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PRELIMINARMENTE
Ab initio, requer os benefícios da Justiça Gratuita, por ser pobre na forma da lei, não podendo
arcar com as custas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, tudo com
Fundamento na Lei 1.060/50 e na própria Carta Magna, art. 5º, LXXIV, de acordo com
declaração anexa (doc. 02)
DOS FATOS
A Autora tem boas condições de assumir a guarda do menor, pois trabalha em Miami,
Flórida, Estados Unidos e em Ananindeua, pra onde vem todos os meses.
DO DIREITO
Reza o art. 1630 do Código Civil de 2002, que os filhos, enquanto menores, estão sujeitos ao
poder familiar. Já o artigo 1631 reza que, como regra, este poder será exercido pelos pais do
filho menor em conjunto e que, na falta de um deles, o outro exercerá com exclusividade.
A guarda dos filhos, quando o casal encontra-se separado, como ocorre no caso em questão,
vem disciplinada pelos artigos 1583 e 1584 da Lei Substantiva Civil, de acordo com a
redação conferida pela novel legislação 11.698/08, in verbis:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de
2008).
§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-
la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhosos seguintes fatores: (Incluído pela
Lei nº 11.698, de 2008).
I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de
2008).
§ 3o A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses
dos filhos. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº
11.698, de 2008).
I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de
separação,de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído pela
Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, será aplicada,
sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,
deferirá a
guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de
preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008).
Percebe-se que o escopo do legislador foi estabelecer, como regra, a guarda compartilhada
dos menores quando seus pais estiverem separados. Todavia, o próprio artigo 1583,
principalmente seu parágrafo 2º, estabelece que, em determinadas situações, a guarda deverá
ser unilateral a um dos pais. É o que ocorre no caso em questão, em virtude da ausência
material do pai em relação ao menor, posto que o primeiro mora no exterior e não faz questão
de manter contato com o menor. Assim, deve ser concedida a guarda unilateral do referido
menor à mãe, ora Autora, mediante autorização judicial (art. 1584, II, CC), como ora se
requer.
DO PEDIDO
II-Citar o Réu, por meio de carta rogatória, nos termos dos arts. 210 a 212 do CPC, para,
querendo, responder a presente demanda;
V-Determinar à Autora que permita o direito de visita ao Réu, em metade do período de férias
escolares;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente
provas testemunhal e documental, já em anexo e ainda a serem juntados.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
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