr ( B ) .
1 1

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Estimativas de regularidade precisas

Em resumo: Melhor integrabilidade/regularidade de f (resp. A) ⇒ Melhor regularidade de u

Theorem ([E.V. Teixeira, Arch. Ration. Mech. Anal., 2014, and J.V. da Silva and G. Nornberg. Calc. Var. PDEs 2021])

Seja u uma solução de viscosidade limitada a para (1.4) então

f ∈ Lr (B1 ) Regularidade precisa


N <r<N 0,ς
2 Cloc (B1 )
0,Log-Lip
r=B Cloc ( B1 )
1,ζ
N<r<∞ Cloc (B1 )
1,Log-Lip
BMO ⊃ L∞ Cloc ( B1 )

a u ∈ C0 (B1 ) é uma super-solução de viscosidade (resp. sub-solução) para (1.4) se sempre que ϕ ∈ C2 (B1 ) e
x0 ∈ B1 tal que u − ϕ tem um mı́nimo local (resp. máximo local ) em x0 , então
   
Tr A(x0 )D2 ϕ(x0 ) ≤ f (x0 ) resp. Tr A(x0 )D2 ϕ(x0 ) ≥ f (x0 ).

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Representação explécita do módulo de continuidade

Theorem ([E.V. Teixeira, Arch. Ration. Mech. Anal., 2014, and J.V. da Silva and G. Nornberg. Calc. Var. PDEs 2021])

Seja u uma solução de viscosidade limitada de (1.4) então

f ∈ Lr (B1 ) Sharp Regularity


N <r<N 0,ς
2 Cloc (B1 )
0,Log-Lip
r=N Cloc ( B1 )
1,ζ
N<r<∞ Cloc (B1 )
1,Log-Lip
BMO ⊃ L∞ Cloc ( B1 )

N N
ς := 2 − e ζ := 1 − .
r r

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Módulo de contunuidade Lipschitz Logarı́tmico

Theorem ([E.V. Teixeira, Arch. Ration. Mech. Anal., 2014, J.V. da Silva and G. Nornberg. Calc. Var. PDEs 2021])

Seja u uma solução de viscosidade limitada para (1.4) então

f ∈ Lr (B1 ) Sharp Regularity


N <r<N 0,ς
2 Cloc (B1 )
0,Log-Lip
r=N Cloc ( B1 )
1,ζ
N<r<∞ Cloc (B1 )
1,Log-Lip
BMO ⊃ L∞ Cloc (Q1− )

τ (s) := s log s−1 e ψ(s) := s2 log s−1

Similares Reesultados de regularidade limı́trofe foram provados por Daskalopoulos et ala

P. Daskalopoulos, T. Kuusi & G. Mingione, Borderline estimates for fully nonlinear elliptic equations.
Comm. Partial Differential Equations 39 (2014), n.3, 574-590..

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Chapter 0: Ferramentas úteis

Premita-nos apresentar algumas ferramentas matematicas úteis para nossos propósitosa :


Estimativas do tipo ABP : kukL∞ (Ω) ≤ kgkL∞ (∂Ω) + C(N, λ, p) · diam(Ω) kf kLp (Ω) .
 
Estimativas Hölder : kuk 0,α0 0 ≤ C(universal) · kukL∞ (Ω) + kf kLp (Ω)
C (Ω )

Resultados de Estabilidade: Se Fk (D2 uk ) = fk e uk → u0 , fk → f0 e Fk (·) → F0 então

F0 (D2 u0 ) = f0 .

Estimativas a priori :

h i
F(D2 h) = 0 em B1 ⇒ khkC1,γ (B ≤ C(universal) · khkL∞ (B ) + 1
1/2 ) 1

Luis A. Caffarelli & Xavier Cabré, Fully Nonlinear Elliptic Equations. American Mathematical Society
Colloquium Publications, 43. American Mathematical Society, Providence, RI, 1995. vi+104 pp. ISBN:
0-8218-0437-5.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Estimativas precisas - Via Processo Iterativo

ESTRATÉGIA PARA OBTER TAIS MÓDULOS DE CONTINUIDADE

Seja ρ0 ∈ (0, 1) Assuma que para todo x ∈ B 1 existe uma sequência de polinômios (Pj )j (de
2
grau bκ c) tal que

k u − Pj k L ∞ ( B j (x))
≤ C0 ρ 0 ∀ j∈N
ρ0

com
bκ cj (bκ c−1)j jκ
ρ0 kAj+1 − Aj k + ρ0 kBj+1 − Bj k + |Cj+1 − Cj | ≤ C0 ρ0 .

