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1. Microscopia e descoherta da célula


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1.1. História da descoberta do microscópio .

Até meados do século XVll não era conhecida a constituiÇão i

dosseresvivosporqueascélulassãotáopequeninasquenão
podem ser observadas a olho nu. Esta dificuldade só foi ultrapas-
sada com a i1y-ene-19-do microscópio' :

impoÉância da No séculó*XVl, tiãns Janssen e seu filho Zacharias, holande-


ses fabricantes de oculos, já tinham reparado que duas lentes
do microscóPio?
estão
à descoberta do
sobrepostas numa certa posição permitiam ampliar objectos
? muitopequenosquenãoeramvisíveisàvistadesarmada.
como não eram cientistas, não tiveram curiosidade de investi-
gar as potencialidades da sua descoberta'
o prirnei;c cientista a observar a célula foi o físico, astrónomo
e naturalista inglês Robert Hooke (1637-1703) (fig. 1) Ele estu-
dava fatias de cortiça muito finqg, tentando descobrir
a causa de
este material ser tão leve e compressível' :
Ao observar uma das fatias de cortiça num microscopio de
era leve
duas lentes (fig. 2A), Hooke pei'cebeu que este material
por Ser constituído por milhares de cavidades pequenas, cheias
de ar, parecendo um favo de mel' Ele chamou células a estas
cavidades,porsemelhançacomaspequenascelasdeumcon. il
vento ou de uma Prisão (fig. 2B)'
A Robert Hooke descreveu desta Íorma o que viu:
;1...) prU. perceber claramente que toda a cortiça era perfu-
ràJ. à porotr, assemelhando-se a um Íavo de mel
("') esses
poros.ou células não eram muito proÍundos e.r.9m semelhan-
I
("')"'
i.. . ,*grande número de p-equenas caixas

coNcElT0s I v00ABUlÁRlo
B
A ólho nu: à vista desarmada,
sem auxílio de qualquer uten-

que

GortiQa:

Compressível:
o
quando se aPerta. observação de célu
2, Microscópio utilizado por Hooke (A); desenho, feito por Hooke, a partir da

1
2. ESTUDO DA CÉLULA

mais tarde, Anton van Leeuwenhoek (1632-17231


landês comerciante de tecidos, muito habi idoso,
,$*ftl
microscópios com"uma lente {fig. +A),
bem os fios dos seus
, observou sangue e em . .t& a'
uma gran re cha-
imálculos" (fig Leeuwenhoek.
uma célula

Há cerca de 300 anos. Leeuwenh


"De entre todas as maravilhas que VOCABULABIO
esta
Íoi para mtm a mats maravilh 0sa de todas; e por minha parte
onde os reli-
devo dizer que até gora OS meus olhos nunca visto comunidade.
nada tão agradável conjuntos de
todas elas numa g movendo-se de um lado para o possui
outro.\ada uma ento próprio." tra-
com jeito e

dos microscópios de Leeuwenhoek (A); ciesenho, Íeito por Leeuwe dos seres microscó-
denominou animálculos (B).

ria Gelular
1838, lVatthias Schleiden, advogado e botânico alemão,
u que todas as plantas são constituídas por células.
ano seguinte, Theodor Schwann, médico e zoólogo ale-
descobriu que os animais também eram constituídos por

descoberta foi um grande passo para a história da Biolo-


sendo considerada a base da Teoria Celular: todos os seres
são constituídos por células e a célula é a unidade
ral dos seres vivos.
1855, Rudolf Virchow, médico e biologo alemão, ampliou
nceito da Teoria Celular, quando afirmou que a celula reúne
completo todas as propriedades da vida
Teoria Celular actual baseia-se nos três pontos seguintes:
a célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos
os seres vivos;
todas as células provêm de células preexistentes; coilcErros I vocABULABIo
a célula é a unidade de reproduçáo, de desenvolvimento e Teoria: hipótese não testada
experimentalmente.
de hereditariedade dos seres vivos.
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de mieroseóPios
icroscópio óptico (fig. 5) possibilitou o descobrimento
células e a elaboração da teoria de qu e todos os seres vivos I

,são constituídos Por células. E e continua a ser actualmente um


instrumento muito importante em citologia
O microscópio electrónico (fig. 6) permitiu a observação de
estruturas celulares até então desconhecidas, devido à possibili-
dade de obtenção de imagens muito ampliadas.
,I
Por ser um instrumento muito caro, que requer muito cuidado
1 na sua utilização, feita só por pessoal especializado, está disponí-
vel apenas em laboratórios de investigação avançada.
A diferença fundamental entre o microscópio óptico e o elec-
trónico é que este não utiliza a luz para obter a imagem do
objecto, mas sim um feixe de electrÕes.

