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Texto – “Do alvoroço que foi na cidade […]” – páginas 58 a 60

Questionário / cenários de resposta do manual

Nota – o questionário foi respondido oralmente nas aulas, fica aqui transcrito para que seja
mais fácil rever a análise do texto.

1.1 No título, o autor anuncia que a cidade de Lisboa vai ser de grande “alvoroço”.
1.1.1 Refere alguns aspetos que contribuem para a criação desse “alvoroço”.

R – A partir do título, que representa o grande plano, ou seja, o plano de conjunto, o


cronista oferece uma sucessão de quadros mais particulares, criando um crescendo
dramático ( o apelo do pajem que informa e apela, incentivando a multidão, a
movimentação das “gentes” e o seu ajuntamento) traduzido pela palavra “alvoroço”.
Ao nível do texto todo esse “alvoroço” é visível através da escolha de:
• Verbos que exprimem movimento (“saiam”; “moveram”; “desceu”;
“entraram”…) que acentuam a ação;
• Verbos que exprimem sensações (“ouviam”; “diziam”; “bradavam”;
“respondia”…) que exprimem a ideia de ruído;
• Os tempos verbais: pretérito perfeito ( tempo da narração); pretérito
imperfeito ( tempo da descrição); gerúndio ( eventos que se prolongam);
• Frases curtas, muitas vezes ligadas pela coordenação;
• Diálogo;
• Enumerações;
• Comparações;
• …
Todos os aspetos contribuem para a criação do ambiente de “alvoroço”.
2. Recordando os teus conhecimentos sobre o texto narrativo ( em particular, as categorias
da narrativa) copia o quadro para o teu caderno e completa-o.

Nota – Dado que todos têm o quadro no manual, apenas se deixam nesta ficha as alíneas a
completar.

R - 1 – Pajem; 2 – Álvaro Pais; 3- povo; 4 – ruas de Lisboa; 5 – o povo junta-se a Álvaro


Pais e exige ver o Mestre; 6 - à janela do paço; 7 – Mestre; 8 – povo; 9 – o Mestre
atravessa a cidade, encaminhando-se para o paço do almirante.

3. Ao realizares a tarefa anterior, certamente verificaste que o texto reflete uma


determinada intensidade dramática.

3.1 Explica como ela se evidencia a nível

• da ação;
• do espaço.

R. – A nível da ação, há uma gradação cada vez mais crescente.


Inicia-se com o apelo do pajem do Mestre ( “Matom o Mestre!” […] “Acorree ao Mestre
que matam!”) e de Álvaro Pais, que são imediatamente aceites pelo povo (“As gentes
que esto ouviam saiam aa rua veer que cousa era…”) e geram grande movimentação
(“se moveram todos com mão armada, correndo a pressa…”), alvoroço/agitação
(“…com espantosas palavras começaram de dizer:”), mas também desorientação
própria de quem age sem ter tempo de pensar ( “Ali eram ouvidos braados de
desvairadas maneiras. […] Deles bradavam por lenha […] Outros se aficavom […] e em
todo isto era o arroído atam grande que não se entendiam uns com os outros […]”.
O povo concentra-se às portas do paço para, depois de reconhecer o Mestre, tendo a
certeza de que ele estava vivo ( “…porém, conhecendo-o todos claramente, houveram
grande prazer quando o viram…”), aclama-o e, finalmente, dispersa.

Relativamente ao espaço, pode dizer-se que este é muito concentrado. A ação acontece
nas diferentes ruas de Lisboa: a caminho do paço, no paço, na janela do paço (onde o
Mestre se mostra à multidão) e nas ruas que dão saída do paço.
4. Atenta nas personagens que intervêm na ação.

4.1. Ao longo do texto, há uma personagem coletiva que se destaca – o povo.

4.1.1. Carateriza-o, recorrendo a elementos textuais.

R. – O povo é naturalmente curioso (“As gentes que esto ouviam saiam aa rua veer
que cousa era…”), solidário (“se moveram todos com mão armada, correndo a
pressa…”), muito unido (“Todos feitos d’um coração..”) e muito dinâmico, ou
seja, pronto a agir ( “Deles bradavam por lenha…”).

4.2 O Mestre, personagem individual, também se evidencia.

4.2.1. Mostra, com base no texto, o afeto e o respeito que o povo nutre por ele.

R. – O afeto e o respeito pelo Mestre são evidentes nas diferentes referências que
surgem no texto, como por exemplo: “ca filho he d’el-rei D. Pedro”; “acorramos
ao Mestre que matam sem porquê”; muitos choravam com prazer de o veer vivo”.

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