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VIDA EBIOSFERA :..,r,·,;..,rr:)(la-.--.,1.,,.~
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Vista aérea de um lago termal localizado no Parque de Yellowstone ,
Estados Unidos. A água do lago é aquecida
quase até ferver pela atividade vulcânica . Nas margens vivem colônias
de bactérias termófilas, capazes de suportar
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temperatu ras da ordem de 80 ·e. A vida pode ter surgido na Terra em
ambientes como esses .
~
De que trata este módulo
De onde vie mos? Co m ce rteza, a ma ioria de nós já fez Os avanços da Cosmolo gia e da Física permitira m elabo-
e'->'>él pergunta , em diferen tes idades e de diversas maneiras . rar uma teoria científica para explicar a origem do Universo .
Somo'> cuno'>0S e q ueremos saber como surgiram nossa es- Segundo ela, conhecid a como teoria da grande explosão ou
pécie, os outro'> <,eres vivos, a Terra e o Universo . do big bang, tudo o que existe em nosso Universo , inclusive
Até pouco mais de trezentos anos atrás as princi pa is ex- o tempo, teria começad o com a monume ntal explosão de
plicações para a origem d e tudo eram de caráter rel igioso: uma desconhe cida " semente primordi al" ocorrida cerca de
o Urnver~o teria sido criado por divindad es suprem as. Nos 13,7 bilhões de anos atrás. Desde então o Universo evolu i
trés últimos séculos, porém, o desenvol vimento da ciência com suas galáxias, estrelas e diversos outros corpos celestes,
tem trazido novos dado~ para essa antiga discussão . entre eles o planeta em que vivemos, a Terra.
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fk .i , ordo l llln "" modP1n,,.., ('\p lH,H/ll'" ei<·n tíf1l.i..,, ,1 Nl ·.,l!' m<'>dulo t1p r<'<,<•11lt1mn..,, d, · m,1n1·1r,1 n·<,urnid,,, ,1 •,
vid,1 n,1 ll'rr,1 su rg_i11 h,l m,, 1-. dl' 1,S bilh m•.., dl' ,1no-;, qu ,
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do lllN,o p l.11w t a lrnh,, me no<., dl' 1 hilh:\o dl' ,1110 <, (k idL, dl'
t ) e, pr_1m'.'1ro-; ..,ert'"i vivo<., dc•v1,1m <.,vr r· xlrPll\í1 m('nl<• .., 1mp lP..,, b1ológic,1 (' o qu(• pen'>ilrn º" CH·nl1<,lJ <, .,,1i)n • ,i ongt·m d,,
co nsl 1t u1doc, por umu s<'i c0lul .1 Ao lnn~o dl'""<'" n,L1i.., c.k viua ('111 l)()',',(l plun<:lJ Ainda há 1nu1to dc·bc.Jtl· ',Obn· 1'',\l-
1,5 bil~Ôt's d0 .-1110.., de evolu çc1t>, º" dc•..,re ndcnle.., daq uei(,.., t'dti mo lc•ma . l'Jra .,e ler umc1 1d1·1,,, r<·ccnti:m<·nh· r1lg11n<.,
pnmL'm)-. SC' rc.., colon i1.or..i m lodo'>º" J mbiL•nl P<; do plam•l<1, cicnLi '> fa., rc''>gn t,iram um a antiga hipótc·..,t· d,, (]UC· ,1 vida na
ong111,1ndo a imensa var iedJdc de cc, pfric'> atua is, ent re l'ta., TNrn pod eria ll'r c,ido ',('mcJdcJ por wmC'lcl'> ,, a<.,tv ro1J1 ·'> !Jllf'
a e-,péLie hu mana. Port anto, somo.., pan•n lcf-. di ..,lantcs do.., ,lling1rarn no""º planeta logo apóc, '> UJ forn1,1 çJo
mai!> i'l nti gos s<'res qu e habit a ram a Terra .
!Júvidct'> como(","ª" mo..,Lram o dinami '> mu do conh1·c1 -
Nc1 \%ão da m;iiuria da<; religiõeh, a es pécie human,1 é
mcn lo científico. Nova'> Ul'<,CObl'rla '> t' nova'> mtn prelai_Ôi..''>
o foco d a criação. Na visão cient ífica, entretanto, o íJ pareci-
men to de no%a es pécie é um dos muitos eventos no grand e do'> fato<, fazem com que cx plicaçõe<, c,cntífica'> c..,,•ia m con-
panora ma da evolu ção cósmi ca . Para a ciência há um a conti - tinuamente reclnborada'.-i, ctmpli.mJo P refin ando rada vc1
nu id ade evoluti va desde o momento da grand e ex pl osão até mai!> no'>!>O con hecimento .,obre íJ nalu n:/ a. lnforme-'>t' c
os d ias de hoje. Vale a pena pesqui sa r e di scutir esse assunto, participe díJ'> fa.,cinante!> d l'>CU'>SÕC'> que· vc:m <,endo tra va-
para ava li ar os diferentes pontos de vista ..,obre qu estões im- dac,, ao longo da hi'> tória, '>obre a origem e a evolu ção da
portantes co mo essa. vida na Terra .
Objetivos
Objetivos gerais ■ Identificar e explicar os principais atributos dos seres vivos
■ Compreender a visão científica atual sobre as origens do Uni - e os diferentes níveis hierárquicos de organização do mun -
verso, do Sistema Solar, da Terra e dos seres vivos, de modo a do vivo.
acrescentar opções para a reflexão sobre si mesmo perante ■ Compreender a visão científica atual sobre as origens do Uni-
õ o mundo.
o
:;
verso, do Sistema Solar, da Terra e dos seres vivos.
■ Compreender as polêmicas entre os cientistas quanto à ori -
■ Conhecer os principais passos que teriam levado à origem
gem dos seres vivos, relacionando-as ao contexto histórico
dos primeiros seres vivos: formação de substâncias orgâni-
em que ocorreram; reconhecer que o embate de ideias entre
cas precursoras, organização em sistemas isolados e apareci-
os cientistas costuma levar a novos conhecimentos.
mento da reprodução.
Objetivos didáticos
■ Comparar as hipóteses heterotrófica e autotrófica sobre a
■ Caracterizar ciência, reconhecendo os papéis da observação, origem da vida, identificando suas diferenças e compreen-
da formulação de hipóteses e da experimentação na produ- dendo por que as evidências atuais apontam para a aceitação
ção do conhecimento científico. da hipótese autotrófica.
