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Entretanto, a mesma mão que extingue inúmeras espécies, também pode trazer as
mesmas de volta, a desextinção vem se tornando cada vez mais presente nos debates
mundiais sobre a conservação e a preservação de espécies silvestres. No meio científico,
pesquisadores e cientistas aplicam inúmeras diferentes estratégias para trazer exemplares
que foram dizimadas pelo homem de volta a vida, como o Auroque, Bos primigenius, o
descendente de todos os gados domésticos, o auroque possuía importância ecológica no
mantimento da biodiversidade e o enriquecimento das pradarias na região. E pelo fato do
auroque ser o descendente de todos os gados, o seu gene segue preservado, entretanto de
maneira desordenada, e a estratégia seguida pelo pesquisador, foi cruzar espécies robustas
por meio de pecuária seletiva, que se assemelham com o auroque, para que com o tempo,
seja alcançada um exemplar.
Ambas palestras enaltecem o poder da biotecnologia nos seres vivos, que pode ser
aplicada desde fins lucrativos, como a implementação de um determinado gene de uma
espécie de água viva em peixes zebra para fins ornamentais, tanto para processos de
desextinção de espécies. A questão é, que a biotecnologia está presente nos mais diversos
processos, independentemente de sua finalidade.
A palestra sobre o nascer da desextinção fala sobre trazer espécies que já foram
extintas a milhões de anos, como o mamute, mas seria realmente necessário trazer esse
paquiderme de volta a vida? O ecossistema se modificou totalmente, a terra está em
constante evolução, cientistas justificam que com a volta do mamute-lanoso, o mesmo
pode ajudar no combate as mudanças climáticas, afirmando que com o pisoteamente
desses animais, o solo não se isolaria completamente do frio, consequentemente sua
degradação seria mais longa, tal fenômeno não acontece atualmente. O projeto citado
chama-se parque do Pleistoceno, localizado na Sibéria.
Entretanto, acreditamos fielmente que, espécies que foram extintas por processos
antrópicos, como caça excessiva ou perda de habitat, devem ter um olhar especial no
processo de desextinção, desde que, sejam feitos estudos sobre como o ecossistema dessa
espécie foi modificado, se a reintrodução dessa espécie causaria o fim de outra espécie
que foi introduzida ou que já habitava.