Então, pelo Mergulho de Dini-Campanato u ∈ Cbκ c−1,ω (B 1 ) e


2

[u]Cbκc,ω (B ) ≤ C(N, κ, p, ρ0 ).C0 .


1
2

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Referências

N.V. Krylov, Sobolev and viscosity solutions for fully nonlinear elliptic and parabolic
equations. Mathematical Surveys and Monographs, 233. American Mathematical
Society, Providence, RI, 2018. xiv+441 pp. ISBN: 978-1-4704-4740-3.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Referências
Qing Han, Nonlinear elliptic equations of the second order. Graduate Studies in
Mathematics, 171. American Mathematical Society, Providence, RI, 2016. viii+368
pp. ISBN: 978-1-4704-2607-1.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Um breve introdução ao problema de


obstáculo

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação

Fisicamente, o Problema de Obstáculo consite em encontrar a posição de equilı́brio de


uma membrana elástica acima de um dado perfil ϕ (o obstáculo), a qual pode ser pensada
como o gráfico de uma função x 7→ u(x) em um domı́nio Ω ⊂ RN , com uma condição de
bordo fixa u(x) = g(x) para x ∈ ∂Ω e sujeita à ação de uma força transversal f (x) para
x ∈ Ω e a restrição u(x) ≥ ϕ(x) em Ω.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação

Fisicamente, o Problema de Obstáculo consite em encontrar a posição de equilı́brio de


uma membrana elástica acima de um dado perfil ϕ (o obstáculo), a qual pode ser pensada
como o gráfico de uma função x 7→ u(x) em um domı́nio Ω ⊂ RN , com uma condição de
bordo fixa u(x) = g(x) para x ∈ ∂Ω e sujeita à ação de uma força transversal f (x) para
x ∈ Ω e a restrição u(x) ≥ ϕ(x) em Ω.
Tal posição de equilı́brio resultará aquela a qual minimiza a energia potencial envolvida
em tal processo.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação

Portanto, a energia da membrana é


ˆ q  ˆ
E(u) = 1 + |∇u(x)|2 − 1 dx + f (x)u(x)dx.
Ω Ω


Nesse ponto, se supomos que |∇u(x)| é pequeno e dado que 1 + s = 1 + 21 s + · · · ,
uma boa aproximação será

1
q
1 + |∇u(x)|2 ≈ 1 + |∇u(x)|2 .
2

Assim, substituindo a expressão acima na energia potencial, obtemos


ˆ ˆ
1
E(u) = |∇u(x)|2 dx + f (x)u(x)dx.
2 Ω Ω

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References

Uma pequena motivação


Matematicamente, o Problema de Obstáculo consiste em resolver o seguinte
problema de minimização:
ˆ  
1
min |∇v|2 + fv dx
K Ω 2
onde

K = {v ∈ H 1 ( Ω ); v ≥ ϕ e v|∂Ω = g} (conj. convexo) ⇔ u1 , u2 ∈ K ⇒ tu1 + (1 − t)u2 ∈ K.

1 ϕ ∈ C2 (Ω) é um dado obstáculo;


2 g : ∂Ω → R dado de bordo;
3 0 < f ∈ L∞ ( Ω ).

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References

Uma pequena motivação


Matematicamente, o Problema de Obstáculo consiste em resolver o seguinte
problema de minimização:
ˆ  
1
min |∇v|2 + fv dx
K Ω 2
onde

K = {v ∈ H 1 ( Ω ); v ≥ ϕ e v|∂Ω = g} (conj. convexo) ⇔ u1 , u2 ∈ K ⇒ tu1 + (1 − t)u2 ∈ K.

