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PROVA 1

Disserte sobre o princípio da cooperação, com a consideração da proposta


formulada por Miguel Teixeira de Sousa acerca dos deveres judiciais, da distinção
entre dispositividade e inquisitividade e dos aspectos pertinentes constantes do
artigo de Carlos Alberto Alvaro de Oliveira (8):
Consoante ao princípio da cooperação, como previsto no artigo 6º do Código de Processo
Civil, é notória a colaboração recíproca entre as partes e o juiz, buscando alcançar como
resultado do processo, a prestação de tutela jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva.
Nesse sentido, de acordo com a consideração proposta por Miguel Teixeira de Souza, os
deveres judiciais para salvaguardar a cooperação são o dever de esclarecimento - dever,
inclusive, de orientar, dever de prevenção, dever de debate e dever de auxílio para com os
litigantes.
Carlos Alberto Alvaro de Oliveira, por sua vez, estabelece em seu artigo que os litigantes
devem pronunciar e intervir ativamente no processo. Nesse sentido, é eliminada a
possibilidade de a parte ser tratada como simples objeto de pronunciamento judicial, devendo
esta participação e defesa de suas razões ser desenvolvida antes da decisão. Desse modo, é
por meio da ativação ativa das partes que se permite o diálogo com o juiz e,
consequentemente, tem-se uma atuação construtiva e crítica no que tange ao processo.

verdadeiro e falso
GIUSEPPE - F
PROVA TARIFADA - F
LUHMANN - F
TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA - F
ANTONIO CABRAL - F

Mencione e comente sucintamente os equivalentes jurisdicionais:


Ao empreender uma análise a respeito dos equivalentes jurisdicionais, é evidente que este
trata das formas não jurisdicionais de solução dos conflitos, os quais funcionam como
técnicas de tutela dos direitos, resolvendo os conflitos ou certificando situações jurídicas,
sendo as seguintes possibilidades:
A) AUTOTUTELA: esta forma de solução de conflito se dá através da imposição da
vontade de uma das partes sobre a outra, podendo ter o uso da força. Nesse sentido,
tal metodologia pode ser praticada por um particular, o que configura no exercício
arbitrário das propriedades, ou praticado pelo Estado, sendo considerado abuso de
poder. Além disso, é de suma importância destacar que há algumas possibilidades que
são permitidas por lei, como é o caso, por exemplo, da legítima defesa.
B) AUTOCOMPOSIÇÃO: esta ocorre através consentimento espontâneo de uma das
partes, em que há o sacrifício do interesse próprio em favor do interesse alheio. A sua
aplicação pode se dar por meio de transações, submissões ou renúncias. Nesse viés, é
evidente também que esta forma de solução de conflito é uma das mais estimuladas,
como pode ser visto, inclusive, no Código Processual Civil, no artigo 3º, parágrafo 2 e
3.
C) JULGAMENTO DE CONFLITOS POR TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS: esta é
uma fórmula de solução estatal, mas não jurisdicional, nas quais as soluções são
suscetíveis de serem encaminhadas ao Judiciário, não sendo definitivas ou suscetíveis.
Ademais, tem-se que uma das suas exigências é a imparcialidade. Alguns exemplos
da sua atuação, por exemplo, é nas agências reguladoras, assim como no CADE.
D) ARBITRAGEM: nessa técnica os conflitantes buscam uma terceira pessoa de sua
confiança, devendo ser esta imparcial, a fim de resolver o litígio, sendo tal meio
previsto no Brasil pela lei 9.307/1996. Desse modo, a arbitragem pode ocorrer através
de uma cláusula compromissória, na qual as partes, previamente, já decidem que o
conflito será solucionado pela arbitragem, ou pode ocorrer pelo compromisso arbitral,
no qual há a renúncia da atividade jurisdicional. Contudo, há controvérsias em relação
a ser uma alternativa equivalente à jurisdição ou de ser uma atividade jurisdicional de
fato.

Explique, de maneira crítica, a teoria da ação de Enrico Tullio Liebman:


Ao empreender uma análise a respeito da teoria da ação de Enrico Tullio Liebman, é evidente
que este desenvolve uma teoria abstrata eclética, na qual o direito fundamental de ação não se
confunde com o direito presumido de alguém. A ação é vista como um direito subjetivo
instrumental, não correspondendo, assim, a uma obrigação do Estado. Nesse sentido, os
tribunais têm o dever de ofertar a justiça a quem pedir, com isso, a função do jurisdicional é
exercida quando o juiz profere a sentença de mérito, podendo a pretensão material
apresentada em juízo ser favorável ou não.
É evidenciado também os elementos constituintes da ação, sendo eles os sujeitos (autor e
réu); causa petendi (direito ou a relação jurídica apontada como fundamento do pedido); e o
petitum (concreto provimento jurisdicional postulado para a tutela do direito lesado ou
ameaçado).
Ademais, são estabelecidos alguns critérios para que a condição de ação seja atendida, sendo
eles: a legitimação para agir; o interesse em agir; e a possibilidade jurídica do pedido. Assim,
para a existência da ação como o proposto por Lipman, é fundamental que sejam atendidos as
condições supramencionadas, não sendo necessário o reconhecimento efetivo do direito
subjetivo material, além de se observar o direito de tutela somente na sentença favorável.

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