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~
Cotidianamente, o termo "hipótese" é muitas vezes usado Em certos casos, os cientistas elaboram situações esp ..
h. , d . ec1a1s
como ~1n ônimo de "teoria", mas há uma grande diferença en- para testar suas ipotes~s, o q_ue se eno~ina experimenta.
tre eles. Hipótese é uma tentativa de explicação para um deter- ção. As situações experimentais~ ou experimentos, permitem
minado fenômeno isolado, enquanto teoria é uma ideia ampl a, confirmar ou refutar as deduçoes e~aboradas com base nas
uma espécie de modelo que explica coerentemente um con- hipóteses. Se os resultados_de ex?enmentos,_ ~e observações
junto de observações e fatos abrangentes da natureza. Teorias controladas e mesmo de s1mulaço~s ~atemat1cas mostrarem
são visões amplas de como o mundo funciona; elas dão sentido que as deduções são inco~re; as, o_c1e_nt1sta retroced e um passo
ao que vemos e é com base nelas que elaboramos hipóteses e modifica ou substitui a h1potese 1n1c1al. Se as deduções se co .
sob re fatos observados. A teoria celular, por exemplo, procura firmarem , a hipótese ganha ued ibilidade e é aceita, enq uan~
explicar a vida com base em informações sobre a estrutura e o não houver motivos para duvida r dela.
fun cionamento das células. A teoria da gravitação universal de De forma resumida e simpl ificada, o procedimento adota-
Newton procurava explicar os movimentos dos corpos celestes do pelos cientistas para investigar a natureza geralmente seg ue
com base na força de atração gravitacional. (Fig. 1) estes passos lógicos:
1. proposição de uma pergunta sobre determ inad o assun to
Figura 1 O paleontólogo 2. formulação de uma hipótese; '
estadunidense Stephen J. Gould
(1941 -2002) foi reconhecido
3. levantamento de deduções com base na hipótese;
internacionalmente como um dos 4. teste das deduções por meio de novas observações ou
maiores divulgadores de ciência dos de experimentos;
últimos tempos. O humor refinado e 5. conclusões sobre a validade ou não da hipótese.
a iron ia de Gould transparecem no
texto sobre fatos e teorias. publicado Um exemplo ilustrativo de procedimento científico é 0
em 1981: "[ ... ] Efatos e teorias são experimento realizado por Charles Darwin (1809-1882) e seu
coisas diferentes e não degraus de filho Francis Darwin (1848-1925 ), há mais de 100 anos. Eles
. . . i,·• uma hierarquia de certeza crescente.
Os fatos são os dados do mundo.
As teorias são estruturas de ideias
GJ Experin:iento r
0conclusão
Figura 4 Repre_sentação de um experimento para testar a hipótese de que os "bichos da goiaba" são
larvas que eclodiram dos ovos colocados pelas moscas nos frutos.
D
No ,tem referente aos resu ltados relata- se n11n~c1o~a"'ente
A comunicação científica 0
que f01observad o dura nte os estudos A d1,scJm o v sa ª"d sa•
Uma das exigências da c1ênc1a é que as ideias e as con- cm,ca men te O trabalho realizado e a5 h1poteses testadas, co r.
frontando os resultados obtidos com o conhernnento vige,-,te
clusões científicas se tornem públicas, de modo que possa~
ser criticadas por qualquer pessoa. Teorias, hipóteses e leis so apresen tado em outras publicações e avaliando ,, a contnowça·,., v
'
a incumbência de analisar os traba lhos apresentados e reco-
mendar a aceitação com eventuais correções, ou mesmo suge- que se empenham em interpreta~ artigos de _revistas Cientificas
rir sua rejeição. Essa aval iação prévia dos artigos científicos tem para os leitores leigos. Livros d1dat1Cos d~ C1enc1a.s .corno este.
por objetivo excluir temas sem importância e verificar o inedi- também não tem po r objetivo agregar 1de1as ongina,s ao co-
ti smo, a relevância, a qualidade e a adequação da investigação nhec imento científico. Seu papel e apresentar, de forma orga-
apresenta da . E.sse procedimento, co nhecido como julgamento nizada e coerente, as ideias centrais vi gen tes em determinada
por pares, evita que a autoridade e a fam a de um pesquisador área do conhecimento para ajudar os estudantes a com preen-
sejam, por si sós, suficien tes para a aceitação de uma ideia den- der e a integrar conceitos fundamenta is que lhes permitirão
tro da ciência. Qualquer pesquisador, seja iniciante ou cientista desenvolver uma visão científica do mundo.
consagrad o, passará pelo mesmo processo de julgamento sem-
pre que quiser publicar seus trabalhos e ideias em uma revista Agora , océ pode re.50Nef a.s atMdades ce S a - J l 42 e~- a Sê
científica. ( Fig. 5)
o
Figura 6 A. Retrato de Jean-Baptiste de Lamarck (1744 -1829).
B. Retrato de Gottfr1ed Re1nhold Treviranus (1776-1 837).
C. Retrato de Lorenz Oken (177 9-1851 ). Esses estudio sos. além de outros, uti
lizaram, de modo independente e quase
simultaneamente, o term o Biologia (do grego b10s, vida.
e logos , estudo) para designar a nova areada ciência que
virada do século XVIII para o XIX e que tinha como objetivo surgia na
o estudo dos seres vivos. Lamarck, em particular. também
uma teoria sobre a evolução dos seres vivos que influenc elaborou
iou o naturalista Charles Darwi n
Con hecer a trama da vi da é funda mental para que possa- longas e com plexas, que tentam abranger todas, ou a maiori
mos atuar, como cidad ãos co nscientes, na busca de soluçõ a,
es das características fundamentais da vida .
para a preservação dos ambientes naturais da Terra. Novos
Há cientistas eminentes que co nsideram impossível defi-
ca mpos de pesq uisa biológica, co mo a Biotecnologia e a En ge-
nir claramente o fenômeno vida . Entre estes últimos destac
nha ria Genética, têm proporcionado a hum anid ade ce rto po- a-
-se o zoó logo alemão natural izado estadunidense, Ernst Mayr
der de modificar a natureza . Hoje é possível, por exempl o, cria
r (1904- 2005) que, em 1982, escreveu: "Tentativas fora m feitas
variedades de orga ni smos antes inexistentes, produz ir cópias
repetidamente para definir 'vida'. Esses esforços são um tanto
idênticas de um organismo adulto ou mesmo prever doença
s fúteis, visto que agora está inteiramen te cla ro que não há uma
antes que elas se manifestem . Cabe à socieda de decidir se
es- su bstâ nc ia, um objeto ou uma força especia l qu e possa
ses conh ec imento s devem ser utilizados ou não, e esse é um ser
identificada à vi da ". Apesar de não ac har possível def inir vid
dos motivo s pelos quai s você, como cidadão, precisa conhec a,
er Ernst Mayr admite a possib ilidade de definir o qu e ele cham
os fundamentos das Ciências Biológicas. Além disso, ao estuda a
r de "processo da vida". Diz ele: "O processo da vida, contud
Biologia, entramos em contato co m o modo científico de pen- o,
pode ser defin ido. Não há dúvida de que os organis mos vivos
sa r e de proceder, o que pode trazer mudanças positivas em
possuem certos at ributos que não são enco ntrado s [... ]
nossa vida . em
objetos inanimados". (Fig. 7)
D
Níveis de organização biológica
Ao eslucidr a v1dd µodrmo s d1\l1nyuir d1vrrsos niveis
o
.
. . /. . subrn,.
c,o~co p, rn ale o plunc tí:lno, como mostra a 1mc1gern nestd
·
proxi md pagina. (F'1g. 8) e íld
Co meça ndo no nível ~ubm ,croscópi<.o, ..i rnd ter,cl .
, , . v,vd e
co nstitu,dd de atomos, qu e se . unem por ligaçoes qu írn,cds
.
0 , ,
r0 1111 ando as moleculas das diversas substanc,as organicas'
0 DNA qu e constitui nossos genes, por exemplo, é um,, subs
tância cujas moléculas são co mpostas principalmente de áto
mos dos elem ~nlos. qu1micos _carbono (C), hid rogênio (H).