1 ϕ ∈ C2 (Ω) é um dado obstáculo;


2 g : ∂Ω → R dado de bordo;
3 0 < f ∈ L∞ ( Ω ).
Fisicamente, temos o seguinte
ˆ
1
X |∇v|2 dx Energia Elástica;
Ω 2
ˆ
X fvdx Energia gravitacional.

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References

Uma pequena motivação


1 Existência de Minimizantes (Método Direto do Cálculo das Variações)a ;
2 Minimizantes satisfazem no sentido fraco b

∆u ≤ f Ω

 no sentido fraco em
∆u = f

no sentido fraco em {u > ϕ }

(2.1)

 u ≥ ϕ em Ω
u = g em ∂Ω.

3 Quão regular podem ser tais minimizantes?


a

H. Brezis, Functional analysis, Sobolev spaces and partial differential equations. Universitext. Springer,
New York, 2011. xiv+599 pp. ISBN: 978-0-387-70913-0.

N. Wolanski, Introdución a los problemas de frontera libre. Cursos y Seminarios de Matemática - Serie B.
Fascı́culo 2. 2007 Departamento de Matemática, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de
Buenos Aires.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação


Vamos agora fazer a seguinte redução do problema. Pensemos no funcional J como a
soma de uma forma bilinear simétrica e outra linear:

1
J (v) = a(v, v) − l(v) = E(v),
2

onde ˆ ˆ
a(w, v) := ∇w · ∇vdx e l(v) : = − fvdx
Ω Ω

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação


Vamos agora fazer a seguinte redução do problema. Pensemos no funcional J como a
soma de uma forma bilinear simétrica e outra linear:

1
J (v) = a(v, v) − l(v) = E(v),
2

onde ˆ ˆ
a(w, v) := ∇w · ∇vdx e l(v) : = − fvdx
Ω Ω

Assim, uma vez que K é um conjunto convexo, se u0 for um minimizante do funcional,


teremos
J (u0 ) ≤ J ((1 − ε)u0 + εw) ∀ ε ∈ (0, 1) e w ∈ K.
Logo,

0 ≤ J ((1 − ε)u0 + εw) − J (u0 )


= J (u0 + ε(w − u0 )) − J (u0 )
1 1
= 2 a(u0 + ε (w − u0 ), u0 + ε (w − u0 )) − l(u0 + ε (w − u0 )) − 2 a(u0 , u0 ) + l(u0 )
ε2
= 2 a ( w − u0 , w − u0 ) + εa ( u 0 , w − u 0 ) − εl ( u 0 − w ) .

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação


Portanto, se dividirmos por ε e fizermos com que tenda a 0+ , obtemos que o
minimizante u0 ∈ K deve satisfazer a seguinte Desigualdade Variacional:

0 ≤ a(u0 , w − u0 ) − l(w − u0 ) ⇔ a(u0 , w − u0 ) ≥ l(w − u0 ) ∀ w ∈ K,

a qual é equivalente à primeira formulação que fizemos do problema.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação


Portanto, se dividirmos por ε e fizermos com que tenda a 0+ , obtemos que o
minimizante u0 ∈ K deve satisfazer a seguinte Desigualdade Variacional:

0 ≤ a(u0 , w − u0 ) − l(w − u0 ) ⇔ a(u0 , w − u0 ) ≥ l(w − u0 ) ∀ w ∈ K,

a qual é equivalente à primeira formulação que fizemos do problema.

Theorem (Existência-Unicidade-Regularidade de soluções)

Seja Ω ⊂ RN aberto e limitado, g ∈ L2 (Ω) e ϕ ∈ H2 (Ω). Dado f ∈ L2 (Ω) existe uma única
u0 ∈ K tal que ˆ ˆ
∇u0 · ∇(v − u0 )dx ≥ f .(v − u0 )dx ∀ v ∈ K,
Ω Ω

onde n o
K = v ∈ H1 (Ω) : v − g ∈ H01 (Ω) e v≥ϕ em Ω .

Além disso,  
kukH2 (Ω) ≤ C. kf kL2 (Ω) + k ϕkH2 (Ω) + kgkL2 (Ω) .

