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Relações Jurídicas em Plano Interno e Internacional

Na antiguidade, havia a distinção entre o homem labor o qual realizava o trabalho apenas para
a sobrevivência com o seu próprio corpo e, as vezes usava instrumentos de trabalho. Havia o
cidadão que era o homem político, onde realizava a ação na cidade, que era a gestão política
entre os próprios cidadãos que tinham paridade. Ainda existia o artesão que realiza um
trabalho que tinha início, desenvolvimento e temo, que era o objeto produzido pelo trabalho.
Cabe destacar que a distinção, no primeiro caso, entre público e privado era que a casa era o
ambiente de trabalho e era caracterizada pela relação de dominação, que era o direito público;
nas cidades, a ação do cidadão era direito público; no caso do trabalho do artesão, era uma
atividade de direito público a venda do seu objeto nos mercados, que tinham mais alcance,
pois era destinado à comunidade.
No direito romano há a distinção do jus publicum e jus privatum. O primeiro era o lugar dos
cidadãos, enquanto que o segundo era a casa do sujeito.
A distinção entre animal político e social. O animal político era só do direito público,
enquanto que o social era mais amplo, pois cabia o direito público e privado. Assim que há o
movimento de crescimento do direito privado sobre o público.
Ainda há a teoria do sujeito que distingue o direito público do privado. Em relação ao
destinatário, se for o Estado é direito público e, em relação ao sujeito é o privado.
A teoria do interesse trata do interesse da sociedade. O Estado trata de interesses neutros e
comuns a todos e o direito privado seria os interesses individuais dos sujeitos particulares.
Quanto a relação de dominação trata da predominância do direito público sobre o privado. É o
jus imperi. Cabe dizer que, nos entes privados há uma paridade na relação do sujeito.
Essa distinção é um ponto importante, pois são um lugar comum que, apesar de não ter rigor
científico, colabora com o entendimento das várias árias do direito. É um lugar analítico, pois
essa organização também é lógica.
Ainda cabe destacar que a similaridade entre as duas áreas que são regidas por mesmos
princípios, quais sejam: soberania, interesse público, legalidade, discricionariedade,
autonomia privada e os princípios gerias do direito.
Cumpre dizer, que o ordenamento precisa de coerência, nesse sentido, no direito público, as
antinomias são resolvidas pelo princípio da reserva legal e o direito privado trata do artigo 4º
da LINDB.
Quanto à publicização do direito privado seria quando o Estado trata em suas normas sobre os
limites para a prática de direitos de particulares, regulamentando tais interesses com o
pretexto de que é para a salvaguarda de algo de maior relevância que seria a paz social e a
segurança jurídica e, dessa maneira, limita a liberdade contratual na esfera privada. Nesse
sentido, a Constituição atua como um preceito geral que embasa a legislação
infraconstitucional para a realização dessas restrições e também para resguardar princípios
fundamentais também na esfera privada, como a função social do contrato, por exemplo.
Como efeito dessa publicização do direito e interferência das regulamentações estatais tem-se
que o Direito Civil, que tradicionalmente é posto como tipicamente do âmbito privado, tem
sido desregulamentado e tem passado a serem criados microssistemas jurídicos, ou seja,
determinadas áreas que são regulados de um modo genérico no Código Civil passam a ser
tratados minuciosamente em normas específicas, como, por exemplo, o Direito do
Consumidor.
Na privatização do direito público também há a evidencia da atuação estatal. O Estado tem se
apoderado de regras do âmbito privado e as utilizando em suas particularidades, isto é, há uma
influência sofrida pelo direito público pelas regras do direito privado em um domínio de
interação interna como externa, como os contratos administrativos que são privativos do
Estado, todavia, dispõe de normas no âmbito privado. Os efeitos disso é que há aqui também a
questão da responsabilidade social do Estado.

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