Moleculfl oxigênio (O), nitrogen10 (N) e fosforo (P) .
Continuando a sequência da hiera , rquia de organizaç ao
biológica, constatamos que as moleculas orgânicas fo rmam
membranas e diversos tipos de componentes das células a
' )
un idades básicas de todos os seres vivos (exceto vírus). Acélula
' Orgarielas
e-e . ., 3res
1
dos seres eucarióticos compõe-se de diversos tipos de orga.
nelas (ou organoides), muitas delas de constituição membra-
nosa, especializadas em diversas funções, como transporte e
armazenamento de substâncias, obtenção de energia, digestao
intracelula r etc. Por exemplo, as mitocôndrias são as organelas
das células eucarióticas onde ocorre a respiração celular, respon-
sável pela obtenção de energia para os processos metabólicos.
Do nível celular passamos ao nível seguinte, que ocorre
apenas em organ ismos multicelulares: an ima is e plantas. As cé-
lulas desses organismos se especializam e se congregam em
conjuntos celulares funcionais denom inados tecidos. O tecido
muscular, por exemplo, é formado por células especializadas
em se contrair e produzir movimentos.
Diversos tipos de tecido podem se organizar formando os
órgãos, unidades anatôm icas e funcionais presentes em seres
multicelulares complexos. Por exemplo, o coração, cuja funçã o
é bombear sang ue pelo corpo, é um órgão constituído por di-
versos tecidos, entre eles o tec ido muscular, responsável por
sua contração.
Os órgãos atuam de forma integrada no desempenho de
funções corporais específicas. Um conjunto de órgãos fu ncio-
nalmente integ rados constitui um sistema de órgãos. Um
exemplo de sistema de órgãos é o sistema digestivo, formado
por órgãos como boca, esôfago, estômago, intestino e diversas
glândulas que atuam na digestão. Os sistemas de órgãos, em
seu conj unto, compõem o nível do organismo.
Organismo
D
A h1erarqu 1a da organização biológ ica nao para no nível do
organismo Os 1nd1v1duos na o vivem ,solados, mas geralmente
111 terag em entre si e com o ambie nte. O conjunto de indivíduos
de mesma espécie que habita determ inada reg ião geográfica
em dado período de te mpo co nstitui uma população bioló-
gica . Exemp los são as populações humanas dos diversos pa,ses
ou uma populaça o de macacos.
Membros de uma população geralmente interagem com
1nd1víduos de populações de outras es pécies que habitam a
mesma região geográfi ca. Ao conjunto de populações diferen -
tes que coexis tem em determinada regiã o, interagi ndo direta
ou 1nd1retamente, dá-se o nome comunidade biológica (ou
biocenose). Por exemplo, a co munidade da qual faz pa rte um a
popu la ção de macacos inclui as populações de pla ntas e de
an imais com as quais eles coabitam .
Os membros de uma comunidade biológi ca, além de inte-
ragir entre si, interagem com o ambiente em que vivem, o qual
é denominado biótopo. Aspectos do biótopo são temperatura,
umidade, luminosidade e componentes químicos, entre outros.
Por exemplo, os organismos são influ enciados pela composiç ão
química e pela temperatura da água dos rios, pela umidade do
ar e por diversos outros fatores climáticos.
Os seres vivos da comunidade também influenc iam os fato-
res ambientais . As plantas de uma comunidade biológica, por
exemplo, criam um microclima mais úmido que o proporcio-
nado pelo clima reg ion al. Com o decorrer do tempo, plantas e
animais modificam a composição química do sol o, enriquecen -
do-o em matéria orgânica. Ao grande conj unt o formado pela
interação da comunida de e do biótopo dá-se o nome de ecos-
i sistema . O conceito de ecossistema pode ser aplicado tanto a
um aquário com plantas, animais e decomposi tores, como
a um grande lago ou a uma floresta, com suas inúmeras cadeias
alimen tares e relações ecológ icas.
O nível mais alto da hierarquia biológica é o que reúne to-
dos os ecossistemas da Terra: a biosfera. Esse termo foi intro-
duzido na literatura científica em 1875 pelo geólogo austríaco
Eduard Suess (1831-1914). Seu emprego se generalizou a partir
da década de 1920, por analogia a outros conceitos utilizados
para designar partes do planeta, como litosfera, a ca mada ro-
chosa que constitu i a su perfície terrestre, e atmosfera, a ca ma-
da de ar que circunda o planeta. A biosfera é constituída pelos
seres vivos da Terra e pelos ambientes onde eles vivem, reunin-
do todos os ecossistemas do planeta.
altamente organizada, constituem a~ ,t' u· ,, consideradas as
Características dos seres vivos unidades fu ndamenta is da vida
Ha dois tipos basicos de celulas. procanot1cas e eucanc.
Composição química dos seres vivos • - ila procariotica e relativa mente mais s1mple, q
· ue
t1cas '"' ce 1t
A mater a compo11ente dos seres \- 1vos e const1tu1da de t ., . nao ha comp~'"'
a eucario 1ca e em seu interior ger.:ilmente
' "' ,1
a•omos ass m co--10 a f"'a ter1a qJe co nst1tu as entidades não nosos · A célula eu canot1ca apresentJ inu"'
menos t me mb ra ,,,e.
internas que
v '- as ~ . ~ ' :1. ica ("_rJ~ ;i ,:l<'l: "r., ,·, a e~ta s J e -1 às '1-"!êsm~ ros compa rt 1me . . membranosas
ntos e estruturas
leis natu ra '.,JC E' ·eg u se' >iec dO \:a matêr"a -1iva, desempenham fun ções espec1f1cas: como degradação trans-
JJC1~.... C'frtos Up0s jEJem~t; q mko se:..ipre estão pre• porte e armazenamento de substancias. Alem disso ,1 celula
s tes ~ - EJ s carbono (C), hfdrog ênlo 1-i' oxigênio (O) eucariotica tem um com part imento espec ,al o nucleo no qual
e nitroge mo ( N}; t:m menor proporçao, fosforo (P) e en- se localiza O material genet1co nas celulas procariot1cas por sua
xofre 'S vez O material hereditário encontra-se line no conteudo celu-
DEzeras centenas e mesmo m lhoes de átomos desses e lar 'Apenas bactenas e arqueas têm celulas procariot1cas; todos
de outros elementos qu micos un dos por meio de ligaçoes os demais seres , 1vos - protozoa nos, algas fungos plantas e
qu ímicas formam as moleculas constitu ntes dos seres vivos an imais têm cél ulas eucanot1cas,
genericamente chamadas de mo léculas orgânicas Essas mo- A fig ura a segu r mostra cortes de uma bactena e de um
,éculas são geralmente const1tu1das por longas sequénc as de linfóc to de camundongo (celula do sangue tambem conhe-
átomos de carbono nterligados aos qu a s estão ligados ato- cida como globulo branco) ao m1croscop o eletrà111co de
mos de outros elementos qu m cos Os r~ ri , pci s t pos de rno-
1 transm issão Nas magens e poss1vel notar a diferença entre
•~cu" orgãr ca SM as proteínas vS glic1d1os os lip1dios e os a organ izaçao nterna de celulas procanot1cas e eucanoticas
ácidos nucleicos Para obter fotograí1as como estas os pesquisadores mergu -
lham as células em um l1qu 1do especial denominado fixador
Organização celular que as mata rapidamente preservando sua estrutura mter-
Os seres vivos possivelmente são as entidades ma is com- na, como se fosse uma espec1e de mumificação. Em segui-
plexas do Universo Basta dizer que, no espaço microscó pico da, as celulas fixadas são embeb idas em uma resina que ao
de urna célula viva, podem estar reunidos até 35 elementos endurecer perm ite corta -las em fatias finíss imas; para isso e
qu micos dos 11 8 elemen tos qu ímicos conhecidos atualmente util izado um aparelho especial de corte denomin ado rn1croto-
ou seJa, quase 30% Ta l porcentagem e organização de ele- mo As fati as do ma terial biológico são en tão, observadas e
mentos qu micos não ocorrem em ob1etos não vivos. Além dis- foto grafadas no microscópio eletrónico Detalhes do procedi-
so os elementos qu1m cos que compõem os seres vivos estão mento de prepa ração de células para a observação m1croscó-
organizados em milhares de su bstân cias orgân icas diferentes. p1ca, assim como do funcionamento dos m1croscóp1os, serão
Essas su bstâncias, di stri buídas e co mbinadas de forma também tratados em ou tro momento. (Fig, 9)
0,6 µ.m
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Figura 9 A. Fotomicrografia de bactéria Vibrio cholerae, uma célula procariótica (Microscópio eletrônico de t a · - .