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Problema de obstáculo

Destacamos que a prova da existência de soluções é assegurada ao estudarmos uma


famı́lia de problemas penalizados

∆uε h+ (x ) Φ ε (uε − φ ) + f (x ) − h+ (x ) Ω

= em
(2.2)
uε = g(x) em ∂Ω,

para ε ∈ (0, 1), onde Φε (s) é uma função sauve tal que

Φ ε (s) ≡ 0 se s ≤ 0; Φ ε (s) ≡ 1 se s ≥ ε,

0 ≤ Φ ε (s) ≤ 1 para qualquer s ∈ R.


e
h(x) := f (x) − ∆ϕ.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Problema de obstáculo

Agora, definimos f̂uε (x) := h+ (x)Φε (uε − φ) + f (x) − h+ (x). Então, note que,
h ∈ L2 (Ω) com a estimativa

k h k L2 ( Ω ) ≤ kf kL2 (Ω) + k∆φkL2 (Ω)


 
≤ C · kf kL2 (Ω) + kφkW2,2 (Ω) (2.3)

para alguma C = C(n) > 0. Consequentemente, temos que


 
kf̂uε kL2 (Ω) ≤ C(n) kf kL2 (Ω) + kφkW2,2 (Ω) (2.4)

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Problema de obstáculo

Agora, afirmamos que (2.2) admite uma solução que admite estimativas a priori.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Problema de obstáculo

Agora, afirmamos que (2.2) admite uma solução que admite estimativas a priori.De
fato, devido ao Método de Perron segue que para cada v0 ∈ L2 (Ω) fixado, existe uma única
solução uε ∈ W 2,2 (Ω) satisfazendo:

∆uε h+ (x)Φε (v0 − φ) + f (x) − h+ (x) Ω



= em
uε = g(x) em ∂Ω,

cumprindo a estimativa
 
kuε kW2,2 (Ω) ≤ C(N, diam(Ω)) · kuε kL∞ (Ω) + kf̂v0 kL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω) (2.5)

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Problema de obstáculo

Agora, do Princı́pio do Máximo obtemos


 
kuε kW2,2 (Ω) ≤ C · kf̂v0 kL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω)
 
≤ C · kf kL2 (Ω) + khkL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω) (2.6)
 
≤ Ĉ · kf kL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω) + kφkW2,2 (Ω)

Assim,
kuε kW2,2 (Ω) ≤ C0 (Ĉ, N, diam(Ω), kf kL2 (Ω) , kgkL2 (∂Ω) , kφkW2,2 (Ω) ).

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Problema de obstáculo
Neste ponto, definindo o operador T : L2 (Ω) → W 2,2 (Ω) ⊂ L2 (Ω) dado por

T (v0 ) = uε ,

concluimos que T aplica a C0 -bola (em L2 (Ω)) em si mesma. Logo, T é compactoa .

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Problema de obstáculo
Neste ponto, definindo o operador T : L2 (Ω) → W 2,2 (Ω) ⊂ L2 (Ω) dado por

T (v0 ) = uε ,

concluimos que T aplica a C0 -bola (em L2 (Ω)) em si mesma. Logo, T é compactoa .


Portanto, pelo Teorema do Ponto Fixo de Schauderb , existe uε tal que

T (uε ) = uε ,

a qual é uma solução de (2.2).

aT é compacto se para toda sequência limitada {xn }n≥1 , existe uma


subsequência {xnk }k≥1 ⊆ {xn }n≥1 tal que T (xnk ) é convergente.
b Seja X um espaço de Banach, K ⊂ X um subconjunto fechado, limitado,

convexo e não vazio e T : K → K um operador compacto. Então, T admite um


ponto fixo x ∈ K, i.e.,
T (x) = x

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Problema de obstáculo

De (2.6) observamos que


 
kuε kW2,2 (Ω) ≤ C(N, diam(Ω)) · kf kL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω) + kφkW2,2 (Ω)

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Problema de obstáculo

De (2.6) observamos que


 
kuε kW2,2 (Ω) ≤ C(N, diam(Ω)) · kf kL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω) + kφkW2,2 (Ω)

