Você está na página 1de 5

10/03/2016 Kwame 

Nkrumah, o pai do PanAfricanismo ­ Correio Nagô

Pesquisar Correio Nagô  Procurar

Registre­se
Acessar

Correio Nagô
Informação do seu jeito

Principal
Meu Blog
O Correio Nagô
Notícias
Eventos
Grupos
Multimídia
Bate­papo

Todas as mensagens do blog
Meu blog
Adicionar

Kwame Nkrumah, o pai do PanAfricanismo
Postado por Adelson Silva de Brito em 30 agosto 2010 às 16:51
Exibir blog

http://correionago.ning.com/profiles/blogs/kwame­nkrumah­o­pai­do 1/5
10/03/2016 Kwame Nkrumah, o pai do PanAfricanismo ­ Correio Nagô

O nome de Kwame Nkrumah está no coração do pensamento Pan­Africano. Ele sozinho levou a Costa
do  Ouro  sua  independência  e  veio  a  fazer  de  Gana  o  primeiro  país  Africano  a  ser  libertado  da
dominação colonial. Sua visão foi além dos interesses de seu país e ele trabalhou toda a sua vida para
a  Unidade Africana.  Sua  morte  ocorrida  em  meio  a  uma  campanha  de  desqualificação  orquestrada
pelos bastiões reacionários da falência colonialista, não impediu que o seu pensamento pan­Africano o
sobrevivesse  
Nos  nossos  dias  atuais,  quando  a  cúpula  da  União  Africana  se  reúne  em  Maputo,Moçambique,
constatamos que o pan­africanismo não é apenas um ideal, mas a base de trabalho para a efetivação de
uma  África  unida  em  conformidade  como  ideal  tão  sonhado  por  Kwame  Nkrumah,  o  pai  da
independência de Gana. Em 6 de março de 1957 a Costa do Ouro tornou­se o primeiro país Africano a
se libertar do jugo e da presença colonial britânica passou a se chamar de Gana, em homenagem a um
dos reinos que compunham o antigo Império Ashanti. Logo as idéias emancipacionistas de Nkrumah
ultrapassaram as fronteiras.
Em 1945 ele viajou para Londres para ingressar em uma faculdade de direito. A situação de política
no  seu  país,  fala  mais  alto  ao  seu  coração.  Juntou­se  à  União  dos  Estudantes  da  África  Ocidental  e
organiza  a  V  Conferência  PanAfricano,  acontecida  em  Manchester.  Ele  trabalha  com  os  políticos
Africanos que se tornarão os principais instigadores da independência nos seus países, incluindo Jomo
Kenyatta,  futuro  presidente  do  Quênia.  Seus  artigos  incendiários,  publicado  no  jornal  "The  New
African" em defesa de uma Unidade Africana e contribuíram para transformar o nome de Nkrumah
em sinônimo de radicalismo na visão administração colonial na Costa do Ouro.  
Em 1947, seu retorno foi triunfante, e promete uma ascensão meteórica. Ele imediatamente dirigiu­se
para o novo Partido para a Independência da Costa do Ouro que realiza convenções em todo o país,
enquanto  o  poder  colonial  suprime  os  impulsos  emancipacionistas  que  ganham  o  povo.  Em  1948,
Nkrumah foi preso por agitação política, durante uma manifestação contra o governo: ele se torna um
mártir  político,  um  papel  que  ele  aceita  e  cultiva.  A  pressão  é  grande  a  administração  colonial  é
obrigada a fazer concessões. Em 1952, Nkrumah tornou­se Primeiro­Ministro da Costa do Ouro e seu
novo  partido,  o  PPC  (Partido  da  Convenção  Popular)  venceu  todas  as  eleições  realizadas  pelos
britânicos  para  testar  as  preferências  políticas  das  pessoas.  Em  6  de  março  de  1957,  a  batalha  da
primeira revolução chega ao fim: a Costa do Ouro tornou­se independente e foi rebatizado Ghana.  
À frente do primeiro Estado Independente Africano, onde se tornou presidente em 1960, Nkrumah em
função  da  euforia  da  vitória,  pensa  grande.  Ele  está  ativo  na  libertação  dos  países  ainda  sob
dominação  colonial.  Assim,  ele  fornece  25  milhões  de  dólares  de  apoio  à  Guiné  em  seguida  a
declaração  da  independência  em  1958.  No  mesmo  ano,  a  reunião  de  chefes  de  Estado  Africano,
realizada em Accra, sob os auspícios do Gana, que afirma a necessidade para a África "de desenvolver
a sua própria comunidade e personalidade", e seu não­alinhamento em relação aos dois blocos.  

A política externa de Nkrumah é inteiramente dedicada à construção da Unidade Africana. Ele a pensa
como  uma  fusão  orgânica  de  Estados  Independentes  e  não  como  mera  cooperação.  Pretende­se

http://correionago.ning.com/profiles/blogs/kwame­nkrumah­o­pai­do 2/5
10/03/2016 Kwame Nkrumah, o pai do PanAfricanismo ­ Correio Nagô