"fi · · ) ·
1a e 1n oc1 o e camun dongo, uma ce, 1uta eucanotica
fi d 1. t· ·t d
art, c1a1s. B. Fotormcrogra
.
., . (Microscópio • - .cores
eletrônico de trr nsm1ssao,
d I d - - d • b ansm1ssao. cores
·· )
artr.fi1c.1a1s. Note a dif~rença e esca a e amp 11açao as imagens; o serve a maior complexidade da célula eucariótica, na
qual se destacamo nucleo e outras estruturas membranosas no interior celular: a célula procariótica não apresenta estruturas
membranosas internas.
CID
Metabolismo
A maioria das substâncias presentes nas cé lulas é cons-
tan temen te degradada e su bstituída por substâncias recém-
tabncadas Es~a incessante atividade intracelular de montagem
r desmontagem de substâncias requer energia que a célula
obtém pela degradaçao de certos tipos de molécula orgânica ,
gPncricamenle chamados de nutrientes energéti cos. Além de
fornecer a cneqJ1d nec.~~sand a manu t_eoçào da v•da, e ss - nu-
tnentes fornu t>m rrMtéria-pr1rna p<Ha a c~lula ptoduzir ~as
molé-wlas. Todas Pssas at1v1dades de transformaçao química
que ocorrem no interior de uma célula constituem o
, palavra dr ongem grega (metabole) que sig nifi ca mu -
dança ou lransformaçao (Fig . 1O)
-
Figura 11 A reaçao das folhas da planta sens1t1va (Mimosa pudica ) ao
toque e um exemplo extremo da resposta das plantas a estímulos.
A. e B. As folhas, ao se rem tocadas, fecham se em fração de segundos
Crescimento e reprodução
Todo se r vivo cresce Alg uns mine rais ta mbém podem
crescer, mas por processos com pletam ente difere ntes dos que
Figura 10 A manutenção da vida de um ser vivo, assim como todas as
ocorrem nos se res vivos; certos crista is, por exe mplo, podem
atividades que ele realiza - por exemplo. prática de esportes - , depende aumentar de tam anho pela si mples agregação de matéria.
das transformações quím icas que ocorrem em suas células O cresc imen to de um ser vivo, por su a vez, oco rre sempre pela
e que constituem o metabol ismo. produção organ izada de su bstâncias por me io do metabolismo
celular
Seres vivos constituídos por uma única cél ula - bactérias,
Reação e movimento protozoários, algumas algas e uns poucos fu ngos -, chamados
Os animais são capazes de perceber o que se passa ao seu de unicelulares, crescem pelo aumento do taman ho de sua
redor e de reagir a diferentes tipos de estímulo . A reação animal unica célula . Esta cresce até ati ngir determinado tamanho, po-
quase sempre envolve a realização de movimentos. Por exem- dendo eventualmente se divi dir em duas célu las menores, se-
plo, o che iro de um leão levado pelo vento é ca ptado pelo melhantes à orig ina l. Nesse caso, a divisão da célula em dua s
apurado olfato dos antílopes e provoca sua fuga imediata . A corresponde ao próprio processo de reprodução.
capacidade de se movimentar rápida e ativamente, correndo, Os seres vivos constituídos por mais de uma célula, desde
voando ou nadando, permite à maioria dos an imais explorar poucas dezenas até bilhões ou trilhões, são chamados de seres
o ambiente à procura de al imento, de abrigo e de condições multicelulares ou pluricelulares; eles surgem a partir de
adequadas à sobrevivência . uma única célula que se multiplica ou a partir de um grupo
Plantas também reagem a estímulos. Porém, as reações ve- de células que se desprende do co rpo de um indivíduo pre-
getais são mais lentas que as dos anima is. Por exemplo, a maio- existente, crescen do principalmente pelo aumento do número
ria das plantas altera a posição das folhas no decorrer do dia e, de células do corpo.
em certas espécies, as folhas chegam mesmo a acompanhar Os biólogos costumam distinguir dois modos básicos de
a trajetória aparente do Sol, o que lhes possibilita aproveitar reprodução: assexuada e sexuada. Reprodução assexuada é
melhor a lum inosidade. Poucas espéc ies de plantas apresen- aquela em que um novo ser surge a parti r de uma célula ou de
tam reações relativamente rápidas, como ocorre na sensitiva um grupo de células produzido por um único indivíduo gen itor.
(Mimosa pudica) e em certas plantas "carnívoras", cujas folhas Nesse caso, os organismos fil hos recebem as mesmas instruções
se fecham rapidamente ao serem tocadas. (Fig . 11 ) genéticas presentes no genitor e geralmente são idênticos a ele .
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A rrprod uçao <· u11111 d11 , t,11'Ml ern t1 Cd\ t·W· nc1a1, da v1d,1.
\1•qu1 I( JtJ ,t lr•úfl ' 1 ,,volut 10111\l,1, J \ d1f1 rt •fi i• ·, f1Jrrrw. d,
f por mr,o drld qu e a v1cl,1vf•tn w pc·rpr t1i,111rlo 1n1nl<•rrupl il •ni J div,•r,1111 ti~.ifl d,1 vtdtJ ' tifJ •,111,J11 11 , 1111
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menti' de'i de qu r 'i urq1u, há 111,11, dr i , '> bilhoe, dr· ano'i. ' J • iJ •dt• d<• r•\fJ< '<í<", 1>1ol6q1< ,J, 1,,,,,. , 11•.1 ,,111 , ,
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Hereditariedade
Af.üí,f ""'' t, l''"Jf• 1r•.1,l1t·1 ., ', ,,llv!t1itrl• •, rf 11 H,1 1<, ', 1 'd '/J 1 ,,1,
A hereditariedade é outril c11 ractrnsllCi1 importante dt1
vida, 1nlimamcnte liqada i\ reprod11çilo. Um ser vivo, dO ,r rf'· •
produzi r, lransmitr a sc11'i drscendenle'i um conjunt o de 1m
truções r m código, imrnl,l\ 11 c1, mole( ulcls dr 'iru millNiill
genético (ácido nucleico), além de umr1 e'itruturil celular bá'iic11
a partrr da qual o novo ser desrnvolverá sud organiLdçao 1ípicil.
