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FARMACOLOGIA- AMANDA 09/08/2018

Quando falamos em trato gastrointestinal , lembramos que as


principais funções desse sistema é a digestão e a absorção, e
além de ser de ser responsável tanto no processo de digestão,
quanto absorção de alimentos e de medicamentos, ele é um
dos principais sistemas endócrino do nosso organismo, pois ele
é tão importante que o TGI apresenta o que chamamos de
Sistema Nervoso Entérico ,então, esse sistema possui um
sistema nervoso próprio. A quantidade de neurônios presentes
no TGI se compara a quantidade de neurônios da medula
espinhal ( lembrando que a medula é extremamente complexa,
e possui uma série de inervações), se equiparando em
quantidade de neurônios , concluindo que o Sistema Nervoso
Entérico pertence especificamente ao TGI. E por apresentar essa
complexidade fisiológica, e apresentar um sistema nervoso
próprio , ele é alvo de diversos distúrbios gastrointestinais,
desde uma azia, diarreia, a constipação, ulceras, refluxo
gastroesofágico, uma série de patologias acometem esse
sistema.

Os vasos sanguíneos e as glândulas presentes no TGI são


controlados de forma:

NEURONAL: quando pensamos que os controles são emitidos


para promover atividades no TGI na vertente neuronal, é um
neurotransmissor Ach que promove essa atuação no TGI.

HORMONAL: quando comandado de maneira hormonal eu


tenho dois hormônios principais que enviam as atividades que
precisam ser desenvolvidas pelo TGI, então principalmente
GASTRINA e a HISTAMINA.

O TGI vai ser comandado pelo neurotransmissor Ach e por dois


hormônios, gastrina e histamina.

Ach: neurotransmissor liberado de neurônios colinérgicos que


estimula receptores muscarínicos N3 presentes na superfície das
células parietais (nome dado as células que compõe a mucosa
gástrica), estimulando a liberação de prótons.

Comentário: então quando o controle do TGI ocorre de forma


neuronal é liberado Ach pelos neurônios colinérgicos que irão se
ligar aos receptores N3 estimulando a liberação de prótons.
Gastrina: estimula a secreção de acido gástrico pelas células
parietais.

Comentário: quando liberada atua no TGI nas células parietais


para liberação e secreção gástrica. Ela estimula essas células a
trabalhar e liberar essa secreção gástrica que será usada na
digestão, principalmente de alimentos e de alguns
medicamentos .

Histamina: atua sobre os receptores H2 das células parietais


aumentando o AMPc e ativando a liberação de prótons.

Comentário: assim como a gastrina a histamina quando liberada,


vai ate as células parietais presentes na mucosa do estomago, se
liga ao receptor especifico H2, estimulando também a secreção
gástrica.

Lembrando da importância dos prótons, quando pensamos em


TGI.

Então, no TGI existe a bomba de prótons que ativa as células


parietais que estão presentes na mucosa do TGI a produzir
secreção gástrica . Sempre que a bomba de prótons for ativada,
ela envia um sinal para as células parietais a liberar prótons pro
lumen, para a luz do estomago e com isso temos a produção de
secreção gástrica.

Só que não se pode permitir que esta secreção gástrica, aonde


se uma quantidade alta de HCl em que o PH dessa secreção gira
em torno de 1 e 2 , entre em contato com a mucosa do meu
estomago, e para isso se tem que as prostaglandinas que
estimulam também a mucosa gástrica a produzir bicarbonato o
muco protetor.

Essas prostaglandinas presentes no TGI estimula também células


parietais, a produzir o muco protetor , que lembra a espessura
de um gel , o mesmo reveste toda a membrana interna do
estomago para que o HCl que tem um PH muito baixo, não
entre em contato direto com a mucosa, pois quando ocorre esse
desequilíbrio com o aumento dessa produção gástrica e se tem
o muco protetor em baixa quantidade se fica vulnerável a
doenças como ulceras, gastrite e o refluxo gastroesofágico.

TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA DOENÇA ULCEROSA


PÉPTICA E DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO

Quando se pensa em tratar essas duas patologias (lembrando


que elas surgem quando a secreção gástrica for maior do que a
quantidade do muco protetor), a terapia farmacológica para
tratamento dessa doenças diz ao que, a redução dessa
secreção gástrica.

Então, eu preciso reduzir a secreção gástrica e aumentar a


proteção do TGI e com isso conseguir diminuir o efeito das
doenças em questão.

Existem três classes farmacológicas que são empregadas para o


tratamento de ulcera e do tratamento do refluxo
gastroesofágico .

PRIMEIRA CLASSE: receptores dos antagonistas H2 da histamina.

Comentário: então a histamina vai se ligar nos receptores H2 e


ativar a liberação de prótons que vai aumentar a secreção
gástrica, pois quando a bomba de prótons é ativada envia
informação para celular parietais a produzir mais secreção
gástrica, que é acida.

