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Aluno: Cícero Gabriel Silva Pimentel

Professor: Márcio Sergio Monteiro Bacurau


6° Semestre Noite

CRATO 2022
Pressupostos recursais no Processo Civil

Antes do ingresso, aos pressupostos recursais propriamente ditos, é


importante explanarmos sobre o que seriam os recursos.
Podemos compreender como recursos, o ato idôneo a ensejar o reexame
de uma decisão, ou sentença, no mesmo processo em que foram
proferidas, antes da formação da coisa julgada, buscando minimizar
possíveis erros do poder judiciário e garantir ao processo, maior força de
pacificação social. O recurso deve ser interposto por meio de petição
inicial. Desta forma, existem alguns pressupostos para a interposição
destes, isto é, os pressupostos de admissibilidade, sob pena de que, caso
algum desses pressupostos não seja cumprido, o recurso não poderá ser
considerado válido.
Tais mecanismos dividem-se em objetivos, que são aqueles que denotam
a forma do recurso, e subjetivos, no qual se correlacionam aos
legitimados para recorrer.
Como pressupostos objetivos temos: O cabimento, a tempestividade a
adequação, a regularidade formal e o preparo.
O cabimento remete a previsão legal, isto é, se existe cabimento em
determinada disposição dada em lei aquele recurso. Tal ferramenta,
insere por igual a questão de que, apenas será possível a interposição de
recurso, que exista previsão legal para tal, isto é, previsto em lei.
A tempestividade denota que, a parte interessada na interposição do
recurso, deve atentar-se aos prazos descritos no Código de Processo
Civil brasileiro, sob pena de, caso não sejam cumpridos os prazos, o
recurso será indeferido. Em regra, de acordo com o Art. 1003 do CPC, o
prazo passa a valer a partir da data de intimação aos advogados,
sociedade de advogados, defensoria pública, ministério público ou
advocacia pública, sendo este de 15 dias, salvo em caso de embargos de
declaração, que será de 5 dias.
Já a Adequação, refere-se ao momento e situação na qual o recurso
pode ser interposto, sob pena de invalidez. Sendo assim, suponhamos
que a parte interessada ingresse com pedido de recurso de apelação
dentro do processo, em momento anterior a sentença, seja ela de mérito
ou não.
Tal exemplo fictício, acarretaria em indeferimento do pedido de recurso
na petição inicial, pois o recurso preterido, foi requerido em momento
inoportuno, desta forma, inviabilizando o que realmente era desejado pela
parte interessada. Percebe-se, portanto, que, assim como os demais,
esse pressuposto merece atenção pelo fato onde o recurso necessita
encaixar-se tanto em momento, quanto situação oportuna para sua
validade e eficácia.
A regularidade formal diz a respeito de como deve ser levado a juízo o
pedido de recurso, onde formalmente deverá ser feito por meio de petição
inicial, com exceção do agravo de instrumento. Na petição devem ser
adicionados as razões do inconformismo, além do pedido e as demais
disposições típicas.
O preparo consiste no pagamento prévio, pelo recorrente das custas
relativas ao processamento do recurso. Dispõe-se no CPC que, caso não
seja efetivado dado pagamento no prazo, deverá ser feito de forma
dobrada. Recursos interpostos por Ministério Público, pela União e pelos
Estados e municípios e respectivas autarquias gozam de isenção legal ao
pagamento.

Adiante, temos os pressupostos subjetivos, que são interesse e


legitimidade para recorrer.
É necessário ressaltar que, um dos requisitos pertencentes as partes
para a admissibilidade de recurso, é a questão do interesse. Uma parte,
ou ainda terceiros, não podem requerer o recurso sem que não tenham
interesse dentro do processo. Um exemplo concreto de tal pressuposto
seria a parte que, dentro do processo recebeu decisão desfavorável ao
que almejava, tendo assim interesse em recorrer.
A questão da legitimidade propõe que a parte deve ser legítima para
interpor o recurso, devendo figurar em algum dos polos da relação
processual, seja ele ativo ou passivo. Podendo ainda ter como
legitimados dentro do processo, o Ministério Público, ou ainda terceiro
que fora prejudicado pela sentença judicial. Assim dispôs o Art. 996 do
CPC: O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da
ordem jurídica.
Ainda cabe complementarmos que a inexistência de fato impeditivo ou
extintivo no processo, também é um pressuposto para a admissibilidade
recursal. Segundo o enunciado administrativo 426 do STJ, a parte que
aceitar expressa ou tacitamente a decisão, não poderá recorrer.
Desistência pressupõe reconhecimento de renúncia, não podendo mais
ser reconhecido o pedido.

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