t Aorigem do Universo
Herdamos de nossos pais todas as instruçõf's genéticas e a orgil· e do Sistema Solar
nizaçào celular para desenvolver nosso corpo conforme os pd·
drões típicos de nossa espécie. Uma bactéria, uma samambaia, A teoria do big bang
um cachorro ou um ser humano desenvolvem a\ caracteríslicas
típicas de sua espécie a partrr das instruções genéticas e da base
ou teoria da grande explosão
celular que receberam pela reprodução de seus progenitores. Os avanço'i da Cmmolog1a e da Física no in íc io do \écu
As instruções genéticas estão presentes em moléculas de lo XX leva ram à formulaçào de umd nova exp liCdÇdO científica
uma substância química denominada ácido desoxirribonuclei- para a origem do Univerrn: a t ·orid do tJl(J hany ou, lradu11n-
co ou DNA. Apenas uns poucos tipos de vírus apresentam RNA do a expre~sao em inglês, teoria da grande ~~plosão. Atu~l -
(ácido ribonucleico), e não DNA, como material genético. O menle bd'i lante aceita pela com unidade c1ent1f1ca, essa teoria
material genético controla o metabolismo celular e define as propõe que o Universo tenha se originado de um ponto extre-
ca racterísticas típicas de cada espécie de ser vivo. (Fig. 12) mamente compacto, de densidade infinitd, que, por razóe\ ain-
da desconhecidas, ex plodiu há cerca de 13, 7 bilhões de anos e
se expandiu de modo violento. Seg undo essa teoria, o Universo
continua em expansão até hoje. Nessa explosão primordial, de-
Figura 12 Cadela
da raça dachshund nominada big bang, teriam surgido si multaneamenle o espaço,
com seu filhote. 0 tempo, a energia e a matéria que compõem o Universo.
A semelhança entre Tudo indica que imediatamente após o big bang a tempe-
progenitores e ratura era tão elevada que impossibilitava a exislência da maté-
descendentes deve-se
ria como hoje a con hecemos. Entretanto, a rápida expansão do
à transmissão de instruções
genéticas inscritas em Universo fez a temperatura diminuir; ao fim do primeiro minuto
moléculas de DNA. teriam surgido núcleos atômicos do elemento químico mais sim-
ples, o hidrogênio, além de núcleos de hélio e pequenas quan-
tidades de núcleos de lítio. Átomos propriamente ditos só se
formariam mais tarde, quase 400 mil anos depois do big bang.
Quando o Universo completou algumas centenas de mi-
lhões de anos começaram a surgir as primeiras estrelas, cor-
Variabilidade genética, seleção natural e adaptação pos celestes de grandes dimensões formadas basicamente por
o material genético varia ligeiramente entre os membros átomos de hidrogênio e de hélio. Ao mesmo tempo a atração
de uma mesm a espécie com reprodução sexuada, o que se de- gravitacional levou à formação de conjuntos de estrelas e de
nomina variabilidade genética. Graças a essa capacidade de matéria cósmica, as primeiras galáxias.
variação os indivíduos que nascem a cada geração são ligeira-
mente diferentes uns dos outros; alguns deles podem ter mais
chance de sobreviver e de se reproduzir e, assim, transmitir suas
Aorigem do Sistema Solar
características à descendência. Essa ideia de que os indivíduos Os cientistas estimam que o Sistema Solar, conjunto forma-
de uma população com reprodução sexuada têm diferentes do pelo Sol, planetas, satélites, cometas e outros corpos celestes,
chances de sobreviver e de deixar descendentes foi proposta em surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos a partir de uma nebulosa
meados do século XIX, pelos naturalistas ingleses Charles Darwin - aglomeração de gases e de poeira interestelar - presente na
e Alfred Wallace (1 823-1913), e denominada seleção natural. galáxia denominada Via Láctea. Acredita-se que os gases da ne-
A seleção natural é a base da teoria evolucionista, segundo bulosa que originou o Sistema Solar eram predominantemente
a qual os seres vivos se modificam ao longo do tempo, adap- hidrogênio (H) e hélio (He). A poeira interestelar era constituída
tando-se aos ambientes em que vivem. A adaptação é expli- principalmente por grânulos de carbono e de silicatos.
m
A dlrd,,H1 ~1r,1, 1t,1urn1dl c11t1e ,is part1cul,1s da nebulo )a let ,oni que el,1 )e torncl~~C' Cdda vez ma is
co mpc1ctc1 Apo) ,1lguns milhoes de ,lnO\ de compactação devido agravidade, a temperatura no cent ro
dt1 nc>bulo),l teria c1t111y1do cerc c1 de 1O milhões de graus eels1us (10.000.000 · C), ocas1onanu o rPa -
, ,,es de lu~ao nucleM em cade ia. com liberação de muita energia e elevação da temperc1tu ra. Ne)se
ponto, d massd central compactadél da nebul oça passou a em1 t1r luz, constituindo uma estreid ama -
relc1 o Sol - , urna entre os mais de \ 00 milhoes de estrelas prese ntes na Via Lactea .
Os cientistas acred itam que, ao mesm o tempo que o Sol se fo rmava no ce ntro da 11ebulosa,
lambem ocorreram condensações em pontos periféricos do disco de rnatena que gi rava em torno
do centro, originando planetas e outros corpos celestes do Sistema Solar, como satélites, asteroides e
cometas. (Fig . 13)
~"\ l Asteroides
/ /\
Marte
/
,/
. -~
Terra
Vénus
Figura 13 Concepçào artística da formaçào do Sistema Solar. A. Nebulosa primordial. B. Co~densação da maten_a no
cent ro, originando o Sol. e formação do disco de matéria girando ao seu redor. C. Condensaçoes em pontos peri fericos
do disco giratório. que resultaria nos dema is astros do Sistema Solar. D. Parte mais interna do Sistema Solar mostrando
o Sol com os planetas mais próximos. satélites. asteroides e cometas que orbitam ao seu redor.
li)
A partir de determinado momento, a superfície da
Terra já havia esfriado o suficiente para que ág ua líquida
l9 Como surgiu a vida na Terra?
pudesse se acumular em depressões da crosta terrestre, A queda da teoria da geração espontânea
formando imensas áreas alagadas precu rsoras dos ocea-
nos. Provavelmen te fo i em um cenário corno esse que , d , ulo XVII era muito difundida a crença de que 0
Ate meados o sec .. d . . s
surgiram os primeiros seres vivos, dos quais descendem . •do criados por d1v1ndades, outnna denorninad
vivos haviam s1 . a
todas as formas de vida . (Fig. 14) seres_ . d ·r -se também que alguns tipos de ser vivo podiam
rnac1on1srno. A rnt1 iaearnente a partir da matéria sem vida, ou mesmo
ser gerados espon an b
- de outros seres vivos. Essa era a ase da teoria da
pela t~ansformaç~o também chamada de teoria da abiogênese
geraçao espontanea, _ . . ,
. d b·oge"nese entretanto, nao res1st1u a expansão do
A teoria a a 1 ' .
conhec1rnen to c1·entífico e aos rigorosos
.
