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Crónica de D.João I de Fernão Lopes

Capítulo XI

Orientações de leitura

1. Neste capítulo, relata-se um acontecimento com princípio, meio e fim.

1.1. Completa a tabela que se segue, resumindo numa frase cada um dos momentos do relato.

Convocação O pajem do mestre grita pela cidade que mataram o mestre; o povo acode;
chegam a casa de Álvaro Pais.

Movimentação Álvaro Pais arma-se e vai cavalgando pelas ruas com os seus aliados pedindo
ajuda para acudir o mestre, pois este era filho de D. Pedro.

Concentração O povo junta-se a Álvaro Pais e a confusão era tal que a multidão se via obrigada
a passar por lugares “escusos” para poder ir ao encontro do mestre.

Manifestação O povo chega ao Paço e tenta certificar-se que o Mestre se encontra bem,
tentando então ter acesso à propriedade por vários meios.

Aclamação Convencido pelos que o rodeiam, o Mestre sai à janela e assegura o povo de que
se encontra bem. A multidão aclama o Mestre e dá graças por este estar vivo. Ao
ver o povo emocionado, o Mestre decide juntar-se a ele.

Dispersão O Mestre sai do paço e decidiu juntamente com o povo o que deveria então fazer,
neste caso dispersarem-se.

O Mestre atravessa a cidade em direção aos Paços do Almirante, onde repousava


o Conde D. João Afonso, irmão da Rainha, com quem ele deveria estar a comer.

2. O narrador vai alternando entre discurso direto e indireto ao longo da narração.


2.1. Explicita o efeito produzido e a sua importância para a missão do cronista.
Como cronista, a função de Fernão Lopes é de relatar os eventos históricos de
Portugal. Numa tentativa de tornar a ação mais viva e percetível para os leitores, justifica-se a
utilização do discurso direto.
3. Fernão Lopes sugere uma certa predestinação e proteção divinas da figura do Mestre.
3.1. Retira do texto três exemplos que comprovem esta afirmação.
“Acorramos ao Meestre, amigos, acorramos ao Meestre, ca filho é del-Rei dom Pedro.”
“como vos quiserom matar per triçom. Beento, seja Deos que vos guardou desse
tredor”
“Mantenha-vos Deos, Senhor. Sei que nos tirastes de grande cuidado, mas vós,
mereciees esta honra melhor que nós.”
4. Identifica os recursos expressivos presentes nos seguintes exemplos e explicita a sua
intencionalidade.

a) “assi como viúva que rei nom tinha (…)” (l.17) – comparação, realça a ideia de
b) “pera sobir acima” (l.37) – pleonasmo, intensificar a ideia referida, ao utilizar
sinónimos.

4.1. Identifica e caracteriza os atores individuais e coletivos que se destacam em cada mo-
mento. A informação que se encontra na página 122 do teu manual poderá ajudar-te.
Movimentação: pajem do mestre (individual), povo (coletivo)
Concentração: Álvaro Pais e povo
Manifestação: Álvaro Pais e povo
Aclamação: Mestre, Álvaro Pais e povo
Dispersão: Mestre e povo.

Caracterização do povo:
Age de cabeça quente, é agitado, age com o coração e não pela razão, muito
emocionado.

Caraterização do Pajem, Álvaro Pais:


Empenhado na defesa do Mestre

Caracterização do Mestre:
Comportamento ponderado, pensado, atitude dialogante, capacidade de liderança.

5. Como um hábil realizador de cinema, Fernão Lopes vai narrando a ação numa sucessão
de planos, espaços e atores.

5.1. Completa o seguinte esquema.

PLANO 1 PLANO 2 PLANO 3 PLANO 4 PLANO 5

Espaço: Porta do Paço Espaço: Ruas de Espaço: Portas do Espaço: Paço da Espaço:
da Rainha e ruas de Lisboa paço da rainha Rainha Rua do Paço
Lisboa.

Ator: Álvaro Pais Atores: Povo e Atores: Povo Atores: Mestre e Atores:
Álvaro Pais povo Mestre e povo
Local onde se dirige: Estado de espírito: Estado de espírito Estado de espírito Atitude do
Casa dele. angústia e do povo: final do povo: povo: alívio e
preocupação, revolta, Agitados, ansiosos, alívio, alegria, disponibilidad
insegurança… na dúvida… emoção… e pela parte do
povo.

Qual a posição do narrador relativamente ao que relata? (objetividade/subjetividade)


O narrador (Fernão Lopes) é objetivo nos relatos factuais/acontecimentos históricos que relata
estando presente o rigor do pormenor. Por outro lado, evidencia-se alguma subjetividade na
apreciação crítica e emotiva dos factos relatados, a utilização de alguns recursos expressivos
contribui para a criação desta visão subjetiva.

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