Isso assegura que {uε }ε>0 uniformemente limitada em W 2,2 (Ω). Logo, por argumentos de
compacidade, podemos encontrar uma subsequência {uε j }j∈N com ε j → 0 e uma função
u∞ ∈ W 2,2 (Ω) tal que (
uε j * u∞ em W 2,2 (Ω)
uε j → u∞ em L2 (Ω)

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Problema de obstáculo

Afirmamos que u∞ é uma solução de (2.1). De fato:

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Problema de obstáculo

Afirmamos que u∞ é uma solução de (2.1). De fato:


X De (2.2), temos que

∆uε j = h+ (x ) Φ ε j (uε j − φ ) + f (x ) − h+ (x )
≤ f (x) em Ω para cada j ∈ N.

Assim, passando ao limite j → +∞, concluimos

∆u∞ ≤ f em Ω.

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Problema de obstáculo

X Agora, provaremos que


u∞ ≥ φ in Ω.
Primeiramente, veja que Φε j (uε j − φ) ≡ 0 no conjunto Oj := {x ∈ Ω : uε j (x) < φ(x)}.
Note que, se Oj = ∅, não há nada a provar.

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Problema de obstáculo

X Agora, provaremos que


u∞ ≥ φ in Ω.
Primeiramente, veja que Φε j (uε j − φ) ≡ 0 no conjunto Oj := {x ∈ Ω : uε j (x) < φ(x)}.
Note que, se Oj = ∅, não há nada a provar.Assim, suponha que Oj 6= ∅. Então,

∆uε j = f (x) − h+ (x) para x ∈ Oj .

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Problema de obstáculo

X Agora, provaremos que


u∞ ≥ φ in Ω.
Primeiramente, veja que Φε j (uε j − φ) ≡ 0 no conjunto Oj := {x ∈ Ω : uε j (x) < φ(x)}.
Note que, se Oj = ∅, não há nada a provar.Assim, suponha que Oj 6= ∅. Então,

∆uε j = f (x) − h+ (x) para x ∈ Oj .

Além disso, da definição de h temos que

∆φ = f (x) − h(x) ≥ ∆uε j em Oj

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Problema de obstáculo

X Agora, provaremos que


u∞ ≥ φ in Ω.
Primeiramente, veja que Φε j (uε j − φ) ≡ 0 no conjunto Oj := {x ∈ Ω : uε j (x) < φ(x)}.
Note que, se Oj = ∅, não há nada a provar.Assim, suponha que Oj 6= ∅. Então,

∆uε j = f (x) − h+ (x) para x ∈ Oj .

Além disso, da definição de h temos que

∆φ = f (x) − h(x) ≥ ∆uε j em Oj

Além disso, temos uε j = φ em ∂Oj \ ∂Ω. Assim, pelo Princı́pio de Comparação


concluimos que uε j ≥ φ em Oj , o que produz uma contradição.
Portanto, Oj = ∅ e u∞ ≥ φ em Ω.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Problema de obstáculo

X Finalmente, resta mostrar que

∆u∞ = f (x) em {u∞ > φ}

Para tanto, note que para cada k ∈ N temos


 
1
h+ (x)Φε j (uε j − φ) + f (x) − h+ (x) → f (x) q.t.p. em x ∈ Ω : u∞ (x ) > φ (x ) + .
k

Portanto, via convergência concluimos que

∞  
1
∆u∞ = f (x) em {u∞ > φ} = j → +∞,
[
u∞ > φ + quando
k
k =1

provando assim a afirmação.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Problema de obstáculo

Em conclusão, de (2.6) u∞ satisfaz a seguinte estimativa de regularidade

ku∞ kW2,2 (Ω) ≤ lim inf kuε j kW2,2 (Ω)


j→+∞
 
≤ C(N, diam(Ω)) · kf kL2 (Ω) + kgkL2 (∂Ω) + kφkW2,2 (Ω)

finalizando a prova da existência/regularidade de soluções.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
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Problema de obstáculo

Corollary (Unicidade)
Soluções do Teorema 13 são únicas.

Prova: De fato, assuma que u 6= v são soluções de (2.1). Então, podemos supor que

O] = {v > u} 6= ∅.