. testes realizados por cientis-
. . corno Red i Spallanzan1 e Pasteur, entre outros Corno
tas criteriosos, '
verernos a seg ·r, esses pesquisadores
Ul . forneceram as primeiras evi-
,enc1as
. c1en t'if·icas de que os seres
, . vivos. surgem. somente pela
. repro-
d
dução de seres da própria espec1e, 1de1a que ficou conhecida corno
teoria da biogénese.
li I r
o experimento de Redi
Um dos primeiros experimentos c1:ntíficos sobre a ~rigern de se-
vivos foi realizado em meados do seculo XVII pelo medico italiano
m , . d.
Francesco Redi (1626-1697) Na epoca, muitos acre 1tavam que os
seres vermiformes sempre vistos em cadáveres de seres humanos e
de outros an ima is surgiam por transformação espontânea da carne
em putrefação. Red i não co~cordava c,o ~ essa ideia e formulou a
hipótese de que tais "vermes eram estag1os imaturos, ou larvas, do
ciclo de vida de moscas. Redi acreditava que as larvas nasciam dos
ovos colocados por moscas na carne e não por geração espontânea.
Em seu livro intitulado Expenmentos sobre a geração de insetos (em
lati m, Experimento circo generatJonem insectorum), Red1 conta como ~
r
teve a ideia de que os seres vermiformes presentes nos cadáveres eram
parte do ciclo de vida de moscas. Ao ler o poema épico Ilíada, datado
do século IX ou VI II a.e. e cuja autoria é atribuída ao grego Homero,
Redi se perguntou por que Aquiles teme que o corpo de Pátrocles se
torne presa das moscas. Po r que Aqu iles pede a Tétis que proteja o
corpo contra os insetos que poderiam dar origem a vermes e corrom-
per a carne do morto? Redi concluiu que os antigos gregos já sabiam
que as larvas encontradas nos cadáveres se originavam de moscas que
pousava m sobre eles e ali colocavam seus ovos . (Fig. 15)
__. .
,i
grandes nem para seres microscop1cos .
... O padre e pesqu isador italiano Lazzaro Spa llanzan1(1 729-
" -1 799) refez os expe rimentos de Needham preparando oito
fra scos com caldos nut nt1vos previamente fervidos. qua-
t ~
• tro deles foram fechados com rolhas de cortiça, como fizera
Needham, e os outros qua tro tivera m os gargalos derretidos no
fogo, de fo rma a adq uirirem uma vedação hermet1ca. Além dis -
so, os frascos foram fervidos durante longo tempo. Após alguns
dias, microrganismos haviam surg ido nos frascos arrolhados
co m cortiça, ma s não nos frascos CU JOS gargal os tinham sido
hermeticamente fechados no fogo Spallanzan i conc luiu que a
vedação ou o tempo cu rto de fervura utilizados por Need ham ,
ou ambos, haviam sido incapazes de imped ir a contaminação
do caldo.
Em resposta a Spa lla nzan i, Needham alegou que, devido
à fervura prolongada, o caldo havia perdido sua "força vi ta l",
Figura 16 Representação esquemática do experimento de Red 1, que
um princípio imatenal que sena ind ispensável ao surg imento
descartou a hipótese da geração espontânea dos "vermes· (larvas) de vida. Spa llanzan1, en tão, quebrou os garga los fun didos de
que surgem na carne em putrefação. No frasco ã esquerda, tapado algu ns frascos, que ainda se ma ntinham livres de microrga -
com gaze, não surgiram larvas. No frasco à dire ita, no qual as moscas nismos, expondo seu conteúdo ao ar. Em pouco tempo eles
puderam entrar. apareceram larvas, que se alimentavam da carne. ficaram repletos de microrganismos, mostrando que a fervu-
ra prolongada não havia destruído a "força vi tal " do caldo.
Needham contra-argumentou mais uma vez, sugerindo a hi po-
Needham contra Spallanzani tese de que o princípio ativo, em bora deteriorado pelo longo
A teoria da geração espontânea perdeu credibilidade com tempo de fervura, restabeleceu-se com a entrada de ar fresco,
os experimentos de Red1, mas voltou a ser utilizada para ex- perm itindo que os microrganismos surgissem esponta neamen-
plicar a origem dos seres microscópicos, ou microrgan ismos, te. Dessa vez Spallanzani não consegu iu elaborar um experi-
descobertos em meados do século XVII pelo holandês Anton ie mento para descartar o contra -a rgu mento de Need ham, e a
van Leeuwenhoek (1632-1723). (Fig. 17) controvérsia persistiu.
a
J~ -.A,=;;. -D
Jj: L~
~ Figura 17 A. Desenhos de
fit . . , ~ microrgan ismos, popularmente
cJ' ~ chamados de micróbios. realizados
por Leeuwenhoek em 168 3.
B. Retrato de Antonie
van Leeuwenhoek.
e
r ,pótese PastE:ur a.,r:orou o gargõ ,, clf
Para ror f rrriar Sua '
A contribuição de Pas-teur f•c.aí'dO que erri poucos o as >€1.J~ con1,. :
aiguns fra~os, ,en
r eto< de m,crorgar srr?s 0 r:1per rrer io '.rov-<t:
',e , 11< dd d<'.Cdd" de 1860 d Arad<-rr ,; Franc<-:a de CiE:ri- drJs ficaram e~ d . ' E: o surg ,mento de rn c-organ1~rnos e~
c,,,, C.f f-r f-(f•J um vr-f'T' ,r_, r-m rj r hE:ff(; íJdí<l quH'l rE:al1zasse urr ma,• ev1d<'nC t:1~ e Ov •
' - ·,;. ocorria 1rna lõ cont.arP naçao por SE:'E-~ rr C'<.>>
e.,.peri rn1- '1 tG dE'•n1t , r, sr:J,r1: d c,r gem dr1s m1crorg<1n1smos caldos nutr .., ,os " . -
, t s do arrb·Ente enerno e nao po• ge ·aç<:>,J
Es • mu dOO pE:lo dt \ af ú o 0-squ,,ador franci:~ Louis Pasti::ur copicos proven en e
espontárea (Fig. 18)
( 1822 189SJ comtçou d trabalndí ro assuntú
Em -Jm di:: seus <-)'.pF-rimento s. Pasteur d,,tnbu u caldo nu- Pesquisas sobre geração ~spontânea
1nt o em qua t•r; fra sros de 1•dro ru10·, g<Jrgalos 'orarr amc,le- levaram a novas tecnologias
c,dos a0 fogo es• caor;s t cur1ados ra forma de um pe~coço de · te =nsar que m_ expenmentos p1one ros de
E interE:ssan ,-,- .
rnn e 'ia sequÊ:nc.a r, c1ent1sta franci::s aquE:ceu o caloo atf que
1.