ANTAGOSNISTAS DO RECEPTOR H2 DA HISTAMINA

Comentário: essa classe farmacológica atua como antagonistas


desses receptores, ou seja, ele vai se ligar aos receptores H2 da
histamina não permitindo a liberação de prótons e como
consequência não ocorre a produção de secreção gástrica.

● Bloqueio competitivo dos receptores H2 da histamina


nas células gástricas parietais- Inibição da secreção dos
acido gástrico (basal e alimentação).

Comentário: então, os antagonistas se ligam no receptor e não


permite que a histamina se ligue promovendo secreção gástrica,
tanto basal, quanto da alimentação, pois já existe uma liberação
normal, ou seja, continua de secreção gástrica pelo nosso
estomago e quando é ingerido um alimento essa liberação é
aumentada . Esses antagonistas da histamina quando se ligam
nesses receptores conseguem inibir tanto essa secreção que
ocorre de forma basal ou proveniente de alimentação.

● Promovem fechamentos de ulceras duodenais-


reicidivas

Comentário: então além das ulceras que podem ocorrer na


mucosa do estomago, se tem também as que ocorrem no
duodeno, no intestino delgado. Porém quando se para a
medicação, é muito frequente a ulcera voltar , sendo assim não
é considerado um tratamento muito eficaz quando se pensa em
sanar a ulcera, é comum então que reicidivas.

● Efeitos adversos raros: diarreia, tonturas, dores


musculares, alopecia, ranshes transitórios, confusão em
idosos e hipergastrinemia.

Comentário: Um dos efeitos que mais chama atenção dos


antagonistas dos receptores H2 da histamina é a
HIPERGASTRINEMIA, seria basicamente quando se utiliza por
muito tempo essa classe farmacológica o organismo tende a
produzir em excesso o hormônio da gastrina, que aumenta a
produção de acido gástrico. Isso ocorre como consequência do
feedback negativo, se faz o uso do medicamento, a secreção
gástrica tende a abaixar em quantidade no estomago e o
organismo entende como se estivesse muito básico, então ele
trabalha para acidificar o meio, como se fosse um efeito rebote.
Ele sente que o PH esta muito elevado, trabalhando assim de
forma acelerada gerando gastrina em excesso.

Os principais representantes dos antagonistas desses receptores


são:

➢ cimetidina (mais utilizada);

➢ ranitidina;

➢ nizatidina;

➢ famotidina.

Comentário: a cimetidina é a que mais tem interação


medicamentosa, pois ela inibe a enzima do CYP450 (Citocromo
P450), ou seja, retarda o efeito de outros fármacos,
principalmente com antidepressivos tricíclicos e
anticoagulantes.

CYP450: responsáveis pela metabolização da maioria dos


fármacos.

INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS

➢ reduzem-se a secreção de acido gástrico.

Comentário: de grande importância, pois ativa as células


parietais para que o ocorra liberação de secreção gástrica. Então
se tem uma classe de fármacos que consegue inibir essa bomba
de prótons para que ocorra a diminuição da secreção gástrica.

➢ Efeitos adversos são incomuns: cefaleia, diarreia,


tonturas, sonolência, confusão mental, impotência,
ginecomastia, dores musculares e articulares.

Comentário: o que chama atenção para essa classe é a


GINECOMASTIA, que é o aparecimento das mamas em homens.

Os principais representantes são:

➢ omeprazol;

➢ esomeprazol;

➢ lansoprazol;

➢ pantoprazol;

➢ rabeprazol.

Comentário: todos estes inibem a bomba de prótons.

ANTIÁCIDOS

Neutralizam ou inibem secreção gástrica.

● Neutralizam diretamente o acido (pH 5).

Comentário: ele consegue, diferente das outras classes citadas,


ele não tem interferência nenhuma na produção de suco
gástrico, ele vai atuar no suco gástrico presente no estomago
aumentando o pH em torno de 5, sendo mais rápido devido a
sua forma farmacêutica e sua atuação direta na secreção
gástrica.

● Podem produzir o fechamento de ulceras duodenais,


mas são menos eficazes para ulceras gástricas.

Comentário: esses fármacos que conseguem inibir ou neutralizar


apresentam uma eficácia maior frente as ulceras duodenais
quando comparadas com as ulceras gástricas, onde o
tratamento é mais complexo.

Os antiácidos mais utilizados:

➢ Hidróxido de magnésio;
➢ Hidróxido de Alumínio;

➢ Mylanta Plus;

➢ Estomazil.

Comentário: estes antiácidos a base de magnésio provocam


como principal efeito colateral a diarreia, em contrapartida os
antiácidos a base de alumínio ocasionam a constipação.
Pensando nisso, foi desenvolvido um antiácido composto por
sais de magnésio e por sais de alumínio ( Mylanta Plus), e a
partir disso não se apresenta diarreia(transito acelerado do
intestino) e nem a constipação, tendo um equilíbrio.

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