Dado que v > u ≥ φ em O] , obtemos ∆v = f (x) em O]

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References

Problema de obstáculo

Corollary (Unicidade)
Soluções do Teorema 13 são únicas.

Prova: De fato, assuma que u 6= v são soluções de (2.1). Então, podemos supor que

O] = {v > u} 6= ∅.

Dado que v > u ≥ φ em O] , obtemos ∆v = f (x) em O]


Logo, concluimos que

∆u ∆v

 ≤ f (x) ≤ em O]
u(x) = v(x) em ∂O] \ ∂Ω,
u(x) = g(x) = v(x) em ∂O] ∩ ∂Ω

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Problema de obstáculo

Corollary (Unicidade)
Soluções do Teorema 13 são únicas.

Prova: De fato, assuma que u 6= v são soluções de (2.1). Então, podemos supor que

O] = {v > u} 6= ∅.

Dado que v > u ≥ φ em O] , obtemos ∆v = f (x) em O]


Logo, concluimos que

∆u ∆v

 ≤ f (x) ≤ em O]
u(x) = v(x) em ∂O] \ ∂Ω,
u(x) = g(x) = v(x) em ∂O] ∩ ∂Ω

Portanto, Princı́pio de Comparição, concluimos que u ≥ v em O] . Contudo, isso contradiz a


definição de O] , provando assim que u = v.

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Uma pequena motivação

Regularidade para o Problema de Obstáculo

 ∆u Ω

≤ f no sentido fraco em
∆u = f no sentido fraco em {u > ϕ }
u = g em ∂Ω.

Se ϕ ∈ C1,1 (Ω) então u ∈ C1,1


loc ( Ω ) (Frehse’72 e Kinderlehrer-Nirenberg’77) .
a

L.A. Caffarelli, The obstacle problem. Lezioni Fermiane. [Fermi Lectures] Accademia Nazionale dei Lincei,
Rome; Scuola Normale Superiore, Pisa, 1998. ii+54 pp.

J.F. Rodrigues, Obstacle problems in mathematical physics. North-Holland Mathematics Studies, 134.
Notas de Matemática [Mathematical Notes], 114. North-Holland Publishing Co., Amsterdam, 1987. xvi+352
pp. ISBN: 0-444-70187-7.

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Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

Uma pequena motivação


Recomendamos assistir as palestras de Alessio Figalli sobre o Problema de Obstáculoa .

A. Figalli, Regularity of interfaces in phase transitions via obstacle problems. - Fields Medal lecture.
Proceedings of the International Congress of Mathematicians - Rio de Janeiro 2018. Vol. I. Plenary lectures,
225-247, World Sci. Publ., Hackensack, NJ, 2018.

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Equações elı́pticas e suas teorias de regularidade
Uma breve introdução ao problema de obstáculo
References

References

J. Bessa, J.V. da Silva, M.N. Frederico & G.C. Ricarte, Sharp Hessian
estimates for fully nonlinear elliptic equations under relaxed convexity assumptions,
oblique boundary conditions and applications. Arxiv arXiv:2205.07818.
A.R. Gonçalves, Resolução Numérica de Problemas de Obstáculo com Aplicações à
Matemática Financeira. Dissertação de Mestrado (Matemática e Aplicações). Instituto
Superior Técnico, Universidade de Lisboa, 2018.
Q. Han & F. Lin, Elliptic partial differential equations. Second edition. Courant
Lecture Notes in Mathematics, 1. Courant Institute of Mathematical Sciences, New
York; American Mathematical Society, Providence, RI, 2011. x+147 pp. ISBN:
978-0-8218-5313-9.
X. Fernández-Real & X. Ros-Oton, Regularity Theory for Elliptic PDE. Zurich
Lectures in Advanced Mathematics. EMS books (forthcoming, 2023).
N. Wolanski, Introdución a los problemas de frontera libre. Cursos y Seminarios de
Matemática - Serie B. Fascı́culo 2. 2007 Departamento de Matemática, Facultad de
Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires.

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References

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Espero encontrá-la(o)s em breve na UNICAMP ; −)!

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