01 . Escolha um a dois parceiros (as) para debaterem o vídeo e fazerem um
resumo. Após o resumo ( 1 a duas páginas), fale da correlação entre os dois vídeos e dê sua opinião sobre ele. Façam o resumo de apenas um vídeo e a opinião de apenas um dos vídeos também (assistam os dois). A nota será dada ao grupo de dois ou três. Abraços e bons estudos
Stewart Brand: O alvorecer da desextinção. Você está pronto?
O vídeo de 18 minutos intitulado “O alvorecer da desextinção. Você está
pronto?“ trata de uma reflexão feita pelo escritor Stewart Brand sobre a desextinção e seus diversos aspectos. É fato que extinções são observadas durante a história da vida no planeta Terra, assim como é fato que as atividades antrópicas têm acelerado esse processo. A boa notícia é que a ciência tem nos dado ferramentas para reverter a extinção, porém, o que Stuart também tenta discutir é: Vale a pena? A princípio é feita uma reflexão sobre o significado de extinção, Stewart chama atenção para o fato de ser um tipo diferente de morte que se percebeu quando o último exemplar de pombo passageiro sumiu da face da Terra. Apesar da espécie ser numerosa a ponto de esconder o sol quando estavam a voar pelo céu, foram extintos em apenas duas décadas devido à caça comercial para vender proteína animal. Após esse acontecimento, as pessoas começaram a perceber que a exploração de recursos de origem animal estavam levando outras espécies à extinção, mamíferos, aves e outros seres vivos sumiram e deixaram um buraco nas relações ecológicas pois não tinha ninguém para comprir seu papel ecológico. A possibilidade de usar o DNA de espécies de 200.000 anos para fazer a desextição movimentou um grupo de cientistas comandado por Ryan Phelan e George Church, eles fizeram pesquisas de prospecção para descobrir o que já tinha sido desenvolvido na área biotecnológica para que essas espécies pudessem voltar a habitar nosso planeta. O DNA do pombo passageiro já havia sido sequenciado, existiam exemplares para retirar o material necessário para adicionar na Máquina Multiplex automatizada de George com o intuito de se obter combinações genéticas capazes de fazer hibridização e serem colocadas em um organismo vivo mais próximo geneticamente para gerar o organismo de interesse. Unindo esforços de ONGs e da iniciativa privada, reuniu-se cientistas de diversas especialidades que trabalham com desextinção não só de animais, mas também de ecossistemas inteiros. Depois de muitos esforços eles conseguiram fazer a desextinção de uma espécie de banteng e continuam a trabalhar por outras espécies utilizando a possibilidade de induzir a transformação de qualquer tipo de célula somática em célula germinativa, gerando germoplasmas capazes de serem manipulados até novos indivíduos da espécie que foi extinta serem gerados e treinados para aprender sobre seu nicho ecológico com espécies próximas. Os esforços do grupo não se limitam a fazer a desextinção, mas também a proteger as espécies para que isso não ocorra com elas, um dos exemplos citados é dos elefantes, estes animais podem ser extintos por conta do comércio de marfim. Outro esforço empregado é o de fazer a lista de animais em perigo de extinção e transformá-lo em um livro intitulado “A Global Species Assessment Red List” assim como outra lista para mostrar o sucesso dos esforços de todos ´para reverter o estado crítico de extinção desses animais documentado no livro intitulado “Green List” que mostra espécies que saíram da Rd List. Durante a palestra uma pergunta muito pertinente surge entre os ouvintes, alguém queria saber se esse processo de desextição, mesmo que sendo válido, poderia trazer algum dano, já que se está interferindo na natureza. Brand de forma bem sábia comenta sobre o homem mesmo já ter causado tantas interferências que mesmo havendo problemas futuros, nem se compara com as consequências já existentes. Dessa forma, ao final do vídeo, Stewart Enfatiza que os seres humanos foram responsáveis por um grande buraco na teia de vida existente na natureza nos últimos dez mil anos e as ferramentas biotecnológicas desenvolvidas hoje, podem funcionar como uma forma de nos redimirmos desse erro, é como se fosse uma obrigação moral da humanidade para com a natureza. A ideia equivocada observada aqui é que se uma espécie é abundante ela nunca vai desaparecer, engano gravíssimo. Talvez esse fato seja um dos maiores fatores que estão alinhados ao desaparecimento dessas espécies, que unido ao ego humano se tornam uma bomba relógio, como Stewart fala logo no início do vídeo que são justamente essas espécies abundantes, que a humanidade tem tendência a predar de forma mais intensa. A fêmea de bucardo da Espanha teve seu material genético criopreservado. Um dos cientistas citados é especialista em criopreservação e tem uma espécie de “zoológico congelado”, isso é importante porque, diferente de espécies vegetais, o material genético dos animais é mais difícil de se manter em um banco de germoplasma. Ambos os vídeos tratam sobre os avanços científicos em termos de trazer espécies de volta e se isso funcionaria, se devemos fazer, afinal é algo que por mais lindo que pareça, como se uma segunda chance a natureza ou como se a humanidade estivesse desfazendo um erro, é algo que deve mesmo ser feito? Quais desequilíbrios extras ou problemas poderia a espécie humana estar causando a si mesma e a todo o ecossistema com essa “boa ação”?