promover  a  sua  doutrina  original  denominada  de  “Conciencismo”  às  vezes  chamado  hoje  de
"Nkrumanismo  ",  que  compreende  impressões  de  um  marxismo  heterodoxo  associados  ao  conceito
tradicional Africano do coletivismo, que é "a ressurreição dos valores humanitários e igualitários da
África  tradicional,  num  ambiente  moderno."  Em  1963,  Nkrumah  e  vai  ser  um  dos  fundadores  da
Organização  da  União  Africana,  no  entanto,  logo  as  idéias  começaram  a  suscitar  temores  de  um
“radicalismo exacerbado”.  
Em  1960,  meses  depois  de  assumir  o  mais  alto  cargo  de  Presidente  da  República,  e  ser  chamado
“Osagyefo”, (o Redentor), escreve: "o nacionalismo Africano não se limita apenas a Costa do Ouro,
hoje  Ghana.  Agora  ele  deve  ser  um  nacionalismo  PanAfricano  e  deve  ser  a  ideologia  de  uma
consciência  política  entre  os  africanos,  na  busca  da  sua  emancipação,  espalhados  por  todo  o
continente”.  
Logo,  o  sonho  de  uma  África  unida  Nkrumah  colide  com  idéias  dos  novos  líderes  de  países
independentes que não estão dispostos a desistir de suas soberanias recém­conquistadas. A Unidade
Africana  para  o  mundo  começa  a  ser  vista  como  o  sonho  de  um  “egocêntrico  ambicioso  que,  na
verdade,  esconde  planos  expansionistas...”.  Durante  a  Guerra  Fria,  ele  é  visto  como  um  líder
“manobrista, que deseja atrelar toda a África ao comunismo”. O presidente de Gana foi anulado do
cenário político Africano e internacional. As antigas potências coloniais correram a injetar momento
na campanha de demonização do líder de Gana. Uma das armas usadas na tentativa de amordaçar a
voz discordante do radical Africano era comprometê­lo com o Leninismo.  
Em  Ghana,  a  política  econômica  da  "segunda  revolução"  de  Nkrumah  é  um  fracasso.  Os  gastos
domésticos arruinavam o país e quando as pessoas saíram às ruas para expressar sua insatisfação, a
repressão  se  fazia  a  custa  de  sangue.  Em  1962  e  1964,  Nkrumah  foi  vítima  de  duas  tentativas  de
assassinato.  Chocado,  ele  se  entrega  a  excessos  de  megalomania  e  toma  medidas  drásticas  para  se
proteger.  Ele  aprisiona  sem  julgamento  ministros  de  seu  próprio  gabinete  caso  ele  suspeita  de
cumplicidade e se cerca por um exército de guarda­costas. Ele então se declarou presidente vitalício
da  República  do  Gana  e  estabelece  o  partido  único.  Em  fevereiro  de  1966,  durante  uma  viagem  a
China,  um  golpe  militar  derrubou  Nkrumah.  Era  o  fim  do  um  sonho  Africano  tão  caro  a  Kwame
Nkrumah. A raiva acumulada do povo ressurgiu e manifestações espontâneas irromperam no país para
celebrar  a  sua  queda.  Encurralado,  ele  não  retornar  para  Ghana  e  foi  para  o  exílio  na  Guiné.  Ele
morreu de câncer em 1972 em um hospital de Bucareste.  
Em cinco anos, Nkrumah passou de mito a desencanto. No entanto, vemos hoje o alcance de sua visão
e  de  suas  ambições  PanAfricanas.  Sem  dúvidas,  o  pensamento  de  Kwame  Nkrumah  foi  o  dispar
despertador  de  uma  consciência  Africana,  que  transcende  as  fronteiras  geográficas  do  Continente
Negro  para  promover  a  construção  de  um  destino  humano,  político  e  econômico  de  alcance
avassalador que vem a constituiro cerne do pensamento PanAfricano contemporâneo.  

Bibliografia http://www.afrik.com/article6347.html

Exibições: 5736

Tweetar
Compartilhar   Facebook

< Post Anterior
Próximo Post >

Comentar

Você precisa ser um membro de Correio Nagô para adicionar comentários!
Entrar em Correio Nagô

 Comentário de Juli J Silva em 31 agosto 2010 às 9:17
Que bom conhecermos um pouco da história de nossos irmãos. É apaixonante.
http://correionago.ning.com/profiles/blogs/kwame­nkrumah­o­pai­do 3/5
10/03/2016 Kwame Nkrumah, o pai do PanAfricanismo ­ Correio Nagô

Que bom conhecermos um pouco da história de nossos irmãos. É apaixonante.

RSS

Bem­vindo a 
Correio Nagô

Registre­se 
ou acesse

Or sign in with:

Translation:
Seleccionar idioma Seleccionar idioma
Tecnologia do  Tradutor
Tecnologia do  Tradutor

Publicidade

Baixe o App do Correio Nagô na Apple Store.

Rádio ONU
ONU preocupada com "ressurgimento do racismo na Europa"

Mesmo com recessão, comércio global de bens culturais dobrou em 10 anos

Sudão: confrontos em Jebel Marra já desalojaram mais de 100 mil pessoas

ONU pede que planos contra desastres incluam emergências de saúde

Unesco lança prémio para educação de mulheres e meninas

Banco Mundial ajuda a reduzir desperdício de alimentos em Pernambuco

Educação: a chave para prevenção e combate ao extremismo violento

ONU traz sugestões para evitar violações de direitos durante protestos

http://correionago.ning.com/profiles/blogs/kwame­nkrumah­o­pai­do 4/5
10/03/2016 Kwame Nkrumah, o pai do PanAfricanismo ­ Correio Nagô

FAO quer “presença do português” na campanha sobre leguminosas

Ban escolhe francês para comandar missão política na Colômbia

Mais...

Sobre

 ERIC ROBERT criou esta Rede do Ning.

© 2016   Criado por ERIC ROBERT.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço

Entrar no bate­papo

http://correionago.ning.com/profiles/blogs/kwame­nkrumah­o­pai­do 5/5

Você também pode gostar