1.4. Constituição do microscópio óptico composto


O microscópio óptico usado por Leeuwenhoek era simples,
porque tinha só uma lente., Os microscópios que usamos agor€
têm um sistema de duas lentes e por isso são chamados Gom'
postos, Podem ser monoculares, se tiverem apenas uma ocu'
lar, ou binoculares, se tiverem duas oculares (fig. 7).

ctrónico.
0cular

Canhão ou tubo

Revólver ou
porta-objectivas

0bjectivas .l
Braço ou
coluriâ
t
i
Pi n ças

Pl ati na Parafuso
macrométrico
Parafuso
t Condensador
micrométrico

Diafragma
Espelho
DESCOBRE

Oue tipos de microscóPio


existem?
Comoéconstituídoo '
Pé ou base
microscópio óPtico?
O que diz a Teoria Celular?
7, Microscópio óptico binocular.

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o óptico
mecânica e uma
rte óptica
dros seguintes relacionam as peças
do r;nicroscópio
funçóes que desempenham;
ecantca

Confere-lhe estabilidade.

Supôrte do microscópio. r
Local onde se:colsca a preparação
a observar. Tem urrr srifício
um: vr rrrurv
que deixa passar a ruz.

Fixam a preparação a observar.

Tubo que suporta as oculares.

D,esloca a
em movimentos rápidos. Serve para
focar.
AÍasta ou aproxima a pratina das objectivas,
mas em movimentos
lentos. Permite a obtenção de uma imagem 8. Objectivas de um mi,
nitiOr.
óptigo.
óptica

Ampliam a imagem ser observado.

pela ob.jectiva.

Espelho ou lâmpada eléctrica que ilumina prepa)açã0,


de iluminação a permi-
ttndo a sua observaçã0.

Regula a intensidade da luz ío campo visual do microscópio.


Distribui no campo visual do microscópio a luz que
atravessa o dia_
fragma.

1. Regras e noÍmas para o trabalho laboratorial

As actividades raboratoriais ajudam a compreender


a teo ria e
rmrtem aprender algumas técnicas e mani pular
instrumentos
materiais necessários para a realização do trabalho.
utilizar o laboratório é preciso, no e ntanto, DESCOBRE
conhecer algu-
s regras de seguranÇa para que a aula decorra sem Ouat éoobjectivodo
incidentes
trabalho laboratorial?
.4.1.1. Regras de segurança no laboratório Quais são as principais
regras de segurança no
- Não comer nem beber no laboratorio. laboratório7

- Não correr.
- Não brincar.
- colocar o vestuário e os riv.ros num rocar reservado para
esse fim.
)
a:i

2. ESTUD0 0A CÉrUrÂ

r,rPrender o cabelo se ele for comprido.


* N'ão utilizar o laboratório sem a supervisão do professor.
- Ler com atenção os protocolos das experiênclas antes c
iniciar o trabalho.
- Conservar a bancada limpa e arrumada.
- Manter sobre a bancada apenas o material necessário.

1.4.1.2. Manipulação do microscópio

O microscópio é um instrumento de precisão que deve sr


usado com muito cuidado:
- Se o microscópio estiver dentro de uma caixa, certifical
que ela está fechada.
manipular -Transporta sempre o microscópio com as duas mãor
mgnte o apoiando numa delas a base e segurando o braço ou colur
óptico?
com a outra mão.
- Coloca o microscópio sobre a mesa, suficientemente afa
tado da borda, para não cair. \
- Evita molhar a platina quando executares prepai-ações qr
utilizem água ou outros lí,quidos como meio de montagery.--
- Não toques com os dedos nas lentes do microscópio e nê
as molhes com o meio de montagem. Se necessário, as let.
tes devem ser'limpas com um pano iimpo, para não as riscar
- Após o trabalho, levanta a platina e coloca a objectiva c
menor ampliação no prolongamento do tubo.
- Se o microscópio for eléctrico, desliga a ficha da tomada.
- Cobre o microscópio com a protecção, guarda-o na caixa
fecha esta à chave ou deixa-o coberto em cima da bancad
se não tiver caixa.

Atenção
No caso de o microscópio ser
eléctrico, deve manter-se a luz
apagada quando não se está a
usá-lo.
9. 0 trabalho laboratorial deve seguir um coniunto de regras e normas.

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