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1- INTRODUÇÃO

Inúmeros indivíduos abrigam helmintos de uma determinada espécie no seu organismo.


Em alguns casos, as infecções causadas por esses parasitos ocasionam somente um
desconforto e não apresentam nenhum prejuízo significativo para a saúde, como por
exemplo, a enterobíase em crianças. Outras infecções helmínticas podem levar a uma
morbidade grave como no caso da esquistossomose e a ancilostomíase. Em países
subtropicais e tropicais, como o Brasil, a maioria da população é infectada por muitos
helmintos sendo indispensável o tratamento farmacológico desses. Abordaremos a
seguir a classe farmacológica dos Benzoamidazólicos e seus principais representantes.

Os Benzoamidazólicos
Os fármacos pertencentes a classe dos Benzoamidazólicos apresentam uma composição
orgânica aromática heterocíclica que consiste na fusão de benzeno e imidazol. Seu uso
terapêutico se baseia no tratamento de infecções causadas pelos helmintos: Ascaris
lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichuris trichiura e Ancylostoma duodenale ou
Necator americanus.

Mecanismos de ação dos Benzoamidazólicos


Os representantes de maior importância e que possuem um amplo espectro incluem o
mebendazol; albendazol, tiabendazol e cambendazol. Seus mecanismos de ação consiste
em inibir seletivamente e irreversivelmente a absorção da glicose interrompendo a
função microtubular; inibir a enzima fumarato redutase, interferir na polimerização dos
microtúbulos e inibir a fosforilação oxidativa no parasito. Todos esses mecanismos de
ação estão relacionados ao metabolismo da glicose, no qual inibirá alguma enzima da
via glicolítica, ciclo de Krebs ou a cadeia respiratória reduzindo a formação da
adenosina trifosfato (ATP), necessária para a sobrevivência e reprodução dos parasitas.

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