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Teoria Geral do Processo

Tiago Vital da Silva

N° da Matrícula: 202034089

Examine as formas de atuação do Ministério Público, no processo civil, para


considerar, ainda, a possibilidade de o Ministério Público Estadual postular,
autonomamente, perante o Supremo Tribunal Federal:

O Ministério Público, deve estar à disposição de processos civis quando estes


tratam de “[...] ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social,
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; ”, conforme o
inciso III do artigo 129 da Constituição Federal, ademais, também temos em
norma casos de atuação mais explícitos, como fica evidente no artigo 178 do
Código de Processo Civil, que revela que o Ministério Público deve intervir em
processos que envolvam interesse público ou social, interesse de incapaz,
litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. É notório que os últimos
três aspectos presentes no CPC, encaixam-se na descrição da Constituição,
todavia, foi algo feito propositalmente pelo legislador, de forma a dar ênfase as
situações repetidas, já que uma eventual atuação do MP se daria de forma
diversa. A base fundamental para uma intervenção da instituição ministerial é,
de fato, o interesse eminente da população sobre determinado litígio e o fato de
que a legislação constitucional incumbe a ele a defesa da ordem jurídica em
nosso Estado. Portanto, torna-se evidente que há uma similaridade simples
entre suas obrigações e os casos que devem contar com sua interferência, já
que ao lidarmos com patrimônio público, meio ambiente e interesses
indisponíveis, automaticamente falamos sobre um alto nível de interesse
popular sobre a eventual decisão que será tomada.

É necessário assimilarmos que o órgão atuará nos processos civis de duas


maneiras quando requisitado sua presença, a primeira sendo como uma das
partes, atuando de forma a proteger interesses que privativamente não seriam
relevantes, por exemplo, ao tratarmos de um incapaz, o Ministério Público tem
como dever proteger o mais fraco. A instituição pública também deve agir
dentro de uma lide, como aquele que fiscaliza, sendo essa a segunda forma de
atuação, que por sua vez tem seu foco voltado aos interesses gerais, como os
bens públicos e meio ambiente, como já citados anteriormente.

Conforme artigo 128 da Constituição Federal, é evidente em seus incisos I e II


que o Ministério Público da União não pode atuar como líder ou chefe dos
Ministérios Públicos dos Estados, também podemos apoiar esta ideia conforme
a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, 8.625/93 e a Lei Complementar
75/1993. É necessário ressaltar, que o artigo 129, IX, da Constituição Federal
também concede a cada MP os poderes necessários para o seu âmbito de
atuação para que possam exercer as funções de suas obrigações. Portanto, ao
que acabe aos entes estaduais, eles têm o direito e o dever de autonomamente
agir perante o Supremo Tribunal Federal, de acordo com as causas por eles
promovidas, sem interferência de um eventual ente superior, já que é
inexistente pois a CF coloca ambos os MP em patamares idênticos.

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