S allanz.an sobre geração espontanea aonrarri cam r o para ?
sa ·s~ , ~pc., Otlas e..<tr"m,dades dos garga los c,, r,os de / ando p I ento da ndústr a de a 1mentos e'11atados Ao saOE,
1
dE:senvov1m
depo,s Q0e o ca1dc resfr am, t'1tarTE:nte O ob;eu10 de Pasteur, isas e das contro 1érs1as sobre a ongerr aos micro•
das pesqu . 1 A r, 7 9 -
ao cur,ar os gargalos dos 'rasc0s, era manter li "e a entrada ganrsmo S, O Confeiteiro trances "J
,cno as, ,ppert d 4 -184 11
de ar mas fazer com que as partículas em suspensã0 ficassem suspeitou que E:les poderiam ser responsave s pe1a e,E:noração
retidas nas paredes do garga lo cur✓0, que assim funcionaria dos alimentos problema então enfre'1taoo_ pt:-los fabricantes
COfl"IO um 'litro de produtos a1 mentíc,os Part,ndo do pnnc1p10 de que caldos
Apesar de 0 caldo esta' em contato direto com o ar não rutntivos previamente fE:rvidos poderiam ser guardados soo
surg iram m1crorgan1sm0s em nenhum dos quatro frascos pre- , edação hermética sem estraga r, como Spallanza n, havia de-
paraaos por Pasteu· em seu e.<perimento Microrganismos monsuado Appert desenvolveu uma tecnologia para produ-
presentes no ar fica 1am retidos nas cur,as do gargalo e não w alimentos em conserva que pudessem ser armazenados por
conseguiam cnega· ao líquioo do frasco longo tempo sem sofrer deterioração
o ca do n .IIIIINO O gargac, ao 3
Oca.oo nutrrtivo e
2
r: despe,ado frasco é ~st cado ferroo e ester zado
em um 'ras.r...o
ds , a•o
4 O caoo nutntivo ao
frasco corn -pescoço de
cisne· mantém-se 1,vre
oe m,crorganisrnos
Se o gargalo 5
d-0 frasco é
q~eo•a!lo :.L.rge'l'
"oorgar-srros
"-O ca'oo
m
-
A ii1,t 1 >11.J rJ,, rumr,n til d rJ,'.,<.1,J,:1 <J1, l?,'/J
l• ·rr11111l,JÇ-l<J rr, ,Jlc, fl(J ( r_H,J, -1rr ;..,r d 0 -~rl ,, 'J~: r rj''1<j~ r- '., 'rJ, "- : ;,~/..1~·
l ✓,,qu, l,1 'fi'1' ,1, 1r1111 -, P.i•,l! ur, Jd f,i m<Jv, prir ·.t•U\ ,.•,tud,,·. •,r,br,, rj',j,jUd (H,".JJ, ·, ,J[J','-<1rir:;;: '11':, ;,r1r r;;.:<- ' ,; i.r,'/A. ·-,M: ·
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tc•rr,i ndl ,11 f rri P)(pr•rirr11 ·nt,y, MIi " ll' ií f'\ , elr, pr6pr1rJ j~ dr-m,;n•.. t r,, 0·, VJr d 'JU'~ ,J.~, ',<:]'..Jfl()0 'A "e:· <:::a: 1':, a- ',e. - ~•
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ment,,•, ',iJcJ hipi,fl •\<·, cJCJ<,ra, <·ra quP d detf' r1<Jra~ao du 1tnh<1 m1,t.u ra era r<:sfnadà 0 1éip'1•-d'ág•,a o·<::E:''': ,..,, ~ <,' , ·a:<:
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Ari ol,w r ✓d r ar1 mr, íCJ\( ór11r1 drnmt ra•, rJf: v1nhr,; e:tragadu~ ,<: ;,c umulava . Corr 1ssrJ 'A,1 1r:r , rr ,/il '" a: cr., ,a: :'- •, a-: ~-
Pd,t<-r Jr f r1 11 rntrou r,utr,,; rnicrrirqani\mrJs alfm da:, lf:vtdura,, 0 mul<J d<:: água rr,: rnórE:: t ·ag'1: 'B Te·•a p · r ·t ✓a :>,,, ' ,.... ,
qu,, r1·lrirr,dviJ ~LH hrpCJt,,,!.'. A quf:\td<, t ra: r.rJmo SE: livrar dE:'>'>t: um aquE:c<:rJr.,r falia fr:rver a água ac J"'J a'.:la, 'L'= , r, :av~ a
inv,r\cm•\ rndf-,E:JiÍVf:I\ \f:'. rn dltr:r,:ir o \a bor do vrnho? btE: não P'J- s<: tran,form;;r t rn 1;,pr, r, sirr.u•il'á', a <;: 1ar,,,raçã 0 '.la ã::;:...a -a
d1c.1 wr fi.:rvr<fo, pors pe:rdn1a lota lmE: nle \Ua, (lUalr dadE:s. Pasteur ,u pE:rfícrt qutn tísS1m a da jovem Terra Ap ós de ,(à' e, , ~ .,.a::,0•
dc·\tobnu 1•nti:H1 que o aquérnn(:nto do vrnho pr,r aptna·, algu ns funcionandr, pr1r ctrc.a de uma :tmana, 'A i:1E:' E:a l,zo.., :<:stes 1
m1nut,,~ d 5/ ·e era ,ufr tientr~ para eli minar Q, rnicrorgani;mos qu ímicos nr1 líqu1d0 avE:rmE:lhad o qt,e ~E: a~ J,..,.. _ ii'il "ª :,3,: <;:
1nd1•w1avP1\ ,r·m cJ ltr.:ro r r, ,a bor da bebida; com isso, Pasttur in- rnfrnor de, apare ir,o e r::ncvit,o,J 1ár,a: SJGs:á-c as aus<:rt;;s
ven tou o proce,,o que, em sua h,Jmf:nagE:m, rr::cebE:u o nomr:: no início do E:t perimtnlo, E:ntre elas o~ ar---1 r oá~ dos a a" ,.. a
de pasteu ri1d1,ao. E: ghc ína, alfm dE: 0utrõs s1,bstánc1as 0·gán cas ~a ~ s ,...,o es.
(Fig. 19)
A pasteu ri zação, tecnologia para d E:lr minaçào stltliva dE:
microrganismos pelo aquecimento brando, é la rgamr::ntr:: r::m -
pregada nd indú,tria de alimentos nos dra; alua is. Em diver- a
r·
so; países, inclu indri o Brasi l, é obr igatório pasteurizar o leite e De sr..a: ;}a5
lr,trc:,d,çãc, O<::
::l 8• ... r- -::.
