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CONSERVAÇÃO E USO DE RECURSOS GENÉTICOS

ALUNOS: MATHEUS SAMUEL 21953180


; MARIA LUIZA 21954514;
KARINE MORAES 21953819
RESENHA: O NASCER DA DESEXTINÇÃO.
A palestra ministrada retrata sobre a contextualização de inúmeras espécies que
foram extintas pelo ser humano no decorrer da história da humanidade, a caça excessiva
é um dos principais motivos da extinção de espécies no mundo inteiro, seja ela para fins
lucrativos, fins alimentares e fins de caça esportiva. Podemos citar como exemplo de caça
lucrativa os rinocerontes negros e os rinocerontes brancos (existentes apenas machos em
zoológicos), que foram excessivamente caçados pelos seus chifres, tal peça anatômica
que possui alto valor comercial no mercado negro asiático.

Entretanto, a mesma mão que extingue inúmeras espécies, também pode trazer as
mesmas de volta, a desextinção vem se tornando cada vez mais presente nos debates
mundiais sobre a conservação e a preservação de espécies silvestres. No meio científico,
pesquisadores e cientistas aplicam inúmeras diferentes estratégias para trazer exemplares
que foram dizimadas pelo homem de volta a vida, como o Auroque, Bos primigenius, o
descendente de todos os gados domésticos, o auroque possuía importância ecológica no
mantimento da biodiversidade e o enriquecimento das pradarias na região. E pelo fato do
auroque ser o descendente de todos os gados, o seu gene segue preservado, entretanto de
maneira desordenada, e a estratégia seguida pelo pesquisador, foi cruzar espécies robustas
por meio de pecuária seletiva, que se assemelham com o auroque, para que com o tempo,
seja alcançada um exemplar.

A biotecnologia assume papel importantíssimo na conservação e no processo de


desextinção de espécies, o processo de clonagem, por exemplo, foi aplicado em uma
tentativa de salvar uma espécie de caprino, Capra pyrenaica pyrenaica, popularmente
chamada de Bucardo a última fêmea foi capturada e um pedaço de sua orelha foi retirada
e criopreservada, a mesma foi posteriormente clonada, mas, os clones geralmente
possuem problemas cardiorrespiratórios, que desencadeou no falecimento do clono.

A modificação de células fibroblasticas em células totipotentes em embriões


também vem sido exploradas para a conservação de espécies avianas, como por exemplo,
a implementação do material genético de um falcão nas gônadas de uma galinha e de um
galo, que realizarão a fecundação e posteriormente terá o nascimento de um falcão, pois
os genitores foram geneticamente modificados. Outro método biotecnológico que vem
sendo amplamente aplicado é a criopreservação, que possui a finalidade de preservar o
material genético, para fins conservacionistas ou melhoramento genético. Instituições
privadas e governamentais exercem funções primordiais e essências de bancos de
germoplasma animal, tais instituições estão constantemente em stand-by para exercerem
o salvamento de espécies que estão em declínio populacional ou que já foram extintas. O
ser humano vem utilizando constantemente a hibridização sintética, no intuito recuperar
espécies, consistindo na junção de uma determinada espécie que já foi extinta, mas que
seu material genético ainda está presente em um banco de germoplasma com outra espécie
que seja próxima a ele, juntando lacunas de DNA que possam se assemelhar ao exemplar
que já esteve em vida.

Outros meios de conservação vêm sendo aplicados, como o ecoturismo e a


reabilitação em zoológicos, tais meios já salvaram espécies como o condor e o gorila das
montanhas. O ecoturismo, se aplicado de maneira sustentável e ordenada, pode ser um
forte aliado para o salvamento de espécies que estão em declínio populacional. A questão
principal, é que o ser humano não deve medir esforços para desfazer os impactos
antrópicos que refletem na fauna, sempre buscando maneiras alternativas de salvar uma
determinada espécie ou ecossistema.

CORRELAÇÃO ENTRE AS PALESTRAS E DEBATE

Ambas palestras enaltecem o poder da biotecnologia nos seres vivos, que pode ser
aplicada desde fins lucrativos, como a implementação de um determinado gene de uma
espécie de água viva em peixes zebra para fins ornamentais, tanto para processos de
desextinção de espécies. A questão é, que a biotecnologia está presente nos mais diversos
processos, independentemente de sua finalidade.

A palestra sobre o nascer da desextinção fala sobre trazer espécies que já foram
extintas a milhões de anos, como o mamute, mas seria realmente necessário trazer esse
paquiderme de volta a vida? O ecossistema se modificou totalmente, a terra está em
constante evolução, cientistas justificam que com a volta do mamute-lanoso, o mesmo
pode ajudar no combate as mudanças climáticas, afirmando que com o pisoteamente
desses animais, o solo não se isolaria completamente do frio, consequentemente sua
degradação seria mais longa, tal fenômeno não acontece atualmente. O projeto citado
chama-se parque do Pleistoceno, localizado na Sibéria.

Entretanto, acreditamos fielmente que, espécies que foram extintas por processos
antrópicos, como caça excessiva ou perda de habitat, devem ter um olhar especial no
processo de desextinção, desde que, sejam feitos estudos sobre como o ecossistema dessa
espécie foi modificado, se a reintrodução dessa espécie causaria o fim de outra espécie
que foi introduzida ou que já habitava.

Em Chernobyl, quando se passaram muitos anos após o acidente nuclear, uma


espécie que havia sido extinta daquela região retornou, o lobo, e tal espécie retornou
devido a volta espécies pertencentes a base da cadeia alimentar, enriquecendo novamente
aquele ecossistema. Sendo assim, acreditamos que a reintrodução de espécies (extintas
ou não extintas) pode ser realizada, desde que sejam levados em consideração todos os
fatores citados acima, e que seja feita de maneira gradativa.

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