,em derivado, antes de comercializá-los. NessE: processo o leite
-- --_ -_ -_ -_ -_ -..::..::..::..,.- ~
~
-
,~
mistura
é mantido a 62 •,e por 30 minutos, o qur:: elimina a bactéria de ga~% e
;apo·-d a3;1,
1
1
=
Mycobaclerium luberculmis, um microrganismo frequentemen-
te presente no gado bovino t que pode causar tuberculose em ~
pessoa\ . A pasteurrzaçào eli mina também outro, microrganismos ,/ e rc. ... ãç.â c. ~s
~
re,ponsáveis pela deterioraçao do leite, prolongando sua vida útil. ag1.,a 1- a ::.a•õ
ccr{Jersayãc
1 Aeo•~ voe~ pode re~olver a; atMdade, de 22 a 26, 43 , 44, 57 ~ 63
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[xpe,iinentos de laboratorio dd O p1~til\ sobr e O que pode No ~l'()U ndo c,1\u, f<1 lc1 \t ' 1'111 \Prl'' lwt•·rot1of1, º' (do q1 1•q<1
ter ocorrido com J S molecu la~ precursor<1s dc1 v1dc1 Jcumuladc1s ilctl'ro, d1fprent P), 111cc1pclll'\ dl' prorlu,rr n p1ópnc, 11lrnwrtlP,
na lerra primitiva. Quando se adici onam ex pPrimentdlmente tr 11do dr obtê-lo do 1nr10 rx tern o 11,1lo11nc1 d,· m(>I<·<111,1' orq,1
proteínas em ~aluções aquosas co m ce rto grau de acideL e Sdii n1c,1~ S<.1 0 ,1ul ot rolr lO\ ,1 lqum t1 pm d<• hcJ< l1•nt1 \ ,1, ,ilq,i, 1· c1 ,
nidade, podem ser ob tidos ag lomerados proteicos mic.ro~cop,- pl<1nlc1\; s,10 li l' IProt roill m I f' rtc1 , b.ic tn1cJ ;, ,1 q11 ,1 \1· toti1l1C lc1d1 ·
cos, em algum casos rel.1tivdmente estaveis, graças à formc1 ç<1o dos proto10.ir10, \' lodo, o, funqo, l' m ,1111m,11,
de uma peilc ula de moleculas de águ a ao redor das proteína ~.
(Fig . 22)
A hipótese autotr6fica
Molécula A h1potese dr ciuc• o, pnm('1ros sc·n·, vrvm (•r,ur1 ,iu totrrí
de água fr co\ conlwud<l co1110 h1potc•,1• ,1ulot1of11,1, P tl 111t11\ r1tv1t,1
,1tu,1lme11te. ~L· us ddrmor('\ t1rqumr11l,1111 que 11t1 !PrrcJ pnmi
tiva 11 c10 hr1v1c1 molec ula s or9t1 11icc1 s C' l11 ciu,111lldMJr \UÍ1cin1tl'
p,na susten t,ir a 111ult1plicaç,<10 elo\ p1 i111 e1ros ,c· rc~ vivo, c1t é o
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Apesar de a morte realmente dar ,entido à vida, não é fácil 3. Comente em um texto curto a ideia de que por meio da
pensar muito sobre ela . O texto destaca que, embora a mor- reprodução "a vida tem vencido a morte" tanto em se-
te biológica individual ½eja inevitável, a vida se perpetua res unicel ulares e multicelulares simple~ como em sen•~
ininterruptamt>nte de;,de ,ua origem por meio da reprodu- multicelulares complexos.
ção, evoluindo ,empre. Utilize o roteiro a ,egu ir como guia
4. Nos dois parágrafos finais, são feitas as consideraçõe-,
para rrfletir ,obre o importan te tema abordado no texto.
sobre illgumas causas de morte e uma importante con-
1. Com ba~e na dehniç~o de vida apresentada nos parágra- sideração sobre d vida: "O interior de nossa!> células,
fo~ iniciai;,, comen te, em um texto curto, a quais caracte- outrora formado por um monumental aparato molecu-
ri.shcas do:,, seres vil'os ela e,tá relacionada. Verifique se lar funcionante, se transformará gradualmente em uma
há conceito~ importante~ a serem de"tacildo, r elabore ~opa de molécula, orgânicas caoticamente reun idJ~" -
uma lista com o, conceito'i-chave. Qual É' il ideia cen tral dessa frase? Que caracterí~tica im -
portante dos sere½ vivo~ ela re~salta?
2. No terceiro pariÍgrafo, UL'stacilmo½ uma cdracteristica
considerada um "divisor de águd~" na origem da vida. 5. O último parágrafo se encerra co m a fra!,e : "[ ... ] nossa
Que carnctrrí~tica é c~~a? Qlll' conceito importante está morte, com certeza, criará vida". O que is~o quer di7,er
presen te no parágrafo? no contexto do parágrafo?
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ATIVIDADES
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Previsões
6. O conceito repre,entado pelo numero 1t' 'undJmentJl J ,1b!en,jo d," JJd1 ,, , •bre l" Lili , "' wr
h~ta, trabalham. Pt'n,e ....,brt' ele L' t',co!hJ, e11tft' Js Jltt•rn,1t 11 J, Ut 'TI, 1, ,r 1,n a L', ,n1 l'1',1 i
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ATIVIDADES n
22. Com o ~e denomina a teoria segundo a qual um se r vivo somente se origina a partir de organismos
semelh antes? ( Ç )
23. Cumo ~e denomi na a lcoria ~egundo a qual a vida pode surgir a partir da matéria inanimada? ( (<.?...)
26. Qual pesquisador demonstrou, pela primeira vez, que os seres vermifor mes presentes na carne podre
ori ginam-se de ovos depo~itados por moscas? VJ ; )
Indique o termo abaixo que completa corretamente os parênteses das frases de 29 a 34.
a) célula d) hipótese heterotrófica
b) hipótese autotrófica e) quimiolitoautotrófico
c) hipótese da panspermia f) teoria da evolução molecular
29. A denominação (/,, ) aplica-se a organismos capazes de obter energia a partir de reações químicas
entre component½inorgânicos.
30. (!) ) é considerada a unidade dos seres vivos, onde ocorrem as reações químicas essenciais à vida.
31. A frase" A Terra foi colonizada por vida proveniente do espaço" resume o(a) (('- ).
32. A descoberta de bactérias, ca pazes de obter energia a partir de componentes inorgânicos da crosta
terrestre, reforça o(a) (Í" ).
33. A idei a de que substâncias originalmente presentes na Terra primitiva formaram substâncias precur-
soras da vida e os primeiros seres vivos resume o(a) (O--}.
34. Os primeiros seres vivos obtinham alimento a gertir de substâncias orgânicas presentes no meio em
que tinham surgido. Essa frase resume o(a) (!J-).
35. Qual é a denominação de um aglomerado de moléculas orgânicas, revestido por uma película de
moléculas de água e que, na opinião de alguns cientistas, pode ter sido um dos primeiros passos
rumo à origem da vida?
a) Amino;ícido. e) Microrganismo.
b) Coacervado. d) Ribozima.
L.
Considere as alternativas a seguir para responder às questões 37 a 39.
a) Autotrófico. e) Heterotrófico.
b) Coacervado. d) Quimiolitoautotrófico.
37. Como se denomina o organismo que utiliza energia liberada por reações químicas entre componentes
inorgânicos da crosta terrestre para sintetizar seu próprio alimento? (e)
38. Como se denomina o organismo que precisa obter substâncias orgânicas do ambiente para usá-las
como fonte de energia e de matéria-prima para se manter \·ivo7 ( J)
39. Qual é a denominação dada a um organismo capaz de sintetizar o próprio alimento a partir de subs-
tâncias inorgânicas e de energia obtidas do ambiente? ((_ )
42. Dois cientistas realizaram o seguinte experimento: alimentaram larvas de uma espécie de mosca com
dietas que diferiam quanto à presença de aminoácidos, que são os componentes das proteínas. Um
grupo de larvas foi alimentado com uma dieta completa, com todos os 20 tipos de aminoácidos
naturais, além de água, sais minerais, gliódios e vitaminas. Cinco outros grupos de larYas, semelhan-
tes ao primeiro, foram alimentados com dietas nas quais faltava somente um dos aminoácidos.
Os re,ultados obtidos estão representados no gráfico a seguir.